Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã
Ainda não será após as eleições de outubro do ano que vem que o Brasil se verá livre da polarização política entre o PT e o PL. De acordo com as pesquisas, se as eleições fossem hoje, Luiz Inácio Lula da Silva estaria eleito para um quatro mandato como presidente da República. E o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra preso na sede da Polícia Federal em Brasília, despontaria como a principal força política nos estados e no Senado da República.
É o que mostra o quadro a partir das pesquisas eleitorais mais recentes nos estados. Desde as eleições municipais do ano passado, periodicamente o Correio da Manhã reúne os levantamentos mais recentes disponíveis em cada unidade da Federação para apresentar um quadro geral da disputa.
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O levantamento abaixo leva em conta o cenário 1 estimulado que cada instituto pesquisa em cada unidade da Federação, tanto para o governo estadual quanto para o Senado. A soma dos números que cada partido poderá conquistar ultrapassará as 27 unidades – 26 estados e o Distrito Federal – porque há diversas situações de empate que precisam ser consideradas. Tomando-se como exemplo somente o Rio Grande do Sul, a última pesquisa Real Time Big Data aponta empates dentro da margem de erro entre cinco candidatos ao Senado. Todas essas hipóteses precisam, então, ser consideradas.
De acordo com essas pesquisas mais recentes, se as eleições fossem hoje, o PL poderá eleger até oito governadores. Faria, por exemplo, o Rio Grande do Sul com o líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco. E reelegeria o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello. Faria também o segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais, com o senador Cleitinho.
O União Brasil viria em seguida com seis possíveis governadores. Estão aí o Paraná com o senador Sergio Moro e a Bahia, com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto. PSD e MDB poderiam fazer quatro. No caso do PSD, nomes como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. No caso do MDB, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, na Paraíba.
Republicanos e PSB podem eleger dois. No Republicanos, desponta o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, caso não saia candidato à Presidência da República. No caso do PSB, o prefeito do Recife, João Campos, que pode ser novamente um fenômeno de votos na disputa pelo governo de Pernambuco.
O Senado mostra a chance de o PL eleger até 16 novos senadores. Nas eleições do ano que vem, serão renovados dois terços do Senado, e cada estado elegerá dois senadores. Podem estar aí nomes como o vereador Carlos Bolsonaro, que deixa o Rio de Janeiro para tentar uma vaga por Santa Catarina. Ou a esposa de Jair Bolsonaro, Michelle, pelo Distrito Federal.
O PSD, que no ano passado elegeu o maior número de prefeitos do país, poderia eleger oito senadores. Casos do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nome possível em Minas Gerais.
O PT e o PP podem fazer sete senadores. No caso do PT, nomes como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, pela Bahia, e o senador Humberto Costa para novo mandato em Pernambuco. O PP pode eleger em Alagoas o ex-presidente da Câmara Arthur Lira e o presidente do partido, senador Ciro Nogueira, no Piauí.
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