O ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara (sem partido) deve assumir a presidência do Banco do Nordeste em abril, conforme apurou o repórter Houldine Nascimento, do Poder360. Há a possibilidade de a nomeação sair na 6ª feira (31.mar.2023), mas a atuação à frente da instituição financeira só se daria de fato no mês seguinte.
Câmara conversou rapidamente sobre o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na 4ª feira (22.mar), durante ato do chefe do Executivo no Recife. A intenção de Lula era participar da cerimônia de posse no Banco do Nordeste. Por essa razão, seria depois de ir à China. O cancelamento da viagem por causa do diagnóstico de pneumonia mudou os planos.
Leia maisNa próxima semana, Lula deve ficar concentrado em despachos internos até se recuperar da doença.
Em 16 de março, decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski abriu caminho para Paulo Câmara assumir o comando da instituição financeira. O magistrado suspendeu trechos da Lei das Estatais que restringiam a indicação de políticos para cargos de diretoria em empresas públicas.
Na sentença, Lewandowski escreveu que continua proibida a indicação de pessoas que ainda participam da estrutura decisória de partidos ou que têm trabalho vinculado às legendas e a campanhas políticas.
PAULO CÂMARA FORA DO PSB
Paulo Câmara foi vice-presidente do PSB até 26 de janeiro de 2023, quando entregou sua carta de desfiliação. Estava filiado à sigla desde 2013.
A decisão de sair se deu depois que ele ficou fora do 1º escalão do governo Lula. Ao Poder360, Câmara disse que não está nos planos uma nova filiação partidária em curto prazo.
“Eu vou ficar realmente dedicado às ações do banco e essa questão de filiação partidária não é importante nesse momento”, declarou.
Em 7 de fevereiro, Lula recebeu o ex-governador no Palácio do Planalto e ratificou a indicação do aliado para a presidência do Banco do Nordeste. A escolha para o cargo se deu depois de uma queda de braço vencida pelo PT de Pernambuco, liderado pelo senador Humberto Costa, contra o grupo político do líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE).
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