Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
O advogado Fernando Ribeiro Lins chega ao segundo ano à frente da seccional pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) construindo uma trajetória sólida que pode subsidiar um caminho para sua reeleição, no próximo ano. Em entrevista à Folha, falou pela primeira vez sobre a possibilidade de disputar à reeleição.
“É uma questão que não trato neste momento. Acho que neste segundo ano a gente tem ainda muito trabalho para entregar, muita coisa para fazer, então, vamos deixar para tratar dessa questão na oportunidade devida, a partir do próximo ano”, disse.
Leia maisBoa parte desse trabalho na presidência da OAB, segundo Fernando, tem sido pautado na formatação e execução de projetos para promover a inserção do advogado, os recém ordenados, em um mercado de trabalho cada vez mais concorrido.
Mesmo diante das exigências para passar no exame da OAB, que tem procurado fazer cada vez mais uma triagem dos profissionais que realmente têm capacidade para exercer a advocacia, só em Pernambuco, por ano, entre dois e três mil advogados entram no mercado de trabalho.
Por isso, para Fernando, é urgente encontrar formas para inserir esses profissionais o quanto antes no mercado, principalmente nesse momento de retomada da economia pós-pandemia. “Temos dois importantes projetos que procuram apoiar e atender, principalmente, os jovens advogados ingressos na OAB-PE. Trata-se do Banco de Talentos e da Advocacia Dativa”.
No Banco de Talentos, a OAB une os escritórios com os advogados que estão entrando no mercado. “O profissional pode trabalhar tanto como associado, empregado, ou como prestador de serviços para esses escritórios, sendo remunerado por isso”, explica o presidente da OAB-PE. No Advocacia Dativa, os jovens advogados atuam de forma a complementar o trabalho da Defensoria Pública. Segundo Fernando, atualmente, apesar do projeto ter se tornado lei, ainda falta uma regulamentação para que ela seja mais efetiva.
“Os advogados prestam serviço quando a parte não tem condições de ser atendida pela Defensoria Pública. É um projeto que já conseguimos uma lei regulamentando, estabelecendo uma forma que todos possam participar e com a remuneração ocorrendo de forma efetiva. Porém, atualmente, o Estado tem atrasado esses pagamentos”, afirma Fernando. E complementa: “Espero que haja uma regularização quanto a isso”.
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