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Guerra por comando racha principal corrente do PT

Na disputa que se desenha pela presidência do PT o fato mais notável é o racha pesado da Construindo um Novo Brasil (CNB), a principal corrente do partido, majoritária na direção nacional e na maioria dos diretórios estaduais.

De um lado, Edinho Silva, com o apoio de Lula, José Dirceu, Fernando Haddad, Luiz Marinho e Alexandre Padilha; do outro, José Guimarães, candidato de Gleisi Hoffmann e do que seria o “grupo nordestino”, que, apesar do nome, não conta com o apoio de Jaques Wagner e Camilo Santana.

A propósito da discussão sobre uma possível antecipação do calendário para a escolha do novo presidente do PT, inicialmente previstas para maio: foi o próprio Lula que entrou publicamente no assunto na reunião que comandou no dia seguinte ao primeiro turno.

No encontro, lá pelas tantas, Lula perguntou a Gleisi:

— Por que a eleição tem que ser no meio do ano? Não dá para antecipar?

Do Blog do Lauro Jardim para o Jornal O Globo.

Petrolina - Testemunhal

Uma demolição realizada sem seguir as normas de segurança resultou no desabamento da Clínica Leal Gastro, em Arcoverde, na noite passada (20). O projeto, que visava à construção de um espaço comercial contava com licença de demolição, mas, segundo o secretário de Projetos Especiais do município, Aildo Biserra, a execução foi inadequada e desrespeitou as orientações técnicas.

De acordo com o secretário, a empresa responsável pela demolição não seguiu as instruções fornecidas pela Prefeitura, comprometendo as fundações dos imóveis vizinhos, o que levou ao desabamento da clínica e colocou em risco outras edificações próximas.

A Prefeitura já havia enviado engenheiros ao local em duas ocasiões para orientar a empresa sobre as medidas de segurança que deveriam ser adotadas. O prefeito Wellington Maciel esteve no local após o ocorrido, e a obra foi oficialmente embargada.

Uma equipe de quatro engenheiros está elaborando um laudo técnico sobre o incidente, e a empresa responsável será notificada para realizar a reparação dos danos. A Prefeitura também aplicará as penalidades previstas na legislação municipal.

Com informações do Blog Falando Francamente.

Conheça Petrolina

Dedico este artigo ao meu colega o poeta Jorge de Lima, autor do poema “O Acendedor de Lampiões”. Saudades de Jorge de Lima!

Por José Adalberto Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – O que provocou o apagão em São Paulo? Especialistas, PhDs e sábios do sistema elétrico explicaram que um mosquito invadiu os geradores de energia e derrubou as linhas de transmissão. Foi um mosquito apocalíptico. O inseto já está preso na Papuda sob acusação de conspiração energética antidemocrática e poderá ser condenado a 20 anos de cadeia, sem anistia. Tudo indica que o mosquito malvado estava a serviço do comedor de bolos comunista para prejudicar a candidatura do prefeito Ricardo Nunes. Vamos investigar.

O apagão do mosquito causou mais estragos em São Paulo que o furacão Milton na Flórida.

Na temporada das trevas milhões de moradias e o comércio foram afetados pelo apagão. A Pauliceia Desvairada de Mário de Andrade virou uma cidade fantasma. Duendes e lobisomens circulavam nas ruas. O metrô ficou sendo movido por carros-de-boi. Os passageiros cantavam: “Carro de boi que não geme não é bom”.

Também circulavam larápios para roubar celulares e comprar uma cervejinha. As bruxas voavam a bordo de vassouras. Elas criaram o serviço Uber-Vassoura. Carruagens e carroças puxadas por pangarés transportavam as sinhazinhas e os sinhozinhos. Ressurgiu a profissão dos acendedores de lampiões. Quanto romantismo!

O Governo vai promover concurso para contratar acendedores de Lampião.

O Acendedor de Lampiões

“Lá vem o acendedor de Lampiões de rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite apenas se acentua
E a palidez da lua apenas se presente.
Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
Ele que doira a noite e ilumina a cidade
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua”

Jorge de Lima

Dia 1 de outubro, ao retornar da posse da presidente do México, Claudia Sheinbaum, um pássaro bolsonarista mergulhou na turbina do teco-teco presidencial e quase provoca um desastre de aviação. Por conta disso o Governo vai investir 1 bilhão de denários para renovar a frota de teco-tecos da Presidência da República e fazer uma varredura nos céus para evitar a presença de pássaros mal-intencionados.

Esta Terra de Vera Cruz, a terra da verdadeira cruz, é o reino dos apagões. Na Região Amazônica, de 38 milhões de habitantes, mais de 40 por cento da população vivem privados de saneamento e água potável. O nome disto é apagão hidráulico.

Nem quero falar do apagão de segurança pública, porque seria chover no molhado.

Nesta República dos apagões, os privilégios e as mordomias das elites são protegidos por Domos de Ferro importados de Israel. Ao contrário da plebe ignara, as majestades da República respiram oxigênio enriquecido com poeira de estrelas.

*Periodista, escritor e quase poeta

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deverá assumir dois cargos no partido. Ele será secretário de relações internacionais e de relações institucionais do PL, segundo integrantes da sigla.

De acordo com dois dirigentes do partido, um evento deve ocorrer depois do segundo turno das eleições municipais para oficializar essa mudança. Este será o segundo filho de Bolsonaro a entrar para o comando do partido: o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro preside o PL estadual.

Eduardo assumirá o cargo de relações institucionais, que está vago desde fevereiro, quando Walter Braga Neto se afastou do partido. Assim como Valdemar Costa Neto, ele está proibido de falar com os demais investigados. Há uma avaliação de que a interdição imposta por Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), está prejudicando o andamento do partido.

Já o braço internacional da legenda hoje não tem destaque, mas é uma agenda alinhada com interesses de Eduardo, que faz a ponte com lideranças da direita mundial atual, como Donald Trump (EUA) e Javier Milei (Argentina).

Da Folha de são Paulo.

Já estou no Sertão e a corridinha de 8 km, hoje, foi no Parque Verde, na Arcoverde da minha Nayla. O tempo por aqui já esquentou muito e até dezembro, mês das trovoadas, temperatura amena só a noite.

Meu estilo, minhas brigas

Minha relação com o Governo Raquel Lyra (PSDB), objeto de questionamentos de leitores vez por outra, não é diferente de nenhum outro que a antecedeu. Com Paulo Câmara (PSB), seu antecessor, as dificuldades foram de igual intensidade. Sequer me dava entrevista. Já Eduardo Campos (PSB), um dos mais explosivos na relação, chegou a ficar sem falar comigo por mais de dois anos, mas antes de perder a vida numa fatalidade reatou um convívio civilizado.

Foi dele que ganhei o apelido de “Maligno”. Jarbas Vasconcelos, que antecedeu Eduardo, na sua primeira gestão perdeu a estribeira, chegando a fazer uma carta de próprio punho cortando completamente qualquer possibilidade de um convívio harmonioso. Miguel Arraes era de altos e baixos. Como contei numa postagem na semana passada, por ocasião do aniversário do habilidoso Adilson Gomes, já me expulsou de um evento.

Joaquim Francisco, a quem assessorei num primeiro momento na sua campanha ao Governo do Estado, em 1990, vindo a ser por um ano seu secretário de Imprensa, brigou comigo e orientou todo o Secretariado a não me passar informações. Seu antecessor Carlos Wilson, que governou o Estado por 11 meses, também teve um forte atrito comigo não apenas no seu Governo, mas na CPI dos Precatórios.

Estou rememorando tudo isso para uma simples conclusão: políticos no Brasil em geral, especialmente quando chegam ao poder, têm enormes dificuldades de conviver com a crítica. Só querem elogios. Uma curta nota na coluna é suficiente para mudar o humor deles. Nunca fiz jornalismo adocicado. Tenho meu estilo próprio. Sempre foi assim e será para o resto da minha vida.

Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade, aprendi com Cláudio Abramo, um dos mais influentes jornalistas e grande referencial nos bancos universitários, que se orgulhava de duas coisas: ser autodidata e ter sido testamenteiro de Oswald de Andrade, de quem foi amigo. É dele também a frase: “O jornalismo é, antes de tudo e sobretudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter”.

Mas não é só político que não sabe conviver com a crítica. Ayrton Senna no auge da sua carreira perdeu o humor e declarou: “Se depender de mim, vocês, jornalistas, irão esgotar os adjetivos do dicionário”. Chamo jornalismo a tudo que transforma, que revoluciona. O jornalismo é a grande trincheira da sociedade. Sem ele, não há revolução.

A MAIOR CONTENDA – Com Eduardo Campos, tive um solavanco histórico, revelado no meu livro “Histórias de repórter”. Começou em Petrolina, na área externa das instalações na TV Grande Rio, e acabou em Araripina, já tarde da noite, no circuito “Governo nos municípios”. A briga me custou caro. Não é fácil brigar com o poder, nem muito menos com os poderosos. Nunca conheci um governante que soube usar com tamanha intensidade as suas prerrogativas. Tudo começou porque ele não aceitou uma denúncia em minha coluna, de um coletivo de equipamentos agrícolas levando sol e chuva no IPA, em Serra Talhada.

Demitido por causa de uma entrevista – Quando deixei a Secretaria de Imprensa do Governo Joaquim Francisco, a quem servi apenas no primeiro ano, em 1991, meu amigo Antônio Camelo, de saudosa memória, me recebeu de braços abertos de volta ao Diário de Pernambuco. Passei a assinar uma coluna e fazer entrevistas. José Jorge, ministro aposentado do Tribunal de Contas da União, perdeu o cargo de secretário de Educação no Governo de Joaquim, simplesmente porque me deu uma entrevista exclusiva. Ao invés de chamar Jorge e a ele explicar as razões, Joaquim mandou o então secretário Luiz Alberto ligar para ele dizendo que estava precisando do cargo. Inacreditável? José Jorge está aí, vivinho da silva, para confirmar!

NEY MARANHÃO 1 – Na eleição histórica de 1986, a volta de Miguel Arraes ao poder, campanha com o mote “Ele vai voltar pela porta que saiu”, o velho cacique foi eleito e puxou os dois senadores – Mansueto de Lavor e Antônio Farias. Com menos de um ano de mandato, Farias sofreu um infarto fulminante, assumindo o primeiro-suplente Ney Maranhão, que havia sido indicado para a chapa por Jarbas Vasconcelos, a quem era extremamente ligado.

NEY MARANHÃO 2 – Lúcio Costa era editor-geral do Diário de Pernambuco e me escalou para cobrir a chegada de Ney ao Senado, a quem não conhecia. Informou apenas tratar-se de uma figura engraçada. Produzi uma página inteira no velho DP que deixou o senador boiadeiro, como assim se referia a ele o então colunista José Adalberto Ribeiro, lelé da cuca. No dia seguinte, fui fazer uma entrevista com ele sobre seu primeiro dia de senador e levei a pior. Trancou-me no seu gabinete, desligou o ar-condicionado e revelou toda a sua faceta violenta, passando um revólver na minha venta. Mais tarde, o episódio foi superado, Ney virou uma das melhores fontes como líder da tropa de choque do então presidente Fernando Collor.

Ameaça de bofetes – José Mendonça Bezerra, pai do ex-governador, ex-ministro e atual deputado federal Mendonça Filho, foi um dos políticos mais habilidosos que convivi, desde que não pisasse no seu calcanhar. Perdi as contas que por ele fui agredido. Corria o mês carnavalesco de fevereiro de um ano que não lembro mais, recebi um grosso telefonema dele dizendo que não ia naquele dia a uma famosa prévia extremamente concorrida, onde se divertiam políticos e jornalistas, para não me esbofetear. A razão? Uma notinha sobre o filho – nem lembro o assunto – que o havia tirado do sério. Mas diferente da maior parte dos políticos que perdem a cabeça, Mendonção se arrependia, pedia perdão e fazia juras de amor. Era bonachão e divertido. Só não aceitava bombardeios em direção ao amado Mendonça Filho, seu herdeiro na vida pública.

CURTAS

POR POUCO – Na Câmara dos Deputados, que cubro desde que me entendo de gente, o então deputado José Carlos Vasconcelos, cunhado do ex-senador Marcos Freire, me insultou no restaurante do décimo andar também por causa de uma nota na coluna. Não chegamos às vias de fato graças à coleguinhas que presenciaram a cena.

MURRO – Já o ex-deputado Nilson Gibson, muito amigo de Arraes, me ligou para dizer que não aparecesse na Câmara dos Deputados num determinado dia, bufando de raiva por causa de uma matéria minha no DP, porque também iria me bater. Baixinho e adepto desse tipo de comportamento, Gibson levou um murro de Ricardo Fiúza no plenário da Casa, mas por outro motivo.

COMUNISTA – Por fim, o deputado Inocêncio Oliveira, quando ainda não era famoso, integrante do baixo clero na Câmara, me convidou para editar o jornal dele em Serra Talhada. Não gostou das mudanças na linha editorial, me chamou de comunista e ainda me expulsou aos gritos da sua fazenda no dia do nosso acerto de contas. Com o tempo, virou uma boa fonte e até me levou para almoçar no Palácio do Planalto quando presidente da República interino.

Perguntar não ofende: Por que os políticos não sabem conviver com a crítica ?

A maioria dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta sexta-feira (18), rejeitar um recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro para derrubar a decisão que negou arquivamento o inquérito sobre suposto vazamento de informações sigilosas da Polícia Federal (PF).

O caso trata da transmissão, ao vivo pelas redes sociais, realizada em agosto de 2021, na qual Bolsonaro divulgou informações sobre o inquérito da PF que apura a invasão aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018.  

A íntegra do inquérito foi publicada nas redes sociais do ex-presidente. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que a investigação não estava sob sigilo.

A defesa de Bolsonaro recorreu ao Supremo para manter o parecer da ex-vice-procuradora Lindôra Araújo, que opinou pelo arquivamento da investigação. Além disso, a defesa queria ter acesso à delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.

Em agosto de 2022, Lindôra afirmou ao ministro que o arquivamento deveria ser automático. Apesar do entendimento, Moraes negou o pedido e determinou novas diligências no caso.

Os ministros seguiram voto proferido pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou o recurso por razões processuais. Segundo o ministro, ainda falta no processo o envio do relatório completo do caso pela Polícia Federal.

“Nessa perspectiva, a ausência do relatório circunstanciado de todo o material colhido prejudica apreciação das questões relativas ao direito material. Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental”, decidiu o ministro.

O entendimento foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux. Para o julgamento virtual ser encerrado, falta do voto da ministra Cármen Lúcia.

Da Agência Brasil

Por Lauro Jardim*

A queda de Lula ontem à noite, dentro de um banheiro no Palácio da Alvorada, resultou num “pequeno sangramento cerebral”, de acordo com o seu médico particular, Roberto Kalil. Ou, para usar um termo mais técnico, ocorreu uma contusão cerebral hemorrágica.

Lula está liberado para trabalhar normalmente amanhã, inclusive no Palácio do Planalto, se preferir. Mas ficará sob observação pelas próximas 72 horas. Na terça-feira, fará novos exames.

Diz Kalil sobre sua decisão de suspender a viagem que Lula, de 78 anos (79 no domingo que vem), faria hoje a Moscou, onde participaria de uma reunião de cúpula dos países do Brics: Qualquer pessoa teria que ter os mesmos cuidados. Independentemente da idade, a viagem teria que ser cancelada

Do O GLOBO

O governo federal pretende fazer uma ampla reforma administrativa, com a construção de uma nova legislação que venha substituir o Decreto-Lei nº 200/1967. O decreto foi instituído durante a ditadura cívico-militar (1964-1985) e que ainda hoje “dispõe sobre a organização da administração federal.”

O propósito, segundo o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), é tornar a legislação compatível com a Constituição Federal.

Para isso, o MGI e a Advocacia Geral da União (AGU) criaram uma comissão formada por mais de uma dezena de especialistas, entre juristas, servidores públicos, pesquisadores e acadêmicos.

O grupo tem até abril de 2025, doze meses após a instalação da comissão, para elaborar a proposta de revisão do decreto-lei. Além da encomenda na alteração do decreto, já com 57 anos, o MGI editou em agosto uma portaria fixando diretrizes das carreiras do serviço público (Portaria MGI nº 5.127). A norma estabelece princípios e orientações gerais que os órgãos públicos deverão seguir para apresentar as suas propostas de reestruturação de cargos, carreiras e planos.

“Ela é o primeiro instrumento normativo desde a Lei 8.112 de 1990”, enfatiza José Celso Cardoso Jr., secretário de Gestão de Pessoas do MGI, em referência ao Estatuto do Servidor.

Em entrevista à Agência Brasil, Cardoso Jr. confirma que “o governo federal já está fazendo uma reforma administrativa na prática.” Segundo ele, a reforma está “em ação” desde 2023 e ocorre “por meio de uma série de medidas de natureza infraconstitucional e incremental que já vem sendo adotadas, para melhorar a estrutura e as formas de funcionamento da administração pública.”

Para o secretário, iniciativas somadas como o concurso público nacional unificado e a realização do dimensionamento da força de trabalho, para quantificar e definir os perfis mais adequados de servidores, e as novas normas para aperfeiçoamento da política nacional de desenvolvimento de pessoas “configuram uma reforma administrativa já em andamento.”

PEC 32

A realização da reforma administrativa foi anunciada pela equipe de transição do atual governo em dezembro de 2022. Na avaliação de especialistas, a reforma em andamento é mais abrangente do que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, apresentada em setembro de 2020 ao Congresso Nacional, e chegou a ser aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados, mas que não foi levada à votação no Plenário por falta de apoio.

“Politicamente, era uma coisa que não fazia sentido ali”, opina o cientista político Leonardo Barreto que acompanha o dia a dia do Parlamento há mais de duas décadas.

A professora e pesquisadora no Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Michelle Fernandez, assinala que a PEC 32 “nasceu obsoleta” e “tem um objetivo estritamente fiscal, de diminuição de gastos. Portanto, não olha para a atuação do Estado. A existência do servidor público é para atender a sociedade e colocar de pé políticas públicas.”

“A PEC 32 trata dos funcionários públicos. Olha para uma pequena fatia do funcionamento do Estado”, opina Sheila Tolentino, pós-doutora em Ciência Política, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e integrante da comissão de especialistas que discute a legislação para substituir o Decreto-Lei nº 200. Segundo ela, o país precisa fazer a reforma administrativa “olhando para o serviço que é entregue à população.”

Representantes dos servidores públicos ouvidos pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados no final do ano passado alertaram aos parlamentares que a PEC 32 poderia afetar a impessoalidade das contratações na administração pública, terceirizar carreiras permanentes em áreas como saúde, educação e assistência social, e dificultar as investigações de casos de corrupção que hoje são apurados por servidores com estabilidade.

Contas públicas

Entidades empresarias, como a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), defendem que a PEC 32 poderia gerar economia e impactar na diminuição da dívida pública.

Para o sociólogo Félix Garcia Lopes Jr., pesquisador do Ipea, visões fiscalistas de setores empresariais partem de premissas erradas, como, por exemplo, a de que ocorre aumento de gasto público com servidores. 

“A trajetória ao longo do tempo mostra que nunca tivemos crescimento excessivo do número de servidores ou inchaço da máquina pública. Isso está documentado”, diz o pesquisador, citando dados do Atlas do Estado Brasileiro (Ipea), estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e análise recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Os dados nesses estudos mostram que há no Brasil cerca de 11 milhões de servidores públicos, menos de 13% do número de trabalhadores do país. Proporção menor do que dos países mais desenvolvidos que formam a OCDE (20,8%).

Seis de cada dez servidores brasileiros trabalham para as prefeituras (6,5 milhões de funcionários públicos). Três de cada dez servidores têm vínculo com os governos estaduais (3,4 milhões de funcionários).

O maior contingente de servidores municipais e estaduais é formado por professores, profissionais da saúde e o pessoal da segurança pública, três categorias que fazem atendimento direto à população.

O restante de servidores públicos, 1,2 milhão de pessoas, é ligado à União, desses 570 mil estão na ativa. No nível federal, o maior contingente é de professores universitários. Os maiores salários estão concentrados no Poder Judiciário e no Poder Legislativo. Nos últimos cinco anos, diminuiu o número de servidores federais civis.

Visões concorrentes

Félix Garcia aponta para “um certo paradoxo” nas percepções coletivas da sociedade brasileira. Há visões concorrentes como a de que “o Estado pode estar muito grande, inchado, e que a burocracia é excessiva” e ao mesmo tempo que os cidadãos “querem mais serviços públicos, mais médicos, mais professores, querem mais políticas de bem-estar.”

“Nesses episódios de crise, como vimos na pandemia, fica evidente quão central é a burocracia pública para atacar problemas coletivos”, acrescenta Michelle Fernandez, do Instituto de Ciência Política da UnB. Ela lembra que as empresas privadas também demandam uma administração pública bem estruturada.

“A burocracia nasce associada à necessidade de racionalidade econômica do setor privado, porque ela permite previsibilidade.”

De acordo com Sheila Tolentino, pesquisadora do Ipea, por trás das medidas em discussão no governo não está “uma simples redução de gasto”.

“O corte, em si, não traz os ganhos necessários para o futuro. O que precisamos construir para o futuro? Capacidade. Isso é o que precisamos construir”, resume.

Na próxima quinta-feira (24), em Brasília, a comissão de especialistas que discute a legislação para substituir o Decreto-Lei nº 200 se reúne para discutir inovação e controle na administração pública. O evento poderá ser acompanhado em tempo real.

A candidata à Prefeitura de Olinda, Mirella Almeida (PSD), realizou uma minicarreata neste domingo (20). Durante o percurso, ela esteve acompanhada pelo candidato a vice, Chiquinho (Solidariedade). 

A minicarreata passou por seis bairros. O trajeto começou no Varadouro e seguiu pelo Monte, Bultrins, Jardim Fragoso, Jardim Atlântico e terminou em Rio Doce. “Olinda vai ser cuidada por uma prefeita de verdade. Temos ótimas propostas e vamos trabalhar muito para garantir mais empregos para a população, além de conquistas na saúde, educação, infraestrutura e todas as áreas da nossa cidade. Olinda vai andar para frente”, comentou Mirella.

Uma simples foto do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, ao lado do candidato a prefeito do município, Vinicius Castello (PT), gerou comentários no município de Olinda e parece não ter agradado parcela dos católicos que moram na localidade.

A imagem foi divulgada nas redes sociais do petista poucos dias depois do vazamento de mensagens comprometedoras de Vinícius no antigo Twitter. Por conta disso, padres estariam incomodados com a aproximação da igreja católica, na pessoa do arcebispo. “É um absurdo o arcebispo receber este homem, de forma isolada, principalmente depois de tudo o que a imprensa divulgou. Ele [arcebispo], não me representa. Nem me considero a ovelha deste rebanho”, disse o líder de um dos grupos de leigos. 

O que todo mundo comenta no tribunal, dando como certo também no Palácio, já está batido o martelo na escolha do atual Procurador-Geral Marcos Carvalho, para a vaga de Desembargador do Quinto Constitucional que cabe ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

Seguindo o exemplo do ex-Procurador-Geral da Justiça (PGJ), Dr. Paulo Augusto, o atual Procurador Marcos Carvalho consolidou a sua candidatura para a votação do Conselho Superior do Ministério Público de Pernambuco. Certamente, pela competência, bom trânsito no Tribunal e a simpatia da governadora ao seu nome, deverá ser o próximo desembargador do TJPE!

João Pessoa, na Paraíba, foi palco de um grande ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao candidato a prefeito Marcelo Queiroga (PL). O evento contou com a presença de várias lideranças da direita no Nordeste que se uniram para participar de uma carreata que percorreu 13 bairros da capital paraibana. A mobilização reforçou a união do movimento conservador na região e o apoio à candidatura de Queiroga no segundo turno.

Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e da Cultura durante o governo Bolsonaro, destacou a importância desse momento de união entre as lideranças. “Estar aqui, ao lado de tantos aliados, mostra que estamos prontos para enfrentar os desafios e promover a mudança que nossos eleitores desejam”, afirmou, enfatizando a importância da candidatura de Queiroga para fortalecer a base conservadora em João Pessoa.

A carreata reuniu centenas de apoiadores que acompanharam a comitiva, reforçando o apoio popular à direita e ao conservadorismo. A mobilização evidenciou que as lideranças do PL estão dispostas a trabalhar juntas, unindo forças para enfrentar os desafios e construir um futuro alinhado aos seus ideais.

O evento representou um apoio direto à candidatura de Marcelo Queiroga (PL) à prefeitura de João Pessoa, que recebeu o respaldo das lideranças e de Bolsonaro.

Por José Luis Costa e Eduarda Teixeira*

O salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) é o 2º mais desigual em relação à renda média per capita dentre os países da América do Sul. Os magistrados recebem salário bruto mensal de R$ 44.000, ou 2.281% a mais que a média da população brasileira (R$ 1.848). Em 2025, a remuneração subirá para R$ 46.300.

Para o levantamento, o Poder360 analisou 10 dos 12 países da América do Sul. Foram desconsiderados a Venezuela (pois os dados não são informados pelo governo) e o Equador (as informações não foram encontradas). 

O Peru tem a maior distância salarial entre os magistrados e a média da população. Lá, os ministros recebem 43.220 sóis peruanos (R$ 64.837), enquanto a média da população ganha 1.496 sóis (R$ 2.245). A diferença é de 2.788%.

Em valores absolutos, os ministros brasileiros também ganham mais do que os magistrados que ocupam a mesma função em 6 países vizinhos. O salário mensal só é menor do que no Uruguai, (481.182 pesos uruguaios, ou R$ 65.838), no Peru (43.117 sóis, ou R$ 64.837) e no Chile (13,5 milhões de pesos chilenos, ou R$ 81.630).

Gasto Mundial

Além dos altos salários destinados a cada 1 dos 11 ministros do STF, o Judiciário brasileiro se destaca por ser mais caro em comparação com outros 53 países. 

Em levantamento do Tesouro Nacional divulgado em janeiro, foi revelado que o Poder Judiciário gasta 1,6% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. A média internacional é de 0,37%. 

Entre as despesas do Judiciário brasileiro estão aquelas relacionadas às remunerações dos funcionários públicos, como auxílio-creche, auxílio-moradia e os salários. 

Apesar das cifras robustas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em fevereiro que os salários são “baixos” para a “qualidade da função”. Os integrantes da Corte recebem mais que a média do 1% mais rico do Brasil (R$ 17.447). 

*Jornalistas do Poder360

Por Hilda Meira Lima Cavalcanti*

Sem nenhuma modéstia e com o maior amor do mundo, quero dizer aos meus amigos do Facebook que, se eu pudesse, diria para o planeta inteiro que Pernambuco ontem perdeu um dos melhores dentistas, talvez do Brasil. Dinho, apelido de Aldo Portela Filho, primo legítimo de mamãe e primo meu em segundo ou terceiro grau, que nos deixou, era daquelas pessoas generosas, atenciosas ao extremo e profundamente acolhedoras.

Exemplo de trabalhador incansável, era o próprio símbolo do brasileiro batalhador na vida. Ficava no seu consultório, antes de se aposentar, praticamente o dia inteiro e a gente até brincava que ele deveria já ter atendido cada um dos recifenses pelo menos uma vez na vida ao longo de décadas. 

Foi dentista e, por muitos anos, da assembleia legislativa de Pernambuco, atendeu muitos políticos que ali passaram(e alguns que ainda permanecem), servidores, e seus familiares, sempre com a mesma atenção e cordialidade.

Era daqueles agregadores que juntava as pessoas, fazia amizades entre os que iam no seu consultório, cuidou dos dentes da família inteira de graça. Reclamava quando a gente demorava para ir lá fazer revisão e ficava bravo quando dizíamos “dessa vez eu vou pagar”, dizendo que se repetíssemos isso, ele iria ficar ofendido. 

E não era apenas com a família, tratou de muita gente que estava precisando e não tinha condições de ir a um bom profissional. Dizia: “deixe comigo, vá lá no consultório”. E depois, pedia para a pessoa não tocar mais no assunto.

Super apegado, por tabela, à família, Dinho foi exemplo de tudo: excelente amigo, irmão, primo, pai e esposo, além do amor e dedicação que tinha pela profissão. Eu adorava conversar com ele, assim como gosto de Glória, sua esposa, e dos demais primos, filhos de Tio Aldo e Tia Lulu. Tia Lulu foi irmã querida da vovó Hylda, minha avó materna.

Dinho nos deixou na madrugada de ontem, depois de um período adoentado. Descansou. Sei que, pela sua bondade e pelo grande homem que sempre foi, está em paz, mas isso me deixou — desde que li a notícia pelo Emanuel, irmão dele e outro primo querido — com um nó no peito difícil de desatar. 

Como nos últimos anos têm acontecido tantas coisas estranhas e tristes com grandes amigos e pessoas da família – eu sei, é normal nas grandes famílias, mas não deixa de ser difícil. Resolvi acatar o conselho de uma pessoa muito amada que me foi dado há poucos dias: temos de começar a aprender a não normalizar a tristeza. 

Quem me conhece, sabe. Busco ser sempre uma pessoa alegre e positiva, e nos últimos anos ficou difícil, mas a vida tem que seguir. Daqui do Planalto Central, mando mil beijos e abraços aos primos tão queridos e aviso à todos que já estou com saudades de Dinho. Mas, também, muito orgulhosa da trajetória linda que ele teve. Não queria postar mais coisas tristes por aqui, mas em homenagem ao Dinho, que muito merece, como jornalista e escritora eu não poderia deixar de expressar meus sentimentos pelas palavras mais uma vez.

*Jornalista e escritora

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sofreu uma queda no Palácio da Alvorada neste domingo (20). A viagem que faria no fim da tarde deste domingo à Rússia para a cúpula do Brics foi cancelada.

Seu médico, Roberto Kalil, foi a Brasília nesta manhã. Segundo o boletim médico, o presidente, depois de um acidente doméstico, teve um ferimento “curto-contuso em região occipital” –um corte na parte de trás da cabeça.

A equipe médica orientou que Lula evite viagem aérea de longa distância, “podendo exercer suas demais atividades”. A Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência divulgou nota em que afirma que o presidente participará da cúpula do Brics por meio de videoconferência. Em Brasília, Lula terá “agenda de trabalho normal” no Palácio do Planalto.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Planalto:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por orientação médica, não viajará para a Cúpula dos Brics, em Kazan, devido a um impedimento temporário para viagens de avião de longa duração.

O presidente irá participar da Cúpula dos Brics por meio de videoconferência e terá agenda de trabalho normal essa semana em Brasília, no Palácio do Planalto.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) respondeu ao processo de controle administrativo movido pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre as mudanças no funcionamento das novas 12 diretorias. Um ofício assinado pelo presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto, destaca que a OAB-PE foi informada e participou, desde o segundo semestre de 2023, todas as etapas que antecederam a implementação das novas medidas, que entraram em vigor a partir de maio de 2024.

O assunto ganhou grande repercussão na noite deste sábado (19), quando foi divulgado nas redes sociais pelo advogado Almir Reis, candidato à presidência da OAB nas eleições que acontecem no mês de novembro. “Venho de forma objetiva e clara compartilhar algo muito importante com a advocacia: a recente resposta do TJPE ao CNJ acerca das mudanças que impactam cada advogado e advogada militante”, disse Almir Reis em sua postagem nas redes sociais.

De acordo com a resposta do TJPE enviada ao CNJ, a OAB-PE participou ativamente de reuniões e discussões quinzenais sobre a criação das Diretorias de Processamento Remoto do 1º Grau e da Central Judiciária de Processamento Remoto (CENJUD). 

“Durante esse período, que se estendeu por mais de um ano, não houve qualquer manifestação contrária ou objeção formal por parte da OAB/PE, evidenciando que a entidade esteve ciente e não se opôs ao processo de implementação”, afirma o ofício. 

“Foram realizadas exposições e encontros com a OAB/PE, nos quais o novo formato de processamento foi detalhadamente apresentado, em uma demonstração clara da transparência e abertura ao diálogo mantidas por esta gestão”, complementa o documento.

A posição do Tribunal é de que as críticas surgiram em um contexto político, já que a OAB-PE está em período eleitoral para a escolha de seus novos dirigentes, com eleições marcadas para o próximo dia 18 de novembro. O TJPE aponta que, em março de 2024, a OAB-PE foi notificada para a escolha da lista sêxtupla de advogados para uma vaga de desembargador pelo quinto constitucional, mas optou por postergar essa escolha para novembro.

“Notadamente, a OAB/PE, requerente neste procedimento, encontra-se, neste momento, em pleno período eleitoral para a escolha de seus dirigentes, tanto é que foi notificada em março de 2024 para a escolha da lista sêxtupla de advogados, referente a uma vaga de desembargador(a) pelo quinto constitucional, e optou por postergar essa escolha para novembro de 2024”, observa o TJPE na resposta encaminhada ao CNJ. 

Além disso, o TJPE questionou a base utilizada pela OAB-PE para fundamentar o pedido feito junto ao CNJ, que foi uma pesquisa realizada com cerca de 1.400 advogados — número que representa menos de 5% dos 45 mil inscritos na seccional. 

Segundo o TJPE, a pesquisa não possui validade científica, comprometendo a sua credibilidade. Agora,  a partir da resposta enviada pelo TJPE, a conselheira nacional de justiça Daniela Pereira Madeira analisará o pedido da OAB-PE, para decidir sobre o futuro das medidas adotadas pelo poder judiciário.

Em maio deste ano, a então presidente em exercício da OAB Pernambuco, Ingrid Zanella, participou da inauguração das novas diretorias e apareceu ao lado do desembargador Ricardo Paes Barreto em fotos e vídeos registrados nas redes sociais, o que corrobora.