Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
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O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, participa, daqui a pouco, do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília. Filiado ao MDB desde 2024, ele assumiu o protagonismo na reorganização nacional do partido. Recentemente, recebeu a missão de coordenar encontros temáticos e preparar o Congresso Nacional da sigla.
Nos últimos meses, ganhou destaque em episódios polêmicos: em maio de 2025, foi convocado como testemunha de defesa no inquérito que investiga o almirante Almir Garnier. Durante depoimento no STF, o ministro Alexandre de Moraes chegou a ameaçá-lo de prisão por suposto desacato quando ele fez observações sobre “força de expressão” presentes no discurso de Garnier.
Rebelo deve abordar os desafios da reestruturação do MDB, os próximos passos na articulação partidária nacional e sua interpretação sobre os conflitos institucionais recentes, especialmente no Supremo.
O podcast ‘Direto de Brasília’ vai ao ar logo mais, das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, incluindo também cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste.
Leia menosO Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) adiou a decisão sobre a aplicação de uma taxa antidumping de 30% nas malhas de poliéster importadas da China. O adiamento atende a pedido do deputado federal Eduardo da Fonte (PP/PE), que alertou para os impactos da medida sobre o Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. A decisão foi tomada durante reunião do Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (GECEX), realizada no último dia 20.
Desde o início do mês, o parlamentar encaminhou ofícios ao ministro Geraldo Alckmin solicitando a revisão da Circular SECEX nº 74/2025, que propõe a cobrança da taxa. No documento, Eduardo da Fonte argumenta que a medida pode contrariar o Decreto nº 8.058/2013, que regulamenta os direitos antidumping, e a Lei da Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/2019), por não considerar previamente os impactos econômicos e regulatórios.
Segundo o deputado, a cobrança da taxa traria prejuízos à economia do Nordeste, especialmente às micro, pequenas e médias empresas que compõem o Polo de Confecções do Agreste. “Precisamos proteger a indústria nacional, mas sem sufocar os arranjos produtivos locais que sustentam a economia do Nordeste. O diálogo técnico e o equilíbrio são fundamentais para garantir uma decisão justa e eficiente”, afirmou. O tema segue em análise técnica no MDIC, que deverá concluir o estudo antes de uma nova deliberação do GECEX.
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux pediu para ser transferido da 1ª Turma para a 2ª Turma da Corte. O anúncio foi feito em plenário da Corte.
O ministro também encaminhou um documento para o presidente da Corte, ministro Edson Fachin, nesta terça-feira (21), com o pedido de transferência.
No documento, Fux cita o artigo 19 do Regimento Interno do STF para manifestar seu interesse em compor a 2ª Turma, “considerando a vaga aberta pela aposentadoria do Ministro Luís Roberto Barroso”. As informações são do g1.
Fux integra atualmente a 1ª Turma, grupo responsável por julgar os réus da trama golpista. Também fazem parte os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
A 2ª Turma, para a qual Fux pede transferência, contava com Barroso e tem como membros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques.
Cada uma das turmas é composta por cinco dos 11 ministros do Supremo — a exceção é o presidente, que fica fora dos grupos.
No início de setembro, a 1ª Turma condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista. Fux foi o único voto vencido do placar de 4 a 1.
A decisão sobre o pedido de Fux caberá ao presidente da Corte, Edson Fachin. Caso Fux seja remanejado, o nomo ministro da Corte, a ser indicado pelo presidente Lula, ficaria com a vaga de Fux na 1ª Turma ao lado de Moraes, Cármen Lúcia, Zanin e Dino.
Leia menosA Polícia Civil investiga um caso de furto a um apartamento em um prédio de luxo no Poço da Panela, na Zona Norte do Recife.
A suspeitas do crime são duas mulheres, filmadas por câmeras de segurança, de cara limpa durante toda a ação, na tarde do domingo (19).
Vídeos divulgados em redes sociais mostram as duas entrando no prédio, usando elevador, e saindo do imóvel com uma lata de cerveja. Existe uma informação que foram furtados joias e dinheiro. Cerca de R$ 1 milhão teriam sido levados. As informações são do Diario de Pernambuco.
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Segundo a Polícia Civil, o boletim de ocorrência foi registrado na segunda (20) pela Central de Plantões da Capital.
“Um inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Casa Amarela, para apurar as circunstâncias do crime e identificar a autoria delitiva”, disse a nota divulgada nesta terça (21).
Imagens de uma câmera de segurança mostram as duas chegando ao prédio em um carro branco.
Elas tocam o interfone e entram pelo portão, aberto no momento em que o porteiro estaria recebendo uma entrega.
As duas circulam pelas dependências do condomínio, às 12h11. Sobem as escadas e entram no elevador.
O relógio da câmera marca 12h13. As duas sobem até o 7º andar, com uma moradora, que estava com um cão.
O elevador para no 5º andar, onde desce a mulher que estava com o animal na coleira.
As mulheres apontadas como responsáveis pelo furto aparecem nas primeiras cenas com s uma bolsa.
De acordo com moradores, as mulheres arrombaram a porta do apartamento com um pé de cabra, reviraram o local e levaram joias e dinheiro.
Na saída, às 12h38, as duas desceram no elevador bebendo cerveja e com duas bolsas. A última imagem é das mulheres saindo no hall do elevador, às 12h39.
Leia menosA Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) promoveu, nesta terça-feira (21), um webinar sobre Emendas Especiais 2020–2024, que reuniu mais de 150 participantes de 105 municípios. O encontro abordou a regularização dos Relatórios de Gestão e a prevenção de pendências junto à União e ao Estado. Convidada para conduzir a discussão, a especialista em transferências da União e captação de recursos, Marli Burato, destacou “a importância da gestão transparente e responsável dos recursos públicos”.
Durante a apresentação, Marli lembrou que a regularização das emendas é essencial para a segurança das prefeituras. “A regularização das emendas é uma medida essencial para garantir segurança jurídica e financeira às prefeituras”, afirmou, ao responder também dúvidas sobre alterações em planos de trabalho, prazos e procedimentos na plataforma Transferegov.
A assessora técnica da Amupe, Márcia Aguiar, avaliou que o evento reforça o papel da entidade no suporte às gestões municipais. “Sob a liderança do presidente Marcelo Gouveia, temos intensificado o apoio técnico em áreas que afetam diretamente o acesso a recursos públicos”, disse. “Este webinar é mais um passo na qualificação das administrações municipais e na busca por uma gestão livre de pendências.”
O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta terça-feira (21) que mudou de posicionamento porque cometeu “injustiças” nos julgamentos de réus relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando, em alguns casos, votou para condenar os acusados.
“Meu entendimento anterior, julgamos muitos casos, embora amparado pela lógica da urgência, incorreu injustiças que o tempo e a consciência já não me permitiam sustentar”, começou na declaração o ministro. As informações são da CNN.
Leia maisA fala de Fux ocorreu durante o voto sobre o núcleo 4, considerado grupo da desinformação, no processo sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022. O ministro indicou que vai absolver os réus pelos crimes de tentativa de golpe, abolição e organização criminosa e os danos praticados no 8 de janeiro.
No voto, Fux detalhou que a tipicidade dos crimes aplicados aos réus do 8 de janeiro (os mesmos da trama golpista) não deveriam ser aplicados aos réus já condenados.
“O meu realinhamento não significa para fragilidade de propósito, mas firmeza na defesa do Estado de Direito”, disse.
O ministro também afirmou que não há “demérito” para um magistrado em mudar de posição quando reconhece “o próprio equívoco”. “O magistrado não deve buscar a coerência no erro”, completou.
Fux foi o único ministro da Primeira Turma em votar para absolver, pela maior parte dos crimes, os réus do núcleo 4 da trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Leia menosO ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém, assumiu a presidência municipal da Federação União Progressista (UP). A nomeação foi confirmada com o aval do presidente estadual da legenda, deputado federal Eduardo da Fonte (PP/UP), e do deputado estadual Jeferson Timóteo (PP/UP). Ex-prefeito entre 2021 e 2024, Keko é pré-candidato a deputado federal.
“Keko tem um histórico de resultados e de compromisso com o povo. Sua liderança no Cabo é fundamental para o fortalecimento da União Progressista na região e para ampliar o nosso trabalho em todo o estado”, destacou Eduardo da Fonte.
A Carreta da Saúde chegou nesta segunda-feira (20) ao distrito de Lagoa do Barro, em Araripina, no Sertão pernambucano, dando continuidade ao cronograma de visitas iniciado há pouco mais de um mês. A unidade móvel oferece atendimentos médicos, odontológicos, de enfermagem, exames e ações de prevenção em saúde.
De acordo com a Prefeitura de Araripina, em 35 dias de funcionamento, já foram realizados mais de 3 mil atendimentos na sede e nos distritos de Nascente, Gergelim e Bom Jardim do Araripe. O objetivo é ampliar o acesso da população aos serviços de saúde, especialmente nas comunidades rurais mais distantes.
A Carreta da Saúde permanece em Lagoa do Barro até o dia 23 de outubro e segue, entre os dias 28 e 31, para o distrito do Morais, conforme o cronograma divulgado pela gestão municipal.
Leia menosO Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) decidiu, nesta terça-feira (22), pela cassação da chapa formada por PT, PV e PCdoB no município de Bezerros. Por quatro votos a dois, o tribunal manteve a decisão de primeira instância que determinou a anulação do registro da coligação e o recálculo dos votos. O julgamento foi marcado por divergências entre os magistrados e pedidos de vista que adiaram a conclusão do processo.
Com a decisão, o vereador Natan do Projeto (PT) deve deixar o cargo, sendo substituído por Fia de Cajazeiras (PSB), conforme o novo cálculo da Justiça Eleitoral. Fia já exerceu o mandato em outras três oportunidades na Câmara Municipal. Natan do Projeto foi eleito com 791 votos nas eleições municipais, representando o Projeto Social Bem-Estar Bezerros.
Por Paulo Edson – A Folha das Cidades
Há nomes que o tempo não apaga — apenas imprime em páginas que resistem às mudanças, às modas e às telas que tentam substituir o papel. Enaldo Cândido foi um desses nomes. Um jornalista que não apenas escreveu a história de Arcoverde: ele a viveu, a desafiou, a provocou e a imprimiu — linha por linha, manchete por manchete, nas páginas do Jornal de Arcoverde, que fundou há mais de quarenta anos, quando a informação ainda tinha cheiro de tinta fresca e som de rotoprinter.
Natural de Itaíba, mas de alma arcoverdense, Enaldo foi daqueles que entenderam cedo que o jornalismo não se faz com neutralidade morna, e sim com a chama de quem acredita na verdade. Nos anos 1980, enquanto muitos viam o interior de Pernambuco como um campo de silêncio, ele ergueu uma trincheira de palavras. Criou um jornal impresso que, contra todas as probabilidades, permanece vivo até hoje — um feito raro em um mundo onde o papel é cada vez mais substituído por telas frias e passageiras.
Leia maisChamavam-no de “Gato”, apelido que combinava com sua astúcia, curiosidade e coragem felina. Enaldo tinha o faro da notícia e o instinto do repórter que não se contenta com o que lhe dizem — precisava ver, ouvir, questionar. E se o poder tentava impor silêncio, ele respondia com manchetes. Viveu, inclusive, um dos episódios mais emblemáticos da imprensa local: foi preso por ter publicado verdades incômodas, num tempo em que falar demais podia custar caro. Mas, como todo bom gato, sempre caiu de pé.
Sua pena — firme, às vezes ferina, mas sempre justa — atravessou governos, gerações e mudanças tecnológicas. Quando o rádio crescia, Enaldo estava lá. Quando a televisão chegava mais longe, ele resistia. E quando a internet parecia enterrar de vez o impresso, o Jornal de Arcoverde seguiu circulando, com sua tipografia clássica e seu espírito independente, como uma lembrança viva de que a imprensa livre ainda pulsa no Sertão.
Mas Enaldo não era só o jornalista. Era o contador de histórias do Caldinho do São Geraldo, o anfitrião da “Confraria do JA”, o homem dos “eternos 39 anos”, que fazia da vida uma crônica e dos amigos, personagens. Ria alto, discutia política com paixão e nunca deixou de acreditar no poder da palavra — mesmo quando ela lhe custava caro.
Hoje, o silêncio que fica é estranho. Falta o timbre inconfundível de Enaldo, o Gato das Letras, o repórter das madrugadas, dos cafés apressados e das cervejas prolongadas, o amigo que não media adjetivos, mas também não negava abraços.
Ele partiu, mas deixou algo que não cabe em arquivo ou servidor: deixou um legado impresso em papel e memória, que continuará sendo lido nas esquinas de Arcoverde, nas conversas dos bares e nas redações que ainda acreditam que jornalismo é, antes de tudo, coragem.
Porque enquanto houver um jornalista que escreve, a liberdade jamais será calada.
Leia menosO deputado estadual Romero Sales Filho participou, ontem (20), da inauguração do Senai Park, novo centro de inovação e tecnologia do Sistema FIEPE/SENAI instalado no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca. O espaço é voltado à pesquisa, à capacitação profissional e ao desenvolvimento de soluções para a indústria 4.0, consolidando Suape como polo de referência em inovação industrial.
Durante o evento, o parlamentar ressaltou o potencial do empreendimento para impulsionar o crescimento econômico e ampliar oportunidades no município. “O Senai Park representa um investimento que une tecnologia, educação e desenvolvimento, abrindo caminho para novas oportunidades de emprego e para o fortalecimento da indústria regional”, afirmou.
A exploração de petróleo na Foz do Amazonas entrou na mira do MPF (Ministério Público Federal). O órgão acionou a Justiça para tentar adiar a licença emitida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) à Petrobras.
A ação foi ajuizada pela Procuradoria da República do Amapá antes de a estatal anunciar que obteve o aval do Ibama para perfurar um poço no bloco FZA-M-059, na Margem Equatorial. Contudo, uma resposta da 1ª Vara Federal Cível ainda é aguardada. As informações são da CNN.
Leia maisO MPF afirma que, para evitar vazamento de óleo e garantir a preservação ambiental e da biodiversidade, ainda é preciso corrigir falhas no chamado PEI (Plano de Emergência Individual) – o que só seria possível realizando um novo “exercício simulado” na região.
A recomendação chegou a ser feita ao Ibama, que não acatou as orientações. A Procuradoria da República, então, protocolou uma ação civil pública, mas a Justiça ainda não decidiu.
Uma das preocupações do MPF é com supostos descumprimentos de cláusulas que estão previstas no PPAF (Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada). Entre essas violações, estariam operações noturnas, o uso de embarcações indevidas e atraso no resgate de animais.
Entretanto, no Ibama, a avaliação da Dilic (Diretoria de Licenciamento Ambiental) foi de que a licença poderia ser emitida e que é possível fazer uma nova simulação já durante a fase da perfuração dos poços de exploração.
Procuradores da República especializados na área ambiental estão otimistas com uma decisão da Justiça que suspenda temporariamente – ou pelo menos postergue – a licença de operação.
Fontes ouvidas pela CNN apontam que decisões judiciais anteriores já apontaram para a necessidade de “superação de déficits técnicos” como requisito fundamental para a validação da licença.
Segundo a Petrobras, o bloco FZA-M-059 está localizado em águas profundas do Amapá, a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas e a 175 quilômetros da costa. A perfuração é prevista para começar imediatamente, com duração estimada de cinco meses.
Leia menosOs ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, confirmaram ao blog que Lula preferiu adiar o anúncio do nome de Jorge Messias como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para sua volta da viagem à Ásia.
Lula embarcou na manhã desta terça-feira (21) para visitas oficiais na Indonésia. Em seguida, parte rumo à Malásia, onde vai participar da reunião da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Há expectativa de um encontro com Trump durante a viagem. As informações são do g1.
Leia maisInicialmente, o anúncio de Messias como substituto de Barroso estava previsto para esta terça.
Lula, no entanto, se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por volta das 20h de segunda, conforme apurou a TV Globo. O encontro teria durado até tarde, de acordo com senadores que foram informados da reunião.
Depois da reunião, Lula decidiu conversar com mais senadores e candidatos à vaga antes de formalizar o nome de Messias. Por isso, o adiamento do anúncio.
Alcolumbre confirmou a reunião com Lula no Palácio da Alvorada ontem à noite, mas disse que não iria comentar um encontro reservado apenas entre os dois.
Interlocutores de Alcolumbre disseram, porém, que o presidente do Senado reiterou o apoio a Rodrigo Pacheco como um nome da Casa, que teria aprovação rápida e fácil.
Alcolumbre disse, no entanto, reconhecer que essa é uma prerrogativa do presidente da República, mas que ele precisava negociar melhor a indicação de Messias para garantir a aprovação.
Bastidores da reunião
Segundo interlocutores de Lula, o presidente do Senado aconselhou que, antes de formalizar a indicação, ele deveria conversar com os outros dois candidatos, Rodrigo Pacheco e Bruno Dantas, para explicar os motivos de sua escolha.
Além disso, ter mais conversas no Senado para garantir uma aprovação rápida e com boa folga na votação do nome do advogado-geral da União.
Alcolumbre estava contrariado com Lula por não ter sido chamado antes para conversar sobre a indicação para o STF. Ele ficou no fim de semana aguardando um convite do petista, que acabou não vindo.
O convite só foi feito ontem, para uma conversa à noite. Segundo interlocutores de Alcolumbre, ele estava se sentindo desprestigiado por ser informado de última hora para um anúncio que seria feito na manhã do dia seguinte.
Alcolumbre insistiu em Pacheco, diz líder
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta terça-feira (21) que Davi Alcolumbre defendeu a Lula a indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga de Luís Roberto Barroso no STF.
Jaques esteve com o petista na manhã desta terça, pouco antes de o presidente da República embarcar para a Ásia. No encontro, segundo o líder, Lula detalhou como havia sido a reunião com Alcolumbre na noite de segunda.
O parlamentar relatou que, na agenda entre os presidentes, Alcolumbre voltou a defender o nome de Pacheco. Para Jaques Wagner, no entanto, Lula tem “convicção firmada” em torno da escolha de Jorge Messias para a cadeira.
“Eu que agendei a conversa [entre Lula e Alcolumbre]. Era o que eu esperava: ele [Alcolumbre] foi defender o nome do Pacheco. Se o presidente [Lula] disse se já escolheu ou não escolheu [o indicado], eu não sei. Não gosto de me precipitar. Acho que ele [Lula] está com a convicção firmada”, disse.
Antes de Lula formalizar a indicação ao Supremo, o líder do governo no Senado afirmou que o petista deve se reunir com Rodrigo Pacheco. Na última semana, Pacheco disse que havia conversado com o presidente da República antes de Barroso anunciar que deixaria o STF.
De acordo com Jaques Wagner, apesar das movimentações de Alcolumbre, o presidente Lula “continua convencido” de que Rodrigo Pacheco deve ser candidato a governador de Minas Gerais em 2026. O petista já defendeu a candidatura publicamente.
“É pública a torcida dele [Alcolumbre] pelo Rodrigo [Pacheco]. Acho absolutamente normal. O presidente continua convencido de que o melhor nome para disputar o governo de Minas é o Rodrigo”, declarou.
Leia menosFavorito para assumir a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias, adotou em sua tese de doutorado o discurso do PT e de Lula de que a investigação – que levou o petista a ser preso por 580 dias – “criminalizou a política e a ação estatal” de forma “irresponsável”.
As posições de Messias sobre a Lava-Jato constam na tese de 328 páginas que ele apresentou em julho do ano passado para obter o título de doutor em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pela Universidade de Brasília (UnB). A Lava-Jato não é o foco da tese, mas aparece na recapitulação histórica sobre o Estado brasileiro, com destaque para o período que se seguiu à promulgação da Constituição de 1988. Chefe de Messias, Lula é citado 75 vezes. As informações são do Blog de Malu Gaspar para o jornal O GLOBO.
Leia maisAssim como Cristiano Zanin, que foi advogado do ex-presidente nos processos relativos à operação e virou ministro do STF, Messias também foi um personagem da Lava-Jato. É ele o “Bessias” a quem Dilma se refere na gravação que ficou célebre ao ser divulgada por Sergio Moro, então juiz da 13a Vara Federal de Curitiba.
Na conversa telefônica, a presidente avisa a Lula que mandaria Messias, que era então subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, para entregar o termo de posse como ministro. A nomeação de Lula visava afastar a ameaça de impeachment e garantir a ele foro privilegiado, afastando o risco de Moro determinar sua prisão em primeira instância. Lula chegou a tomar posse, mas a divulgação dos diálogos fez com que o ministro Gilmar Mendes, do STF, cancelasse o ato em uma liminar.
Na tese, Messias se propõe a analisar o terceiro mandato de Lula e o papel da AGU “na retomada do desenvolvimento nacional”. O texto é rico em críticas às administrações de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que, em sua visão, promoveram uma “redução de direitos”, com a reforma trabalhista e a da previdência, respectivamente.
Para Messias, a operação comandada por Sergio Moro e a instabilidade que ela provocou – para ele “deliberadamente” – estão na origem da crise política que levou ao “golpe” contra sua ex-chefe, assim como a perda de apoio no Congresso e a crise econômica do período.
Além disso, ela teria levado a uma visão negativa do papel do Estado. “Era época do Teto de Gasto e das privatizações de Temer”, escreveu Messias, que as vê como “resposta às investigações da Lava-Jato, que, de maneira um tanto superficial e irresponsável, acabaram por criminalizar a política e a ação estatal.
O advogado-geral da União diz ainda que a Lei de Responsabilidade das Estatais, “apesar de alguns avanços, estabelece discriminações desarrazoadas e desproporcionais – por isso mesmo inconstitucionais – contra aqueles que atuam, legitimamente, na esfera governamental ou partidária”.
A menção à Lei de Responsabilidade das Estatais, ou Lei das Estatais, não é aleatória. A legislação foi sancionada por Temer para blindar a Petrobras e outras empresas públicas de ingerências políticas, após os desvios bilionários de corrupção que vieram à tona durante a Operação Lava-Jato.
Conforme informou o blog, Messias atuou nos bastidores do Supremo ao longo do ano passado para que a Corte não implodisse as nomeações políticas do governo Lula para as estatais, ainda que o plenário da Corte derrubasse uma liminar do ex-ministro Ricardo Lewandowski e acabasse considerando válidas as restrições impostas pela legislação para a ocupação de cargos públicos.
Em uma vitória para o Palácio do Planalto, foi justamente isso o que acabou ocorrendo: em maio do ano passado, ou seja, dois meses antes da defesa da tese de Messias, o STF validou a Lei das Estatais, mas não anulou as nomeações políticas de Lula sob o argumento de não provocar insegurança jurídica.
STF e a Lava-Jato
A Lava-Jato também é citada outras quatro vezes ao longo da tese, intitulada “O centro de Governo e a AGU: estratégias de desenvolvimento do Brasil na sociedade de risco global”.
Em uma delas, Messias afirma que o processo do mensalão – que colocou a cúpula do PT na berlinda e levou à prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu – e as decisões da Lava-Jato botaram o Supremo “no centro do debate político do país”.
“Entre 2012 e 2018, multiplicaram-se críticas da esquerda sobre o conservadorismo e autoritarismo do judiciário e do STF, que estariam atuando de maneira partidarizada em detrimento dos interesses do Partido dos Trabalhadores e dos próprios trabalhadores e movimentos sociais. A própria prisão do ex-presidente Lula, bem como a negação do registro de sua candidatura em 2018 reforçaram as censuras”, escreveu Messias.
“Na realidade, a autoridade do Supremo Tribunal Federal estava sendo solapada por movimentos sociais autoritários e por instâncias inferiores do judiciário, que, em última instância, buscavam reverter a própria ordem constitucional de 1988.”
Em abril de 2018, o STF negou um habeas corpus para impedir a prisão de Lula, que havia sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, o que o enquadrou na Lei da Ficha Limpa. Em setembro daquele ano, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro de candidatura do petista, por considerá-lo inelegível por conta daquela condenação.
Messias, no entanto, destaca que o STF conseguiu “estancar os abusos da Lava-Jato, reverter decisões injustas de instâncias inferiores e fazer frente às ameaças golpistas que ganharam ímpeto renovado com a chegada de Bolsonaro à presidência”, em um discurso que remete ao ministro Gilmar Mendes, a voz mais crítica no STF à investigação.
Coube ao STF derrubar as condenações de Lula na Lava-Jato, declarar o ex-juiz federal Sergio Moro parcial na condução das investigações e reabilitar o petista na arena política, restaurando a sua elegibilidade e pavimentando o caminho para que o petista enfrentasse Bolsonaro nas eleições de 2022. Mas os desafios persistem, frisa o AGU.
“Se, desde os anos 1990, já existia um percentual significativo de eleitores que se opunham ao PT, a partir da Operação Lava-Jato e da ascensão do bolsonarismo, esse movimento organizou-se de modo a estar apto para estruturar o debate político e oferecer suas próprias lideranças radicalizadas”, afirmou Messias.
“Nesse sentido, o terceiro mandato do presidente Lula enfrenta dificuldades superiores às observadas durante outros governos petistas, já que há uma oposição radicalizada, organizada e popular desde o primeiro dia de janeiro de 2023.”
O que diz a AGU
Procurada pelo blog, a assessoria da AGU alegou que a tese “trata da defesa de pontos de vista com base em critérios acadêmicos e jurídicos”, e não políticos.
A tese de Messias recebeu nota máxima, com louvor – SS, o equivalente à menção “superior”, na escala da UnB.
Leia menosPor Blog da Folha
O deputado estadual Doriel Barros (PT) afirmou, nesta terça-feira (21), que avalia como importante a possibilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter dois palanques em Pernambuco em 2026. Na visão do parlamentar, o quarto mandato de Lula é a prioridade dentro da legenda e quanto mais apoios somados, melhor para a reeleição do chefe do Executivo Federal.
“A prioridade extrema é a reeleição do presidente Lula. Para a reeleição, ter dois palanques aqui em Pernambuco é importante para Lula. E com isso, diante dessa relação que tem sido construída do Governo Federal com a própria governadora, acho que é um ambiente de possibilidade de você ter aqui duas candidaturas que possam estar dialogando com a base do presidente. Não sei se a governadora vai declarar (voto no presidente), mas hoje a gente sabe que tem uma base de lideranças, algumas são do PT, outras são lideranças políticas mais de esquerda , algumas prefeituras, inclusive do PT, que tem declarado apoio à reeleição da governadora”, declarou em entrevista concedida à Rádio Folha 96,7 FM.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou, nesta terça-feira (21), para que o presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, volte a ser investigado pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O pedido de Moraes ocorreu durante seu voto no julgamento do núcleo 4 do plano de golpe, considerado como propagador de informações falsas sobre o sistema eleitoral, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República). As informações são da CNN.
Leia maisValdemar chegou a ser indiciado pela Polícia Federal pela participação nos crimes, mas não foi denunciado pela PGR.
Para que a investigação contra o presidente do PL seja retomada, é necessário que a Primeira Turma do STF forme maioria nesse sentido, ou seja, alcance, ao menos, três votos.
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