A segunda rodada da pesquisa Genial/Quaest em 2023 mostrou um recuo generalizado nas avaliações positivas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em relação a fevereiro, as avaliações positivas caíram 4 pontos percentuais, de 40% para 36%, enquanto a avaliação negativa subiu de 20% para 29%, mesmo percentual dos que consideram o governo regular. Os que não sabem ou não responderam são apenas 6% agora, contra 16% em fevereiro. O índice de aprovação do comportamento do presidente à frente do Executivo caiu de 65% em fevereiro para 53%.
A pesquisa quis saber se, na visão do eleitor, Lula está conseguindo cumprir suas promessas e constatou que, embora 53% considerem o presidente bem intencionado, 55% avaliam que ele não está conseguindo cumprir o que prometeu. Para 40% dos eleitores, o presidente não é bem intencionado e 35% acreditam que ele está conseguindo cumprir o que prometeu.
As notícias negativas e o desconhecimento de ações do governo federal também pesaram na avaliação dos entrevistados. Enquanto 44% disseram ter ouvido notícia negativa, 34% disseram o contrário e 22% não souberam ou não responderam. A notícia considerada mais negativa por 16% dos entrevistados foi a taxação das chinesas Shopee e Shein. Em segundo lugar vem “Não faz o que promete/é corrupto” (7%) e ameaça de acabar com a Bolsa Família (4%). As respostas que se seguem correspondem a 2% ou menos.
Por outro lado, ações do governo consideradas positivas são conhecidas por menos de 60% dos entrevistados. É o caso do relançamento do programa Mais Médicos, conhecido por 58% dos entrevistados e aprovado por 75% destes, e do aumento do salário mínimo (conhecido por 57% e aprovado por 63% desse grupo). O relançamento do Bolsa Família de R$ 600 é o único destaque positivo, com 82% de conhecimento e 77% de aprovação.
A economia é o principal problema do Brasil na avaliação de 31% dos entrevistados. Em relação aos próximos 12 meses, a expectativa de melhora vem caindo continuamente desde outubro, quando chegou a 75%. Na primeira pesquisa Genial/Quaest de 2023, o percentual foi de 62% e agora, 51%. A expectativa de piora passou de 6% em outubro para 20% em fevereiro e 29% em abril. Para 43% o desemprego vai aumentar e, para 49%, a inflação vai subir.
A pesquisa comparou o sentimento dos brasileiros em relação ao início de mandato dos últimos presidentes. Em seu terceiro mandato, Lula tem avaliação positiva de 36% do eleitorado, 4 pontos a mais que Jair Bolsonaro, porém abaixo de seus dois mandatos anteriores (43% no primeiro e 48% no segundo).
A avaliação do governo Lula permanece positiva entre os que o elegeram: 53% no Nordeste, 38% entre as mulheres, 46% entre os que têm até o Ensino Fundamental e 43% entre os que ganham até 2 salários mínimos. Entre os que têm renda superior a 5 salários mínimos a avaliação negativa passou de 24% para 38% e ultrapassou a positiva (28%). Comportamento semelhante aconteceu entre os que têm Ensino Superior incompleto ou mais: a avaliação negativa subiu de 24% para 39% e a positiva recuou de 39% para 27%.
A sondagem foi feita entre os dias 13 e 16 de abril, com entrevistas face a face com 2.015 entrevistas com eleitores de idade superior a 16 anos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Boa parte da crise do Pix se deu pela falta de transparência do Governo Federal ao não responder, de forma simples, as dúvidas da população que temia pagar mais impostos, entrando na faixa de 27,5% do Imposto de Renda, e também ter sua vida financeira bisbilhotada, mais do que já é, pela Receita Federal.
A estratégia foi insistir durante dias que o Pix não seria taxado e bagunçar a cabeça do povo dizendo que era tudo fake news, quando na verdade não era. Havia, sim, o desejo da equipe econômica do presidente Lula (PT) de monitorar mais severamente os ganhos informais para forçar à formalização de negócios e, assim, ampliar a quantidade de pessoas que pagam o Imposto de Renda.
O Governo diz que já fiscalizava o Pix. Segundo o discurso oficial, a Receita Federal já recebia dados sobre as transações em Pix dos bancos tradicionais (por exemplo, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú), portanto não mudaria nada.
Porém, estavam fora do radar as novas instituições financeiras que surgiram com a tecnologia e caíram no gosto do povão, as chamadas fintechs (Nubank, Mercado Pago, PicPay, C6 Bank e Banco Inter), que já atingem 80% da população brasileira.
As novas regras, revogadas depois da repercussão negativa, passariam a obrigar que as fintechs também informassem à Receita Federal sobre as operações em Pix, o que colocaria uma lupa em cima de quem usa esses serviços em negócios informais. Mas a população mostrou que não receberá bem nenhuma iniciativa que aumente o controle do Estado em cima da renda suada de cada dia.
Com o episódio, já deu para perceber que os brasileiros e brasileiras estarão atentos às mudanças que o Drex poderá trazer às suas vidas e não aceitará mais regulação no seu bolso sem ter todas as informações das quais precisa. Mas afinal, o que é o Drex? O Drex é a nova moeda digital que será emitida pelo Banco Central do Brasil e está em desenvolvimento desde 2020. A sigla Drex significa “Digital Real Eletrônico”. A letra x passa a ideia de modernização e conexão.
A moeda digital deverá substituir o real – O Drex seria uma espécie de continuação das soluções virtuais oficiais que começaram com o Pix. Segundo o Banco Central, a moeda digital terá o mesmo valor do real tradicional e será emitida apenas na plataforma do Drex. A nova moeda, segundo a explicação do Banco Central, vai permitir vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais. Atualmente, está na segunda fase de testes e pode estar disponível para a população até o final de 2025.
Questionamentos – O formato, entretanto, tem levantado questionamentos, por causa das amplas possibilidades que vão oferecer à autoridade monetária, no caso, o Banco Central. Segundo os críticos dessa novidade, o Drex pode levar à violações de liberdade individuais e maior fiscalização de como as pessoas fazem renda, como gastam seu dinheiro. Não está claro ainda se o uso da moeda digital será obrigatório ou se haverá a opção de não utilizar. Também não se sabe se ela vai substituir o Pix. As informações relacionadas ao assunto dão conta de que o Drex não é a mesma coisa do Pix, que seria só uma ferramenta de transferência. O Drex é o próprio real, só que digital.
Transparência não é favor, mas obrigação – O avanço das moedas digitais em todo o mundo é uma realidade, mas traz a preocupação sobre o controle quase absoluto que essas ferramentas podem dar ao Estado. Se a população brasileira foi contra uma maior fiscalização do Pix, principalmente por não receber do Governo Federal as informações das quais precisava sobre como esse monitoramento mudaria suas vidas em 2026, imagine quando for anunciada a implementação do Drex. É bom que todas as autoridades monetárias e o próprio Governo Federal tenham aprendido com o episódio do Pix que transparência não é favor, mas uma obrigação, sobretudo quando se trata de mexer no bolso das pessoas.
Voltando ao Pix – É impressionante, que mesmo depois de tudo, membros do Governo continuaram insistindo no discurso de que a medida que ampliava a fiscalização das transações foi revogada por causa da onda de fake news, o que não é verdade. O Governo voltou atrás por causa da repercussão negativa em cima da possibilidade de forçar inúmeras pessoas a pagarem Imposto de Renda ano que vem. Se deu conta de que a nova fiscalização era impopular demais e não teve o impacto político avaliado pela equipe econômica. Imagina em 2026, ano da eleição presidencial, um monte de gente recebendo cartinhas da Receita Federal para explicarem seus Pix. O problema nunca foi de comunicação, mas de falta de sensibilidade. A medida era desastrada e impopular desde o começo, não tinha marketeiro que desse jeito.
Reforma tributária – O presidente Lula (PT) sancionou, ontem (16), com vetos, o projeto de lei complementar 68 de 2024, principal texto de regulamentação da reforma tributária. As regras de transição passam a valer a partir de 2026. Já os vetos, que são pontuais e não alteram significativamente o texto, serão analisados pelo Congresso. O texto principal foi aprovado pela Câmara dos Deputados em 16 de dezembro de 2024 e trata da unificação dos impostos para a criação do IBS (Impostos sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que vão compor o IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
CURTAS
REUNIÃO MINISTERIAL – Lula convocou, também ontem, uma reunião ministerial para a próxima segunda-feira (20). O chefe do Executivo determinou a interrupção de férias de 3 ministros: Márcio Macêdo (Secretaria Geral), Marcos Antônio Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Lupi (Previdência Social). A expectativa é que todos os ministros participem.
BOLSONARO E TRUMP – A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recorreu, ontem, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes que não permite que ele compareça à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro pretende reverter essa decisão. Os advogados dizem que o ex-presidente tem cumprido corretamente as medidas impostas a ele, investigado em inquéritos no STF.
AVIAÇÃO BOMBANDO – Nos últimos dois anos, a aviação civil brasileira inseriu mais de 20 milhões de passageiros, de acordo com dados divulgados esta semana pelos ministérios de Portos e Aeroportos, Turismo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Embratur. De janeiro a dezembro de 2024, mais de 118 milhões de pessoas utilizaram o modal aéreo. O número representa aumento de cerca de 5% em relação ao ano anterior. Os dados estão na atualização do relatório de demanda e oferta da Anac.
Perguntar não ofende: haverá transparência na implementação do Drex?
O ex-deputado estadual Antônio Fernando elaborou um abaixo-assinado, endereçado ao presidente da República, que solicita a retomada das obras do Canal do Sertão, paralisadas desde 2003. O referido projeto foi elaborado para levar água do Rio São Francisco para o Sertão do Estado e, segundo o ex-parlamentar, geraria 123.237 empregos diretos e 374.035 indiretos, com uma receita total estimada de R$ 15 bilhões por ano e taxa de retorno de investimento de 22,55%.
Hoje, o prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques (Republicanos), divulgou o calendário anual de pagamento de 2025 para os servidores públicos municipais. “O calendário anual de pagamento garante que todos os colaboradores possam planejar suas finanças com mais segurança, sabendo exatamente o dia em que seus salários serão depositados mensalmente. É mais um ano de compromisso e transparência!”, destacou o prefeito.
Segundo Fabiano Marques, a manutenção dessa política é uma forma de reconhecer o trabalho e a dedicação diária dos servidores municipais. “Garantir previsibilidade no pagamento é valorizar o esforço de cada servidor e demonstrar o respeito que temos pelo papel de todos no desenvolvimento de nossa cidade”, afirmou o prefeito.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião ministerial para a próxima segunda-feira. A princípio, conforme disse o chefe da Casa Civil, Rui Costa, o encontro seria na terça-feira. Não houve justificativa para a mudança da data.
O chefe do Executivo determinou a interrupção de férias de 3 ministros: Márcio Macêdo (Secretaria Geral), Marcos Antonio Amaro (Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Lupi (Previdência Social). As mudanças do período de recesso foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje. A expectativa é que todos os ministros participem.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu, hoje, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma decisão do ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro quer viajar para os Estados Unidos para acompanhar a posse do presidente eleito, Donald Trump, mas Moraes vetou essa possibilidade em decisão do início do dia.
Agora, Bolsonaro pretende reverter essa decisão. No recurso enviado a Moraes, os advogados dizem que o ex-presidente tem cumprido corretamente as medidas cautelas impostas a ele, investigado em inquéritos no STF. O passaporte de Bolsonaro, em razão dessas investigações, está retido pela Justiça.
“As cautelares impostas ao peticionário [Bolsonaro] têm sido integralmente cumpridas e respeitadas. E, portanto, nada indica que a pontual devolução do passaporte, por período delimitado e justificado, possa colocar em risco essa realidade. Sendo certo que, em seu retorno, o passaporte será prontamente devolvido a esse E. [egrégio] Supremo Tribunal Federal”, escreveu a defesa.
No município de Ouricuri, Sertão do Araripe, a Compesa está executando as obras que vão ampliar a capacidade da Estação de Tratamento de Água (ETA) Voluntários da Pátria e reforçar o atendimento na cidade e municípios próximos. A nova unidade, localizada no bairro da Capela de São Braz, terá capacidade de tratamento de 600 litros de água por segundo e substituirá a antiga estação de tratamento, com conexões mais modernas e equipamentos de última geração. O empreendimento beneficiará 250 mil pessoas. Com aproximadamente R$ 17 milhões investidos, a expectativa da Compesa é que as intervenções sejam concluídas ainda no primeiro semestre deste ano.
Segundo o presidente da Compesa, Alex Campos, a nova ETA Voluntários da Pátria terá o dobro da capacidade de tratamento da unidade anterior. “O aumento potencial da unidade tornará mais eficiente a distribuição de água na região com a ampliação do atendimento para mais comunidades, além do próprio município de Ouricuri. O compromisso do Governo do Estado em garantir abastecimento com qualidade para os pernambucanos segue firme também no Sertão’’, afirmou o gestor da estatal. A iniciativa, além de beneficiar a cidade de Ouricuri, contemplará os municípios de Araripina, Ipubi, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade, além dos distritos de Moraes, em Araripina, e Santa Rita, em Ouricuri.
Como parte do processo de modernização do sistema de distribuição de água na região, as ETAs dos municípios e distritos que serão atendidos pela ETA Voluntários da Pátria serão desativadas. Essa decisão é resultado da implantação da nova unidade, que foi projetada para suprir com eficiência e segurança as demandas dessas localidades. Além de otimizar os recursos, a centralização do tratamento na nova estação contribuirá para a redução de custos operacionais, trazendo benefícios tanto para a população quanto para a gestão hídrica do Sertão do Araripe.
Ontem, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e representantes da Azul Linhas Aéreas anunciaram o início das vendas de passagens aéreas para a rota direta entre Recife e a cidade do Porto, em Portugal. O novo voo é fruto de uma articulação conjunta entre o Ministério dos Portos e Aeroportos, o Ministério do Turismo (MTur), a Embratur, o Governo do Estado de Pernambuco e a Prefeitura do Recife. Essa colaboração visa impulsionar o turismo e as viagens de negócios, beneficiando não apenas o estado, mas todo o Brasil. Além disso, a nova conexão promete fomentar a geração de empregos e renda nos dois países.
O ministro Silvio Costa Filho destacou a relevância da iniciativa e reforçou o compromisso do Governo Federal com o fortalecimento da aviação internacional. “Mais conectividade com o mundo significa mais turistas descobrindo a riqueza da cultura brasileira, mais empregos sendo criados e uma economia fortalecida. O Governo Federal permanece firme no compromisso de ampliar investimentos e garantir aeroportos cada vez mais seguros, modernos e preparados para receber visitantes”, afirmou.
Celso Sabino, ministro do Turismo, destacou a importância de aproximar o Brasil de grandes mercados consumidores, como a Europa. “Encurtar a distância entre o Brasil e um mercado tão relevante significa muito para o turismo interno. Cada iniciativa que promove essa aproximação é fundamental para atrairmos mais turistas estrangeiros, melhorando a renda do povo brasileiro”, declarou.
Para o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a nova rota representa o enorme potencial turístico do Brasil e sua crescente relevância no cenário internacional. “O Brasil está se reposicionando no mundo, e o crescimento do turismo internacional é prova disso. O mais fascinante no turismo brasileiro é que, dada a dimensão continental do país, todas as regiões estão experimentando avanços significativos. O Nordeste, em especial, tem se destacado de forma única nesse processo”, afirmou.
O prefeito do Recife, João Campos, celebrou a inauguração da nova rota direta entre a capital pernambucana e Portugal, destacando seu impacto positivo para a cidade e toda a região. Ele enfatizou que a novidade trará mais empregos, renda e oportunidades, movimentando a economia local. “O Recife será o grande beneficiado, com o aumento nas operações e geração de empregos, que é o que buscamos. Isso beneficia desde quem vende espetinho, cervejinha gelada na beira da praia ou caldinho, até grandes grupos hoteleiros e centros de convenções”, concluiu.
A previsão é que o primeiro voo seja realizado em junho, reforçando a ampliação da conectividade internacional e consolidando o Brasil como um destino cada vez mais atrativo para visitantes estrangeiros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo não pode “ter medo de enfrentar a mentira” e atacou o que chamou de “pessoas travestidas de político que na verdade tentaram dar um golpe nesse País em 8 de janeiro de 2023″. Apesar de não citar nenhum nome, a alfinetada do presidente foi motivada pela onda de críticas nas redes sociais por uma norma da Receita Federal em relação ao Pix.
Lula usou, ainda, de uma retórica de medo sobre uma suposta volta do “fascismo” – que seria representada com a vitória de Jair Bolsonaro e seus aliados, pela sua lógica – para motivar o governo, a esquerda e todos do espectro democrático a combaterem a desinformação.
“Nós não temos que ter medo de enfrentar a mentira. Não temos que ter nenhuma preocupação de enfrentar essas pessoas travestidas de político que na verdade tentaram dar um golpe nesse País em 8 de janeiro de 2023. Não temos de ter medo de enfrentar fake news e fazer o debate, a disputa, a cada dia, minuto e hora. Porque se a gente perde, o sistema democrático está correndo risco no mundo inteiro, a gente vai voltar ao que não queremos, ao fascismo, nazismo, violência e desrespeito aos direitos humanos, mulheres, negros e pobres do mundo inteiro”, declarou.
A declaração se deu na cerimônia de sanção da regulamentação da reforma tributária. Lula elogiou o regime democrático, que, segundo ele, “é a melhor forma de governança que existe”. Apesar disso, disse que, do ponto de vista de aprovação de medidas, a democracia impõe algumas dificuldades.
“Num regime autoritário, que tem imprensa castrada, sindicalismo castrado, sociedade aprisionada pela censura, pode fazer qualquer coisa. Mas fazer o que fizemos em um regime democrático, em um Congresso em que meu partido só tinha 70 deputados e 9 senadores, com imprensa livre, sindicato livre e empresário podendo falar o que quiser. a democracia é a melhor forma de governança que existe”, declarou.
Em discurso na mesma solenidade, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu o governo das críticas nas redes sociais nos últimos dias. O comentário, feito em discurso na sanção da regulamentação da reforma tributária, foi dado em um momento em que o governo teve de recuar em uma norma da Receita Federal após críticas do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e de integrantes da oposição viralizarem nas redes sociais.
“Enquanto alguns se ocupam de plantar desinformação, de plantar mentiras, de ter adesão a partir do discurso fácil de engajamento das redes sociais, há muitas pessoas neste País trabalhando para que este País resolva realmente seus problemas. Trabalhando, ouvindo pessoas, se dedicando, estudando, perdendo noites de sono, no âmbito do Congresso Nacional fazendo audiências públicas”, disse Pacheco. “Enquanto tem muitas pessoas fazendo discurso e tendo engajamento a partir da premissa falsa da desinformação e da inverdade, há pessoas trabalhando para que este País possa superar suas dificuldades”, complementou. Pacheco disse que “aqueles que trabalham vencerão aqueles que não trabalham e enganam a população brasileira”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona, hoje, a primeira lei que regulamenta a reforma tributária. Sob orientação da ala econômica, o presidente vai vetar alguns trechos do projeto aprovado pela Câmara e pelo Senado em 2024. Os vetos voltam ao Congresso, que pode derrubá-los. As informações são do portal G1.
O projeto sancionado detalha regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo criados pela reforma tributária, promulgada em 2023. Na abertura do evento, o secretário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que trata-se de uma “revolução no sistema tributário brasileiro”.
“Estamos falando no aumento da renda, em um prazo de 10 a 15 anos, aumento da renda maior de 10% além do que cresceria o PIB de todos os brasileiros, por conta dessa reforma tributária aprovada. E estamos falando de um sistema mais justo do que o atual, porque desonera mais os pobres, e onera mais os ricos. Ao contrário do que acontece hoje”.
Atualmente, existem cinco tributos federais, estaduais e municipais: ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins. Com a reforma, eles serão transformados em dois tipos de imposto. CBS (estadual) e IBS (municipal) serão os impostos cobrados sobre o consumo. O terceiro tributo é chamado de Imposto Seletivo (IS) – uma sobretaxa aplicada para desestimular o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.
No primeiro ano de implementação do sistema, não haverá recolhimento dos novos tributos. Será uma etapa de experimentação na qual as notas fiscais indicarão uma alíquota-teste da CBS e do IBS, mas sem cobranças. O regime passará por uma transição gradual a partir de 2026, até começar valer integralmente em 2033.
A alíquota-teste possibilitará a adaptação de contribuintes e governos ao novo sistema de “split payment”, mecanismo de pagamento no qual a tributação é dividida em diferentes partes, de forma automática e instantânea. Embora os testes da CBS e do IBS já comecem em 2026, nada deve mudar para o consumidor final.
No caso das empresas, segundo a Secretaria Extraordinária para a Reforma Tributária, será preciso emitir o documento fiscal com o valor da CBS (com alíquota de 0,9%) e do IBS (com alíquota de 0,1%). Contudo, esses tributos não precisarão ser recolhidos. O governo quer apenas testar se o sistema de cobrança está funcionando.
Depois da sanção da primeira lei da reforma, o governo ainda precisa aprovar outras normas para regulamentar a mudança da tributação no país. O governo ainda precisa aprovar o projeto de lei que cria o Comitê Gestor do IBS, da distribuição da receita do IBS entre os Estados e Municípios e de outras questões relativas apenas aos Estados e Municípios.
Desde março de 2024, quando assumiu o comando da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) o ex-prefeito de Paudalho, reeleito com mais de 70% dos votos, Marcelo Gouveia, assegurou avanços na representatividade da Amupe para os prefeitos. Foi com o gestor que a Amupe reestruturou seu setor técnico e instituiu um núcleo de captação de recursos, além do lançamento da Rede Amupe, uma plataforma de dados para os prefeitos, e do fortalecimento do legado de José Patriota, que presidiu a Amupe por 10 anos, a quem Gouveia dividiu chapa como 1º tesoureiro.
“Nosso compromisso sempre foi ampliar as ferramentas e o apoio que a Amupe oferece aos municípios, garantindo que os prefeitos tenham suporte técnico e acesso a informações estratégicas. Investimos na modernização porque acreditamos que uma gestão eficiente nos municípios transforma a vida das pessoas. É nisso que queremos continuar avançando”, destacou Marcelo Gouveia.
Agora, os municípios pernambucanos têm à disposição profissionais capacitados para auxiliar as gestões na captação de recursos, de acordo com a Capacidade de Pagamento (Capag) de cada município. A Amupe foi a segunda Associação de Municípios do Brasil a instituir uma Rede de informações para os gestores: a Rede Amupe, que reúne em um só lugar informações sobre ICMS, FPM, IPI, capacidade de crédito, além de dados sociais de todos os 184 municípios.
Por falar em receitas municipais, foi Marcelo um dos principais interlocutores da redistribuição do ICMS, aprovada em dezembro de 2023. Engenheiro de formação, auxiliou o governo do Estado nos cálculos finais da iniciativa, que levou justiça e equidade fiscal para mais de 170 municípios.
O presidente da Amupe participou e defendeu os municípios pernambucanos, no Senado Federal, durante audiência sobre a desoneração da folha de pagamento, aprovada e sancionada posteriormente. O gestor também assegurou a continuidade do projeto Desenvolve PE, na parceria com o Sebrae, fortalecendo os municípios com a sala do empreendedor e ações importantes como o SIM, selo de inspeção municipal.
Foi com Gouveia que a Amupe realizou o seu maior congresso de municípios, com mais de 4 mil pessoas presentes. O Seminário de Novos Gestores, realizado em novembro de 2024, obteve mais de 90% de participação das cidades, com mais de 170 prefeitos e prefeitas presentes, além de secretários, técnicos e sociedade civil.
“As pautas da Amupe têm sido cada vez mais aprimoradas para as realidades que as cidades vivem. É esse o legado de Patriota que vamos continuar levando. Principalmente no tocante à representatividade, foi Patriota quem buscou e conseguiu com que todos os 184 municípios fossem associados, e é isso que temos que preservar. A união em prol de municípios fortes é a peça-chave para melhorarmos a vida das pessoas que vivem nas cidades”, concluiu Gouveia.
Nos últimos dois anos, a aviação civil brasileira inseriu mais de 20 milhões de passageiros, de acordo com dados divulgados, ontem, pelos ministérios de Portos e Aeroportos (MPor), Turismo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Embratur. De janeiro a dezembro de 2024, mais de 118 milhões de pessoas utilizaram o modal aéreo. O número representa aumento de cerca de 5% em relação ao ano anterior. Os dados estão disponíveis na atualização do relatório de demanda e oferta da Anac, que recebeu os dados relativos a dezembro de 2024, consolidando a movimentação do ano inteiro.
No mercado internacional, aviação civil brasileira teve o melhor resultado de sua história, com quase 25 milhões de pessoas transportadas. Com isso, o Brasil estabeleceu um novo recorde. O resultado apresenta uma variação positiva de 17,2% na comparação com o ano anterior. O melhor resultado do indicador tinha sido estabelecido em 2019, quando o modal transportou 23,6 milhões de viajantes. O mercado internacional vive seu melhor momento na história, com alta significativa na movimentação há 45 meses.
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, explica que o resultado consolida o trabalho que tem sido feito desde o início do atual governo, como o programa para aumentar a oferta de voos para o exterior, os constantes diálogos com as companhias aéreas brasileiras e internacionais, além de iniciativas para redução do preço do querosene de aviação (QAV), responsável por 35% dos custos das empresas.
“Os números refletem o comprometimento do governo do presidente Lula com os passageiros do transporte aéreo e todos os agentes do modal. É importante compartilhar esse resultado com todos que fortaleceram nossa aviação, como os trabalhadores do setor, as companhias aéreas e os órgãos que trabalham diariamente na reconstrução do nosso país. Com as políticas para o setor que estão sendo trabalhadas pelo MPor, não tendo dúvidas que neste ano teremos resultados ainda mais expressivos”, destacou Costa Filho.
Se na movimentação de passageiros o Brasil estabeleceu o melhor resultado de sua história, no transporte de cargas não foi diferente. Para o exterior, o modal aéreo transportou volume superior a 891 mil toneladas de produtos de janeiro a dezembro do último ano. A marca representa crescimento de 10% frente ao mesmo período de 2023.
“A projeção é que a aviação comercial brasileira tenha resultados ainda melhores no final deste ano. Isso se justifica pela ampliação dos terminais e pelo volume de investimentos públicos e privados que tem sido realizado pelas concessionárias que administram os principais aeroporto brasileiros. Isso vai, naturalmente, fazer com que a aviação possa crescer em que mais passageiros possam utilizar o transporte aéreo. Estamos falando da democratização do transporte aéreo no Brasil”, comentou o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca.
O ministro Celso Sabino ressaltou que o recorde é um marco histórico para o setor aéreo brasileiro e também para o turismo. “Ele reflete não apenas a força do transporte aéreo, mas também o potencial transformador do turismo no Brasil. Cada voo representa mais do que um simples deslocamento; é uma conexão com a diversidade dos nossos destinos, a riqueza da nossa cultura e a hospitalidade do nosso povo. Esse feito é resultado de investimentos consistentes do governo federal no setor, na modernização da infraestrutura e na promoção do Brasil como um destino global de excelência”, indicou.
Em entrevista ao Portal CNN, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, hoje, que a defesa dele irá recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre o passaporte retido pela Polícia Federal no ano passado. O pedido deve ser feito para o plenário do STF analisar o caso.
“Minha defesa vai recorrer da decisão. Eles vão argumentar que houve, no passado, a liberação de passaporte para viajar a pessoas condenadas”, afirmou.
O ex-presidente afirmou que sofre uma perseguição no Brasil, igual à de Donald Trump nos Estados Unidos. “O que eu estou passando aqui é o mesmo que Trump passou lá nos Estados Unidos. Até atentado a homicídio ele sofreu lá e eu sofri aqui”, disse.