A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, avisou ao presidente Lula e seus ministros, ontem, que a empresa terá que reajustar o preço do diesel. O Conselho de Administração da petroleira se reúne amanhã, mas o anúncio de reajuste pode ficar para as próximas semanas. A data ainda não foi definida.
O aumento dos combustíveis, em especial o diesel, preocupa o governo porque impacta diretamente a inflação e o preço dos alimentos – justamente quando o governo busca aliviar o custo desses produtos na mesa dos brasileiros. O problema, de acordo com o setor, é que há uma defasagem no preço dos combustíveis.
Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), na semana passada a defasagem no óleo diesel chegava a 16% em relação ao preço internacional. Na prática, mais de R$ 0,50 por litro. Na gasolina, ainda segundo a Abicom, a defasagem é menor, de 7%.
Fontes do governo afirmam que, em 2024, a Petrobras manteve preços dos combustíveis estáveis mesmo com queda do valor no mercado internacional – o que ajudou a empresa a fazer um “colchão” para amenizar as perdas de agora.
O governo tem maioria no conselho da Petrobras, que é uma empresa de capital misto – ou seja, também tem acionistas privados. Se optar por segurar o preço dos combustíveis, o governo não prejudica apenas a própria estatal, como também outros importadores de combustível que atuam no Brasil.
Faltando menos de um ano para a eleição, a corrida para o Senado em Pernambuco é um grande embrulho, mas com um ângulo incontestável: com exceção do deputado Eduardo da Fonte (PP), hoje aliado da governadora Raquel Lyra (PSD), os nomes mais competitivos apontados na pesquisa do Opinião, com exclusividade para este blog, brigam para figurar na chapa do pré-candidato do PSB, João Campos (PSB). É o caso do líder Humberto Costa (PT), que a princípio seria o único com lugar garantido na chapa.
Além de estar no exercício do mandato, com direito de disputar a reeleição, Humberto é do PT, partido do presidente Lula, que terá apoio de João em Pernambuco. Miguel Coelho (UB) e Sílvio Costa Filho (Republicanos) disputam a segunda vaga, com um ingrediente que brevemente pode ganhar outro concorrente: Eduardo da Fonte.
O que se ouve nos bastidores é que não está descartada uma travessia de Eduardo da Fonte para a oposição, saindo com o seu grupo da base governista. Se isso acontecer, será o tiro de misericórdia no projeto da reeleição de Raquel, uma vez que Da Fonte lidera hoje um dos maiores grupos políticos no Estado.
Detém o controle de uma bancada de oito deputados na Assembleia Legislativa, com um verdadeiro exército de prefeitos e vereadores espalhado em todas as regiões do Estado. Dudu, como é mais conhecido, não teria dificuldades em fechar um acordo com João, mesmo com o seu partido ocupando cargos na gestão estadual, porque a federação PP-UB tende a liberar as alianças estaduais para uma tomada de posição divergente da corrida presidencial.
Neste cenário, João terá um grande abacaxi para descascar, porque seus aliados de primeira hora, Miguel e Sílvio Filho, já estão em plena campanha para o Senado, alimentando uma grande expectativa para serem escolhidos na chapa de João em uma das duas vagas para o Senado.
COMPETITIVO – Considerado a grande incógnita quanto ao rumo que tomará na disputa pelo Senado, o deputado Eduardo da Fonte (PP) detém hoje o controle da federação PP-UB, que terá a maior fatia do fundo partidário e também o maior tempo na propaganda eleitoral. Dizem que para onde ele pender, tem amplas chances de decidir a eleição.
Fenômeno regional – Já o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, que aparece na cola de Eduardo da Fonte, parte com uma grande votação no Sertão do São Francisco, quase 50%, exatos 46%. Nenhum dos nomes ventilados para o Senado aparece tão bem situado numa região exclusiva. O grande desafio de Miguel será romper a fronteira do São Francisco, especialmente no Grande Recife, que concentra quase metade do eleitorado do Estado.
Os números de Silvio – Embora presente fortemente na mídia, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos), aparece abaixo de Eduardo e Miguel porque só pontua com uma performance melhor no Agreste, onde tem 9,3%. Na Região Metropolitana desponta com apenas 4%, na Zona da Mata 8,1%, no Sertão 3,1% e no São Francisco 0,8%. Eleição para o Senado, entretanto, não depende do candidato. Historicamente em Pernambuco, os candidatos a governador puxam.
Voto contra – Seis congressistas de partidos que têm ministros no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votaram contra a medida provisória 1.303 de 2025, aprovada, ontem, por 13 votos a 12, em comissão especial do Congresso. O texto foi apresentado pelo governo como alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Perde a validade hoje se não for votada em plenário. Votaram contra Efraim Filho (União Brasil-PB), senador; Tereza Cristina (PP-MS), senadora; Hamilton Mourão (Republicanos-RS), senador; Marangoni (União Brasil-SP), deputado; Pedro Lupion (PP-PR), deputado; e Gilberto Abramo (Republicanos-MG), deputado.
Bolsonarismo em baixa – Representante do bolsonarismo raiz no Estado, o ex-ministro Gilson Machado, que disputa a preferência no PL pela vaga ao Senado, no campo da direita, com o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, aparece no mesmo patamar do concorrente, com menos de 10% das intenções de voto. Diante da falta de um candidato a governador competitivo na direita, é muito provável que Gilson saia candidato a deputado federal. Já Anderson aceita ser candidato ao Senado na chapa de Raquel.
CURTAS
Lira reage a Renan – Arthur Lira (PP-AL) rebateu as críticas de Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a tramitação da proposta que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. O ex-presidente da Câmara pediu que “não se faça politicagem” com o tema, após Renan afirmar que o texto serviu de “chantagem” contra o governo. A troca de farpas reacende a histórica rivalidade entre os dois alagoanos em Brasília.
ERRO AMARGO – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu desculpas após ironizar os casos de intoxicação por metanol durante coletiva de imprensa. Ao ser questionado sobre o avanço das investigações, Tarcísio afirmou que “só se preocuparia quando começassem a adulterar Coca-Cola” — comentário feito em tom de brincadeira, mas que gerou forte repercussão negativa. Em vídeo publicado nas redes sociais, o governador reconheceu o erro e pediu perdão às famílias das vítimas, dizendo que a fala “não cabia diante da gravidade do que vem acontecendo”.
CAPITAL VERDE – O Congresso aprovou a transferência simbólica da capital do Brasil de Brasília para Belém durante a COP30, que ocorrerá entre 11 e 21 de novembro. O projeto, de autoria da deputada Duda Salabert (PDT-MG) e relatado pelo senador Jader Barbalho (MDB-PA), permite que atos e despachos do presidente Lula e de ministros sejam assinados com referência à capital paraense durante o período do evento. A proposta ainda depende de sanção presidencial e tem como objetivo reforçar o protagonismo da Amazônia e do Brasil nas discussões globais sobre clima e sustentabilidade.
Com menos de um ano para as eleições gerais de 2026, o Instituto Opinião também aferiu, com exclusividade para este blog, os cenários na disputa para o Senado. Como serão duas vagas, na soma como opção do primeiro ou o segundo voto, Humberto Costa (PT) lidera com 26,7%. Em segundo lugar aparecem empatados, tecnicamente, o deputado Eduardo da Fonte (PP), com 20,8% e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), com 18,1%.
Em seguida aparecem o ministro dos Portos, Sílvio Costa (Republicanos), com 12,6% e o ex-ministro Gilson Machado (PL), com 9,4%. O senador Fernando Dueire (MDB), que assumiu a vaga do ex-senador Jarbas Vasconcelos, é o último, com apenas 3,1%. Brancos e nulos somam 48,1% e indecisos 61,2%.
No cenário em que o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, do PL, é testado no lugar de Gilson Machado, do mesmo partido, o quadro não muda muito. Humberto continua na liderança com 19,2%, Eduardo da Fonte vem em segundo com 12,7%, Miguel com 11,2%, Anderson com 6,8%, Silvio 5,7% e Dueire 1,6%. Brancos e nulo somam 20,7% e indecisos 22,1%.
Desempenho por região
No cenário em que Gilson Machado representa o PL, Humberto Costa tem mais força na Zona da Mata, onde aparece com 23,5%, seguido da Região Metropolitana (20,6%), Sertão (17,6%), Agreste (16,1%) e São Francisco (8,4%). Eduardo da Fonte concentra seu melhor desempenho no Agreste (15,1%), seguido da Zona da Mata (14,1%), Região Metropolitana (13,5%), Sertão (7,5%) e São Francisco (3,1%).
Já Miguel Coelho domina o São Francisco (46,6%), alcança 16,7% no Sertão, 9,9% no Agreste, 6,5% na Metropolitana e 3,7% na Zona da Mata. Sílvio Costa Filho aparece com 9,1% na Zona da Mata, 8,5% no Agreste, 4,4% na Metropolitana, 2,6% no Sertão e 0,8% no São Francisco.
Gilson Machado tem 6,2% na Região Metropolitana, 5,8% no Agreste, 5% na Zona da Mata, 4% no Sertão e 1,5% no São Francisco. Fernando Dueire registra 1,3% no Sertão, 1,2% no Agreste, 0,8% no São Francisco, 0,7% na Zona da Mata e 0,7% na Metropolitana. Brancos e nulos somam 22,8% e indecisos 23%.
No segundo cenário, quando Anderson Ferreira substitui Gilson Machado, Humberto Costa mantém a dianteira na Zona da Mata (22,8%) e na Região Metropolitana (21,5%), seguido do Sertão (18,5%), Agreste (16,9%) e São Francisco (6,1%). Eduardo da Fonte tem 16,1% no Agreste, 14,1% na Zona da Mata, 13,2% na Metropolitana, 6,6% no Sertão e 3,8% no São Francisco.
Miguel Coelho segue isolado no São Francisco (47,3%), com 20,3% no Sertão, 7,7% no Agreste, 7,6% na Metropolitana e 4% na Zona da Mata. Anderson Ferreira pontua 8,4% na Zona da Mata, 7,4% na Metropolitana, 6,2% no Agreste, 4,8% no Sertão e 4,6% no São Francisco. Sílvio Costa Filho tem 9,3% no Agreste, 8,1% na Zona da Mata, 4% na Metropolitana, 3,1% no Sertão e 0,8% no São Francisco.
Já Fernando Dueire aparece com 1,8% no Agreste, 1,7% na Zona da Mata, 1,5% no São Francisco, 1,4% na Metropolitana e 1,3% no Sertão. Brancos e nulos somam 20,7% e indecisos 22,1%.
Rejeição
O Opinião testou ainda a rejeição. Líder em todos os cenários, Humberto também aparece no topo. Entre os entrevistados, 7,8% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido de Gilson Machado e Anderson Ferreira, com 6,6% e 6,1%, respectivamente, dos entrevistados que afirmaram não votar neles de forma alguma.
Em seguida aparecem Fernando Dueire, com 3,3%, Eduardo da Fonte, com 2,9%, Silvio Filho, com 2,8% e por último Miguel Coelho, com apenas 2,5% dos eleitores que não votariam nele de jeito nenhum.
A pesquisa foi à campo nos dias 30 de setembro, um, dois e três de outubro, sendo aplicados dois mil questionários em 80 municípios das mais diversas regiões do Estado. O intervalo de confiança estimado é de 95,5% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Veja amanhã números para a corrida presidencial em Pernambuco!
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a legitimidade da condução da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) no processo do Quinto Constitucional destinado ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A decisão, proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, julgou procedente a Reclamação nº 81.568 e determinou a retomada imediata do envio da lista sêxtupla ao tribunal.
Com o despacho, Moraes cassou as decisões do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) e da 12ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que haviam suspendido o trâmite do processo. O ministro reafirmou a autonomia da OAB-PE, reconheceu a validade dos atos praticados e determinou que o procedimento siga normalmente para a formação da lista tríplice, a ser encaminhada ao Governo de Pernambuco.
A decisão põe fim à controvérsia judicial que paralisava o processo desde novembro de 2024. Os seis nomes que seguem na disputa pela vaga do Quinto Constitucional do TJPE são: Adriana Caribé, Diana Câmara, Ana Paula Azevedo, Carlos Gil Filho, Alexandre Bartilotti e Paulo Arthur Monteiro.
À meia-noite em ponto, este blog divulga com exclusividade mais uma pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), desta vez medindo as intenções de voto para o Senado em Pernambuco. O levantamento revela como está a corrida pelas duas vagas em disputa, a menos de um ano das eleições gerais de 2026. Vale a pena dormir um pouquinho mais tarde nesta terça!
Pacientes que dependem do Cloridrato de Metilfenidato, usado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), relatam dificuldade para conseguir o medicamento na Farmácia do Estado de Pernambuco. Um leitor, que preferiu não ser identificado, contou ao blog que o remédio está em falta há meses e que o atendimento oferecido pelo serviço público não apresenta solução. “Ninguém dá uma resposta concreta. Quando a gente liga pra farmácia, mandam procurar a ouvidoria. Só que a gente liga pra ouvidoria e nem é atendido. Fica nesse jogo de empurra, e a gente que precisa é quem sofre”, afirmou.
O blog teve acesso a uma gravação feita pela fonte durante ligação para a Farmácia do Estado em Limoeiro, no Agreste. No áudio, o paciente questiona se a falta seria uma falha de informação. A funcionária confirma o desabastecimento total: “A informação, no caso, é distorcida da Secretaria de Saúde daqui?”, pergunta o denunciante. “Não, realmente, a medicação não tem. Nem a de 10, nem a de 20, nem essa LA, que é a de 30”, responde a atendente.
O medicamento, conhecido comercialmente como Ritalina LA, é de uso controlado e essencial para quem realiza tratamento contínuo. Na rede privada, o custo pode ultrapassar R$ 300, o que torna inviável a compra regular para muitos pacientes. Procurada pelo blog, a Secretaria Estadual de Saúde ainda não se manifestou sobre o motivo da falta nem sobre a previsão de normalização do fornecimento. O espaço segue aberto.
O paciente criticou ainda a postura do governo: “A saúde pública do Estado está um descaso total. A gente se sente esquecido, como se a vida da gente não tivesse importância, a não ser em ano de eleição, quando lembram que a gente existe”.
A menos de um ano das eleições, a governadora Raquel Lyra (PSD) segue sem tratar com atenção uma série de fissuras em sua base de apoio, o que pode prejudicar ainda mais a performance já fragilizada que a gestora vem apresentando nas principais pesquisas eleitorais. Um dos insatisfeitos com a falta de habilidade política do Palácio do Campo das Princesas é o Avante, partido que aderiu à gestão estadual há apenas sete meses, mas que já está a um passo de desembarcar do governo.
O impasse se agravou na semana passada, poucos dias após a filiação do prefeito de João Alfredo, Zé Martins, ao PSD. O movimento foi feito pelo Palácio para viabilizar uma dobradinha entre o filho do gestor, Felipe Martins, pré-candidato a deputado estadual, e Juliana de Chaparral, pré-candidata a deputada federal. O problema é que, na manobra, quem sobrou foi Waldemar Oliveira (Avante). O deputado federal foi apoiado por Zé Martins em 2022 e esperava repetir a parceria nas eleições do ano que vem.
A perda da base praticamente inviabiliza a reeleição de Waldemar e o sucesso da chapa que o irmão dele, Sebastião Oliveira, presidente estadual do Avante, está montando para deputado estadual e federal. Nos bastidores, interlocutores do partido avaliam que não há mais tempo para estabelecer novas parcerias competitivas nos municípios para 2026 e se ressentem de que, em vez de crescer, estão perdendo espaços após a aliança com Raquel.
O pouco apoio dado pelo Governo do Estado à gestão de Virgílio Oliveira, indicado do grupo para a administração de Fernando de Noronha, também tem pesado. Filho de Waldemar e sobrinho de Sebastião, ele só tomou posse no último mês de agosto, após cinco meses de espera por uma sabatina na Assembleia Legislativa. O episódio, sem precedentes na história de Pernambuco, foi interpretado como demonstração de fraqueza política e do pouco esforço empreendido pelo governo para livrar o indicado do Avante de um grande constrangimento.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deve iniciar, nesta terça-feira (8), a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2026, encaminhado pelo governo do estado na última sexta-feira (3). A proposta prevê um orçamento total de R$ 62,3 bilhões, sendo R$ 60,4 bilhões do Orçamento Fiscal e R$ 7,5 bilhões destinados a investimentos.
O presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação, deputado Antônio Coelho (União Brasil), informou que o cronograma de tramitação será publicado nesta terça.
“A governadora enviou aqui para a Casa na semana passada. Amanhã nós já vamos começar a tramitação, nós iremos publicar todo o cronograma. Teremos oportunidade de receber aqui representantes do Poder Executivo, o secretário de Planejamento sendo um deles, e teremos prazo de emendas para que os parlamentares possam contribuir com a LOA”, afirmou.
Segundo o parlamentar, o orçamento é a matéria-base de qualquer parlamento.
“É possivelmente a matéria mais importante que nós vamos deliberar aqui nesse ano, pois estima todas as receitas e define onde o estado vai investir, nas áreas de educação, saúde, infraestrutura, segurança pública, dentre outros”, disse. Antônio Coelho avaliou que o processo deverá ocorrer de forma tranquila. “Teremos sempre um canal de diálogo aberto com o Poder Executivo. Não antevejo nenhuma dificuldade, e com certeza vai ter uma tramitação célere e sem maiores percalços”, completou.
LDO Enquanto isso, seguem pendentes de deliberação os vetos da governadora Raquel Lyra (PSD) à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estão sob análise da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ). A deputada Débora Almeida (PSDB), uma das lideranças do governo na Alepe, explicou que os vetos foram motivados por dispositivos considerados inconstitucionais.
“Algumas propostas apresentadas pelo deputado Antônio Coelho interferem na autonomia administrativa do Poder Executivo. Por isso, a governadora, antes de sancionar, fez o veto constitucional e retornou aqui para a Casa”, afirmou.
A deputada informou ainda que o relator da matéria, deputado Waldemar Borges (MDB), retirou o texto de pauta na semana passada.
“Não sei se amanhã ele deve pautar para analisar, mas são realmente disposições inconstitucionais”, disse.
Débora Almeida acrescentou que não há expectativa de atraso na análise da LOA em razão da situação da LDO.
“Não acredito que a Casa Legislativa vá atrasar, até porque não é só o orçamento do Poder Executivo, é o orçamento de todos os poderes, o orçamento de Pernambuco”, declarou.
O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) participou, nesta terça-feira (7), de uma mobilização em Brasília que reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente à Catedral Metropolitana, com o tema da anistia ampla, geral e irrestrita. O parlamentar representou a bancada pernambucana ao lado do deputado Abimael Santos e do vereador Thiago Medina, e se reuniu com deputados federais e lideranças de outros estados antes do ato.
Durante o evento, Feitosa posou ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em discurso, o deputado afirmou que a mobilização tem caráter cívico e não partidário. “Isso aqui não é sobre política, é sobre nossos filhos, nossos netos, sobre o futuro do nosso país, defendendo a nossa democracia”, declarou.
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (7), em entrevista coletiva sobre o metanol na bebida, que uma vertente de investigação são caminhões de combustível que foram abandonados após da megaoperação policial contra postos clandestinos ligados ao crime organizado.
Segundo Lewandowski, é crucial saber que o metanol que está intoxicando pessoas que ingeriram bebidas alcóolicas é de origem vegetal ou mineral.
“Se esse metanol tiver origem em combustíveis fósseis, trata-se de outra origem, é outra hipótese de investigação”, afirmou o ministro após participar de reunião com representantes da indústria de bebidas, que estão preocupados com impacto no setor. As informações são do g1.
O ministro lembrou que operação da polícia no mês passado desbaratou esquema irregular de postos de combustíveis ligados à facção criminosa PCC. Segundo Lewandowski, isso levou a caminhões abandonados, e o metanol poderia estar nesses veículos.
“Todos sabem que recentemente tivemos uma enorme ação de combate na área de combustíveis. E muitos caminhões foram abandonados depois desta operação e essa é uma hipótese que está sendo estudada, trilhada, acalentada pela Polícia Federal. Eventualmente até solicitarmos a cooperação do Ministério Público, um ramo especializado da defesa do consumidor exatamente para explorar essa vertente de uma ação criminosa, contra facção, pirataria, adulteração de alimentos e bebidas, que são crimes capitulados na legislação positiva brasileira”, disse o ministro da Justiça.
Estabelecimentos suspeitos Lewandowski anunciou que foi criado um comitê informal de enfrentamento da crise do metanol.
Ainda segundo o Ministério da Justiça, pelo menos 30 estabelecimentos são suspeitos de adulterar bebidas com metanol.
Segundo Lewandowski, o objetivo do governo não é paralisar “um setor importante da economia nacional”, mas fazer a distinção necessária para “atacar aqueles comerciantes que estão adulterando de forma intencional” as bebidas.
O presidente da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Paulo Pereira, informou que havia 15 estabelecimentos identificados e notificados, mas que, nas últimas horas, outros 15 estabelecimentos foram identificados e serão notificados ainda nesta terça.
Paulo mencionou ainda que outras 25 distribuidoras, associações e entidades do setor que foram acionadas para prestar informações.
Entre os estados onde ocorreram as notificações estão: São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal, Santa Catarina, e Paraná.
No dia em que o Conselho de Ética da Câmara aprovou a abertura de processo disciplinar contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) pela ocupação da mesa diretora em agosto, dois deles fizeram críticas às decisões do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em dar encaminhamento às punições.
“Estão querendo suspender o mandato dos deputados que obstruíram a Câmara justamente para barrar a anistia e combater injustiça. Por isso eu disse ao próprio presidente da Câmara, Hugo Motta: podem fazer a injustiça que quiserem contra mim que será muito pouco perto da injustiça que o povo brasileiro está sofrendo”, disse van Hattem. As informações são da CNN.
Pollon foi mais duro. Afirmou que está sendo punido porque se sentou na cadeira “daquele que não cumpriu seu papel constitucional de pautar a anistia”.
As declarações foram dadas durante caminhada pela anistia aos envolvidos nos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O movimento foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e contou com a participação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) — filho do ex-presidente — e outros parlamentares, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Hélio Lopes (PL-RJ), Alberto Fraga (PL-DF) e Joaquim Passarinho (PL-PA).
O senador Flávio Bolsonaro falou que tem certeza de que o projeto de lei que concede anistia será aprovado no Congresso. “A gente tá a um passo de conseguir aprovar essa anistia”, afirmou.
Ele contou que todas as vezes que vai visitar o pai, que está em prisão domiciliar, sai de lá “convicto para continuar lutando”.
Os manifestantes ficaram concentrados no Complexo Cultural da República. Depois, seguiram em caminhada até a alameda José Sarney, próximo ao Congresso.
A instalação Poíesis Candangas, assinada pelo multiartista Leopoldo Nóbrega, será apresentada em Brasília (DF) durante a Bancada Feminina na COP30, dentro do Festival Curicaca, maior evento de inovação, sustentabilidade e cultura do país. A obra propõe uma reflexão poética e política sobre o papel das mulheres na preservação da vida e do meio ambiente. “Poíesis Candangas é o Cerrado que fala, por meio das mulheres, da terra e da arte, dizendo ao mundo que a beleza também é uma forma de resistência”, afirmou o artista.
Criada a partir de materiais reciclados e lonas publicitárias descartadas, a instalação simboliza o renascimento e a força da natureza. “Transformar o que seria lixo em signo de vida, esse é o gesto que me move”, explicou Nóbrega. Segundo ele, a obra nasceu inspirada na capacidade do Cerrado de renascer após o fogo, refletindo também a força feminina diante das adversidades. “Como o Cerrado, as mulheres também resistem e florescem: raízes que se entrelaçam, sementes que brotam mesmo em solo árido”, destacou.
Para Nóbrega, Poíesis Candangas é mais do que uma criação artística: é um convite à esperança. “É o Cerrado em forma de flor, o feminino em forma de futuro, um poema expandido sobre esperança, coletividade e cura”, concluiu.
O deputado estadual Romero Albuquerque (União Brasil) apresentou na Assembleia Legislativa de Pernambuco o Projeto de Lei Ordinária nº 3407/2025, que garante o fornecimento imediato e gratuito do medicamento fomepizol, usado como antídoto em casos de intoxicação por metanol e substâncias semelhantes. A proposta prevê que o acesso seja assegurado tanto em estabelecimentos públicos quanto privados, mediante apresentação de laudo médico que comprove a suspeita de envenenamento. As farmácias privadas que fizerem a dispensação gratuita poderão requerer compensação junto ao poder público.
O parlamentar afirmou que a iniciativa é uma resposta à crise sanitária provocada por bebidas adulteradas com metanol, que já causou mortes e internações em diversos estados do país. “Estamos falando de uma situação bastante delicada. Pernambuco tem cerca de 28 casos em investigação, sendo o segundo estado com suspeitas de intoxicação por metanol, uma substância altamente tóxica e de evolução rápida. O acesso imediato ao antídoto pode significar a diferença entre a vida e a morte. Nosso projeto garante que nenhuma pessoa deixe de receber o tratamento por falta de dinheiro ou de medicamento”, explicou Romero.
O deputado ressaltou ainda o caráter emergencial e solidário da medida, destacando o alto custo e a escassez do fomepizol no mercado. “Ao permitir que farmácias privadas ofereçam o antídoto gratuitamente, com compensação do Estado, estamos ampliando as chances de salvar vidas e evitar sequelas graves, como a cegueira. É uma ação emergencial, mas de grande impacto. Pernambuco precisa estar preparado para responder rápido diante de uma crise sanitária”, afirmou. O projeto prevê que o Poder Executivo regulamente a lei em até 30 dias após a publicação, garantindo o fornecimento gratuito por quatro meses, período considerado suficiente para estabilizar o cenário de risco.