A PGR (Procuradoria-Geral da República) pretende definir ainda em 2025 os rumos do inquérito aberto contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pela venda de joias sauditas no exterior.
São três os caminhos possíveis: oferecer mais uma denúncia contra o ex-presidente, pedir mais diligências para complementar o acervo de provas ou requerer o arquivamento da investigação. As informações são da CNN.
Leia maisCom a conclusão da ação penal sobre a tentativa de golpe, que levou à condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, volta seu foco para outras apurações ainda pendentes.
A interlocutores, Gonet sinalizou que o caso das joias virou uma das suas prioridades na reta final de 2025 – e que só vai “atrasar” essa análise se outras questões mais urgentes surgirem ao longo das próximas semanas.
A PF (Polícia Federal) indiciou, em julho de 2024, Bolsonaro e outras 11 pessoas por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Quase um ano e meio depois, ainda não houve definição da PGR sobre denunciá-los ou não.
O relatório da PF diz que a venda das joias, recebidas de presente por Bolsonaro durante seu mandato no Palácio do Planalto, teve por objetivo o enriquecimento ilícito do ex-presidente. O valor da operação é de aproximadamente R$ 6,8 milhões.
Auxiliares de Gonet dizem que o indiciamento não significa necessariamente que a PGR vá apresentar a denúncia. Prova disso é o inquérito sobre a fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19, que foi arquivado a despeito do indiciamento de Bolsonaro pela PF.
Naquele caso, o procurador-geral entendeu que não poderia oferecer denúncia com base unicamente na palavra do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que fechou acordo de delação premiada.
Ou seja, diferentemente da ação sobre o golpe de Estado, Gonet não viu provas que pudessem comprovar as falas de Cid. Fontes afirmam que o procurador-geral pode seguir o mesmo “roteiro” no caso das joias.
Por outro lado, Gonet tem indicado que a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União), que considerou que os presentes recebidos por presidentes são pessoais, e não públicos, pode até ser levada em consideração, mas não é determinante para o desfecho do caso.
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