Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
Após o blog divulgar, ontem, a situação dos moradores de Belém do São Francisco, que sofrem com a falta de abastecimento, o gerente regional da Compesa no Sertão, Mário Solon, nega que haja problemas de abastecimento de água na região.
Segundo Mário Solon, os problemas em Belém do São Franscisco são pontuais, assim como o que ocorreu no último domingo, que deixou a população sem acesso à água tratada nas torneiras. “No último domingo, houve um problema eletromecânico na estação de água tratada da cidade. Acionamos a equipe com prontidão e já na segunda conseguimos concluir o serviço e normalizar o abastecimento, que é feito de forma regular, sem rodízio na cidade”, afirma o gerente da Compesa no Sertão.
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Segundo ele, é justamente esse abastecimento regular que a Compesa realiza na cidade, que faz com que a população não tenha o hábito de ter reservatório de água suficiente para aguentar 24 horas sem o serviço quando há situações que excepcionais. “Nós entendemos perfeitamente o drama que é ficar sem água, mas o que ocorreu foi uma situação excepcional, cujo abastecimento já foi normalizado”, garante Mário.
Apesar de minimizar as situações pontuais, como a do último domingo, Mário reconhece que em Belém do São Franscisco, a Compesa opera dentro do limite, em detrimento ao crescimento populacional. “A Compesa está buscando recursos para fazer a ampliação dos serviços, com a implantação de uma nova captação flutuante e uma nova estação de tratamento para atender a população futura que cresce”, enfatiza o gerente regional.
Segundo ele, atualmente, o maior problema da companhia na região está no abastecimento dos distritos mais afastados do perímetro urbano, como o de Riacho Pequeno, que fica a aproximadamente 36 km de Belém do São Franscisco. “Lá, o abastecimento é feito a partir de um elevatório que a gente bombeia a água. E, ao longo dessa adutora, a gente tem problemas de ligações clandestinas e furtos, que é um grande drama da Compesa”, explica Mário.
Por isso, diante desses problemas, a companhia tem encontrado dificuldade de atender a população na ponta. “A gente tem equipes que percorrem diariamente essa rede adutora e lá, a gente tem que fazer um rodízio realmente, porque parte a gente atende a população rural e parte o Distrito de Riacho Pequeno”, complementa.
Alheio aos comentários que a falta de abastecimento regular da Compesa não atinge apenas os distritos mais afastados, mas também o perímetro urbano, Mário garante que está em curso um investimento da companhia na ampliação da rede de abastecimento. Inclusive, destacou que já está aberto um processo de aquisição de uma nova balsa flutuante, assim como conjuntos de motobombas que vai suprir a demanda da população.
“Não chegou ao nosso conhecimento a falta de abastecimento do perímetro urbano. Caso isso esteja ocorrendo, pedimos que a população procure os canais oficiais da Compesa, até a própria sede da empresa no município, para formalizar a queixa”, pontua.
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