Em meio à escalada da crise de segurança no Rio, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou ter conversado com outros governadores para participarem de uma reunião nesta quarta-feira no Rio para discutir medidas de enfrentamento ao crime organizado. O encontro, segundo ele, foi discutido em videoconferência com Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Jorginho Mello, de Santa Catarina, e Mauro Mendes, de Mato Grosso.
O grupo, segundo Caiado, decidiu viajar ao estado comandado pelo colega Cláudio Castro (PL) nesta quarta-feira para prestar solidariedade e oferecer apoio das forças estaduais. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisSegundo participantes da reunião, o grupo quer demonstrar unidade diante do avanço da violência e se colocar à disposição para colaborar com o enfrentamento da crise, inclusive com o envio de efetivos de segurança, caso seja solicitado. Outros governadores devem ser contactados para integrar o movimento.
—Tivemos uma reunião agora pela manhã por videoconferência e estamos marcando a hora para nós virmos amanhã ao Rio de Janeiro, para levar não só nossa solidariedade, mas colocar também nossas tropas à disposição para que o Rio de Janeiro consiga combater a criminalidade— disse Caiado ao GLOBO.
Os eventos de ontem abriram uma nova crise entre o governo e representantes da direita. Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que as declarações do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), de responsabilizar a falta de apoio federal pela crise de segurança, é um movimento político de Castro para antecipar a disputa eleitoral do ano que vem. Em entrevista nesta terça-feira, após uma megaoperação para conter o avanço do Comando Vermelho, Castro afirmou que o Rio está “sozinho” e teve pedidos de ajuda para enfrentar facções criminosas negados pela gestão petista.
A cúpula do Ministério da Justiça afirma que o governador não chegou a solicitar ajuda da pasta na operação desta terça-feira. Integrantes do governo afirmam ainda que, em ocasiões anteriores, quando Castro foi a Brasília pedir ajuda de estrutura federal, como transferência de presos de facções criminosas para penitenciárias federais e apoio aéreo, sempre foi atendido.
Em entrevista à imprensa, o governador citou como exemplo solicitações para que as Forças Armadas emprestassem blindados para atuar no estado, mas que esses pedidos foram negados. Integrantes do Ministério da Defesa, contudo, afirmam haver um erro de conduta e explicam que esse tipo de pedido não deveria ser feito diretamente aos militares. Cabe ao governo estadual solicitar apoio ao governo federal e que compete à Presidência da República analisar e autorizar um um pedido de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que prevê a atuação das Forças Armadas em ações de segurança pública.
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