Na manhã de hoje, no contexto das celebrações do 95º aniversário de emancipação política de Araripina, a Prefeitura inaugurou a Escola Nucleada Sebastião Batista de Lima, localizada no povoado da Feira Nova. Este marco é apenas um dos diversos projetos educacionais da atual gestão, demonstrando o comprometimento com a educação.
Com essa nova adição, totalizam-se 11 escolas entregues durante a administração atual, incluindo instituições na Serra da Torre, Serra do IPA, Bairro Aplausos, Povoado do Cavaco, entre outras. Além disso, a Prefeitura anunciou que cinco outras escolas estão em construção em diferentes áreas da cidade, e mais quatro serão erguidas em breve.
Em um momento marcante da cerimônia, o prefeito Raimundo Pimentel falou sobre a importância desses investimentos para a comunidade. “É com grande orgulho que entregamos mais uma escola para os nossos jovens. O futuro de Araripina está nas mãos de nossa próxima geração, e investir na educação é a melhor maneira de garantir que este futuro seja brilhante. Vamos continuar trabalhando para que cada canto de nossa cidade tenha acesso a uma educação de qualidade”, afirmou Pimentel.
O evento contou com a presença de diversas autoridades municipais, incluindo o vice-prefeito Evilásio Mateus, a secretária de Educação, Ana Paula Ramos, e vereadores como Roseilton Oliveira – presidente da Câmara, Camilla Sampaio, Doval, João Doutor, Evandro Delmondes, Kaligia Mateus, Rodrigo Cobrinha e Luciano Capitão, os ex-prefeitos Lula Sampaio e Bringel, o médico Aluízio Coelho, e familiares do homenageado, assim como pais e alunos da região.
“Brasil é uma democracia e candidato que perde não pode querer dar golpe”, diz Ricardo Cappelli
Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
No dia 8 de janeiro de 2023, durante os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, 44 policiais militares ficaram feridos após as agressões dos vândalos que não aceitaram o resultado das eleições de 2022. O relato é pouco comentado porque a ênfase, quando se fala daquele dia fatídico, é no ataque às instituições e à democracia. Mas pessoas poderiam ter perdido suas vidas, a exemplo dos policiais em serviço.
Os bastidores dos atentados golpistas estão registrados no livro O 8 de janeiro que o Brasil não viu, de Ricardo Cappelli (PSB), atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Cappelli foi o entrevistado de ontem (5) do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog.
Durante 23 dias daquele janeiro, Ricardo Cappelli foi o interventor da Segurança Pública do Distrito Federal e descreve, na obra, diversos fatos ocorridos no período com o objetivo de deixar o registro histórico “para que jamais se repita”.
“Tem diálogos importantes ainda não revelados. Tem o contexto em que se deram várias decisões que nós tomamos. É um livro de história, mas também de gestão de crise. Naquele momento, era preciso administrar uma crise inédita na história do Brasil, um ataque às sedes dos Três Poderes por vândalos que destruíram tudo”, destacou o autor.
Cappelli tocou em uma questão central absolutamente ignorada pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): o Brasil é uma democracia. Ponto. Não há o que espernear quanto a isso. “Todo mundo pode votar em quem quiser. Pode votar na direita, na esquerda, no centro. Agora, você não pode, porque o seu candidato perdeu, querer dar um golpe de Estado. Não pode, porque o seu candidato perdeu, querer quebrar tudo, agredir as pessoas”, enfatizou.
Na opinião do ex-interventor, há indícios suficientes para que o ex-presidente Bolsonaro seja condenado. Ele reforçou a necessidade de aguardar a decisão da Justiça e o devido processo legal, para que Bolsonaro tenha direito a apresentar sua defesa e o contraditório. Mas frisou: “Pelo conhecimento que tenho, há elementos de sobra para a sua condenação.”
Tarifaço e “postura de bandido” – Ricardo Cappelli condenou a postura dos filhos de Bolsonaro, sobretudo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), no episódio do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Quando vi aquele vídeo do Eduardo Bolsonaro, a impressão que tive foi a de estar diante de um bandido, de um sequestrador, porque ele falava ‘ou vocês fazem isso, ou vai piorar; ou me dão isso, ou vai piorar’. Isso é papo de bandido, de sequestrador. Uma situação lamentável, que demonstra que eles não têm compromisso com o Brasil”, avaliou.
Condução equilibrada – Para Cappelli, a condução brasileira nas negociações com os Estados Unidos tem sido equilibrada e tem mantido a firmeza para garantir a soberania nacional. “O Brasil tem conduzido bem, usando o binômio equilíbrio e firmeza. Equilíbrio para que esse atrito não escale e firmeza para defender a soberania nacional e o interesse das empresas e dos trabalhadores brasileiros. Acho que esse é o segredo. Porque nos interessa a paz, a harmonia com um parceiro comercial tão importante quanto os Estados Unidos, mas ao mesmo tempo mantendo equilíbrio e firmeza.”
Zero mágoa com Lula – O agora ex-gestor da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Danilo Cabral (PSB), afirmou, em conversa com este blog ontem, ter mágoa zero do presidente Lula (PT). Lula cedeu à pressão do Ceará e demitiu Danilo da função. Mas Danilo continua totalmente comprometido com o projeto político da reeleição de Lula em 2026, e também com a eleição do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao cargo de governador de Pernambuco. Danilo disse que saiu grato, mas espera que seja mantido o padrão de gestão que fortaleceu a Superintendência nos últimos dois anos.
Desunião do Nordeste é ruim – Danilo Cabral ainda comentou sobre o movimento cearense que culminou na sua demissão. Na opinião dele, é ruim para o Nordeste quando os Estados se dividem. “Acho que o Nordeste se fortalece quando constrói unidade”, frisou. Ainda falando em união, o socialista comentou sobre a omissão da governadora Raquel Lyra (PSD) diante da ofensiva cearense. “Raquel não tem obrigação de me defender. Mas tem a obrigação de defender os interesses de Pernambuco”.
Festão em São Bento do Una – A deputada Débora Almeida (PSDB) não faz questão de esconder que vai mudar de legenda assim que a janela partidária for aberta em 2026. Deixará o ninho tucano para integrar o PSD, sigla presidida pela governadora Raquel Lyra em Pernambuco. Promete fazer um festão na sua terra, São Bento do Una, no Agreste, para anunciar a mudança. “Quero estar junto do meu povo neste momento”, contou. Na Alepe, Débora é uma das mais aguerridas defensoras de Raquel e também falou sobre a CPI que a Casa vai instalar para investigar possíveis irregularidades na licitação da publicidade do Estado. “Pura narrativa”, considerou.
CURTAS
Renato Antunes também na defesa – O deputado Renato Antunes (PL), também defensor da gestão Raquel Lyra, apontou que vê na CPI da Alepe “uma tentativa de capitalização política às custas da institucionalidade do Estado”. Para ele, a oposição “tenta, de forma desesperada, construir uma narrativa e criar pirotecnia em cima de algo que sequer tem prova ou qualquer processo legal em curso”.
Já Gleide Ângelo subiu o tom – Oposicionista, a deputada Gleide Ângelo (PSB) fez um discurso duro ontem na Assembleia, cobrando orçamento para a segurança das mulheres em Pernambuco. Ela apontou que a gestão estadual não fez uso dos cerca de R$ 8,4 milhões para políticas de enfrentamento à violência de gênero. A verba é do Ministério da Justiça, que determina que 10% do orçamento total de segurança pública de cada Estado seja destinado especificamente a políticas voltadas à segurança das mulheres.
Sobre a CPI, Barroso deu prazo – O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não conceder a liminar imediata requerida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) para suspender a execução do contrato de publicidade da gestão Raquel Lyra (PSD). O STF vai ouvir a empresa interessada no mandado de segurança e a Procuradoria-Geral da República antes de decidir.
Perguntar não ofende – Danilo Cabral continua na gestão de Lula ou entra na gestão de João Campos?
Foi um sucesso o lançamento de “Os Leões do Norte” na Câmara de Vereadores de Sanharó, evento que marcou a estreia da obra nas bibliotecas municipais — iniciativa do prefeito César Freitas (PCdoB). Fui calorosamente recebido pelo próprio prefeito, pela secretária de Assistência Social Águeda Brito, pelo vice-prefeito Rodrigo Didier (PSB), pelo blogueiro Paulinho Muniz, do blog Abelhudo, por diversos secretários e por vereadores, e o plenário recebeu também leitores ansiosos para garantir seus exemplares.
Amanhã (6), estarei em Pesqueira para autografar “Os Leões do Norte” na Câmara de Vereadores, às 19h, com o apoio do prefeito Marcos Cacique (Republicanos).
Na quinta-feira (7), o lançamento acontece em Arcoverde, também às 19h, na Câmara Municipal — etapa organizada pelo presidente da Câmara, Luciano Pacheco (MDB).
Para encerrar a semana, levarei o evento a Venturosa, na Câmara de Vereadores, também às 19h. O prefeito Kelvin Douglas (PSD) coordenou o evento e mobilizou professores da rede municipal, reconhecendo a relevância da obra como material de consulta escolar.
“Os Leões do Norte” resulta de extensa investigação jornalística e historiográfica, reunindo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco entre 1930 e 2022. A obra oferece um panorama acessível e fundamental à preservação da memória política e institucional do Estado, destacando Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O ministro de Lula, Silvio Costa Filho, comemorou, nesta terça-feira, o dia nacional da saúde lembrando os avanços do Governo Federal na saúde pública de Pernambuco. Na ocasião, Silvio Costa Filho também ressaltou os mais de R$ 300 milhões de investimentos injetados na área durante os seus sete anos de mandato como deputado federal, por meio de emendas parlamentares.
Foram investimentos como reformas de hospitais, aquisição de novos equipamentos hospitalares e ambulâncias que chegaram nos municípios do litoral ao sertão pernambucano.
“Promover a saúde pública de qualidade para os pernambucanos é um dos principais compromissos da nossa atuação em Brasília. Ao lado do presidente Lula, vamos continuar trabalhando para construir uma saúde pública forte e de qualidade para todos”, ressaltou Silvio.
O deputado federal Lula da Fonte (PP-PE) enviou ofício ao superintendente regional do DNIT, Bruno Bittencourt, solicitando a execução de obras de triplicação das faixas e instalação de iluminação na Rodovia Governador Mário Covas (BR-101 – Pista Nova), no trecho que vai do bairro da Charneca, no Cabo de Santo Agostinho, até a Fábrica da Vitarella, em Jaboatão dos Guararapes.
A demanda abrange os dois sentidos da rodovia e atende à população que trafega diariamente pela região, onde há intenso fluxo de veículos e pedestres. O trecho é um importante corredor de acesso a serviços e atividades essenciais, como o Hospital Dom Helder Câmara, postos de combustíveis, fábricas e centros de distribuição de empresas como Amazon, Armazenna, Depósito Arco-Mix, Vitarella e indústrias de produção de pneus.
Segundo o deputado, a medida é fundamental para reduzir o risco de acidentes e garantir mais segurança para motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. “A BR-101 é uma via estratégica para Pernambuco. A triplicação e a iluminação desse trecho não são apenas melhorias na infraestrutura, mas investimentos diretos na mobilidade, no desenvolvimento e na proteção de quem passa por lá todos os dias”, destacou.
As imagens do dia 8 de janeiro de 2023 ficaram na história da política brasileira de forma lamentável. Aqueles fatos, no entanto, poderiam ser evitados se houvesse “comando”. É a avaliação do ex-interventor de Segurança Pública do Distrito Federal e atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli (PSB). Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins, Cappelli elogiou a estrutura de segurança do DF e atribuiu o episódio ao governador Ibaneis Rocha (MDB).
“Sem medo de errar, o Distrito Federal tem uma das melhores polícias do Brasil. Os fatos do dia 8 de janeiro só aconteceram porque faltou comando. O problema não foi das polícias. Não tinha comando para liderar aquele plano de segurança. Aconteceu algo inusitado. Você tenta descobrir quantos policiais tinham na Esplanada. Isso não está registrado em lugar nenhum, porque não foi gerado um plano operacional e sequer uma ordem de serviço para aquele dia, o que é fora de padrão. O padrão é montar um plano operacional e dizer que vai ter tantos policiais, tantas viaturas, tanta munição química. E não tinha nada”, revela Cappelli, que escreveu o livro O 8 de Janeiro que o Brasil não viu, contando os bastidores daquele dia e das semanas que se sucederam.
Ele ressalta que o então ministro da Justiça, Flávio Dino (hoje ministro do Supremo Tribunal Federal), avisou formalmente o governador sobre os receios nos dias anteriores à invasão na Praça dos Três Poderes.
“O governador o tempo inteiro dizia ao ministro para se tranquilizar, porque estava tudo sob controle. E não estava. Por isso eu digo: o problema não foram as polícias. O que faltou ali foi comando, gestão, liderança para chegar, olhar para o plano, ver que era insuficiente, mandar mais homens. Ele (Ibaneis) foi, no mínimo, negligente por não ter comandado e liderado de perto tudo o que aconteceu”, disparou.
Sobre a publicação, Cappelli reforça que a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal foi inédita e difícil e que não há dúvidas de que houve uma tentativa de golpe a partir daqueles acontecimentos.
“Houve uma tentativa de fazer com que o dia 8 virasse o estopim de um movimento maior que pudesse levantar e desestabilizar uma parte do Brasil, criando um ambiente propício para uma tentativa de golpe”, cravou.
Demitido do comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) na manhã desta terça-feira (5), Danilo Cabral promete continuar engajado na mobilização pela implementação do ramal Pernambuco da Transnordestina. Em entrevista exclusiva ao Diario de Pernambuco, ele avaliou como “irreversíveis” as ações que foram promovidas por sua gestão no sentido de engajar sociedade civil, universidades e empresariado em torno da pauta.
A demissão acontece depois de pressão de lideranças do PT do Ceará, em razão de uma disputa do estado com Pernambuco pelo traçado e financiamento da Transnordestina. Cabral tem atuado para dar celeridade ao trecho que liga Salgueiro ao Porto de Suape, considerado estratégico para a economia regional.
Eu recebi um comunicado do Ministério da Integração sobre a saída, mas não tive maiores informações a respeito das motivações. O que a gente tem acompanhado é um pouco do que a própria imprensa tem verbalizado, sobre uma possível tentativa de interferência na política regional, a partir de uma demanda do Ceará, pretensamente em função da obra da Transnordestina.
O que posso dizer é que eu defendi e vou continuar defendendo a Transnordestina em Pernambuco. O que a gente não pode ver é uma obra que tem um papel de ser integradora, dialogando com 41% do PIB do Nordeste, sem que a gente tenha um equilíbrio na execução, onde a balança só pende para um lado. O que a gente quer é que ela aconteça no Ceará e em Pernambuco. Então se ter feito essa escolha por Pernambuco teve esse custo político, eu vou pagar esse custo quantas vezes forem necessárias. Eu não tenho um compromisso com grupos específicos, não fui para tratar de questões provincianas, mas para ter um olhar estratégico para a região.
Como avalia sua gestão à frente da superintendência?
Uma coisa que aconteceu com nossa saída foi uma grande mobilização que a gente teve em torno de Pernambuco, que vi como algo gratificante para mim. Foram muitas mensagens de apoio, solidariedade e reconhecimento do nosso trabalho.
A Sudene era um órgão completamente apagado. Quando eu assumi, muitas pessoas chegavam para mim e diziam que nem sabiam que a Sudene ainda existia. Hoje, a percepção sobre ela é completamente diferente. Lideranças políticas, empresariais, universidades reconhecem que a Sudene voltou a ter protagonismo no debate do desenvolvimento regional.
A maior obra que nós estamos entregando é devolver a Sudene ao seu papel estratégico. Essa não é uma obra de pedra e cal. É uma obra intangível. A Sudene voltou.
Qual sua expectativa sobre o futuro do ramal de Pernambuco?
Nossa expectativa é a de que o trabalho continue. Eu acho que existe hoje um ambiente de mobilização em Pernambuco, em que nós vamos continuar a atuar.
A gente já tinha programado sete seminários regionais em Pernambuco, com a finalidade de articular e mobilizar as forças políticas, empresariais, sociais, universidades e sociedade civil organizada em todo o território dessa obra. Fizemos em Salgueiro e ainda temos outros marcados em Araripina, Belo Jardim, São Bento do Una, Caruaru e Recife.
Eu vejo nisso um caráter de irreversibilidade. Pernambuco, nesse momento, resgatou sua capacidade de exercer a sua unidade em torno de projetos estratégicos. E é isso que vai fazer a obra avançar de forma irreversível também no estado, a despeito de qualquer interferência que possa vir de outros estados e de outros interesses políticos.
Sua indicação à presidência da Sudene partiu do grupo político do petista Humberto Costa. Por outro lado, foram lideranças do PT cearense que pressionaram por sua saída. O senhor acredita que houve desgaste na relação entre PT e PSB em razão de sua demissão?
Não, absolutamente não vejo desgaste. O que tivemos foi uma defesa do nosso nome na permanência de todas essas forças políticas. Tivemos posicionamentos do prefeito João Campos, Humberto [Costa], Teresa [Leitão], Augusto Coutinho, senador Dueire, Augusto Coutinho, Carlos Veras. Isso me deu um conforto muito grande e mostra que tivemos uma gestão larga, acima inclusive do debate partidário.
Toda a mobilização em torno da demissão do senhor acabou trazendo seu nome para o centro do debate público. Como projeta seu futuro político?
A atividade da política não se faz necessariamente com mandatos. Eu tenho duas coisas que são certas daqui para a frente. A primeira é o fato de que vamos trabalhar para que João Campos seja governador do Estado e a segunda é atuar para que Lula seja reeleito presidente.
Eu posso fazer isso disputando as eleições como candidato ou não. Mais adiante, iremos fazer essa reflexão.
O vice-presidente da Câmara, deputado federal Altineu Côrtes (PL), afirmou, nesta terça-feira, 5, durante uma entrevista coletiva dada pela oposição a jornalistas em Brasília, que vai pautar a anistia na Casa assim que o chefe do Legislativo, Hugo Motta, se ausentar do país.
O deputado avaliou que a aprovação do projeto de anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos nos ataques antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023 é a “única forma de pacificar o país”. Assista:
A condução brasileira nas negociações com os Estados Unidos foi elogiada pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli (PSB). Para ele, o país tem sido equilibrado, mas tem mantido a firmeza para garantir a soberania nacional, o que tem sido refletido em recuos no tarifaço por parte do presidente americano Donald Trump.
“O Brasil tem conduzido bem, usando o binômio equilíbrio e firmeza. Equilíbrio para que esse atrito não escale, e firmeza para defender a soberania nacional e o interesse das empresas e dos trabalhadores brasileiros. Acho que esse é o segredo. Porque nos interessa a paz, a harmonia, com um parceiro comercial tão importante quanto os Estados Unidos, mas, ao mesmo tempo, mantendo equilíbrio e firmeza”, destacou Cappelli, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
O dirigente, inclusive, avaliou como “fora do padrão” a postura de Trump, que chegou a colocar uma eventual anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro como parte das negociações. “Isso é completamente fora de padrão. Os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil. Eles têm um saldo positivo nas relações comerciais com o Brasil. Então não há argumento técnico para isso. E o argumento político ideológico é insustentável, não fica de pé. Inadmissível”, ressaltou.
Cappelli também exaltou o papel de seu correligionário, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nas negociações com os norte-americanos. “Alckmin é muito experiente. Foi governador de São Paulo por quatro vezes, é um homem público experiente, calejado, muito sábio. Tem conduzido esse processo com muito equilíbrio, com muito pragmatismo, defendendo os interesses brasileiros e ouvindo as empresas brasileiras. Não é porque o outro agrediu que você tem que ter uma postura no mesmo tom. Então, o vice-presidente tem sido peça-chave nesse momento de turbulência com um parceiro comercial importante como os Estados Unidos”, colocou, aproveitando para defender a permanência de Alckmin no cargo.
“O PSB defende a permanência do nosso querido vice-presidente Alckmin na chapa com o presidente Lula por dois motivos. Primeiro, porque em time que está ganhando não se mexe. Segundo, porque é impossível o presidente Lula achar um vice melhor que o doutor Geraldo Alckmin, pela sua lealdade e pela sua capacidade de trabalho extraordinário. Ele é um homem com uma capacidade de trabalho impressionante, um homem público exemplar, que inspira a todos nós”, concluiu Cappelli.
Um esquema criminoso teria causado um prejuízo de mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos por meio de cobranças indevidas de serviços de despachante, é o que afirma a Polícia Federal (PF). Segundo o órgão, aposentados e pensionistas buscavam agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para conseguirem empréstimos e se depararam com uma “trava em seu benefício”, que só era liberado mediante o pagamento de uma taxa.
As investigações, iniciadas em 2023 a partir de levantamentos realizados pelo Núcleo Regional de Inteligência da Previdência Social em Pernambuco, culminaram com a deflagração, nesta terça-feira (5), da Operação Apófis. As informações são do Diario de Pernambuco.
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nas cidades do Recife, Cabo de Santo Agostinho, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Ponta Grossa. Para cumprir as ordens judiciais, foram mobilizados 65 policiais federais e 5 servidores técnicos do Ministério da Previdência Social.
O golpe De acordo com a investigação, um servidor do INSS, morador do Grande Recife, facilitava o esquema para que houvesse êxito nas ações. “Os aposentados e pensionistas tinham ciência do empréstimo e queriam, só que por intervenção do servidor público, era colocada, propositalmente, uma trava no benefício”, detalhou o delegado da Polícia Federal Márcio Tenório.
A partir daí, segundo o delegado, entraria a participação de correspondentes bancários, que atuariam como despachantes. “Assim que o aposentado ou pensionista buscava esse correspondente, o servidor do INSS entrava no site da autarquia e desbloqueava o site, permitindo a liberação do empréstimo”, continuou.
No entanto, para a liberação do empréstimo, o despachante solicitava um pagamento, de valor não informado pela PF. “O aposentado/pensionista se via obrigado a pagar por aquele suposto serviço de despacho para que o empréstimo fosse liberado, por puro desconhecimento”, disse.
Ordens judiciais As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco, que também determinou o afastamento cautelar do servidor investigado, o bloqueio de seu acesso aos sistemas do INSS e a proibição de que vários envolvidos frequentem unidades da autarquia ou mantenham contato com servidores, agentes públicos ou prestadores de serviço vinculados ao Instituto.
Os investigados podem responder por diversos crimes, entre eles: corrupção ativa, estelionato, inserção de dados falsos em sistemas de informação, violação de sigilo profissional, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Francisco Ferreira Alexandre, indicação conjunta dos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão para o lugar de Danilo Cabral na superintendência da Sudene, responde a ação de improbidade administrativa movida pela Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros). No processo, a Petros atua como assistente da acusação e cobra ressarcimento de perdas estimadas em quase meio bilhão de reais decorrentes de decisões de investimento que Ferreira tomou na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) em 2009 .
Na ação, a Petros sustenta ter sido diretamente lesada quando Ferreira, então diretor de Administração da Previ, autorizou aporte de R$ 50 milhões no Global Equity Properties, fundo de participações que gerou perdas estimadas em quase meio bilhão de reais ao inflar o valor dos ativos para beneficiar intermediários em troca de propina.
Paralelamente, o Ministério Público Federal denunciou Ferreira na Operação Greenfield, em novembro de 2019, por gestão temerária do mesmo fundo. Segundo o MPF, ele aprovou decisões de investimento sem a devida diligência, expondo o patrimônio da Previ a riscos que resultaram em perdas de quase meio bilhão de reais, em esquema de superavaliação de ativos em troca de propina .
Uma matéria publicada em novembro do ano passado pelo jornal O Globo revelou revelou que a Petrobras pressionou o Conselho Deliberativo da Petros para aprovar a indicação de Ferreira à Diretoria de Investimentos da Previ, movimento atribuído a João Vaccari Neto. Segundo o texto, a escolha ocorreu sem processo seletivo externo e enfrentou resistência de conselheiros preocupados com possível conflito de interesses em razão da atuação de Ferreira no Comitê de Pessoas e Governança da Invepar, empresa na qual a Petros detém 25% do capital.
A nomeação ocorre após a exoneração de Danilo Cabral, pressionado pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas, por representantes da concessionária TLSA com o apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao presidente Lula sobre o ritmo das obras da Ferrovia Transnordestina, mesmo após R$ 2,6 milhões investidos por Cabral no trecho cearense desde 2023.
Atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o jornalista Ricardo Cappelli (PSB) foi, por 23 dias, interventor de segurança pública do Distrito Federal, e lançou um livro com os bastidores do 8 de janeiro de 2023. A partir dessa experiência, ele não tem dúvidas em cravar que o ex-presidente Jair Bolsonaro deverá ser condenado e preso.
“Na minha opinião, há indícios suficientes para que o ex-presidente Bolsonaro seja condenado. Tem que aguardar a decisão da Justiça, tem o devido processo legal, ele vai ter direito a apresentar a sua defesa e apresentar o contraditório. Agora, na minha opinião, pelo conhecimento que tenho, há elementos de sobra para a sua condenação”, avaliou em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Cappelli também condenou a postura dos filhos de Bolsonaro, em especial o deputado federal Eduardo Bolsonaro, no episódio do tarifaço promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Quando vi aquele vídeo do Eduardo Bolsonaro, a impressão que tive foi estar diante de um bandido, de um sequestrador. Porque ele falava ‘ou vocês fazem isso, ou vai piorar, ou me dá isso ou vai piorar’. Isso é papo de bandido, de sequestrador. Uma situação lamentável, que demonstra que eles não têm compromisso com o Brasil. O compromisso deles é com a ambição política, uma ambição desmedida e que não é razoável. É muito grave o que o Eduardo Bolsonaro fez e eu espero sinceramente que a Câmara dos Deputados tome providências com relação ao mandato dele”, disparou.
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) irritou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e deixou Alexandre de Moraes isolado na Corte.
Magistrados inclusive que não participam do julgamento do ex-presidente na Primeira Turma, e também alguns que a integram, consideram que a decisão foi exagerada, desnecessária e insustentável do ponto de vista jurídico. As informações são da Folha de S. Paulo.
Com isso, dizem, o ministro debilita o STF justamente no momento em que a Corte, e especialmente ele próprio, estão sob feroz ataque de uma potência estrangeira, os EUA.
Embora Moraes siga com forte apoio dos colegas e reconhecimento pelo papel que desempenhou até agora e pelo preço pessoal que pagou na contenção de ataques à democracia, a impressão é a de que ele errou no caso específico.
A aposta entre integrantes do Supremo é a de que Moraes pode reconsiderar a determinação que encarcerou Bolsonaro em prisão domiciliar. O problema seria a personalidade do ministro, que dificilmente dá o braço a torcer e não costuma seguir ponderações dos colegas.
Caso ele mantenha a decisão, os integrantes da Primeira Turma poderiam derrubá-la, o que não é considerado impossível, porém, muito difícil de acontecer.
Do ponto de vista técnico, magistrados ouvidos pela coluna consideram que não faz sentido Moraes afirmar, em decisão anterior, que Bolsonaro estava liberado para “proferir discursos em eventos públicos ou privados” e na sequência mandar prender o ex-presidente porque ele falou a manifestantes em Copacabana no domingo (3).
Neste dia, por meio de ligação telefônica transmitida em viva-voz por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, o ex-presidente disse “boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”.
Do ponto de vista político, integrantes do STF afirmaram à coluna que a decisão de Moraes teve o condão de quebrar o consenso que existia até então entre amplos setores do empresariado, da imprensa e da opinião pública de que os ataques do presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil estavam tendo respostas adequadas do STF.
O vento estava a favor do Supremo e contra Trump e Jair Bolsonaro. Mas desde a segunda (4), dizem, começou a mudar.
Antes da prisão de Bolsonaro, diversas pesquisas mostravam que a população brasileira estava contra as atitudes de Trump que condenava a família Bolsonaro por causa do tarifaço. A reação de Lula em defesa da soberania brasileira também era aprovada pela maioria.
Até mesmo a decisão de Moraes de colocar tornozeleira em Bolsonaro foi aprovada pela maioria, que acreditava que ele poderia, sim, fugir do Brasil.
Empresários, economistas, cientistas políticos, advogados, diplomatas e ex-chanceleres eram praticamente unânimes em dizer que o norte-americano tentava submeter o país a uma chantagem e que Bolsonaro e seu filho estavam traindo a própria pátria.
Depois da decisão de Moraes, afirma um magistrado, a conta do tarifaço de Trump começou a cair no colo do STF.
Editoriais de jornais, analistas e empresários passaram a criticar duramente a decisão de Moraes.
A defesa de Bolsonaro já recorreu para que o magistrado reconsidere a determinação.