Por Manoel Guimarães
Especial para o blog
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), garantiu que os aposentados lesados nos desvios do INSS serão integralmente ressarcidos ainda durante o governo Lula (PT). Completando dois meses à frente da pasta nesta quarta-feira (2), Wolney recebeu a missão de gerenciar uma crise sem precedentes — com desvios na casa dos bilhões de reais — e também de aprimorar os mecanismos de controle para evitar novas fraudes.
“O governo quer pagar, o presidente Lula já determinou. Mas, evidentemente, no governo federal você não pode simplesmente pegar o dinheiro e pagar sem respaldo jurídico. Estamos construindo esse consenso com o Judiciário, com os órgãos de controle e com a sociedade; estamos elaborando a minuta que, quando ficar pronta, o presidente Lula vai apresentar juntamente com o cronograma de pagamentos. Não posso adiantar, mas posso dizer que vai ser rápido”, disse Wolney Queiroz, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.
Leia maisSegundo o ministro, o presidente deverá solicitar ao Congresso Nacional um crédito suplementar extraordinário para viabilizar logo os pagamentos. Mas o governo irá buscar também o ressarcimento dos cofres públicos junto às associações envolvidas nos desvios.
“Já temos bloqueados R$ 2,9 bilhões das associações para este ressarcimento. Mas isso leva tempo, e o aposentado não pode ficar aguardando essa disputa jurídica. Nesse primeiro momento, o crédito suplementar será pago pelo Tesouro Nacional. O governo adiantará os recursos para atender aos que mais precisam, enquanto corre atrás do ressarcimento desses valores ao erário”, detalhou Wolney.
O pedetista revelou que os bloqueios envolvem 41 associações, algumas constituídas apenas para fraudar os aposentados. Outras, com endereço e serviços legítimos, também terão de prestar esclarecimentos. “Vamos separar o joio do trigo e ficar com o trigo. Todas essas associações estão sendo auditadas e investigadas. Queremos saber se os descontos foram feitos com autorização ou não, pois 3,7 milhões de pessoas já procuraram o ministério em busca desse ressarcimento. O mais importante é que o governo teve a coragem e a iniciativa de desvendar e desbaratar essa quadrilha”, concluiu o ministro.
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