Há existências que não se explicam, apenas acontecem, como o vento que passa por entre folhas e ninguém vê, mas todas sentem. São almas que não desistem, mesmo quando o mundo já se foi embora. Continuam ali, sentadas na beira de um ontem que ainda pulsa, estendendo as mãos para o nada, oferecendo um gesto que ninguém mais espera.
Não sabem mais o que é futuro, não sabem mais o que é espera, mas, de algum modo, continuam, e isso, por si só, é uma revolução silenciosa. Vivem entre ruínas e poemas, entre fotos amareladas e promessas que o tempo dissolveu. Guardam nos olhos a paisagem de algo que não volta, mas que também não foi embora de vez, como se a saudade tivesse criado raízes em cada olhar lançado ao céu.
Carregam um calendário que já não serve para marcar datas, apenas ausências. Os dias passam como sombras, e os nomes já não respondem quando chamados. A dor não é escândalo, é sussurro, é aquela fresta entre um suspiro e o silêncio, aquela dobra do lençol onde a memória ainda dorme ao lado.
Não pedem que o mundo os entenda, só desejam, às vezes, um milagre discreto, uma palavra que diga “ainda vejo você”, um gesto que devolva um pouco da dignidade de quem ama sem plateia, de quem já foi inteiro e hoje caminha feito pedaço, mas caminha.
Essas almas já foram esquecidas por quem prometia ficar, já foram deixadas à porta de destinos que diziam ser abrigo, já se viram diante de olhos que diziam amor, mas enxergavam apenas a si mesmos. E, mesmo assim, não endureceram, não se tornaram pedra. São ainda carne, nervo e flor.
Seguem como quem carrega um altar de lembranças dentro do peito, como quem ainda acredita que o amor é um idioma falado por poucos, mas compreendido pelas estrelas, como quem chora baixinho para não assustar os passarinhos na janela, como quem sente que não há mais ninguém, mas ainda prepara café para dois.
Esta carta é para ti, que já não pede nada, que já se despediu do espetáculo, que já perdeu os grandes amores, os pequenos sonhos, os amigos que juraram ficar. Esta carta é para ti, que anda com o corpo cansado e o espírito ainda incendiado por algo que ninguém vê, mas que existe. Sim, existe.
A noite não será escura para sempre, mesmo sem promessas, mesmo sem retorno, mesmo sem ninguém, porque há em ti uma chama que não se apaga, e ela é feita daquilo que nem o tempo ousa apagar, o amor que ainda estende a mão.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Nas legiões celestes, Lúcifer era um anjo garboso e vaidoso que, movido pela ambição de poder, rebelou-se contra o Criador e queria arrebatar-lhe o trono. Na expressão etimológica, Lúcifer era “aquele que transporta luz”. O arcanjo Miguel, fiel ao Criador, lançou uma espada e mobilizou suas legiões para combater o dragão da maldade. Assim aconteceu a primeiríssima guerra dos céus e da terra.
Derrotados pela espada flamejante do arcanjo Miguel, Lúcifer e seus sequazes foram lançados nas trevas para sempre. A batalha do arcanjo Miguel simboliza a eterna luta do bem contra os dragões da maldade, da luz contra as trevas, da beleza dos céus versus os precipícios da escuridão.
É errado dizer que o mundo está em guerra. A humanidade continua em guerra desde os primórdios, desde o dia — uma segunda-feira — em que Caim matou Abel com um tiro no peito. Nunca mais houve paz na humanidade.
Quem inventou essa história de Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e Segunda Guerra Mundial (1939-1945)? Os critérios são estritamente geopolíticos: classificam-se conflitos de acordo com a participação das potências mundiais.
Israel, uma potência nuclear e tecnológica, já entrou em guerra dezenas de vezes contra seus inimigos. Que tal a guerra da Tríplice Fronteira — Brasil, Uruguai e Argentina — quando Brasil, Uruguai e Argentina massacraram sem piedade o Paraguai do ditador Solano López?!
Na Antiguidade, as guerras eram travadas “nas patas dos cavalos”. Depois da descoberta da dinamite pelo pacifista Alfred Nobel, passaram a acontecer “na boca dos canhões”. Atualmente, as guerras estouram “no coração dos átomos”.
No século XVIII, o herói Napoleão Bonaparte e seu cavalo branco — que, por sinal, era cinza — conquistaram muitos impérios numa meia dúzia de guerras no continente europeu. Em 1808, Dom João VI e sua Corte fugiram de Portugal para o Brasil com medo das patas do cavalo do imperador.
Joseph Stálin, Adolf Hitler, Gêngis Khan, Pol Pot (do Khmer Vermelho do Camboja), Mao Zedong, Fidel Castro e Putin eram as encarnações legítimas de Satanás.
Falando em guerras e atrocidades, é inevitável citar o imperador mongol Gêngis Khan, do século XII, que conquistou o maior império da história da humanidade, na Ásia e na Europa Oriental. O elemento era tão nefasto que se intitulava “uma abominação de Deus”, assim como Atila, rei dos Hunos. Seu método consistia em invadir territórios, sangrar e esfolar inimigos, violentar mulheres, saquear e incendiar cidades. É considerado precursor das guerras bacteriológicas: jogava cadáveres em decomposição no campo dos inimigos para espalhar doenças e mortandade.
Nesta minha idade avançada de 95 anos, às vezes me sinto meio esmorecido, e logo me recupero. As palavras são minhas amigas e eu as trato com carinho para não machucá-las nem machucar meu coração.
Ao completar quase três anos à frente do governo de Pernambuco, Raquel Lyra se vê em uma encruzilhada marcada por estradas esburacadas e promessas não cumpridas. A situação das vias que ligam municípios como Afogados da Ingazeira a Tabira, Sertânia a São José do Egito, e ainda as rotas entre São José do Egito e Itapetim, Riacho do Meio a Santa Terezinha (PE), entre outras, revela um quadro alarmante que reflete a falta de gestão e compromisso com a infraestrutura do Estado.
As dificuldades enfrentadas pelos moradores e motoristas que transitam por essas estradas tornaram-se uma constante no cotidiano, afetando não apenas a mobilidade, mas também a segurança e a economia local. As imagens de buracos e trechos intransitáveis já se tornaram comuns e fazem parte do retrato de um governo que não consegue implementar o básico.
Raquel Lyra, ao invés de buscar soluções efetivas, parece confortável em culpar administrações anteriores, especialmente a de Paulo Câmara. No entanto, essa estratégia de olhar pelo retrovisor não é apenas uma tentativa de justificar a inércia; é uma demonstração de falta de capacidade e coragem política para enfrentar os problemas reais que afligem os pernambucanos.
Promessas de melhorias na infraestrutura foram feitas durante a campanha e, até agora, se mostraram infundadas. A expectativa de uma gestão que priorizasse o desenvolvimento e a qualidade de vida da população se dilui a cada dia em que as condições das estradas não são sanadas. O descrédito cresce, e com ele a indignação popular.
Enquanto a governadora mantém seu discurso de progresso, a realidade de quem vive e trabalha nas regiões afetadas torna-se cada vez mais insuportável. Os agricultores veem-se impedidos de escoar suas produções devido ao estado precário das estradas, e os comerciantes locais enfrentam a desistência de clientes que optam por rotas alternativas para evitar danos aos seus veículos.
É imprescindível que a gestão de Raquel Lyra assuma a responsabilidade pela situação das estradas em Pernambuco. Chegou o momento de deixar de lado as desculpas e agir de forma efetiva. A população ofendida exige respostas, não apenas palavras. Expurgar a inação e trazer soluções concretas é o mínimo que se espera de uma governadora que pretende deixar um legado positivo e duradouro.
As promessas de um futuro melhor não podem mais ser adiadas. Pernambuco clama por uma gestão que realmente se importe em resolver os problemas e não em jogar a culpa em governos passados. O tempo para ações efetivas é agora e está quase acabando, sob pena de Raquel Lyra se tornar sinônimo não apenas de promessas vazias, mas de um Estado em ruínas.
A regulamentação dos provedores de internet ainda não avançou na legislação. Nem por isso o sistema constitucional brasileiro deixa de contar com instrumentos para conciliar a liberdade de expressão com a responsabilização desses provedores. O STF acaba de definir a interpretação constitucional do Marco Civil da Internet, a Lei 12.965/2014. Depois de muito debate interno, os ministros da Corte chegaram a uma deliberação nos julgamentos dos recursos extraordinários 1.037.396, relatado por Dias Toffoli, e 1.057.258, relatado por Luiz Fux. Ambos foram elevados a Temas de Repercussão Geral sob os números 533 e 987.
Na conclusão do julgamento, em 26/06/2025, o STF declarou parcialmente inconstitucional o artigo 19 do Marco Civil da Internet. Por maioria de votos (8×3), prevaleceu o entendimento de que essa norma não é mais suficiente para proteger direitos fundamentais e a democracia, devendo-se interpretá-la de modo a exigir maior dever de cuidado por parte das plataformas digitais, podendo responsabilizá-las em alguns casos até sem prévia medida judicial. Nos casos de crimes contra a honra, manteve-se a aplicação literal do art. 19, segundo a qual as plataformas só podem ser responsabilizadas se descumprirem ordem judicial para remoção de conteúdo.
Em outras hipóteses, o tribunal considerou que os provedores podem ser responsabilizados civilmente se não retirarem conteúdos que configurem crimes graves — como tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado democrático de Direito, terrorismo, instigação ao suicídio ou à mutilação, racismo, homofobia, ou crimes contra mulheres e crianças. Para permitir essa responsabilização antes de decisão judicial, a Corte incluiu o requisito da “falha sistêmica”, isto é, a omissão do provedor em adotar medidas adequadas de prevenção ou remoção dos conteúdos ilícitos, violando o dever de atuar com responsabilidade, transparência e cautela.
Nos crimes de menor gravidade, a Corte determinou que os provedores serão responsabilizados pelos danos decorrentes de conteúdos gerados se, após receberem um pedido de retirada, deixarem de remover o conteúdo, inclusive no caso de contas denunciadas como falsas. A decisão definiu ainda deveres de autorregulação: os provedores devem criar sistemas de notificações, garantir devido processo e elaborar relatórios anuais de transparência sobre notificações extrajudiciais, anúncios e impulsionamentos, além de disponibilizar canais permanentes e específicos de atendimento, acessíveis e amplamente divulgados.
A decisão gerou polêmica. Muitos acusam o STF de invadir competência do Poder Legislativo, esquecendo que, no regime moderno de separação de poderes, atos de um poder podem atingir atribuições de outro, desde que em julgamentos provocados por partes legítimas. No RE 1.037.396, a Facebook Serviços Online do Brasil Ltda. recorreu de decisão do TJ-SP que determinou a exclusão de um perfil falso e o pagamento de indenização por danos morais — decisão mantida pelo STF. No RE 1.057.258, a Corte reverteu condenação da Google Brasil Internet S.A. por não excluir, no extinto Orkut, uma comunidade ofensiva.
Os críticos também ignoram que não há direitos fundamentais absolutos. A liberdade de expressão é garantida pelo art. 5º, incisos IV e IX, e pelo art. 220 da Constituição, mas gozam de igual hierarquia outros direitos, como intimidade, imagem e honra (inciso X); acesso à informação (XIV); propriedade (XXII); direito autoral (XXVII); direitos do consumidor (XXXII); e proteção contra o racismo (XLII). O Estado não pode permanecer inerte diante da violação desses direitos na internet sob a alegação de liberdade de expressão. Esses conflitos devem ser resolvidos pelos princípios constitucionais — em especial a interpretação conforme a Constituição, a proporcionalidade e a unidade da Constituição.
Foi isso que o STF fez no julgamento dos Temas 533 e 987, ao harmonizar direitos fundamentais potencialmente em conflito e conferir interpretação equilibrada e ponderada ao Marco Civil da Internet, ao menos até que o Congresso Nacional retome a deliberação do PL 2.630/2020 ou outra proposta sucessora.
*Advogado formado pela FDR/UFPE, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade de Oxford.
Na corrida para as eleições de 2026, o Senado é um dos alvos mais cobiçados. Com duas vagas na disputa do próximo ano, cerca de 10 nomes já se colocam como opções para os pernambucanos.
Na Frente Popular, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), é visto como o nome natural para liderar o processo e seus aliados aproveitam para circular ao lado do socialista, em busca de consolidar uma futura chapa majoritária.
Os líderes políticos marcaram presença nos compromissos administrativos do socialista e também aproveitaram o período de ciclo junino para reforçar a aproximação.
Foi o caso do último sábado, quando o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), participou da entrega de quatro vias requalificadas no bairro dos Torrões. O líder sertanejo discursou no evento e ainda circulou com o aliado, cumprimentando moradores.
“Que a gente possa ver Pernambuco voltar a ser forte, que Pernambuco possa voltar a crescer, muito em breve, com um grito que vai ecoar, que hoje a gente já sente no coração, mas que, a partir do próximo ano, a gente vai poder falar em alto e bom som”, afirmou Coelho.
No mesmo dia, mais tarde, João Campos circulou com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, na Feira de Artesanato do Recife, no 2º Jardim de Boa Viagem. Na ocasião, Filho não poupou elogios ao aliado. “João conta com o nosso apoio e o governo do presidente Lula em ações como essa para estimular a geração de emprego e renda”, ressaltou.
À noite, foi a vez da vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes, circular pelos polos da festa junina da cidade ao lado do gestor recifense.
No campo da direita, já há uma convicção: o nome mais competitivo para enfrentar Lula é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que sofre resistências do ex-presidente Jair Bolsonaro. Inelegível, Bolsonaro torce o nariz quando observa qualquer movimentação em torno de Tarcísio, que foi um dos seus melhores ministros.
Ontem, O Globo, trouxe uma matéria informando que o Centrão iria mover Bolsonaro e fazer uma estratégia em torno da candidatura de Tarcísio. Mesmo sem um aceno favorável do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo o jornal, partidos do Centrão começam a se movimentar para construir uma candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e cobiçam indicar um nome para vice-presidente na chapa.
Siglas como o PP e o União Brasil, que anunciaram uma federação, já pressionam internamente para que o assunto saia do círculo de conversas reservadas e seja tratado publicamente. No caso do PP, entre os nomes apontados como opções estão o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), e a senadora Tereza Cristina (MS), que chegou a ser cotada para ser vice de Bolsonaro em 2022, mas foi preterida em favor do general Braga Netto.
Já no União não há favoritos, mas a legenda avalia que, pelo seu tamanho, não é possível que a sigla seja ignorada em uma chapa presidencial. Os acenos a Tarcísio também têm sido intensificados pelo Republicanos, MDB e PSD. Estes dois últimos principalmente pelo interesse em herdar o governo de São Paulo. Por outro lado, as movimentações dos partidos têm desagradado a aliados de Jair Bolsonaro. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por exemplo, já criticou indiretamente Tarcísio e o classificou como “direita permitida”.
Um dos escalados para tentar construir uma unidade dos partidos para 2026 é o ex-presidente Michel Temer. O emedebista já procurou todos os que mostraram interesse em disputar o Palácio do Planalto, inclusive Tarcísio, e provocou insatisfação no bolsonarismo por falar que a candidatura presidencial poderia ser construída sem a participação de Bolsonaro.
TEMER EM AÇÃO – Apesar disso, o atrito não foi o suficiente para romper a relação entre Temer e Bolsonaro. Ambos chegaram a conversar recentemente, ocasião em que o emedebista influenciou o tom que Bolsonaro usou durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a trama golpista. Bolsonaro tem insistido em dizer que é candidato mesmo inelegível e resiste a apoiar alguém. Desconfiado dos partidos e sem querer perder o controle sobre o futuro da direita e da oposição a Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente avalia insistir em se lançar candidato e, caso seja barrado, apresentar o nome de Eduardo, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ou da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Trava à família – Os partidos do Centrão buscam evitar esse cenário e dizem que Bolsonaro erra ao não apontar logo um sucessor. Para os dirigentes desses partidos, o ideal seria o ex-presidente definir quem vai apoiar até o final deste ano. Essa avaliação já foi externada pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e pelo vice-presidente do partido, ACM Neto. Ciro Nogueira e o líder do PP na Câmara, Doutor Luizinho (RJ), foram outros que já mostraram discordar da estratégia de insistir na candidatura mesmo inelegível.
Testados em pesquisas – Um nome ligado à centro-direita para formar a chapa, na visão desses políticos, seria importante até mesmo para ajudar na articulação política em caso de vitória eleitoral de Tarcísio. Aliados de Bolsonaro estão incomodados com a pressão para que o governador de São Paulo seja apontado o quanto antes como alternativa presidencial. Como forma de conter esse movimento, nomes alinhados ao ex-presidente agora falam mais livremente sobre as opções, mas dando ênfase aos familiares de Bolsonaro. Neste cenário, os nomes de Eduardo, Flávio e Michelle já são testados em pesquisas. Os próprios filhos do ex-presidente mencionam a hipótese.
Governador sai pela tangente – Procurado pela reportagem de O Globo, Tarcísio disse via assessoria que seu candidato a presidente em 2026 é Bolsonaro. Ainda assim, o governador tem atraído a atenção dos partidos, que nos bastidores têm reclamado que Bolsonaro erra ao insistir na candidatura própria mesmo inelegível. Na visão deles, o governador é um nome considerado agregador na direita, no centro, bem como no mercado financeiro.
Um dos melhores – O prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto (MDB), promoveu um dos melhores ciclos juninos do Estado, mesmo sem apoio do Governo do Estado. Estive por lá, ontem, no encerramento da festa. A grande atração da noite foi o cantor brega Pablo, que arrastou uma multidão. Cálculos não oficiais chegaram a 90 mil pessoas. Por lá encontrei vários políticos, como os pré-candidatos ao Senado Silvio Costa Filho e Miguel Coelho, a ex-deputada Marília Arraes, o ex-senador Fernando Bezerra Coelho e a deputada federal Iza Arruda, filha de Paulo Roberto, que recepcionou os convidados ao lado do pai com muita simpatia.
CURTAS
CORRERIA – Pré-candidatos ao Senado, Silvio Filho e Miguel Coelho estiveram nos principais polos juninos. Ontem, depois de passar por Vitória, Silvio foi para Carpina e Miguel a Petrolina. Na agenda do domingo, logo cedo, a Missa do Vaqueiro, tão tradicional quanto a de Serrita.
COM OS GOUVEIA – Em Carpina, Silvio foi recebido pela família Gouveia, à frente a prefeita Maria Eduarda, casada com o deputado estadual Gustavo Gouveia, irmão do ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia, presidente da Amupe, a Associação Municipalista de Pernambuco, e candidato a deputado federal.
DENÚNCIA – O Tribunal de Contas do Estado está de olho nos prefeitos que usaram o ciclo junino para promoção pessoal com dinheiro público. Chegou à corte um vídeo denunciando o prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Podemos), que subiu ao palco no show de Safadão e ainda deu uma “palavrinha”.
Perguntar não ofende: É verdade que Safadão cobra R$ 80 mil para mandar um abraço ao prefeito anfitrião?
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de nível amarelo, indicando perigo potencial, para 74 municípios de Pernambuco, abrangendo a Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Sul, Mata Norte e parte do Agreste. Antes, o alerta incluía apenas 31 cidades do litoral.
Segundo o órgão, pode chover até 50 milímetros (mm) entre 10h deste domingo (29) e 10h da segunda-feira (30). As recomendações são: Evite enfrentar o mau tempo; Fique atento a sinais de deslizamentos em áreas de encosta; Não use aparelhos eletrônicos ligados à tomada.
Abreu e Lima Araçoiaba Cabo de Santo Agostinho Camaragibe Igarassu Ilha de Itamaracá Ipojuca Itapissuma Jaboatão dos Guararapes Moreno Olinda Paulista Recife São Lourenço da Mata
Mata Norte:
Aliança Carpina Chã de Alegria Condado Goiana Itambé Itaquitinga Lagoa de Itaenga Lagoa do Carro Nazaré da Mata Paudalho Tracunhaém
Mata Sul:
Água Preta Amaraji Barreiros Belém de Maria Bonito Catende Cortês Escada Gameleira Jaqueira Joaquim Nabuco Maraial Palmares Primavera Quipapá Ribeirão Rio Formoso São Benedito do Sul São José da Coroa Grande Sirinhaém Tamandaré Vitória de Santo Antão Xexéu
Agreste:
Barra de Guabiraba Feira Nova Glória do Goitá Gravatá Passira Pombos Sairé
A declaração da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia, depois de votar na quinta-feira (26) a favor de que plataformas possam ser responsabilizadas por conteúdos de usuários sem ordem judicial, recebeu críticas e memes nas redes sociais.
“A grande dificuldade está aí: censura é proibida constitucionalmente, eticamente, moralmente, e eu diria até espiritualmente. Mas também não se pode permitir que estejamos numa ágora em que haja 213 milhões de pequenos tiranos soberanos. E soberano aqui é o direito brasileiro. É preciso cumprir as regras para que a gente consiga uma convivência que, se não for em paz, tenha pelo menos um pingo de sossego. É isso que estamos buscando aqui: esse equilíbrio dificílimo”, disse a ministra.
Segundo Cármen Lúcia, a democracia assegura o direito de crítica e insulto, mas não pode tolerar discursos de ódio ou atos violentos impulsionados por conteúdos na internet. Ela afirmou que o tema da discussão representava um desafio característico de regimes democráticos: dosar o direito de expressão e os seus limites.
“Muitas vezes, acho que a pessoa tem o direito de xingar. O que ela não tem é o direito de cercear, de provocar a morte de pessoas, de instituições, da própria democracia. Esse é o limite, é o paradoxo da democracia: ela permite que qualquer um, em qualquer praça pública, possa gritar: ‘Eu odeio a ministra Cármen’. O que não pode é pegar um revólver e me matar na rua. Isso não pode”, declarou.
Ela disse que não defende a censura, mas afirmou que é preciso “cumprir as regras para que a gente consiga uma convivência”.
Socialista histórico, Anchieta Patriota chamou Raquel Lyra de perseguidora, cruel, desleal e ingrata. “Vamos botar pra fora quem não fez pelo povo de Carnaíba. Ela demitiu mais de 40 pessoas das Escolas Joaquim Mendes, João Gomes e na Escola Técnica Paulo Freire. Pessoas que votaram nela”.
Em 2022, Anchieta apoiou Raquel no segundo turno, sendo um dos primeiros a declarar o voto, dada sua incompatibilidade e rusgas trocadas com Marília Arraes. As informações são do Blog do Nill Júnior.
A fala foi feita ao lado de Berg Gomes, Lucas Ramos e Danilo Cabral em uma inauguração. Foi a primeira fala de Anchieta Patriota depois de um procedimento médico para retirada de um nódulo na próstata.
A goiana Camila Otoni, 21, venceu o Miss Brasil Europa 2025, concurso que tem o propósito de ajudar jovens que saem do Brasil para procurar novas oportunidades na Europa. Natural de Goianésia, em Goiás, a jovem reside atualmente em Dublin, na Irlanda.
Além de Camila, outras sete brasileiras disputaram a coroa na competição que aconteceu na Holanda. “Camila encantou o júri e o público com sua elegância, carisma e dedicação ao longo de toda a competição. Uma trajetória linda que agora ganha um novo capítulo!”, mencionou o concurso ao anunciar a campeã.
A goiana utilizou as suas redes sociais hoje, agradecendo por acreditarem em seu potencial. Antes de levar a coroa, ela já havia conquistado a faixa de Finalista Regional do Miss Universo Itália.
“Ser Miss Brasil Europa 2025 é ser voz, é ser presença, é mostrar que a força da mulher brasileira vai muito além das fronteiras. Quero agradecer de coração a todos que estiveram ao meu lado, por todo amor, afeto e apoio que recebi. Foi essa energia maravilhosa que me fortaleceu em cada etapa. Cada mensagem, cada palavra de carinho, cada gesto de apoio… Tudo isso fez esse sonho ser ainda mais especial”, cita.
No comando do concurso está Ana Paula Schwartz, recifense de origem e portuguesa de nacionalidade.
“Mais do que um acessório, a faixa representa respeito, responsabilidade e reconhecimento. Ela identifica vocês como embaixadoras da beleza, da cultura e da elegância da mulher brasileira na Europa. Sempre que estiverem com ela, estarão representando não apenas o concurso, mas também a sua cidade, o seu estado e toda a comunidade brasileira fora do país”, mencionou em post da competição.
Na sexta-feira (27), outra brasileira fez história ao conquistar o título de Miss Supranational 2025, um dos principais concursos de beleza do mundo. A competição, realizada na Polônia, coroou a modelo Eduarda Braum, do Brasil, pela primeira vez.
Neste domingo (29), um afundamento do asfalto em trecho do pátio de manobras do aeroporto de Fernando de Noronha provocou a retirada emergencial de uma aeronave do local. A Dix Aeroportos, empresa responsável pela gestão do terminal, informou que acionou imediatamente os protocolos de emergência para garantir a segurança. Após inspeção realizada por um mecânico da companhia aérea Gol, o avião foi liberado e pôde seguir viagem normalmente.
O incidente ocorreu em meio ao processo de requalificação da área de movimento do aeroporto, que inclui pistas de pouso e decolagem, pistas de táxi e o pátio de aeronaves. Segundo a Dix, até o momento, apenas a faixa central da pista principal foi parcialmente concluída, restando as obras nas faixas laterais e nas demais áreas essenciais para o tráfego e estacionamento das aeronaves.
A empresa tem feito alertas frequentes à Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) sobre a urgência na conclusão das obras, ressaltando que o cumprimento dos cronogramas estabelecidos é fundamental para evitar novos incidentes. Ainda, destacou que a situação reforça a necessidade de maior atenção às condições estruturais do aeroporto, que é um importante ponto de conexão para o arquipélago.
A Dix Aeroportos segue acompanhando de perto a situação e mantendo contato com os órgãos responsáveis para garantir a segurança operacional no aeroporto de Fernando de Noronha, enquanto as obras de melhoria não são finalizadas.
O senador Fernando Dueire (MDB) esteve em Arcoverde, no Sertão do Moxotó, neste fim de semana, para acompanhar o encerramento do São João do município, uma das festas juninas mais tradicionais de Pernambuco. Durante a visita, Dueire parabenizou o prefeito Zeca Cavalcanti e o vice-prefeito Siqueirinha pela organização do evento, que atraiu milhares de pessoas e movimentou a economia local. “O São João de Arcoverde virou referência no interior do Brasil”, afirmou o parlamentar.
Além da presença no palco principal, o senador aproveitou a ocasião para lembrar do apoio que tem destinado ao município, especialmente na área da saúde. Segundo ele, recursos viabilizados por meio de articulação direta com a prefeitura já foram garantidos para fortalecer a atenção básica e ampliar a rede de atendimento público. “É nosso dever, em Brasília, trabalhar para que cidades como Arcoverde tenham acesso a recursos que façam a diferença na vida das pessoas”, disse.
Dueire também defendeu uma atuação mais próxima dos municípios, destacando a necessidade de descentralização de investimentos e da valorização da autonomia local. “Estamos contribuindo com investimentos concretos na saúde e prontos para apoiar novos projetos nas áreas de infraestrutura, educação e mobilidade”, acrescentou.
A visita a Arcoverde reforça o perfil municipalista do senador, que tem buscado consolidar parcerias com gestores locais em diferentes regiões do estado. “Essa festa mostra o quanto o município tem potencial — e nosso papel é garantir que esse crescimento continue ao longo de todo o ano”, concluiu.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste domingo (29), pouco antes do ato na Avenida Paulista, que o ex-presidente Jair Bolsonaro não tem prazo para eventualmente desistir da sua candidatura a presidente em 2026 e que a decisão sobre quem apoiar na disputa será tomada “na hora certa” e de modo estratégico. O filho mais velho do político alega ainda que a pressão dos líderes do “Centrão” para acelerar o processo e destravar as articulações não tem incomodado o grupo.
“Por parte do PL, pelo menos, ele é o candidato e não tem timing, não tem deadline para deixar de concorrer ou fazer qualquer outra coisa. Os partidos podem lançar os seus candidatos, e eu tenho certeza que, na centro-direita, estaremos juntos no primeiro ou no segundo turno”, afirmou em conversa com jornalistas em frente a um hotel, pouco antes de se deslocar para o trio elétrico. As informações são do jornal O Globo.
Segundo Flávio, há confiança nos nomes que despontam com chances de irem às urnas e querem o apoio do pai, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), mas fez questão de também citar o irmão Eduardo Bolsonaro, que se licenciou da Câmara e viajou aos Estados Unidos alegando perseguição do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a direita.
“O que está em jogo no país, minha gente, é a liberdade e o futuro dos nossos filhos e netos. Então, não haverá vaidade por parte de ninguém, em especial do presidente Bolsonaro, de tomar a decisão certa na hora certa”, completou o senador.
Como mostrou o GLOBO, partidos do “Centrão” começaram a se movimentar para construir uma candidatura presidencial de Tarcísio e cobiçam indicar um nome para vice-presidente na chapa. Siglas como o PP e o União Brasil, que anunciaram uma federação, já pressionam internamente para que o assunto saia do círculo de conversas reservadas e seja tratado publicamente.
Flávio reforçou ainda trecho de entrevista dada ao jornal “Folha de S. Paulo” de que os candidatos da direita que pretendem conquistar o apoio de Bolsonaro precisam se comprometer com um indulto, além de brigar com o Supremo a respeito do assunto. Ele não quis adiantar, contudo, se os principais cotados, como Tarcísio, já sinalizaram algo nesse sentido até o momento.
“Tem que perguntar para cada um deles, mas quem defende a democracia tem que se comprometer com esse indulto. Sou contra tratar de reduzir penas, porque as pessoas estão sendo acusadas de crimes que elas não cometeram. Elas nem tinham que estar respondendo por esses crimes”.