O presidente Donald Trump, anunciou hoje suas “tarifas recíprocas”, estabelecendo uma sobretaxa mínima para praticamente todos os parceiros comerciais dos EUA. A tarifa mínima das importações do Brasil ficou em 10%, a China foi sobretaxada em 34% e a União Europeia (UE), em 20%.
O gráfico que o presidente exibiu durante o discurso também mostrou qas tarifas anunciadas foram particularmente altas para os países asiáticos. O Vietnã terá tarifa de 46%; Taiwan, 32%; Japão, 24%; Índia, 26%; Coreia do Sul, 25%; Tailândia, 36%.
“Estamos sendo gentilmente recíprocos, não totalmente recíprocos”, discursou o presidente, afirmando que as tarifas anunciadas ainda são menores do que as cobradas por esses países dos EUA. As informações são do Valor Econômico.
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Trump disse que as tarifas que ele anunciou gerarão “US$ 6 trilhões em investimentos” — uma afirmação contestada por especialistas, para os quais as tarifas são, na verdade, pagas por empresas e consumidores americanos.
“A União Europeia nos rouba com uma tarifa de 39% sobre produtos americanos”, acusou Trump. “Vamos cobrar deles 20%, então essencialmente cobramos metade”.
“Por décadas, nosso país foi roubado, pilhado, estuprado e saqueado por nações próximas e distantes, por aliados e inimigos”, disse ele, antes de afirmar que todas as tarifas anunciadas passariam a valer a partir da meia-noite de hoje e valem para todos os bens importados pelos EUA.
“O 2 de abril de 2025 será para sempre lembrado como o dia em que a indústria americana renasceu”, disse Trump. Ele acrescentou que serão cobradas alíquotas de 25% sobre todos os automóveis não fabricados em território americano vendido nos EUA. “Essa é a nossa declaração de independência econômica”, disse Trump.
Tarifas automotivas de Trump afetarão carros, caminhonetes leves, motores, transmissões, baterias de íon-lítio e peças menores.
Alvos de tarifas anteriores, México e Canadá não foram colocados na lista divulgada por Trump. Autoridades dos EUA disseram que os dois países, por enquanto, evitarão as chamadas tarifas recíprocas dos EUA e continuarão sujeitos às taxas que Donald Trump aplicou aos seus produtos devido a questões de segurança fronteiriça e fentanil, segundo o “Financial Times” (FT).
Nas primeiras fileiras do parlatório do Rose Garden — o jardim da Casa Branca onde normalmente líderes estrangeiros visitantes dão entrevistas coletivas conjuntas —, estavam o Secretário de Saúde Robert Kennedy Jr., o secretário de saúde, o senador da Flórida Rick Scott e o ex-secretário de imprensa da Casa Branca Sean Spicer, que está ao lado da mídia.
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