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Datafolha: Maioria dos brasileiros desconsidera data do golpe de 1964

A pesquisa Datafolha, publicada neste sábado (30), mostra que a maioria dos brasileiros desconsidera a data que marcou o início de 21 anos de ditadura militar no país, em 31 de março de 1964. De acordo com o instituto, 63% dos entrevistados desprezam a efeméride, enquanto 28% não veem motivo para comemoração. Outros 9% não souberam responder. A enquete foi feita entre os dias 19 e 20 de março.

Nesta pesquisa, o Datafolha aponta para uma mudança na opinião dos eleitores brasileiros em relação à questão feita em abril de 2019, quando registrou 36% dos entrevistados afirmando que a data deveria ser celebrada, ante 57% que sugeriam o desprezo e 7% que não sabiam opinar. As informações são do O GLOBO.

Quando analisado o ponto de vista de adesão política, a pesquisa mostra que 58% dos bolsonaristas autodeclarados dizem que a data deve ser desprezada, enquanto para 33% é preciso celebrar. Já no partido do ex-presidente, o PL, os índices caem para 51% e 39%, respectivamente.

Entre os petistas, 68% querem o desprezo à data do golpe e 26% o elogio ao 31 de março. Entre os que se declaram neutros na polarização, 60% defendem desprezar e 26%, celebrar.

Quando analisados os estratos socioeconômicos, a pesquisa destaca uma exceção entre os índices homogêneos: os 2% mais ricos da amostra, que ganham 10 salários mínimos ou mais por mês, são os que mais defendem o desprezo (80%) ante a celebração (20%).

O Datafolha entrevistou, em 147 cidades, 2.002 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Toca Jabô

Jovens surdos que estudam na Escola Padre Maurílo Sampaio, no município de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão pernambucano, estão com dificuldade para aprender as disciplinas, tudo porque não há intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) na unidade de ensino que é de responsabilidade do Governo de Pernambuco.

Em vídeo, usando a língua de sinais, os alunos apontam que, sem um intérprete, não conseguem aprender nada, de nenhuma disciplina. “Tento ter paciência, mas estou sofrendo com a falta de comunicação. Os professores falam, falam, mas sou surdo”, disse um dos estudantes.

Em áudio encaminhado ao blog, um munícipe reclama que a governadora Raquel Lyra não tem dado atenção aos pequenos municípios pernambucanos, como Santa Maria da Boa Vista. “A governadora só vai nas cidades grandes como Petrolina, Araripina, Serra Talhada, mas não vem olhar as situações precárias das cidades pequenas e de médio porte. Estamos sem um intérprete para os nossos jovens”, aponta.

Paulista - No ZAP

Por Zé da Coruja 

É uma cena inimaginável, um gestor público devolvendo recursos ao erário estadual. Espantoso! Mas de onde vem essa gestora “sem noção”, ela vai desmontar a máquina administrativa do Estado brasileiro, não há rubrica que reconheça esse gesto tresloucado dessa senhora. Isso é uma atitude kafkaniana, vamos todos virar baratas?

Assim foi, assim contou o Sr. Maurício Pedrosa. A professora Gisa Simões foi prefeita duas vezes em Afogados da Ingazeira, a metrópole administrativa de minha terra, eu que sou do distrito de Irajai/Coruja, hoje subordinado a Iguaracy/Macaco, a terra do notável poeta Maciel Melo.

Gisa faleceu em setembro de 2013, deixando saudade e legado.

Em memória da professora Gisa Simões, que ocupou extraordinário espaço na vida pública do Pajeú, celebre-se a vitória das mulheres no seu exemplo de vida pública, em um Sertão ainda com traços patriarcais muito fortes.

O mundo jamais avançará sem quebras de  paradigmas: Elvys incendiou o mundo com um passo de dança, maravilhosa mistura do negro e do branco; os Beatles mudaram os cabelos, as roupas e o modo de ser de toda humanidade, até Moscou rendeu-se aos geniais meninos de Liverpool; o Dr. Fleming e a sua penicilina contribuiu imensamente para a qualidade de vida humana. 

A professora e prefeita Gisa Simões contribuiu com a humanidade no que ela tem de mais faltoso, de mais ausente, sobretudo na vida pública: A HONESTIDADE!!!

Jaboatão - Toca Jabô

Cenas lamentáveis voltaram a fazer parte de um jogo de futebol em Pernambuco. Aos 29 minutos do segundo tempo da final entre Náutico e Sport, disputada nos Aflitos, torcedores do alvirrubro entraram em confronto com policiais militares.

A confusão ocorreu no setor onde estava a principal torcida organizada do Timbu e paralisou a partida por cinco minutos. O Náutico perdeu a partida por 2 a 0. As informações são do Globo Esporte.

Com a confusão, muitos torcedores se machucaram e precisaram ser atendidos dentro dos gramados. Alguns, com sangramentos. 

Vale destacar que, por medida de segurança, apenas torcedores do Náutico compareceram ao jogo de ida da decisão. Ao todo 13.603 pessoas estiveram presentes nos Aflitos.

Após a briga entre torcedores e policiais militares, uma pessoa ainda conseguiu invadir o gramado dos Aflitos, sendo retirada em seguida pelos seguranças. Porém, minutos depois, esse mesmo torcedor voltou a entrar em campo e paralisar a partida.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Por Fernando Castilho*

Zenaide Barbosa era Editora Geral do Diário de Pernambuco quando eu fazia meu penúltimo período de estágio, quando na noite do dia 12 de maio de 1978, a Polícia Federal estourou o Partido Comunista Revolucionário, liderado pelo estudante de Sociologia, Edival Nunes da Silva, o Cajá.

Selênio Homem de Siqueira, então editor de Vida Urbana, me pautou para ver a movimentação no campus da UFPE, onde ele também estava fazendo seu penúltimo período.

Eu tinha estudado com Cajá no Ginásio Pernambucano, onde chegamos a fazer um jornal do grêmio, já com textos que a direção do GP fazia questão de ler.

Na manhã do dia seguinte, as universidades estavam em polvorosa e a ideia de Selênio era dar um panorama da repercussão do estouro da célula comunista segundo a Polícia Federal.

Eu passei a tarde no Campus e, depois de ouvir uma tempestade de discursos, estava indo pegar a Kombi do DP, quando vi que um aluno estava fixando um cartaz com a frase: Cajá está sendo torturado e você ainda vai à aula? 

Junto com o fotógrafo ajustamos o cartaz numa das paredes do prédio dos Institutos Básicos. Na redação, o editor da primeira página, Jodeval Duarte, deu um pulo da cadeira quando viu a foto. “Vai para a capa”, disse exultante. No dia seguinte, todos os campus das universidades pararam com a capa do DP. A frase virou tema de vários estudos sobre os últimos dias da ditadura com as mais diversas abordagens.

O então superintendente da PF, Antônio Hann, quase teve um infarto ao ler o jornal, então líder absoluto no Nordeste. 

No começo da tarde, cheguei na Redação me achando o estagiário mais importante do jornalismo brasileiro, até ouvir o contínuo aviso: “Dona Zenaide quer falar com você”.

Ela não deixou eu entrar na sala e disse: “Vamos ali na Polícia Federal que o Antônio Hann quer falar comigo e com você”. Sem entender nada e sem ter coragem de perguntar, fui.

O policial, que era gaúcho, nos recebeu com cortesia, mas foi duro na cobrança e, mais ainda, em relação a foto. Iniciou-se uma discussão semântica sobre alguns trechos da matéria com Hann, dizendo que uma das coisas que havia feito foi dizer expressamente que ninguém encostasse um dedo em Cajá. 

Cajá fazia parte do grupo de auxiliares de Dom Helder Câmara, que não gostou nenhum pouco de saber que parte da biblioteca do PCB estava nas dependências do prédio que hoje abriga um dos acessos ao Shopping Boa Vista.

Zenaide não admitiu nenhum erro de apuração sobre a matéria. E depois de quase uma hora, Hann despediu-se dizendo de sua preocupação, mas reconhecendo que não havia conseguido fazer prevalecer seu ponto de vista sobre a cobertura do DP. Saí do prédio da PF, no bairro do Recife, sem entender nada e sem ter dado uma palavra na discussão dos dois.

De volta ao DP, ela fechou a porta com a chave e desabafou: “Seu merda. Como é que você faz uma matéria bosta dessa, cheia de erros de apuração e ainda produzindo a foto e me obriga a desenvolver uma tese para justificar seus erros?”

Sem entender nada, eu vi naquela hora a ficha cair sobre a importância de uma apuração nesse tipo de matéria. E já na porta de sua sala, perguntei se continuava na empresa.

Ela disse: “O que? Volte para a cobertura e diga a Selênio Homem para assinar suas matérias. E vê se não faz outra merda, seu bosta”. Ninguém na redação soube desse esporro e eu terminei toda a cobertura admirando a coragem de Zenaide num período tão sério como naqueles anos.

Anos mais tarde, perguntei a ela por que tinha tido aquele comportamento.

Ela me olhou e disse: “Fernando, se eu tivesse aberto, o Hann iria ficar pautando a cobertura. E ele entendeu isso.”

Foi quando eu tive a chance de agradecer a coragem daquela mulher, num tempo que dezenas de editores homens amarelaram. E eu só estou contando essa história porque pedi a ela para revelar o fato anos depois.

A vida colocou Zenaide Barbosa no início de minha carreira e hoje, quando ela já não está mais entre nós, eu me sinto à vontade para revelar seus gestos de coragem cívica e profissional.  

Descanse em paz, Zena. Foi muito bom começar a carreira sob sua proteção.

*Colunista de economia do Jornal do Commercio, estagiou no Diário de Pernambuco sob supervisão de Zenaide Barbosa, em 1979. Ele voltou ao jornal por duas vezes, de onde saiu em 1998 para assinar a coluna JC Negócios, onde permanece.

Ipojuca - Minha rua top

O embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, pediu uma reunião com o diplomata Celso Amorim, assessor de relações internacionais do governo Lula, para discutir as críticas do Planalto e do Itamaraty à ditadura chavista, depois que Caracas impediu a inscrição da candidatura da opositora Corina Yoris à presidência, no dia 25.

Corina foi indicada por María Corina Machado, a principal líder opositora da atualidade, para disputar as eleições de 28 de julho, depois de o regime ter barrado Machado de disputar as eleições por 15 anos. No ano passado, Maduro tinha se comprometido no chamado Acordo de Barbados, mediado pela Noruega e apoiado por Brasil, União Europeia e Estados Unidos, a realizar eleições livres e justas, com participação da oposição. As informações são do Estadão.

O combinado, no entanto, não foi cumprido. Após a força demonstrada por María Corina nas primárias da oposição em dezembro, Maduro ampliou a repressão, prendendo opositores e dissidentes venezuelanos, além de inabilitar a rival e impedir a candidatura de sua sucessora.

Na quinta-feira (28), ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, Lula disse que o veto à inscrição de Corina Yoris é grave. “Me parece que ela se dirigiu ao local, tentou usar o computador e não conseguiu entrar. Então causou prejuízo a uma candidata que por coincidência leva o mesmo nome da que havia sido proibida. Não tem explicação política e jurídica você proibir um adversário de ser candidato”, disse.

No Itamaraty, a avaliação é a de que apesar do tom duro dos comunicados ainda há espaço para diálogo. Em Caracas, a embaixadora Glivânia Maria de Oliveira tem mantido canais abertos com autoridades chavistas.

Agora, a expectativa é que o mesmo aconteça em Brasília com Vadell e Amorim, o principal emissário de Lula para a crise venezuelana. A reunião ainda não tem data marcada.

Caruaru - Geracao de emprego

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que a pré-candidatura de Guilherme Boulos (Psol-SP) para a Prefeitura de São Paulo foi “enterrada”. Ele deu a declaração depois que o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) publicou na sexta-feira (29) uma montagem em que Jesus Cristo aparece crucificado com a frase “bandido bom é bandido morto”.

“Obrigado, MTST. Acabaram de enterrar a candidatura de Boulos”, disse Nikolas em seu perfil no X. As informações são do Poder360.

Boulos é filiado ao movimento e já foi um dos líderes do MTST. O post foi criticado por políticos e influenciadores mais alinhados à direita. Para alguns da esquerda, a postagem foi vista como uma crítica social que lembra ações policiais recentes e frases frequentemente ditas por nomes de ideologia oposta.

O último levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado em 19 de março, mostrou que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), venceria Boulos no 2º turno das eleições municipais na capital. Num cenário de disputa direta entre os dois políticos, Nunes levaria o pleito com 46%. Boulos teria 39,1%.

Camaragibe Agora é Led

Seis anos depois de restringir o foro especial para autoridades, o Supremo Tribunal Federal (STF) está a um voto de mudar o atual entendimento e ampliar as hipóteses nas quais um político tem seus processos analisados pela Corte. A questão começou a ser discutida ontem, de forma simultânea em dois julgamentos distintos, no plenário virtual, mas tiveram suas votações interrompidas a pedido do presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso. Mesmo assim, parlamentares de oposição articulam uma reação para tentar esvaziar o poder dos magistrados e avançar com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o chamado foro privilegiado.

O relator nos dois casos é o ministro Gilmar Mendes, que defende manter na Corte processos de autoridades com foro por prerrogativa de função mesmo após o fim de seus mandatos. Segundo seu voto, os casos só seriam analisados em instâncias inferiores quando o crime for praticado antes de assumir o cargo público. Na prática, a intenção é acabar com o chamado “elevador processual”. As informações são do O GLOBO.

O entendimento apresentado por Gilmar poderia ser aplicado, por exemplo, em processos como os que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve pedidos de investigação relacionados à sua atuação no cargo remetidos à Justiça Federal na primeira instância após o fim do mandato. O mesmo já havia ocorrido com seu antecessor, Michel Temer, que passou a ser alvo de investigação na primeira instância após deixar a Presidência.

“A saída do cargo somente afasta o foro privativo em casos de crimes praticados antes da investidura no cargo ou, ainda, dos que não possuam relação com o seu exercício”, diz Gilmar em seu voto.

Regra ampla

Caso seja esse o entendimento do STF, a mesma regra deverá ser seguida nas ações de autoridades com foro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), como governadores, e nos tribunais de segunda instância, caso de deputados estaduais.

Em um dos casos concretos discutidos pela Corte, os ministros avaliam se cabe ao tribunal a análise de um inquérito que investiga a ex-senadora Rose de Freitas (MDB-ES) por atos cometidos durante seu mandato ou se o processo deve ser remetido à primeira instância por ela não ter sido reeleita. O entendimento de Gilmar, de que a Corte deve, sim, julgar a ex-parlamentar, foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Flávio Dino.

No outro caso, os ministros discutem um habeas corpus apresentado pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que pede para levar ao STF uma ação penal que responde na Justiça Federal do Distrito Federal por um suposto esquema de rachadinha em seu gabinete quando era deputado federal. A defesa do parlamentar argumenta que não há razão de o processo ser analisado na primeira instância, uma vez que desde 2007 ele exerce cargos com foro privilegiado. Além de Gilmar, Zanin também votou para que o caso seja julgado na Corte.

O entendimento atual do Supremo definido há seis anos, em 2018 restringe o foro somente a casos de deputados e senadores que tenham cometido crimes durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo. Antes, qualquer inquérito ou ação penal contra parlamentares, mesmo anteriores ao mandato, eram transferidas para o tribunal.

Único ministro a tornar público seu voto, além de Gilmar, Zanin entende que a competência do julgamento é fixada quando o crime é cometido, mesmo que a pessoa já não esteja mais no cargo no momento da análise do caso.

Em seu voto, Zanin ainda pontua que ao manter o julgamento na mesma instância gera estabilidade ao processo e “previne manipulações e manobras” que podem ocorrer pela própria autoridade, como, por exemplo, uma renúncia ao mandato. Neste caso, a “manobra” citada pelo ministro seria a mudança do magistrado que irá analisar o caso. Por isso, avalia que uma “regra objetiva” pode ajudar a evitar nulidades.

“A tese proposta rechaça modificações contínuas de competência que não contribuem para os legítimos escopos da persecução criminal e podem até mesmo caracterizar ‘usurpação da democracia constitucional do povo brasileiro’”, diz Zanin.

Agora, Barroso tem até 90 dias para devolver o processo, fazendo assim com que o julgamento seja retomado — no próprio plenário virtual.

A retomada da discussão ocorre no momento em que o Supremo é alvo de questionamentos por avocar casos como o dos réus pelos atos do 8 de janeiro e do assassinato da vereadora Marielle Franco. No primeiro, a Corte tem levado a julgamento ações de pessoas sem mandato acusadas de tentativa de golpe porque a investigação envolve também parlamentares, esses, sim, com prerrogativa de foro.

Já a investigação sobre a morte de Marielle e do motorista Anderson Torres foi remetida ao STF após o ex-policial militar Ronnie Lessa, executor dos assassinatos, apontar o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) como mandante. Quando o crime foi cometido, há seis anos, Brazão era vereador do Rio de Janeiro, e não tinha foro na Corte.

PEC na Câmara

A possibilidade de o STF ampliar o alcance do foro privilegiado foi criticada por parlamentares da oposição, que defendem a aprovação de uma PEC para limitar a prerrogativa apenas a cinco pessoas: o presidente da República, ao vice-presidente e aos chefes da Câmara, do Senado e da própria Corte.

A PEC já foi aprovada no Senado em 2017 e por uma comissão especial da Câmara no ano seguinte. Desde então, porém, não avançou mais.

O deputado Sanderson (PL-RS), que pediu em fevereiro a inclusão da PEC no plenário da Câmara, diz que o STF “age na contramão das tendências sociais e internacionais”. Segundo o texto, 55 mil autoridades têm direito ao foro e, portanto, só podem ser julgadas pelas instâncias superiores da Justiça.

“O STF age no sentido contrário à tendência mundial, que é consistente em não dar prerrogativa especial a quem quer que seja, independente de serem os autores ou réus deputados, senadores ou presidentes. Numa República sadia, onde todos são iguais perante a lei, não há mais espaço para privilégio de foro”, afirmou Sanderson. “A impressão que eu tenho é que a Suprema Corte brasileira quer manter os parlamentares federais sob sua jurisdição”, complementa

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela devolução de seu passaporte, impedindo sua viagem para visitar Israel, entre 12 e 18 de maio, a convite do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. A decisão, divulgada ontem (29), teve o aval do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido por ordem de Moraes, durante a Operação Tempus Veritatis, que investiga a suposta trama golpista no alto escalão do governo do ex-presidente. E concluiu pela manutenção da medida cautelar, por considerá-la necessária e adequada. As informações são do Diário do Poder.

“As diligências estão em curso, razão pela qual é absolutamente prematuro remover a restrição imposta ao investigado, conforme, anteriormente, por mim decidido em situações absolutamente análogas”, justificou Moraes.

“Não se tem notícia de evento que torne superável a decisão que determinou a retenção do passaporte do requerente. A medida em questão se prende justamente a prevenir que o sujeito à providência saia do país, ante o perigo para o desenvolvimento das investigações criminais e eventual aplicação da lei penal. Os pressupostos da medida continuam justificados no caso”, diz um trecho do parecer do chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet.

Bolsonaro recebeu convite oficial de Netanyahu para visitar Israel, em companhia de sua família, na mesma semana em que o jornal The New York Times revelou imagens dos momentos em que Bolsonaro permaneceu hospedado na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre 12 e 14 de fevereiro, poucos dias depois de ter tido o passaporte apreendido.

A movimentação foi tratada por opositores do ex-presidente como uma manobra para fugir do alcance de um eventual pedido de prisão, porque a área da embaixada é considerada inviolável pelas autoridades brasileiras.

Vitória Reconstrução da Praça

O corpo de Kátia Marques, minha prima segunda, será velado neste sábado (30), a partir das 20h, na Avenida Rio Branco, 257, em Afogados da Ingazeira, terra natal da família. O sepultamento de Cacá, como era conhecida, acontecerá amanhã, às 10h, no Cemitério São Judas Tadeu. 

Cacá morreu ontem, em Bezerros, município onde residia, após sofrer um infarto fulminante. Ela era irmã da pentatleta Yane Marques e partiu, aos 45 anos, deixando um filho de 14 anos.

Fazenda Nova, conhecido distrito do município do Brejo da Madre de Deus, foi palco de uma noite de grandes shows nesta sexta-feira (29). Mais de 20 mil pessoas se reuniram para participar do evento que contou com apresentações da banda Bonde do Brasil e do renomado cantor Pablo, o rei da sofrência, que encantou o público com grandes sucessos gravados ao longo dos 20 anos de carreira, como “Porque Homem Não Chora”, “Vingança de Amor”, “Bilu Bilu”, “Tomara”, “Deixa de Caô” e muitos outros.

Uma grande estrutura foi montada não apenas para os shows no palco principal, mas também no Polo Cultural Fazenda Nova, garantindo conforto e segurança para todos os presentes. Hoje, para encerrar com chave de ouro, os shows de Descentes do Forró e Michele Andrade prometem animar ainda mais o público a partir das 22h. A festa continua e os moradores e visitantes estão convidados a celebrar o último dia da Semana Santa com muita música e diversão.

Morreu neste sábado (30) o ex-vereador de Petrolina, Pedro Felipe. Segundo informações, o ex-parlamentar sofreu um infarto fulminante na saída da academia, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Pedro era advogado, foi eleito vereador em 2012 e, durante o mandato, se licenciou do cargo para cursar medicina, profissão que exercia. As informações são do Blog Edenevaldo Alves.

Por Maurício Pedrosa*

No último dia 8 de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, em uma noite insone, me veio à mente as muitas mulheres virtuosas que conheci ao longo da minha vida laboral. Assim, resgatei na memória profissionais do Direito, professoras, médicas, enfermeiras, secretárias, servidoras públicas, operárias, dentre outras. 

Tais lembranças, coincidentemente, afloraram em um ano de eleições municipais, quando mulheres, certamente, concorrerão, também, a cargos eletivos em disputa. 

A conquista do voto feminino no Brasil remonta ao ano de 1932, por força do Decreto nº 21.0756/1932, do então Presidente Getúlio Vargas. Portanto, mulheres ocupando cargos eletivos no Brasil há muito não é novidade. Mesmo assim, o contingente ainda é inferior ao número de cadeiras ocupadas por homens, tanto no Executivo como no Legislativo. 

Pois bem! No contexto das celebrações do Dia da Mulher e das eleições municipais que se aproximam, naquela noite lembrei alegremente da professora Giza Simões, ex-prefeita do Município de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú. O meu contato com a professora ocorreu em uma tarde ensolarada, em meados do ano de 1999, quando eu era assessor jurídico da Fidem. 

Recordo claramente quando aquela senhora muito distinta adentrou em minha sala, acompanhada do seu marido, o Dr. Orisvaldo Inácio, e de um funcionário da Fidem responsável pelo financeiro da repartição, todos querendo uma solução para o intento da prefeita. Ouvi atentamente cada um deles e logo percebi que a prefeita ‘tinha luzes’, falava um português escorreito, ágil no raciocínio e guardava elegância no trato pessoal, assim como o seu esposo. 

Em suma, a prefeita desejava devolver dinheiro público, saldo financeiro de um certo convênio havido entre a sua prefeitura e a Fidem, mediante a apresentação de um cheque. Lembro que a importância em questão não era vultosa, como também recordo das palavras da prefeita: “esse dinheiro é pouco, mas não me pertence e nem ao Município que governo, preciso devolver a quem de direito”. 

O colega do financeiro disse-me, em particular, que nunca tinha vivenciado tal situação e que não sabia como proceder, desconhecia até como justificar o crédito em rubrica orçamentária. A prefeita já estava inquieta com a demora, tinha vindo de longe só para cumprir o seu dever funcional, queria honrar a cláusula do convênio que assinara anos antes, obrigando-a a prestar contas ao final da avença e devolver o saldo financeiro da verba repassada que houvesse. 

Indubitavelmente, aquela foi uma conduta elogiável sob todos os títulos! Para mim, aquela situação também era inusitada porque, em um país de tantos desmandos administrativos, não é raro os cofres públicos serem saqueados por gestores públicos irresponsáveis, enriquecendo ilicitamente, mesmo sabendo do risco de serem denunciados criminalmente. 

Esfriando a cabeça naquele momento, após uma rodada de café e água para os presentes, encontramos uma solução, o cheque foi recebido, mediante protocolo, a prefeita agradeceu a atenção, retornou ao seu rincão de origem satisfeita e nunca mais tive o prazer de reencontrá-la. 

Nos dias seguintes àquela reunião, o financeiro providenciou a burocracia pertinente e apresentou o cheque na casa bancária própria, o qual compensou sem problemas. Volvidos os anos, soube do seu falecimento em setembro de 2013, deixando uma grande lacuna na vida política de Pernambuco. 

Aquele foi um exemplo vivo de probidade administrativa, respeito com a coisa pública, respeito às Instituições e, sobretudo, respeito com o dinheiro do povo que vem dos tributos recolhidos. Nesse ano de eleições municipais, espero que os eleitores façam escolhas certas, que procurem candidatos com o perfil da professora Giza Simões.

P.S: Registro que não sou filiado a nenhum partido político, não almejo cargo eletivo, também não sou eleitor de Afogados da Ingazeira e nem guardo laços de parentesco com a saudosa professora Giza Simões. 

*Advogado, sócio do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambucano e vice-presidente do Instituto Histórico de Olinda

Morreu neste sábado (30), em Fortaleza, Ceará, o cantor Magno, aos 69 anos. Ele estava internado no Hospital Geral da cidade desde que, em janeiro deste ano, sofreu um AVC hemorrágico. A família ainda não divulgou detalhes sobre o velório e enterro.

Cantor e compositor potiguar, Magno ficou conhecido no cenário musical com o hit “amor amor”, que marcou os anos 80. Ele residia em Fortaleza há mais de 15 anos, realizava poucos shows, mas não deixava de circular por pontos da cidade, sempre apoiando amigos músicos. As informações são do Blog do Eliomar.

Por Bernardo Estillac*

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a realização de atos oficiais do governo recordando os 60 anos do golpe militar no Brasil. Em aceno às Forças Armadas, o presidente perde a oportunidade de fortalecer a defesa pela democracia em momento em que o verde-oliva das fardas que rondam a república está desbotado como “nunca antes na história deste país”.

O Partido dos Trabalhadores, no entanto, não deve seguir a linha determinada por seu líder aos órgãos do Executivo. Orientou filiados a participar e apoiar atos que recordam as seis décadas da abolição da democracia. Em Minas Gerais, de onde saíram os primeiros tanques que destituíram João Goulart, quadros importantes da legenda estarão presentes em eventos que rememoram as vítimas do regime militar que se instalou no poder em 1964 e só se encerrou 21 anos depois.

Em Belo Horizonte, o partido é um dos que convocam para o ato “Sem anistia! Ditadura nunca mais!”, marcado para a segunda-feira (1º), às 16h, em frente ao prédio do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na Avenida Afonso Pena. No prédio atualmente funciona o Memorial dos Direitos Humanos da capital, após lei sancionada em 2000 e de autoria do atual deputado federal Rogério Correia (PT). O parlamentar é um dos nomes confirmados no evento. À coluna, ele destaca que participa do ato em todos os anos e ressalta as recentes investidas antidemocráticas no país: “Como membro da CPMI do 8 de janeiro, sei que outro golpe passou muito perto”.

Na Zona da Mata, manifestantes farão uma “marcha reversa”, saindo do Rio de Janeiro com destino a Juiz de Fora na segunda-feira. O ato recria, no sentido oposto, o movimento feito pelo general Olympio Mourão, primeiro a enviar tanques e blindados saindo de Minas com direção à então capital federal na calada da noite de 31 de março de 1964. O ato será recebido pela prefeita Margarida Salomão (PT) e terá a presença de Nilmário Miranda, outro quadro histórico do partido e atual assessor especial do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

A pasta onde Miranda está lotado preparava atos oficiais para os 60 anos do golpe, mas foi orientada por Lula a cancelar os eventos. O petista mineiro contemporiza a medida presidencial afirmando que os militares, por sua vez, não farão uma ordem do dia celebrando o golpe e o tratando por “revolução”. Ele destaca ainda que os integrantes do governo federal não foram recomendados a não participar de outras manifestações em recordação do golpe. A agenda do assessor especial do MDHC, que foi preso e torturado durante a ditadura militar, está repleta de ações até a metade de abril.

Confirmando que o PT operará à parte da ordem dada por Lula aos integrantes do Executivo, o deputado federal mineiro e líder do partido na Câmara, Odair Cunha, emitiu a seguinte nota: “O Congresso Nacional foi fechado quatro vezes — em 1965, 1966, 1968 e 1977 —, com a cassação de mandatos e perseguição a parlamentares, numa onda de truculência que varreu o país sob a égide de atos institucionais. Ao longo de 21 anos, o país foi jogado nas trevas, com violência, repressão a movimentos sociais, censura e perseguição política, tortura e desaparecimento de inúmeras pessoas que lutavam por um Brasil democrático, mais justo e igualitário”. 

A ditadura militar no Brasil foi responsável pela morte e desaparecimento de 434 perseguidos políticos, segundo a Comissão Nacional da Verdade. O regime também estruturou uma máquina de repressão que matou e mata dezenas de milhares de brasileiros socialmente vulneráveis.

*Colunista do Estado de Minas

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta-feira (29) pelas críticas feitas por ele ao processo eleitoral na Venezuela.

Na quinta-feira (28), o petista afirmou ser “grave” o país vizinho ter impedido que Corina Yoris, candidata da oposição, realizasse o registro de sua candidatura para as eleições presidenciais de 28 de julho. As informações são do Poder360.

“Eu fiquei surpreso com a decisão. Primeiro a decisão boa da candidata proibida de ser candidata pela justiça de indicar uma sucessora, achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata não tenha sido registrada”, disse Lula na ocasião.

Corina Machado também comemorou declarações de Emmanuel Macron, presidente da França, que criticou junto a Lula o andamento do processo eleitoral no país.

“À medida que vemos como aumenta a preocupação internacional, apelo aos líderes democráticos do mundo para que unam os esforços dos presidentes e governos para exigir que o regime de Maduro permita o registo de Corina Yoris como candidata nas próximas eleições presidenciais”, escreveu María Corina Machado em seu perfil no X (ex-Twitter).

As críticas de líderes internacionais se deram depois de Corina Yoris ter sido impedida de realizar as inscrições para concorrer às eleições de julho. Na segunda-feira (25), a candidata publicou um vídeo em suas redes sociais afirmando ter tentado inserir os dados de registro no sistema do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), mas que estava sem acesso ao site.

Mesmo depois dos problemas no registro, Maduro decidiu não prorrogar o prazo de inscrição, que se encerrou à 1h da manhã (horário de Brasília) da terça-feira (26).

A principal coalizão de oposição da Venezuela, a PUD (Plataforma Unitária Democrática), conseguiu registrar um candidato para disputar as eleições presidenciais. A sigla afirmou que precisou fazer um registro provisório, depois que Corina Yoris foi impedida de se inscrever para participar do pleito.

No entanto, María Corina afirmou que a candidatura de Edmundo González Urrutia não terá seu apoio. Ele poderá ser substituído por outro candidato a partir de 1º de abril.

Corina Yoris

A candidata foi indicada pela oposição depois que María Corina Machado foi impedida de concorrer ao pleito. A ex-deputada está proibida pela Justiça venezuelana de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos, o que, na prática, inviabiliza sua candidatura à Presidência.

Para o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela – que é alinhado ao chavismo, movimento político de Maduro–, ela teria participado de uma “trama de corrupção”.

Nicolás Maduro

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, 61 anos, comanda um regime autocrático e sem garantias de liberdades fundamentais. Mantém, por exemplo, pessoas presas pelo que considera “crimes políticos”.

Ele confirmou sua candidatura em 16 de março. No poder desde 2013, o candidato busca seu 3º mandato consecutivo. Caso vença, ocupará o cargo por mais 6 anos, até 2030.

Há também restrições descritas em relatórios da OEA (sobre a “nomeação ilegítima” do Conselho Nacional Eleitoral por uma Assembleia Nacional ilegítima) e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (de outubro de 2022, de novembro de 2022 e de março de 2023).

Soube, há pouco, pela amiga Ana Maria, de Afogados da Ingazeira, da morte da minha prima segunda, Kátia Celine. Ela era filha de Gorete Fonseca, prima de primeiro grau, filha de Tio Coió, irmão do meu pai Gastão Cerquinha. 

Cacá, como ficou conhecida, era irmã da pentatleta Yane Marques. Com apenas 45 anos, ela foi vítima de um infarto fulminante ontem, em Bezerros, onde morava. Yane estava em sua companhia. Segundo Yane, Cacá amanheceu enjoada, começou a reclamar de mal-estar e foi levada ao hospital, onde chegou ainda com vida, mas acabou tendo um infarto e morrendo em seguida.

Seu corpo está sendo levado para Afogados da Ingazeira neste momento, para ser velado e sepultado. Psicóloga, Cacá era separada e deixa um filho de 14 anos. O pai de Yane e Cacá é o radialista Wanderlei Galdino, ex-rádio Pajeú, hoje na Afogados FM.