O entardecer na belíssima e histórica Juazeiro, na Bahia, cidade-irmã de Petrolina, neste sábado de fim de semana entre terras pernambucanas e baianas. A vida de quem viaja muito é cansativa, mas proporciona momentos inesquecíveis.

O entardecer na belíssima e histórica Juazeiro, na Bahia, cidade-irmã de Petrolina, neste sábado de fim de semana entre terras pernambucanas e baianas. A vida de quem viaja muito é cansativa, mas proporciona momentos inesquecíveis.
A assessoria da deputada Luizianne Lins (PT-CE) divulgou uma nota nesta sábado (4), afirmando que a parlamentar segue detida na prisão de Ketziot, depois que a Flotilha onde estava foi interceptada pelo governo de Israel.
“No momento, causam preocupação os relatos recebidos por representantes legais de que parte do grupo estaria sendo privado de água, alimentos e medicamentos, em violação a normas internacionais de direitos humanos e ao direito humanitário que protege missões civis e de ajuda humanitária”, informam. De acordo com a nota, Luizianne optou por não assinar um suposto “documento de deportação acelerada” que teria sido oferecido pelas autoridades israelenses. As informações são da CNN Brasil.
Leia mais“A parlamentar considerou o documento abusivo e que, por sua trajetória na defesa dos direitos humanos, entendeu que sua responsabilidade ia além de sua própria situação — estando em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento”, dizem.
A delegação brasileira é formada por 15 pessoas no total. Neste sábado, a organização da iniciativa, Global Sumud Flotilha, confirmou que o primeiro brasileiro foi deportado, mas ainda não há mais informações sobre o seu retorno ao Brasil.
Na nota, a assessoria da deputada exige que o governo de Israel “liberte imediatamente as brasileiras e os brasileiros detidos ilegalmente”.
A Flotilha buscava romper o bloqueio israelense usando embarcações que partiram de portos do outro lado do Mar Mediterrâneo. Entre os integrantes da flotilha estava a ativista climática Greta Thunberg.
Leia menosO ministro do Turismo, Celso Sabino, comunicou a aliados que decidiu permanecer no governo Luiz Inácio Lula da Silva mesmo em meio ao processo de expulsão aberto contra ele pelo União Brasil. Segundo interlocutores, o anúncio oficial deve ser feito ao presidente Lula na próxima semana, quando Sabino reforçará a escolha de seguir no cargo. A informação foi inicialmente divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo” e confirmada, em seguida, pelo O Globo.
O movimento ocorre após semanas de indefinição. Desde 18 de setembro, quando a Executiva nacional determinou que todos os filiados deixassem os postos na Esplanada em até 24 horas, o ministro vinha postergando sua saída. Chegou a entregar uma carta de renúncia, mas atendeu a um pedido de Lula para permanecer durante a agenda da COP30 em Belém. A demora levou a direção do União a abrir um processo disciplinar. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisO deputado Fábio Schiochet (SC), relator do caso, informou que o parecer será apresentado na quarta-feira. “O partido instaurou no dia 30 um processo disciplinar. Espero que ele tenha coerência e siga a orientação do partido”, disse ao Globo.
Caso recomende a expulsão, caberá ao presidente da legenda, Antonio Rueda, convocar a Executiva para deliberar. A leitura entre dirigentes é de que Sabino busca ganhar tempo de olho nas eleições de 2026. Pré-candidato ao Senado, ele avalia que a COP30 e o Círio de Nazaré, maior evento religioso do Pará, são vitrines importantes para sua projeção.
No estado, o governador Helder Barbalho (MDB) desponta como favorito a uma das vagas, enquanto a segunda deve ser disputada entre Sabino e o presidente da Assembleia Legislativa, Chicão (MDB).
Nos bastidores, integrantes da sigla afirmam que a permanência prolongada enfraquece a autoridade da Executiva nacional. Sob reserva, um aliado de Rueda afirmou que a decisão do partido foi clara e o descumprimento abriria precedente para outros filiados desrespeitarem questões internas.
Em público, Sabino tem buscado reforçar sua aproximação com Lula. Em discurso ao lado do presidente na quinta-feira, em Belém, adotou tom de agradecimento: “Presidente Lula, o que nós fizemos juntos no Turismo nunca será esquecido. Nada, nenhum partido político, nenhum cargo e nenhuma ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará. Conte comigo, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar, para segurar a sua mão”.
As declarações foram lidas no União como sinal de alinhamento com o Planalto, em contraste com a resolução que determinou o desembarque imediato do governo. Ainda assim, Sabino deve oficializar nos próximos dias que continuará no cargo, mesmo diante do processo interno. Procurado, o ministro não se manifestou até a data desta publicação.
Leia menosPor Letícia Lins
Do portal OxeRecife
Meu querido Mucíolo Ferreira costuma me brindar diariamente com pequenas informações sobre o Santo do Dia. Muito católico, ele gosta de curtir aquela “folhinha” (calendário) que nossos avós mantinham nas paredes, e que associa cada data a um santo diferente. Em alguns casos, ele cita até nomes de pessoas que são ligadas de alguma forma aos santos a que se refere.
E deles não escapa nem mesmo o Anjo da Guarda. Nesta semana, Mucíolo me enviou um texto não sobre um, mas sobre vários anjos da guarda – Haiaiel, Lehahiah, Vehuel, Poiel, Lecabel, Damabiah e muitos outros que eu nem sabia dos nomes – junto com referências quanto aos humanos por eles protegidos: políticos, damas da sociedade, jornalistas, artistas conhecidos, jogadores… Acreditam? Para cada anjo, uma pessoa.
Leia maisNeste sábado, ele fez o mesmo, dessa vez para falar de um santo pelo qual tenho a maior admiração, pela sua história e pelo amor aos pobres e à natureza. O post aqui no #OxeRecife é ilustrado com um mosaico da artista plástica Sandra Paro, que residiu por um longo tempo no Recife, mas que hoje mora em Penápolis (SP), cidade em que tem São Francisco como padroeiro e na qual fica um santuário dedicada ao santo.
Acho muito interessante que São Francisco de Assis seja o santo que desperta as mais variadas interpretações entre artistas plásticos, artesãos. O de Sandra, por exemplo, mostra o santo deitado no chão. Qual outro, na Igreja Católica, vocês já viram acocorados, sentados em banquinhos, com o bumbum para cima em meio à relva, ou cercado de vários bichos? Só ele mesmo… Não é a toa, que essa diversidade tenha me levado a colecionar mais de 50 imagens do Santo de Assis.
Diz Mucíolo: “Sábado, 4 de outubro, é o Dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos Animais e da Ecologia. A data é em memória da sua morte ocorrida no ano de 1226, na cidade de Assis, Itália. Ao santo é atribuído vários milagres – cura dos enfermos, expulsão dos demônios, e até a pacificação de um lobo faminto. Todavia o milagre mais conhecido, extraordinário e simbólico foi o recebimento dos Estigmas – as marcas das feridas de Jesus Cristo – em suas mãos, pés e lado. São Francisco de Assis Rogai por Nós que recorremos a Vós! Em tempo: no quadro retratando a imagem do santo, que ilustra o texto, o artista utilizou a técnica óleo sobre tela. A obra está na parede do meu quarto reforçando minha fé e devoção ao Protetor dos Animais e da Natureza.”
Hoje, logo cedo, recebi imagens de Francisco enviadas por Mucíolo e por Sandra. Aprendi com São Francisco a gostar da natureza e dos animais. Uma vez, resgatei em um parque um bem-te-vi cego de um olho e machucado. Trouxe a ave para casa, cuidei dela até que sentindo-se segura, ela tomou asa e voou para o mundo. Mas quando estava comigo em casa, o passarinho costumava voar e se abrigar nessa imagem da foto abaixo, uma da minha coleção sobre o Santo tão querido.
A imagem tem uma ave de barro na mão esquerda, mas na da direita… o pássaro tomou conta. Por conta disso, passei a chamar esse bem-te-vi de Francisco.
Editorial – Gazeta Pernambucana
Nos últimos dias, o Brasil tem assistido a um surto inquietante: bebidas alcoólicas adulteradas com metanol provocaram intoxicações graves, mortes e um estado geral de comoção. As autoridades se mobilizam, fiscais invadem depósitos, bares são interditados, e o noticiário se ocupa, como deve, da tragédia sanitária que se anuncia. Mas é preciso, com serenidade e espírito crítico, perguntar: por que agora?
Não se trata aqui de negar a gravidade do que está diante de nós. Pelo contrário. O que preocupa é justamente a coincidência entre o surgimento repentino do escândalo, sua propagação veloz na opinião pública e o momento político que atravessamos. Com a retórica de antagonismo internacional, que por tanto tempo serviu de moldura para discursos sobre soberania e resistência, perdendo força após encontros simbólicos em tribunas multilaterais, o foco parece ter voltado para dentro. E, como num passe ensaiado, o inimigo muda de endereço: de fora para dentro, da geopolítica para a geografia urbana.
Leia maisÉ o bar da esquina, o comerciante informal, o atravessador sem nota fiscal que agora encarnam o novo perigo. Não há dúvidas de que crimes foram cometidos. Mas a narrativa construída em torno disso, envolta em operações relâmpago, pronunciamentos oficiais e discursos de indignação, pode servir a propósitos que vão além da saúde pública.
Há algo de curioso no sincronismo dos fatos: justo quando os olhos começavam a voltar-se novamente para as contas públicas, os contratos suspeitos, a lentidão nas entregas estruturais e as promessas ainda não cumpridas, uma nuvem densa se instala sobre o debate, e o centro das atenções se desloca.
Não há acusações neste texto. Há perguntas. Estaria o escândalo das bebidas sendo usado, consciente ou não, como instrumento de redirecionamento do olhar coletivo? Estaríamos diante de uma nova forma de distração cuidadosamente construída, onde o temor legítimo da população serve como pano de fundo para o avanço silencioso de interesses mais profundos?
A história brasileira tem larga experiência em fabricar emergências que ofuscam verdades mais incômodas.
Que se apurem os fatos, que se puna com rigor os responsáveis. Mas que também se mantenha aceso o farol da vigilância crítica. Porque, às vezes, o que mais intoxica não está no copo, mas na narrativa.
Leia menosDo UOL
Alguns adultos têm o costume de dormir com pelúcias, outros guardam com cuidado brinquedos que ganharam na infância e há ainda os que assistem a desenhos infantis em momentos de estresse como forma de “conforto”.
Os hábitos são aparentemente comuns, e inofensivos, mas há um grupo de pessoas que os levam a níveis um pouco mais extremos: elas chupam chupeta, mamam na mamadeira e brincam de boneca.
Leia maisEsse fenômeno ganhou notoriedade nos últimos meses após uma onda de adultos ao redor do mundo, principalmente na China, assumir as práticas peculiares nas redes sociais. Apesar da recente exposição, muitos já guardavam esses segredos há tempos em suas privacidades.
Isabella*, 26, começou a usar chupeta por volta dos 18 anos em um processo de se infantilizar logo após ser diagnosticada com transtorno Bipolar e de Borderline. Ela criou coragem para concretizar esse desejo depois que a cantora americana Melanie Martinez apareceu na mídia com trajes infantis a partir de 2016.
“Quando estou lendo, estou usando chupeta. Quando estou assistindo série, estou usando chupeta. Ou então, estou bebendo um leite com Toddy na mamadeira. É tão confortável. Sabe quando você está muito mal e existe somente uma coisa que te deixa mais em paz?”, relata.
A mulher contou ainda ter feito a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2017 usando o objeto. “Falei para a moça que estava orientando a prova ‘olha, eu estou muito nervosa e só consigo me acalmar com a minha chupeta’.” Com estranhamento, a aplicadora aceitou.
“Não me vejo como adulta”
Isabella também passou a usar roupas com personagens, pintou o cabelo colorido e fez uma franjinha. Tudo isso porque ela admite não se sentir uma adulta, mas sim uma adolescente.
A jovem entende que tentar parecer mais nova é uma forma de fugir dos problemas da vida madura. “Isso é uma fuga. O ‘Age Regression’ não é um tratamento, nem uma salvação, é uma fuga como o cigarro, a droga e a bebida alcoólica”, diz.
“É como se você pudesse, dentro da sua cabeça, voltar no tempo. Não de uma forma literal, obviamente, mas esses objetos fazem você se sentir com aquela sensação de colo, de você dormir no sofá e o seu pai te botar na cama. É essa sensação que tenho quando uso a chupeta: de colo, de abraço, de acolhimento, de carinho, de atenção”, completa Isabella.
A atriz e influenciadora Heloisa Berutte Canabarro, 27, mais conhecida como Lolly Vomito na internet, também cita ter um apego por sua coleção de bonecas, com que brinca até hoje. Para ela, no entanto, a relação diz sobre um modo de manter um “universo lúdico” vivo dentro de si.
“Eu tenho várias bonecas, criei vozes e personalidades para elas. Dormir com as minhas bebês me faz sentir aconchegada, amada por mim mesma, abraçada, dentro de um sonho”, explica.
Manter o universo lúdico?
Heloisa argumenta que esse universo infantil costuma escandalizar parte da sociedade porque “o adulto é condicionado a ter uma rotina, a ser responsável, uma máquina do sistema”. “Quem determinou que o adulto não pode ser bobo e ter uma pausa dentro de toda essa rigidez?”, questiona.
A atriz afasta as acusações de “infantilização” e entende que os adultos são chamados constantemente para revisitar suas infâncias. “A única coisa que objetos infantis podem influenciar em um adulto é fazê-lo mais poético, mais artístico e que ele consiga colorir o seu próprio mundo”, acredita.
Ela também vê no comportamento um jeito de cultivar pessoas que sejam mais empáticas e sensíveis com as crianças: ”Se você não sabe se colocar no lugar da criança enquanto adulto, como é que espera que ela tenha acesso ao que precisa para se desenvolver? Qual foi o pai ou a mãe que nunca foi numa loja de brinquedos e pensou mais no presente que gostaria de ter tido na infância?”
Linha entre hábito saudável e adoecedor é tênue, dizem analistas
A psicóloga e psicanalista Raquel Baldo entende que esses pertences podem surgir como uma reação a um meio marcado pelo excesso de trabalho, violências, tabus, padrões e aprisionamentos típicos de existir em sociedade.
Assim, alguns adultos encontram o “brincar” como uma forma de lazer, hobby e até colecionismo em meio às rotinas. Baldo exemplifica com o caso de pessoas que mantêm na parede uma coleção de carrinhos, ou que “brincam” de trocar peças de algum automóvel.
“Inconscientemente, algumas pessoas usam como recurso para voltar a um lugar muito antigo da nossa história, que era onde a gente sentia que estava protegido e livre de imposições.”
Para ela, a relação com esses objetos infantis pode ser uma forma de “acolhimento da criança interior” e de nostalgia, desde que não suscite o desejo de retornar à infância.
Podem ser usados como “muleta emocional”?
O psiquiatra Gabriel Okuda, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta que em situações mais extremas, os itens —principalmente a chupeta— podem se apresentar como um “mecanismo desadaptativo” se utilizados como fuga da realidade.
“Porque não resolvem o problema de fato, não resolvem a frustação, a angústia da vivência do cotidiano, apesar de trazerem algum acalento e alívio imediato”, justifica. Pelo contrário, podem ser reforçadores de sintomas e propulsores de adoecimento, segundo ele.
Os dois especialistas concordam que os hábitos infantis em seus extremos têm um funcionamento semelhante ao cigarro e outros vícios. Okuda fala que todos eles são como “muletas emocionais”. Começam como um mecanismo de alívio, mas trazem dependência a longo prazo.
“O cigarro é tido como objeto de adulto, por isso que ele é ‘aceito’ pela sociedade. Mas é tão prejudicial no psíquico quanto a chupeta. Tão quanto, mas com uma diferença muito importante: ele não repete o lugar declarado de ‘eu quero voltar a ser um bebê’. Ele é uma repetição de uma falta, ele conta questões importantes não amadurecidas.”, explica a psicanalista Raquel Baldo.
O comportamento também pode revelar sobre faltas afetivas na fase inicial da vida, de acordo com a psicanalista. Por isso, Baldo compreende que algumas dessas pessoas podem fantasiar retornar para os primeiros anos de existência como uma possibilidade de ser amado como desejava e precisava.
“Se eu não tive, eu não tenho como ter de novo. Eu posso viver hoje, posso dar isso para alguém. Eu posso me dar enquanto adulto, mas não tenho como voltar lá atrás e tentar fingir que eu ganhei para poder seguir daqui para frente”, continua Baldo. “Estamos falando realmente de sequelas que precisam ser ouvidas, suportadas, acolhidas e ressignificadas em tratamento psíquico, mas não reforçadas”, conclui.
Infância como movimento estético
Ney Branco de Miranda, psicanalista e doutor em filosofia, acrescenta ainda que o movimento ganhou “estilização” ao ser divulgado nas redes sociais. Ele destaca que, em alguns casos, trata-se de um “construto de imagem” para ser apresentado para o outro, e não necessariamente uma conduta que realmente era mantida na privacidade do indivíduo.
Miranda compara com fenômenos do mundo da moda, em que se cria uma estética e a incorpora em sua identidade. O especialista também acredita que o número de adultos que de fato faz uso de objetos infantis são em número menor do que passou a aparecer ao público nos últimos meses.
Leia menosDa Folha de Pernambuco
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou, na manhã deste sábado (4), que aumentou para 12 o número de suspeitas de intoxicação por consumo de bebidas alcoólicas adulteradas por metanol no estado.
Três casos estão sendo investigados em Lajedo, no Agreste, sendo dois óbitos e um paciente com sequelas oculares. Em João Alfredo, também no Agreste, um paciente do sexo masculino, de 30 anos, faleceu no dia 30 de setembro.
Outras suspeitas foram registradas nas cidades de Cedro, Recife, Ipojuca, Lagoa do Ouro, Caruaru e Garanhuns. Em Olinda, a SES-PE confirma apenas um caso em investigação. No entanto, a Secretaria de Saúde do município informou, na manhã deste sábado, mais uma possível paciente intoxicada.
O órgão estadual já descartou um caso. O paciente é um homem, de 30 anos e nome não divulgado, morador de Gravatá. Os laudos dos exames realizados não forneceram alterações compatíveis com “intoxicação exógena”, nome técnico para a ingestão de substâncias por meio de alimentos, bebidas, absorção pela pele ou inalação.
A Câmara Municipal de Cotia decidiu, ontem (3), cassar o mandato de Alexandre Frota (PDT), em decorrência de um processo em que foi condenado por calúnia e difamação contra o então deputado federal Jean Wyllys, em 2023.
Na decisão, o presidente da Casa, vereador Osmar Danilo da Silva (Republicanos), justificou que a cassação se baseia na Constituição Federal e na Lei Orgânica do município. “Em razão da condenação criminal por crime doloso, com sentença definitiva e irrecorrível proferida nos autos do processo da Queixa-Crime”, começa. As informações são da CNN Brasil.
Leia mais“Considerando ser competência do Presidente da Câmara declarar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos previstos em Lei. (…) Fica declarada a perda do mandato de Vereador do Sr. Alexandre Frota de Andrade”, completa no documento.
A partir do ocorrido, Frota foi às redes sociais comentar a decisão da Câmara, ocorrida após o trânsito em julgado do processo. Em um vídeo publicado, ele cita o que chamou de “guerra” e diz que já estavam tentando o calar: “ninguém imaginava que isso pudesse acontecer”.
“É uma guerra e, infelizmente, a Câmara hoje cassou o meu mandato, como vocês todos já devem saber. É óbvio que eu não fiquei feliz, fiquei triste porque eu vinha exercendo um trabalho profissional bacana de muita entrega, de muito amor a esta cidade”, afirmou.
“Ninguém queria e ninguém imaginava que isso pudesse acontecer, mas aconteceu e não é de hoje que tentavam me calar, mas engana-se quem vai me calar. Eu continuo sendo esse cara, eu continuo dedicado à cidade, vou continuar ajudando as pessoas agora livre”, completou.
Leia menosPesquisadores em Campina Grande, na Paraíba, desenvolveram uma forma rápida de identificar a contaminação por metanol. Garantir a qualidade das bebidas destiladas é o foco dos pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba. Eles criaram um método rápido e barato para saber se alguma delas está contaminada com metanol.
O equipamento emite luz infravermelha na garrafa, que pode estar lacrada. A luz provoca uma agitação nas moléculas, e um software recolhe os dados, interpreta as informações e identifica qualquer substância que não faz parte da composição original da bebida, desde o metanol até a adição de água, para fazer o produto render mais. A pesquisa começou analisando cachaça, mas pode ser usada para outros destilados. As informações são do Jornal Nacional
Leia mais“Essa metodologia foi capaz de, além de identificar se a cachaça estava adulterada com compostos que são característicos da própria produção, ou se foi feita alguma alteração fraudulenta como água ou algum outro composto”, afirma David Fernandes, autor do artigo.
O método detecta adulterações em poucos minutos, sem produtos químicos, com até 97% de acerto. A pesquisa começou em 2023 e, em 2025, os pesquisadores publicaram dois artigos sobre o método na revista “Food Chemistry”, uma das principais dedicadas à química e bioquímica dos alimentos.
Além de facilitar as análises em laboratórios, o equipamento pode ser utilizado por órgãos controladores. Mas, para isso, os pesquisadores estão tentando meios de produzir o método em grande escala e já estão desenvolvendo um novo mecanismo de segurança: um canudo que muda de cor ao entrar em contato com o metanol.
“A gente está desenvolvendo uma solução em que vai ter um canudo impregnado com a substância química, que ao contato com o metanol, ela vai mudar de cor. Isso vai fazer com que o usuário também tenha uma segurança de, quando estiver consumindo a bebida, de que a bebida não tem o teor de metanol”, diz Nadja Oliveira, pró-reitora de pós-graduação da UEPB.
Leia menosO prefeito de Timbaúba, Marinaldo Rosendo (PP), anunciou, neste sábado (4), seu apoio ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), em um gesto que reforça a articulação política de Campos para consolidar uma frente ampla no interior do estado. O movimento é visto como mais um passo para fortalecer o projeto político do gestor recifense em direção a disputas estaduais futuras.
Ligado ao Progressistas (PP), Marinaldo tem influência na Mata Norte e no entorno de Timbaúba, onde construiu base eleitoral sólida após mandatos como deputado federal e prefeito. Sua adesão é estratégica para ampliar a presença de João Campos fora da capital, agregando aliados em uma região que tem papel importante no cenário político de Pernambuco.
“João Campos tem mostrado capacidade de diálogo e gestão eficiente, além de olhar para o desenvolvimento de todo o estado, não apenas da capital. Tenho um grande respeito pela família Campos e uma relação pessoal que construí com Eduardo, que sempre foi uma inspiração de liderança para mim. Acredito no projeto que João representa e entendo que ele é um nome preparado para liderar Pernambuco com responsabilidade e visão de futuro”, declarou Marinaldo Rosendo.
Por Estadão Conteúdo
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na manhã deste sábado, (4), a compra de 2,5 mil unidades de fomepizol, um antídoto para intoxicação por metanol. A aquisição emergencial ocorre em meio à crise do consumo de bebidas adulteradas, que já resultou em 127 casos de intoxicação entre suspeitos e confirmados no Brasil inteiro. Até o momento, o Ministério da Saúde informa que 11 desses casos foram confirmados por meio de exame laboratorial.
O tratamento nesses casos pode ser feito com antídoto, hemodiálise, etanol puro e até vodca, segundo pesquisadores do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O antídoto mais adequado é o fomepizol, mas o Brasil não tem fabricação própria da substância. Por isso, o governo contatou fabricantes ao redor do mundo por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Leia maisDe acordo com Padilha, a pasta acertou a compra com uma produtora do Japão e esses 2,5 mil tratamentos devem chegar ao Brasil ao longo da próxima semana.
A intoxicação por metanol leva à produção de substâncias altamente nocivas para o corpo, como o ácido fórmico. O fomepizol, considerado referência mundial para tratar esse quadro, é da classe de um dos inibidores de álcool presentes no fígado, e tem a capacidade de metabolizar o etanol e o metanol. Ao tomar o fomepizol, então, a formação de ácido fórmico não acontece e o metanol é eliminado do organismo.
Em reportagem recente do Estadão, o médico Fábio Bucaretchi, coordenador associado do Ciatox, explicou que o fomepizol é um antídoto considerado essencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“É muito mais fácil de ser utilizado. Não precisa fazer infusão contínua e o tempo de tratamento é mais curto”, afirmou o especialista.
No anúncio, feito durante coletiva de imprensa em Teresina (PI), Padilha também informou que 12 mil ampolas de etanol farmacêutico foram adquiridas pelo governo e serão distribuídas para os Centros de Referência de Toxicologia espalhados pelo País. “Já tínhamos adquirido 4,3 mil ampolas e agora garantimos mais 12 mil, que serão distribuídas aos centros de toxicologia e hospitais universitários. Essa ampliação assegura que nenhum paciente fique sem acesso ao tratamento adequado”, reforçou o ministro.
Existem 609 farmácias de manipulação cadastradas pela Anvisa e capazes de produzir essa substância no Brasil.
De acordo com comunicado do MS, os dois antídotos (etanol e fomepizol) podem ser utilizados na suspeita de intoxicação e o profissional de saúde não precisa aguardar a confirmação laboratorial. Mas a administração deve ser feita exclusivamente sob prescrição e monitoramento médico em um ambiente de saúde.
Especialistas pontuam, entretanto, que nos casos mais graves, é necessária a realização da hemodiálise. Esse procedimento remove do sangue tanto o metanol como o ácido fórmico.
O metanol
A substância, também conhecida como álcool metílico, é um biocombustível altamente inflamável. Ela pode ser produzida por diferentes processos, como a destilação destrutiva da madeira, o aproveitamento da cana-de-açúcar ou a partir de gases de origem fóssil.
De acordo com Alvaro Pulchinelli Junior, médico toxicologista, patologista clínico e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), a substância é amplamente utilizada na indústria química, atuando como solvente, na fabricação de tintas e vernizes e em processos de refinamento. “É basicamente uma substância de uso industrial, não tem uso caseiro ou não profissional”, destacou, em entrevista ao Estadão.
O metanol, segundo o médico, não deve estar presente em nenhum alimento ou bebida. Em alguns casos, no entanto, o material é utilizado na produção de bebidas falsificadas. “O metanol não tem cheiro nem gosto específico. Ou seja, a pessoa não consegue identificar na bebida adulterada. Ela ingere sem se dar conta”, detalhou Pulchinelli.
Leia menosPresidente municipal do PSD em Trindade, no Sertão do Araripe, Zé Capacete se reuniu no Recife com o prefeito e presidente nacional do PSB, João Campos, para reafirmar o seu apoio à construção de uma aliança em prol de um estado mais justo e desenvolvido. Na ocasião, também estiveram presentes Romerinho Jatobá e Samuel Salazar, vereadores recifenses.
Em pauta, houve espaço para falar sobre projetos e ações da capital pernambucana que podem servir como referência para o povo de Trindade e de todo o Sertão, considerando o papel de articulação que Zé Capacete cumpre na região.
A relação entre João Campos e Zé Capacete vem se consolidando, o que inclui gestos de ambos os lados. Nas eleições de 2024, João anunciou o seu apoio à candidatura a prefeito de Zé Capacete e os dois voltaram a se encontrar recentemente na Missa do Vaqueiro, em Serrita.
A governadora Raquel Lyra (PSD) esteve ontem (3) em Vertentes, onde assinou, ao lado do ex-prefeito e agora pré-candidato a deputado estadual Romero Leal, a ordem de serviço para a restauração da PE-130, no trecho que conecta a PE-090 (Vertentes) à BR-104, em Taquaritinga do Norte.
A obra, inserida no programa PE na Estrada, prevê a requalificação de 19,5 km de rodovia, com investimento de R$ 20,6 milhões. Segundo o governo, a iniciativa é estratégica tanto para garantir mais segurança aos motoristas quanto para fortalecer a economia do Agreste, marcada pelo intenso fluxo de mercadorias e pelo potencial comercial da região.
Após o ato oficial, Raquel Lyra e Romero Leal participaram de um almoço com lideranças locais, onde a governadora aproveitou para reafirmar apoio à pré-candidatura do aliado à Assembleia Legislativa de Pernambuco. O gesto consolida a entrada de Romero na disputa eleitoral com respaldo direto do Palácio do Campo das Princesas.