O deputado federal Luciano Bivar (União Brasil-PE) comandava o PSL quando Jair Bolsonaro (PL) se elegeu presidente da República em 2018. A boa relação não durou e já no ano seguinte houve um rompimento. Sete anos e diversas investigações depois, o parlamentar não tem dúvidas de que o ex-aliado não escapará da condenação no Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá iniciar o julgamento na semana que vem.
“Não tenho dúvidas, os indícios (contra Bolsonaro) são claros. Não sou membro da Polícia Federal, mas sentia os indícios já naquela época, por tudo que era falado. A preservação da democracia está sendo feita, a instituição está forte e não vai abrir. Porque abrir agora a caprichos, a correntes políticas, a países estrangeiros, seria perder nossa identidade. Nunca senti esse sentimento nacionalista como estou agora. Eu sou um patriota. Não tem retorno (sobre a condenação)”, disse Bivar, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro.
Leia maisBivar, que no ano passado perdeu o comando do União Brasil (partido que surgiu da fusão entre PSL e Democratas, em 2021), disse que os bolsonaristas tentaram tomar o comando de sua antiga sigla. “Tem um vício da legislação que é o fundo partidário. Os partidos são muito atrás de influencers e celebridades para terem maiores ganhos financeiros. Esquecem a essência da política, que é minorar desigualdades sociais. No PSL, eu não me importava. Se quisessem sair, q saíssem. Suspendi 12 deputados bolsonaristas durante um ano, já era motivo demais para saírem, e terminaram saindo. Eu não queria quantidade, queria essência”, colocou Bivar.
Ele ressaltou que a mesma situação ocorre hoje no PL, mas que o presidente nacional Valdemar Costa Neto também não perderá o comando para o grupo de Bolsonaro. “Valdemar suporta o bolsonarismo porque ele precisa dos votos para o caixa estar gordo. É uma briga que vai ter sempre. Tirá-lo não vão tirar, porque Valdemar conhece bem a coisa”, concluiu.
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