Por Letícia Lins
Do portal OxeRecife
Já falei aqui do meu amigo Mucíolo Ferreira, que tem mania de homenagear o santo da folhinha, aquele calendário que era comum nas casas das nossas avós e que assinalavam um santo a cada dia. Pois o jornalista tem uma outra mania, e essa nada tem a ver com o plano celestial. É uma mania bem terráquea, que se refere não a santos, mas a lindas mulheres. Não ao azul do céu, mas ao tapete vermelho das passarelas. Sim, ele sabe tudo que você imaginar sobre os concursos de misses.
Está sempre por dentro de todos os certames que vão acontecer, a história dos concursos, as vencedoras e em que ano, as pernambucanas que fizeram sucesso em passarelas nacionais. As misses de terras tupiniquins que encantaram o mundo. Nesta semana, ele me enviou uma foto da bonita Loraine Lumatelli, gaúcha que é a Miss Brasil Beleza Internacional 2025. E que vai tentar trazer do Japão a tríplice coroa para o Brasil. A moça é estudante de odontologia e empreendedora.
Leia maisNo passado, o concurso no país era um só, o Miss Brasil. E no mundo, havia três: Miss Universo, Miss Mundo e Miss Beleza Internacional. A vencedora no Brasil disputava o Miss Universo. Já a segunda classificada no nosso país podia ser indicada para o Miss Mundo ou o Beleza Internacional. Ele, que já trabalhou em organização desse tipo de concurso, acha que os certames de beleza não só se multiplicaram, como evoluíram assim como as candidatas, que são agora mulheres empoderadas.
Mucíolo trabalhou como colunista social entre as décadas de 1980 e 1990, foi um dos coordenadores de concursos de miss em 1988 e 1989 em Pernambuco. Na época, juntamente com o jornalista Fernando Machado, assinava uma coluna com reportagens só sobre concurso de misses no Jornal do Commercio.

Diz Mucíolo: “Compromisso com a diversidade e a inclusão, ações que influenciem as pessoas a conviver com as diferenças, e beleza com propósito. Esse é o diferencial entre o ontem e o hoje dos concursos de miss em todo o planeta. Se antes as candidatas liam até a exaustão cada capítulo do livro ‘O Pequeno Príncipe’, obra clássica do escritor francês Saint Exupéry, atualmente o cenário mudou: as misses são emancipadas politicamente e independentes financeiramente.
E não são mais obrigadas a passar a imagem de moça recatada, virgem e que dependa de proteção, vivendo sob as asas dos pais no mesmo domicílio. Esse preâmbulo é só para introduzir informações preliminares, anunciando que no Brasil começou a temporada das nossas representantes nos concursos internacionais de misses com resultados positivos. Até porque o ano nem acabou ainda e duas brasileiras já conquistaram a faixa e coroa em dois certames mundiais.
É um fato raro que não acontecia desde 1968 quando em Miami, na Flórida, a baiana Martha Vasconcellos conquistou o Miss Universo, e a carioca Maria da Glória Carvalho venceu o Miss Beleza Internacional ,no Japão. Pois bem, em junho, na Polônia, a capixaba Eduarda Braum foi eleita Miss Supranational Internacional, vencendo 87 candidatas dos cinco continentes.
E nessa última quarta-feira, foi a vez da mineira Isabela Fernandes, ganhar o inédito título de Miss Ásia Pacífico International , nas Filipinas. Isso depois de levar um susto com um forte terremoto que houve região do evento. Esses dois concursos integram o naipe dos sete maiores promovidos no planeta. E antes que 2025 termine, o Brasil pode levantar o troféu em mais quatro competições.
No próximo sábado, dia 18, na Tailândia, a paraibana Kaliana Diniz (empreendedora , proprietária de uma loja de conveniência na cidade do Mexico) disputará o Miss Grand International. No dia 5 de novembro, a paranaense Laila Frizon (dona de uma clínica de estética), disputa o Miss Earth Internationa (Terra), nas Filipinas. Em 21 de novembro, em Bangkok (Tailândia), será a vez do popular e conhecido Miss Universo, que tem na brasileira, Gabriela Lacerda, chances de conquistar a Tríplice Coroa em 2025 para nosso país. Mas, caso isso não aconteça, haverá ainda a última chance, no dia 27 de novembro, no Japão, com o tradicional Miss Beleza Internacional. Nossa representante é a gaúcha Loraine Lumatelli (fotos), eleita terça-feira passada no Rio de Janeiro.
A única vez que uma brasileira levantou a taça em Tóquio foi em 1968, com a carioca Maria da Glória Carvalho. Bem, se com as “chuteiras” o Brasil não anda muito bem nos gramados – a última vez que a seleção de futebol levantou o caneco foi em 2002 – de “salto alto” temos motivos para comemorar e nada a reclamar – vide Eduarda Braum e Isabela Fernandes. Então, segue uma pergunta: será que Brasil ainda pode ser chamado de Pátria das Chuteiras? Ou não será a Pátria do Salto Alto? Até porque há quase três décadas quando o assunto é salto alto surge logo nas nossas mentes o nome e a imagem da Top mundial, a maior de todas: Gisele Bundchen. Já nos gramados as chuteiras do Pelé são as lembranças que permanecem imortalizadas na memória do brasileiro e sem um novo reizinho”.
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