Depois de regressar de mais uma maratona pelo Sertão de lançamentos do meu livro “Os Leões do Norte”, na chegada ao Recife vim direto para um restaurante japonês comemorar meu niver com os filhotes Magno Filho e João Pedro. Momento muito feliz!
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O presidente Lula (PT) poderá voltar a Pernambuco, na próxima sexta-feira (29), para prestigiar o último dia do 11º Semiárido Show 2025, que iniciará nesta terça-feira (26), no município de Petrolina. O Palácio do Planalto ainda confirmará essa agenda, mas, acontecendo, será a segunda vinda de Lula ao Estado, no período de duas semanas.
No dia 14 deste mês, o presidente esteve no município de Goiana, onde inaugurou uma fábrica de hemoderivados da Hemobrás. Também esteve no Recife para firmar parcerias através do programa Agora tem Especialistas e para a entrega de títulos de regularização de imóveis a moradores do bairro de Brasília Teimosa. Estas duas agendas foram com o prefeito da Capital, João Campos (PSB). Em Goiana, a governadora Raquel Lyra (PSD) foi representada pela vice Priscila Krause (PSD). As informações são do blog Dantas Barreto.
O Semiárido Show é considerado o maior evento do Nordeste voltado à agricultura familiar dependente de chuva e às inovações tecnológicas para a produção na Região Nordeste. É realizado pela Embrapa em parceria com o Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA). Neste ano, o evento traz como tema central “Ciência e Inovação para Inclusão Socioprodutiva”.
De acordo com a organização, além da tradicional programação técnica, a edição de 2025 terá um papel estratégico, sendo um dos eventos preparatórios da Embrapa para a COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Belém (PA).
Da CNN Brasil
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), elogiou, ontem, a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, afirmando que ele é uma referência. A declaração aconteceu durante entrevista coletiva no Festival de Barretos, no interior paulista.
“Bom, primeiro agradecer o convite aqui do colega Tarcísio. Sem dúvida nenhuma tem feito uma grande gestão num curto espaço de tempo. Ele já avançou demais aqui, tem sido sempre uma referência para nós desde que era ministro de Transportes [Infraestrutura] e agora à frente deste governo”, disse Caiado.
Leia maisAlém dos chefes dos Executivos goiano e paulista, também esteve presente no evento o mineiro Romeu Zema (Novo). Caiado e Zema são pré-candidatos à Presidência da República. Tarcísio, por sua vez, é apontado por aliados como possível presidenciável, visto que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível até 2030 após sofrer condenações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo Caiado, “nós temos aqui um pacto entre nós. Todos os governadores são governadores experientes. Aquele que chega lá vai saber, com a competência que tem, botar ordem no Brasil. Não tenha dúvida disso”.
“É isso que nós temos. Todo mundo sai agora, mas de segundo turno está todo mundo junto, unido, para nós darmos rumo e devolvermos o Brasil para os brasileiros de bem”, prosseguiu o goiano, com a concordância de Tarcísio: “Eu tenho certeza que a direita tem excelentes nomes para o Brasil.”
Por fim, Zema afirma que esteve com Bolsonaro e que ele próprio “é favorável a alguns candidatos da direita”. “E isso fortalece a direita. Como Caiado falou, quando chegar o segundo turno, todos juntos”, finalizou o chefe do Executivo mineiro.
Críticas de Eduardo Bolsonaro
Nesta semana, a PF (Polícia Federal) divulgou mensagens extraídas do celular de Bolsonaro em que seu filho e deputado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), critica a ideia de que Tarcísio seria um sucessor do ex-presidente.
Em conversa com seu pai, ele afirma que a “narrativa de Tarcísio te sucedendo, que já há acordo para isto, está muito forte”. O deputado ainda afirma que é preciso “segurar” essa movimentação, para “nos mantermos vivos aqui”.
Segundo o parlamentar, se o governador de São Paulo “quiser acessar a Casa Branca, ele não conseguirá”. Eduardo enfatiza que apelas ele e o jornalista Paulo Figueiredo têm acesso.
“Tarcísio vai levar a frente suas bandeiras, inclusive demitindo secretárias ligadas ao PSOL e etc. E ele dialoga muito bem. Vai anistia geral e o STF, que sempre foi aliado nosso, não será óbice”, acrescenta Eduardo após o pai enviar um uma matéria mostrando que o chefe do Executivo paulista ganharia do atual mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual segundo turno. As mensagens foram encaminhadas em junho deste ano.
Leia menosO vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou ontem que tenta “permanentemente” derrubar as tarifas impostas a produtos brasileiros pelos Estados Unidos. “Se depender de nós, (o tarifaço) acaba amanhã.” Para isso, Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio, defende diversificar as soluções.
“O trabalho é esse. Diálogo e negociação. Entendemos que tem espaço para ter mais produtos excluídos (do tarifaço) e para ter uma alíquota mais baixa”, afirmou o vice. As informações são do portal g1.
Leia maisNesta semana, o ministro anunciou que o Departamento de Comércio dos EUA enquadrou produtos brasileiros derivados do aço e do alumínio sob a mesma taxa que é aplicada ao resto do mundo, fora dos 50%. “Isso ajuda na competitividade de tudo o que tem aço e alumínio, máquina, retroescavadeira, motocicleta”, disse.
Além disso, o governo tomou medidas de socorro aos exportadores brasileiros atingidos pelo tarifaço. O BNDES anunciou o aumento em R$ 10 bilhões do crédito disponível. O valor, que era de R$ 30 bilhões, passou para R$ 40 bilhões.
O vice-presidente falou também em “abrir mais mercado”. Na terça-feira (26), Alckmin vai para o México, com o objetivo de ampliar as relações comerciais entre os dois países. “Nós temos uma corrente de comércio com o México significativa. Podemos fazer crescer essa corrente, biocombustível, energia, SAF (combustível sustentável de aviação), aparelhos médicos, toda a parte de complexo de saúde, agroindústria.”
As declarações foram dadas em São Paulo, em evento do programa Carro Sustentável, de redução de impostos para veículos menos poluentes.
Leia menosA prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, passou a integrar a Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). A posse aconteceu durante uma agenda intensa de atividades partidárias que ocorreram na sexta, sábado e neste domingo (24), com a posse do novo Diretório Estadual do PT, em Pernambuco.
“É uma honra imensa fazer parte da Direção Nacional do PT. Sempre que participo de momentos como esse, levo comigo o nome de Serra Talhada e a força da nossa gente. Receber essa confiança é motivo de gratidão e também de compromisso para continuar lutando por um Brasil melhor e por mais conquistas para a nossa cidade”, destacou Márcia Conrado.
A prefeita esteve presente em reuniões com dirigentes nacionais e participou ativamente da posse do novo Diretório Estadual do PT em Pernambuco. O encontro reuniu lideranças de todo o estado e reforçou o papel do partido na condução de pautas importantes para o Brasil e para o povo pernambucano.
“Quero agradecer ao meu partido, ao presidente Lula e a todos os companheiros e companheiras pela confiança. Ser prefeita pelo PT é uma responsabilidade que assumo com gratidão e determinação, sempre ao lado do povo e do nosso projeto de transformação social”, finalizou Márcia.
Em meio a críticas a Donald Trump pela imposição do tarifaço, governadores de direita brasileiros têm recorrido cada vez mais ao presidente argentino, Javier Milei, como referência política e econômica. O vizinho tem sido visto como exemplo pela condução da crise gerada pelas novas tarifas americanas e por sua agenda de cortes de gastos, enquanto se mantém ideologicamente afastado do governo Lula.
A aproximação entre o líder argentino e governadores que disputarão o espólio do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2026 seria consagrada ainda neste mês em um encontro promovido pela Consulting House, grupo que busca conectar lideranças políticas a empresários. A participação de Milei, no entanto, foi cancelada, segundo o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim. Essa, no entanto, não seria a primeira sinalização recente de afinidade do grupo com Milei. As informações são do jornal O Globo.
Leia maisNa semana passada, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), recebeu o secretário de Turismo, Esporte e Meio Ambiente da Argentina, Daniel Scioli. Ex-embaixador no Brasil durante o governo Bolsonaro, ele deixou o cargo para integrar a gestão Milei. Desde então, tem voltado ao país para estreitar laços, com ações que incluem passagens aéreas promocionais para brasileiros que vão a cidades como Buenos Aires, compradas na Aerolíneas Argentinas, companhia área estatal.
O tema da conversa com Jorginho foi, no entanto, de olho no trajeto inverso: a atração de turistas argentinos para o estado. Florianópolis foi o destino brasileiro mais buscado para o verão de 2025, de acordo com a plataforma de reserva de hotéis Booking.com, e recebe um grande fluxo de argentinos.
“A Argentina é uma grande parceira. No verão, Santa Catarina se torna uma extensão do país. Queremos ampliar ainda mais essas conexões e gerar oportunidades de negócios”, afirmou Jorginho na ocasião.
O encontro não foi o primeiro de Jorginho com a cúpula do governo argentino. No ano passado, ele recebeu Milei em Balneário Camboriú (SC) para a Conferência da Ação Conservadora (CPAC) ao lado de Bolsonaro. No ano anterior, ambos estiveram em Buenos Aires para a posse de Milei, junto de governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Cláudio Castro (PL), do Rio. À época, a vitória de Milei também foi celebrada pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). “A liberdade venceu”, escreveu no X.
O nome do presidente argentino voltou a ser reverenciado recentemente pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), como uma liderança que buscou negociar com o presidente americano diante do tarifaço: “Outras nações sentaram à mesa, mas o Brasil se isolou. Há que se ofertar ao brasileiro uma condição de tranquilidade. Ninguém suporta mais esse quadro de um governo que não faz por onde para proteger o seu país”
Usado para criticar a atuação de Lula, o assunto tem gerado embaraços para Caiado e outros governadores de direita que, no passado, celebraram a vitória de Trump. Segundo dados da pesquisa Genial/Quaest, 71% da população acredita que o presidente americano está errado em impor novas tarifas ao Brasil.
“Eles agora precisam equilibrar os pratos, por terem que atuar com responsabilidade com seus próprios estados e redutos eleitorais, mas, ao mesmo tempo, são pressionados a se manterem alinhados com os seus interesses ideológicos”, diz Leandro Consentino, cientista político e professor do Insper.
Além de Caiado, Tarcísio enfrenta o mesmo dilema, já que São Paulo é o estado cujo setor produtivo é um dos mais afetados pelo tarifaço. Ao mesmo tempo, ele tenta não tensionar a relação com aliados de Bolsonaro. Assim que a taxação americana foi anunciada, o governador tentou negociar junto à Embaixada dos EUA, o que gerou um atrito com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O governador de São Paulo também mantém como referência o presidente argentino. “Se você me perguntasse há um ano se seria possível o Milei cortar 5% do PIB de gasto público em um ano, eu diria que não é possível, mas foi”, disse Tarcísio em evento do banco Safra.
Pela mesma razão, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo) exaltou a postura do vizinho. Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, defendeu cortes duros de gastos, a exemplo da Argentina, como saída para o Brasil.
Leia menosDo jornal O Globo
Morreu, neste domingo (24), o cartunista Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, o Jaguar, aos 93 anos. Segundo nota do Hospital Copa D’Or, o fundador do Pasquim estava “internado em razão de uma infecção respiratória, que evoluiu com complicações renais”. Nos últimos dias, Jaguar “estava sob cuidados paliativos”. O velório acontece amanhã, das 12h às 15h, na Capela Celestial do Crematório Memorial do Carmo, no Rio.
Um dos fundadores do Pasquim, jornal satírico que enfrentou a ditadura militar, ele estava internado com pneumonia no Copa D’Or, no Rio, há três semanas. A morte do cartunista foi confirmada ao jornal O Globo pela viúva, Celia Regina Pierantoni.
Leia maisMês passado, durante as comemorações do centenário do jornal O Globo, Jaguar posou para um ensaio fotográfico da revista ELA dedicado a quase centenários. Na ocasião, deu sua última entrevista. “Tive uma vidinha boa. Não me aprofundava em meditações, ia vivendo o momento”, disse, acrescentando que ainda seguia a mesma filosofia. “Não planejo o futuro nem lamento nada do que fiz”, afirmou o autor de “Ipanema, se não me falha a memória”.
Carioca nascido em 29 de fevereiro de 1932, Jaguar começou sua carreira desenhando para revista Manchete em 1952. Adotou seu famoso pseudônimo por sugestão do cartunista Borjalo. À época, Jaguar trabalhava no Banco Brasil, subordinado ao cronista Sérgio Porto, que o convenceu a não abandonar o emprego para se dedicar exclusivamente à carreira no humor.
Nos anos 1960, Jaguar se consagrou como um dos principais cartunistas da revista Senhor e colaborou também para a Revista Civilização Brasileira, a Revista da Semana, a Pif-Paf e os jornais Última Hora e Tribuna da Imprensa. Em 1968, lançou seu primeiro livro, “Átila, você é bárbaro”, um sucesso instantâneo, que, com ironia, combatia o preconceito, a ignorância e a violência. “Comparado com os vândalos de hoje, Átila não passa de um doce bárbaro”, afirmou o autor. O cronista Paulo Mendes Campos descreveu a obra como “um livro de poemas gráficos”.
Ao lado de Tarso de Castro e Sérgio Cabral, fundou o Pasquim em 1969. Irreverente e combativo, o jornal marcou a imprensa alternativa que floresceu à sombra da ditadura militar e congregou alguns dos maiores expoentes do jornalismo e das artes brasileiras, como Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil, Paulo Francis e Sérgio Augusto.
Jaguar batizou o jornal e desenhou um dos símbolos mais populares do Pasquim, o ratinho sacana Sig (de Sigmund Freud), inspirado numa piada que arrancava risadas à época: “se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem”. Neurótico e libidinoso, Zig era apaixonado por Odete Lara e Tânia Scher. Originalmente, o ratinho havia sido criado para o lançamento da cerveja Skol. Jaguar foi incumbido de desenhar uma história para campanha publicitária e assim nasceu a tirinha “Chopnics”, mistura de “chopp” com “beatniks”, estrelada pelo Capitão Ipanema, o BD (cuja inspiração era o ator Hugo Leão de Castro, o Hugo Bidê, que tinha um ratinho branco, apelidado de Ivan Lessa, que o acompanhava aos bares).
Outro personagem que alcançou a fama foi Gastão, o Vomitador, que passava mal e punha tudo para fora diante dos absurdos do noticiário. Em 2015, Jaguar revelou que notícia terrível havia inspirado o enjoo do personagem: numa entrevista ao Pasquim, em 1972, o roteirista Carlos Manga confessou “um crime hediondo”: “ele foi o inventor do júri de televisão”. “Ilustrei sua declaração com o Gastão vomitando. Gastão teve vida breve. Como não sabia fazer outra coisa além de vomitar, enjoei de desenhá-lo e o despedi”, contou o humorista, também criador de Bóris, o Homem-Tronco; Wilson, o Dubitativo; Anta de Tênis; Lulu, o Protozoário (apenas uma tira publicada), Bicho Borka, entre outros personagens.
Jaguar descrevia O Pasquim como “o auge do sucesso”.
— Até a censura era um barato — disse ele em entrevista. — Era feita pelo Coronel Juarez, um bonitão, sósia do Gary Cooper. Recebia a gente na garçonnière dele. Pegava o material e riscava a lápis. A gente argumentava. Havia diálogo. O pessoal torcia para chegarem as garotas. Ele apresentava: “Esses são meus amigos do famoso ‘Pasquim’.” Aí liberava as maiores atrocidades! Ele tinha uma turma de coroas na praia, a gente contratou uma loura espetacular de biquíni. Ela levava o material, e ele censurava na praia! E ela, alisando o velho, dizia: “Ah, meu bem, não faz isso, os meninos vão ficar tão tristes…” Ele ficava orgulhoso e liberava.
Autor de “Rato de redação: Sig e a história do Pasquim” (Matrix), Márcio Pinheiro afirma que Jaguar “teve peso decisivo para manter o jornal de pé do começo ao fim” e que muito da irreverência e da competitividade do semanário se deviam ao cartunista.
— Jaguar se destacava primeiro por seu traço. Ele cria o Pasquim aos 37 anos, já era um nome de primeira linha nas artes gráficas brasileiras. Com o Pasquim, ajudou a mudar a maneira como se fazia charge e jornalismo no Brasil — diz o autor. — O legado de Pasquim já começou a se afirmar nos anos 1960. Ele formou sucessores como Chico e Paulo Caruso e depois a turma de São Paulo, de Angeli e Laerte. A obra dele vai permanecer. Ele está na história da imprensa e do desenho brasileiro. E viveu uma vida à altura de seu talento.
O cartunista e roteirista Arnaldo Branco afirma que, além de ser “um gênio do humor”, “Jaguar era fera em se meter em encrenca”:
— Foi o primeiro a se manifestar contra a ditadura militar quando o jornal onde trabalhava, o Última Hora, foi destruído por golpistas (desenhou um gorila sapateando em uma máquina de escrever). Fundou O Pasquim, para falar mal dos militares e fez quase todo o staff ser preso em 1969, quando publicou uma paródia do quadro Grito do Ipiranga com Dom Pedro bradando “Eu quero mocotó!” — conta Branco. — Vai fazer falta nessa época em que humoristas sem um pingo da sua coragem nem inimigos do mesmo porte reclamam de perseguição.
Em 1970, Jaguar passou três meses encarcerado pela ditadura militar e foi solto no réveillon. Famoso por ser um dos humoristas mais escrachados do país, ele brincava que prisão “foi a fase mais feliz da minha vida”.
— Nunca bebi tanto. Não é piada: foi a fase mais feliz da minha vida. Acordava e pensava: “O que tenho para fazer hoje? Porra nenhuma!” Subornava os guardas para ter cachaça. Bebia do gargalo e jogava num matagal atrás da cela. Consegui ler 60 páginas de “Ulisses”. Depois não retomei. “Ulisses” ou você lê na prisão ou não lê.
Em 2008, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça concedeu ao cartunista uma indenização de mais de R$ 1 milhão e uma pensão mensal de R$ 4 mil em reparação à perseguição política durante a ditadura militar. O cartunista recebeu críticas devido ao montante da indenização e reclamou que “não esperava levar tanta porrada”.
Jaguar foi o único da equipe original a permanecer no semanário até a última edição, em novembro de 1991. No ano anterior, a turma do Pasquim havia sido homenageada pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz com o enredo “Os heróis da resistência”.
Na TV Globo, Jaguar fez animações para as famosas vinhetas do Plim Plim. Ele lia muita poesia e gostava de jazz. E de futebol. Não tinha nenhum preconceito. Assistia ao ludopédio nacional, mas também ao inglês, ao espanhol e ao italiano. Teve a sorte de morar em Santos nos tempos de Pelé. Também era “viciado” em jornal de papel. Aos 82 anos, o autor de “Confesso que bebi” se tornou abstêmio por causa de um tumor no fígado.
— Agora, só cerveja sem álcool. Quer dizer, tem 0,5% de álcool. Ou seja, de 0,5 em 0,5 a gente pode chegar a um resultado expressivo! Como disse aquele comediante Marcelo Adnet, que também está abstêmio, “é zero, mas pelo menos não é usada” — disse ele em 2014 ao Globo, numa entrevista que jurou ser a última. — Depois de sair no Globo, só falo para o “New York Times”.
À época da entrevista, Jaguar trabalhava no jornal O Dia e comemorou ser reconhecido “por taxistas e mendigos”.
— Uma caixa de supermercado outro dia viu minha assinatura e perguntou: “Jaguar, o cartunista?” Eu disse: “Como é que você sabe?” E ela: “Eu posso ser humilde, mas me interesso por cultura.” Eu achei tão bonitinho!
Disse ainda que se considerava um “bom cronista de situações”, mas que, pasmem, não sabia desenhar.
— Nunca soube. Se tenho que fazer caricatura, copio do Chico, do Angeli, e as pessoas acham que é um estilo. No Brasil, qualquer um que dure dez anos num ofício é considerado grande profissional. Fui um fiasco nas escolas de desenho. Houve um instituto onde eu tinha que desenhar um busto de Voltaire e aí pus uma mosca no nariz dele. Fui expulso — contou o cartunista, que achava as tirinhas da Mafalda “uma merda”. — O Quino fazia legendas que eram poesia nas charges. Mas “Mafalda” é uma merda. Eu disse isso a ele, e a chata morreu. Sei lá se foi por isso…
Jaguar deixa a esposa, Célia, e a filha, Flávia Savary.
Leia menosO 17º Encontro Estadual do PT, realizado no Recife, neste domingo (24), teve a posse do deputado Carlos Veras como presidente e também do novo diretório, que terá mandato de quatro anos. No entanto, o principal questionamento foi em relação às alianças eleitorais de 2026, entre as futuras candidaturas ao Governo do Estado de Raquel Lira (PSD) e do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Apesar de haver cobranças em discursos, nenhum dirigente cravou qual será a decisão do partido.
Presente no ato político, o presidente nacional do PT, Edinho Silva, ressaltou aliança que o PSB tem com o presidente Lula, mas também lembrou que o PSD faz parte da base aliada do governo federal. “Temos um diálogo muito sólido com João Campos, mas a construção da tática eleitoral aqui nós temos que lidar com muita cautela, porque também o PSD é um partido aliado do presidente Lula. Claro, é inegável a nossa aliança histórica com o PSB. Mas também nós temos que construir com cautela, ouvindo as nossas lideranças do Estado de Pernambuco. Nós não vamos construir nenhuma posição sem ouvir as lideranças do Estado de Pernambuco”, garantiu Edinho. As informações são do blog Dantas Barreto.
Leia maisQuestionado sobre a divisão dos petistas pernambucanos entre Raquel Lyra e João Campos, o presidente do partido optou por avaliar do ponto de vista institucional. “O deputado estadual não tem por que trabalhar contra o povo do Pernambuco. Se o projeto é bom para Pernambuco, se o projeto é bom para a população, por que o PT vai trabalhar contra o povo? Ao contrário, nós temos que ajudar. Essa tem sido a nossa postura em todos os lugares. Sempre colocar no primeiro plano os interesses da comunidade”, assinalou.
Na avaliação da senadora Teresa Leitão, que é defensora do apoio a João Campos, essa situação “é muito ruim”. Em seu discurso, ela cobrou abertamente a necessidade de o PT ter um rumo na disputa pelo Governo. Principalmente, pelo fato de os petistas terem cravado que a vaga na majoritária será com o senador Humberto Costa.
“A gente vai deixar Humberto solto para escolher quando? Para que lado o PT vai? Qual a tática eleitoral para o PT em 2026, qual o melhor palanque para eleger o presidente Lula? É este o desafio que esta gestão está em mãos e eu espero que não enrole para que abra esse debate com a base. Eu espero que a gente analise, não apenas dados de pesquisa, que são um indicador, mas não são os únicos. Nessa chapa, qual será a nossa condição de ampliar a nossa bancada federal, de ampliar a nossa bancada estadual para a gente poder dizer: ‘protagonismo é isso’?”, questionou Teresa Leitão, diante dos dirigentes.
Ao ser empossado, o novo presidente do PT pernambucano, Carlos Veras assegurou que haverá muito debate interno para definir o palanque em 2026. Segundo ele, quantos mais candidatos ao Governo do Estado apoiarem a reeleição do presidente Lula, melhor. “A vaga do Senado Federal é do PT, é Humberto Costa nosso candidato. Nós vamos continuar trabalhando em torno disso. Mas não é sentar na mesa de negociação. Quando conversar com os partidos, é simplesmente dizer: “Tá aqui a vaga do Senado, é Humberto”, observou Veras.
O dirigente disse que “queremos saber o que a gente quer para segurança pública, para educação, para saúde, para infraestrutura, para assistência social”. “Nós vamos chegar com a plataforma, com proposta para sentar na mesa. Quem quer governar Pernambuco, tem sintonia, quer incluir nas suas propostas o seu plano de governo, o que pensa o PT e o que defende o PT para Pernambuco? Nós estamos juntos. Não queremos um senador numa chapa que o outro seja um fascista, um bolsonarista. Não vamos admitir esse tipo de aliança. Tem que ser do campo progressista, juntando as forças que defendem o presidente Lula”, avisou.
Carlos Veras preferiu não falar em palanque duplo de Lula, no Estado, como se cogita, pela proximidade de Raquel Lyra com o presidente e a aliança entre PSB e PT. “Se todo mundo que for candidato ao Governo de Pernambuco quiser fazer e pedir voto para o presidente Lula, a gente quer, porque a gente sabe que governar Pernambuco precisa ter Lula presidente, porque não há quem mais ajude Pernambuco do que o presidente Lula. Por isso, a gente tem que estar junto nessa caminhada. Nós vamos conversar, nós vamos dialogar, nós vamos construir dentro da Federação Brasil da Esperança”, assinalou o deputado.
Leia menosA Operação Mandacaru II, realizada pelo Ibama-PE em parceria com a Operação Rotas do Sertão, da Polícia Rodoviária Federal (PRF-PE), resultou na apreensão de 527,9 metros cúbicos de madeira serrada, além de estacas de jurema e sabiá, até a última sexta-feira (22). O material, avaliado em R$ 158,3 mil, foi doado a municípios e instituições da região.
Ao todo, 11 autos de infração foram lavrados. Outro auto ainda está em andamento, com a madeira a ser cubada em solo. As ações fazem parte do combate ao transporte irregular de produtos florestais e da fiscalização ambiental em estradas do Sertão pernambucano.
As doações de madeira beneficiaram os municípios de Serra Talhada, que recebeu três cargas; São José do Belmonte, duas cargas; Flores, duas cargas; Triunfo, Calumbí e Santa Cruz da Baixa Verde, com uma carga cada. O 14º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco, em Serra Talhada, também foi contemplado com uma carga.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reafirmou, neste domingo (24), o seu compromisso político com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o prefeito do Recife, João Campos, nas eleições do próximo ano. O aceno foi dado durante a posse do deputado federal Carlos Veras como novo presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco. No evento, Silvio destacou sua relação histórica com o PT e o presidente Lula, reforçando a importância da unidade das forças políticas do campo progressista em Pernambuco e no Brasil.
“Quero desejar ao companheiro Carlos Veras boa sorte nessa caminhada. Nós estaremos juntos com todas as forças do campo progressista trabalhando pela reeleição do presidente Lula e pelo apoio, se Deus quiser, a eleição do nosso futuro governador João Campos. Vamos juntos trabalhar por Pernambuco e pelo Brasil buscando um estado mais forte, mais justo, mais solidário e um estado com crescimento econômico e com geração de emprego e renda para o povo brasileiro”, defendeu o ministro de Lula.
Silvio Costa Filho tem uma relação histórica e trajetória de diálogo e parceria com o presidente Lula e com o PT em Pernambuco. Ao longo de sua vida pública, tem defendido pautas de desenvolvimento social e econômico, aproximando-se cada vez mais das principais lideranças do campo progressista no Estado.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou nas redes sociais, neste domingo (24), que sua mãe e seus avós foram feitos reféns durante um assalto na casa onde moram em Resende, no Rio de Janeiro.
“Graças a Deus estão todos bem, mas foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva”, escreveu o filho do ex-presidente. No vídeo publicado, é possível ver a bagunça feita na residência. As informações são da CNN Brasil.
Leia mais“Os marginais chegaram abordando minha mãe, dizendo que sabiam quem ela era e querendo saber onde estava o ‘dinheiro que o Bolsonaro mandava para meus avós'”, continuou o senador.
“Eles estavam com luva, mas tirou a luva para colocar o silver tape, ficaram mais de uma hora, reviraram tudo, está tudo revirado aqui. Levaram os celulares, levaram algumas joias, eles estavam procurando dinheiro. Eles estavam certos, tinham dito que os amigos do Bolsonaro tinham dito que aqui tinha dinheiro, que ele mandava dinheiro para cá. Ele me abordou no banheiro, parece que já veio mandado”, diz uma mulher no vídeo.
Acabaram de fazer minha mãe e meus octogenários avós de reféns, na casa deles em Resende/RJ. E não foi um simples assalto.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) August 24, 2025
Graças a Deus estão todos bem, mas foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva.
Os marginais chegaram abordando… pic.twitter.com/0RTOUNXUOz
De acordo com Flávio, a família já tomou as providências necessárias. “Como não havia dinheiro, levaram alguns anéis e fugiram roubando o carro do meu avô. Já tomamos as providências e, se Deus quiser, em breve esses marginais covardes serão encontrados!”, concluiu.
Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que realizou perícia no local e buscam imagens de câmeras de segurança na região. Equipes seguem em diligência para identificar os autores.
O caso foi registrado no 89º DP (Resende).
Leia menosO governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), será submetido a uma cirurgia de vesícula na noite deste domingo (24), no Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa. Ele está bem e consciente.
Segundo o médico Fúlvio Petrucci, que acompanha o governador, trata-se de uma cirurgia simples, sem maiores riscos. A recomendação é de que João Azevêdo suspenda as atividades oficiais durante a semana para se recuperar adequadamente. As informações são do blog do Maurílio Júnior.
O procedimento foi definido após exames confirmarem um quadro de crise de vesícula, diagnosticado ainda pela manhã, quando o governador sentiu fortes dores abdominais.
Do jornal O Globo
A derrota sofrida na instalação da CPI do INSS preocupou o governo, que organiza uma reação na tentativa de evitar que o colegiado vire palco da oposição e amplie os desgastes. O Palácio do Planalto definiu uma tropa de choque na comissão, vai insistir em uma linha do tempo que busca associar as fraudes não ao governo Lula, mas à gestão de Jair Bolsonaro, e vai redobrar a atenção com os requerimentos para impedir, por exemplo, que um dos irmãos do presidente vire alvo.
Ao perder a presidência e a relatoria, em uma reviravolta que provocou troca de acusações na própria base, o Planalto fez uma série de reuniões e reformulou a estratégia. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) vai coordenar a atuação de parlamentares governistas. Ele tem conversado com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e, na quarta-feira à noite, foi chamado para um encontro com Lula no Palácio da Alvorada.
Leia maisUm dos pontos mais sensíveis será a atenção com as convocações. O governo afirma que, dos 32 integrantes da comissão, conta com 16 ou 17, o que garante no máximo uma maioria estreita e deixa o Planalto sob risco de novo revés.
O governo vai agir para evitar a exposição de Frei Chico, irmão do presidente Lula. Parlamentares bolsonaristas pressionam pela convocação dele, que tem ligação com o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), citado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre possíveis fraudes. Frei Chico não é investigado, e o sindicato nega irregularidades.
— A oposição quer convocar o Frei Chico só por mera agitação e com a intenção de prejudicar o presidente Lula — afirma o deputado federal Rogério Côrrea (PT-MG), suplente da comissão.
Tropa de choque
No Planalto, auxiliares do presidente afirmam que, a partir de agora, o governo precisa ter uma tropa de choque atenta a um novo bote da oposição. Na quarta-feira, o colegiado elegeu opositores de Lula para a presidência e a relatoria da comissão, os dois postos mais importantes. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) derrotou o senador Omar Aziz (PSD-AM), que era considerado favorito e contava com o apoio de Lula e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A relatoria será do deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o que também foi uma derrota para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que defendia a escolha do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO). O governo tenta agora ao menos ficar com a vice-presidência.
Dentro desse novo plano, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, é um dos nomes que vêm sendo defendidos por governistas para comparecer à comissão. A ideia é que ele vá ao colegiado fazer a defesa da reação do governo desde que o escândalo veio à tona: interrupção dos pagamentos fraudulentos, mudanças no sistema do INSS para evitar novas fraudes e o pagamento de R$ 1 bilhão a 1,6 milhão de aposentados e pensionistas que tiveram descontos indevidos.
Por outro lado, a base planeja propor a convocação de ex-integrantes do governo Bolsonaro, como José Carlos Oliveira — que presidiu o INSS entre 2021 e 2022 — e Onyx Lorenzoni, ex-ministro do Trabalho e Previdência, além do senador Rogério Marinho (PL-RN), que foi secretário de Previdência de 2019 a 2020. Petistas também já apresentaram requerimento para ouvir o ex-presidente, com a justificativa de que ele foi alertado, ainda na transição de seu governo, sobre a fraude do INSS.
Coordenador da frente governista, Pimenta argumenta que a investigação deve priorizar a ordem cronológica da fraude. Para o parlamentar, uma das estratégias é adotar a linha do tempo do esquema, mostrando quando começou, em que momento “ganhou escala industrial” e como chegou à gestão petista, com o mote de que Lula acabou com o esquema.
— Queremos recuperar todas as medidas que foram adotadas no sentido de facilitar que essas entidades pudessem se credenciar e obter adesão junto ao INSS e entender quais mudanças foram feitas para flexibilizar os repasses e dificultar a fiscalização. E, dentro disso, identificar as figuras políticas da história, em cuja gestão aconteceu e quem era ministro — detalha Pimenta.
Outra hipótese em avaliação é trocar alguns suplentes indicados pelos partidos por parlamentares mais fiéis ao governo e que não se ausentem das sessões das comissões. Parlamentares do MDB faltaram à sessão de instalação da CPI, ao mesmo tempo que líderes criticaram a falta de contato do Planalto para mobilizá-los. Reservadamente, parlamentares da base avaliam que o governo deixou a criação da comissão “correr solta” e subestimou a articulação da oposição.
Reação à derrota
Após a derrota, Gleisi chamou os líderes da base para uma reunião no Palácio do Planalto. O começo da reação passou a ser delineado nessa conversa. A ministra reconheceu erros de articulação e pediu foco para segurar a oposição. Ela reforçou que a maioria que o governo tem na comissão precisa ser efetiva para assumir a pauta da CPI e evitar que a oposição desgaste a gestão petista. Após o encontro, líderes se queixaram de “desorganização” do Planalto.
Também titular da CPI, o senador Izalci Lucas (PL-DF), da oposição, já tem mais de 320 solicitações de requerimentos apresentados com pedidos de informação:
— Não tem que ser Lula contra Bolsonaro, mas é claro que haverá xiitas querendo jogar a culpa um no outro. Queremos apurar a verdade.
Táticas para atuação no colegiado
Linha do tempo
Petistas planejam fazer uma linha do tempo para associar as fraudes do INSS não ao governo Lula, mas à gestão de Jair Bolsonaro. Eles já apresentaram requerimento para ouvir o ex-presidente, com a justificativa de que ele foi alertado, ainda na transição de seu governo, sobre os descontos indevidos de aposentados.
Requerimento
O Planalto também vai redobrar a atenção com os requerimentos para impedir, por exemplo, que um dos irmãos de Lula, o Frei Chico, vire alvo. Bolsonaristas pressionam pela convocação dele, que tem ligação com um dos sindicatos citados no esquema. Frei Chico, contudo, não é investigado. A entidade nega irregularidades.
Ações do governo
A ideia é que o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, vá ao colegiado fazer a defesa da reação do governo, como a interrupção dos pagamentos fraudulentos, mudanças no sistema do INSS para evitar novas fraudes e o pagamento de R$ 1 bilhão a 1,6 milhão de aposentados e pensionistas afetados.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu ao Ministério da Justiça a extradição do ex-assessor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Eduardo Tagliaferro, acusado de vazar mensagens sigilosas do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Corte Eleitoral.
O pedido foi feito por Moraes em 14 de agosto. O Ministério da Justiça informou que enviou a solicitação ao Itamaraty em 20 de agosto, para formalização junto ao governo da Itália. O caso ganhou novo desdobramento na última sexta-feira (22), quando o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou denúncia contra Tagliaferro ao STF. As informações são da CNN Brasil.
Leia maisA PGR acusa o ex-assessor pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A denúncia foi formalizada quatro meses depois de a PF (Polícia Federal) ter indiciado Tagliaferro, apontando que ele repassou informações à imprensa em abril de 2024.
Segundo Gonet, entre maio e agosto do ano passado, o ex-assessor violou sigilo funcional ao revelar conversas sigilosas de servidores do STF e do TSE, onde atuava como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.
Para a PGR, Tagliaferro atuou em favor de uma organização criminosa responsável por espalhar notícias falsas contra a Justiça Eleitoral e por tramar a tentativa de golpe de Estado.
O procurador-geral também destacou que, em julho deste ano, já fora do Brasil, Tagliaferro ameaçou divulgar novas informações sigilosas, configurando crime de coação no curso do processo.
Ainda de acordo com a denúncia, o ex-assessor teria selecionado diálogos de forma a prejudicar a credibilidade das investigações em andamento no Supremo, contribuindo para a divulgação de dados sensíveis.
“O vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo funcional e constitucional teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas”, escreveu Gonet.
Outro lado
Em nota, a defesa de Eduardo Tagliaferro afirmou não se surpreender com a denúncia e classificou as acusações como perseguição. Disse que ele foi vítima de apreensão ilegal de celular e apenas confirmou informações já constantes nas mensagens.
Também relatou que, quando esteve à frente do gabinete de combate à desinformação do TSE, recebeu ordens que não poderia descumprir, motivo de vários pedidos de exoneração. A defesa acrescentou que Tagliaferro teme por sua vida, mas que pretende revelar dados que, segundo ele, “merecem ser analisados com rigor da lei para a moralização do país”.
Leia menosO governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), foi internado neste domingo (24) por volta das 11h, no Hospital Memorial São Francisco, em João Pessoa. O gestor sentiu um mal-estar acompanhado de dores abdominais.
Ele está sob os cuidados do médico Fúlvio Petrucci, que acompanha seu atendimento de perto. De acordo com a equipe médica, o governador está passando por uma crise de vesícula com quadro de fortes dores abdominais. Eles também avaliam a possibilidade de realizar uma cirurgia emergencial. As informações são do portal Mais PB.
Leia maisConfira nota do hospital:
COMUNICADO
O Governador João Azevêdo deu entrada neste domingo, pela manhã, em um hospital da capital, para realização de exames, tendo em vista um quadro de fortes dores abdominais. Foi detectada uma crise de vesícula com possibilidades de cirurgia.
Vamos aguardar o resultado dos exames para maiores informações.
João Pessoa, 24 de agosto de 2025
Fulvio Petrucci
Cassio Virgilio
Italo Kumamoto
EQUIPE MÉDICA
Vale lembrar que, em junho de 2023, João Azevêdo passou por um cateterismo cardíaco, seguido de angioplastia com implantação de stent, procedimentos realizados para desobstruir artérias coronárias e garantir o fluxo sanguíneo adequado ao coração.
O cateterismo é um exame que permite diagnosticar problemas como infarto ou angina, além de remover placas de gordura e colesterol que possam bloquear as artérias.
Leia menosA Ucrânia lançou neste domingo (24) uma série de ataques com drones contra a Rússia, que provocaram incêndio em uma usina nuclear em Kursk. A ofensiva aconteceu no Dia da Independência ucraniana, em meio à frustração com a falta de avanços nas negociações de paz com Moscou. Segundo a administração da usina, as chamas foram controladas, sem vítimas ou aumento de radiação. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia alertado para os riscos de combates próximos a instalações nucleares.
Moscou relatou a derrubada de drones em diferentes regiões, inclusive em São Petersburgo e no porto de Ust-Luga, no Golfo da Finlândia. Nesse último, um terminal de combustíveis da Novatek foi atingido, provocando incêndio. A Ucrânia tem recorrido com frequência ao uso de drones, mirando principalmente a infraestrutura energética russa. O governo de Kiev vê essa estratégia como uma forma de reduzir as receitas de guerra de Moscou. Com informações da Associated Press.
Na madrugada de domingo, a Rússia respondeu com um ataque aéreo contra a Ucrânia, usando um míssil balístico e 72 drones kamikaze Shahed, de fabricação iraniana. Segundo a força aérea ucraniana, 48 foram abatidos. Ainda assim, um dos ataques deixou uma mulher de 47 anos morta na região de Dnipropetrovsk. O conflito, iniciado com a invasão russa em larga escala em 2022, já dura três anos e meio, deixou dezenas de milhares de mortos e segue sem perspectiva de acordo.
Durante as celebrações em Kiev, Volodymyr Zelensky afirmou que os ataques demonstram a determinação de seu país diante do impasse diplomático. “É assim que a Ucrânia reage quando seus apelos por paz são ignorados”, disse. Para o presidente, “a Ucrânia ainda não venceu, mas certamente não perderá. Nossa independência está garantida. A Ucrânia não é vítima; é um lutador”. Apesar de apelos do Ocidente por cessar-fogo, o governo russo segue rejeitando negociações sem condições.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou um tênis da grife italiana Zegna durante evento na última quinta-feira (21) em Sorocaba, interior de São Paulo. O calçado usado pelo petista é o modelo Triple Stitch de camurça na cor cinza. Pode ser comprado no site de e-commerce Farfetch por R$ 8.050.
Durante o evento, Lula ironizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao mostrar sua meia. “Tem gente que tem tornozeleira, eu tenho meia bonita”, afirmou o petista. O momento foi registrado e compartilhado nas redes sociais pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. As informações são do Poder360.
Leia maisO Poder360 procurou a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) para perguntar se o presidente gostaria de se manifestar. Não houve resposta até a publicação deste post.
O tênis usado por Lula é muito similar ao que ele utilizou em março de 2025, durante a viagem ao Japão. O presidente foi criticado nas redes sociais por estar com um calçado que custava, à época, cerca de R$ 10.000.
Gravatas de luxo
Não é incomum Lula usar peças de grifes de luxo. Em fevereiro de 2025, o presidente usou uma gravata da Louis Vuitton para uma entrevista a rádios de Salvador. O acessório custava R$ 1.680. Em abril de 2023, ele ganhou da primeira-dama Janja uma gravata da Zegna durante uma viagem a Lisboa, em Portugal. O item era vendido no site virtual da marca por 195 euros (à época, era o equivalente a cerca de R$ 1.100).
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