Por Larissa Rodrigues – repórter do blog
A nova pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), em parceria com este Blog, captando o cenário das eleições para o Governo de Pernambuco em 2026, repercutiu na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na manhã de hoje.
De acordo com os novos dados, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), provável adversário da governadora Raquel Lyra (PSDB), aparece como amplo favorito. A vantagem é de 40 pontos ante a tucana. Se as eleições fossem hoje, João teria 61,7% dos votos e Raquel 21,3%.
Leia maisLíder da bancada do Governo na Alepe, a deputada Socorro Pimentel (União Brasil) afirmou que os aliados da gestora receberam os números com tranquilidade. “A gente tem um ano de entrega robusta. A governadora vem fazendo de tudo, está com ações e obras para transformar a vida do povo pernambucano em todas as regiões. Então, o ano de 2025 é o ano de entrega. A gente vai falar de 2026 no tempo oportuno”, afirmou Pimentel.
Na opinião da parlamentar, não adianta antecipar o processo eleitoral que, de fato, ocorrerá em 2026. “Sabemos que essas pesquisas são reflexos momentâneos de um determinado processo que ainda não é o tempo de a gente discutir. Então, vemos com muita tranquilidade e a gente tem certeza de que a governadora Raquel, no tempo certo, vai estar bem e sendo reconhecida por todos que fazem Pernambuco, daqui do Litoral ao Sertão”, enfatizou.
Já o líder da bancada de oposição, o deputado Diogo Moraes (PSB) considera que a pesquisa Opinião é um retrato do que Pernambuco vive. “É uma má avaliação da governadora e do seu Governo por vários motivos. Pela incapacidade na segurança pública, na saúde, na educação. Os níveis de referência aqui do Estado baixaram demais. É o que a população está sentindo”, opinou.
Para Diogo Moraes, algumas ações do Governo não têm capilaridade de mudança. “Às vezes, o novo é só uma roupagem, não necessariamente algo com uma novidade para o Governo. Alguns programas essenciais para a vida do povo pernambucano, por exemplo, como Ganho o Mundo, o Mãe Coruja, foram praticamente acabados no Estado. Diante de toda essa configuração do litoral Sertão, a população está rejeitando o Governo e olhando, hoje, para o Governo de extrema competência da Prefeitura do Recife”, destacou o parlamentar.
Outras avaliações
Os deputados Renato Antunes (PL) e Waldemar Borges (PSB) também comentaram os números da pesquisa Opinião. Antes de falar sobre os dados, o deputado Renato Antunes salientou que é aliado do Governo no sentido de que ele acredita e quer que o Governo dê certo, mas o PL é independente.
Sobre os números, ele avaliou: “acho que é reflexo do momento. O Governo encontrou muita dificuldade nesse primeiro biênio para fazer as entregas. Esperamos que ele consiga fazer agora. É um ano-chave. Sobre o resultado do PL, acho que não reflete a realidade do eleitorado pernambucano. Então, os 4% ou 5% apresentados para os dois nomes colocados do PL não refletem a massa do voto conservador e de direita. O nome desse grupo vai ser apresentado no momento oportuno. Acredito que a gente pode ser uma terceira via”, disse Antunes.
Já o deputado Waldemar Borges considerou que o povo pernambucano, de maneira geral, está constatando o que acontece no Recife e no Estado. “No Recife, uma gestão ágil, que faz muitas entregas por conta da sua agilidade, voltadas, sobretudo, para aqueles segmentos que mais precisam da ação do poder público. Em nível estadual, o Governo até hoje ainda roda com licitações do Governo anterior. As coisas não acontecem, há uma imensa dificuldade de tocar os procedimentos administrativos mais elementares e, com isso, trava as políticas públicas que deveriam estar chegando ao povo. Ao constatar esse cenário, a população fica imaginando, desejosa de que aconteça em Pernambuco o que está acontecendo no Recife”, comentou Borges.
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