Por Manoel Guimarães – especial para o Blog
O ex-interventor de segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli (PSB), foi o primeiro nome lançado ao governo distrital, em oposição à atual gestão de Ibaneis Rocha (MDB). Para a missão, tem recorrido a estratégias que beiram o populismo, como morar por uma semana na casa de outras pessoas que vivem nas cidades satélites. O estilo, comparado ao do ex-governador do DF, Joaquim Roriz, não teria a mesma intenção, segundo Cappelli.
“O que estou fazendo é mergulhando na realidade das pessoas. Uma coisa é você fazer uma reunião e voltar para casa, outra coisa é você ir e passar a semana inteira lá, indo trabalhar, pegando ônibus, pegando metrô, chegando à noite, fazendo reunião, indo dormir tarde, andando pela cidade toda. Para mim está sendo uma experiência fantástica. Estou conhecendo um Distrito Federal profundo, que tenho a certeza de que a maioria dos políticos não conhece. Quando você fica lá oito dias é uma realidade completamente diferente, tem muito abandono do poder público”, afirmou ele, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Leia maisAtualmente ocupando a presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cappeli acredita que a pouca pontuação nas pesquisas de intenção de voto se deve à distância que falta para o processo eleitoral, e que as pessoas ainda não estão preocupadas com a política. “As pessoas não estão pensando em eleição. O que as pesquisas estão medindo agora ainda é notoriedade e conhecimento. Tem muita coisa para acontecer ainda. Me honra muito o PSB ter lançado a minha pré-candidatura. Estamos trabalhando para construir uma ampla frente democrática no Distrito Federal, e com essa frente vamos ganhar as eleições no ano que vem”, afirmou.
Cappeli ainda fez críticas à gestão de Ibaneis, por, segundo ele, ignorar problemas históricos na capital federal e se focar em obras de infraestrutura. “O problema de Brasília não se resolve com obras viárias, e sim com transporte de massa. Não adianta ficar abrindo mais vias que vai entupir de novo. O governo paga R$ 2,5 bilhões de subsídio por ano para as cinco empresas de ônibus que operam aqui. Com esse dinheiro dava para levar o metrô de superfície para várias cidades satélite, mas o que eles estão fazendo é obra viária mal-feita”, disparou Cappelli.
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