O Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE) vai iniciar a interiorização de sua rede com a construção da primeira unidade regional no município de São João, no Agreste Meridional, polo produtor de feijão e vizinho a Garanhuns. O projeto, apresentado pelo presidente do Ceasa-PE, Bruno Rodrigues, prevê investimento inicial de R$ 7 milhões, realizados pelo governo de Pernambuco, e será lançado com a pedra fundamental ainda este ano, com início das obras programado para 2026.
O anúncio foi feito durante a visita de Bruno Rodrigues à Folha de Pernambuco, ontem, onde foi recebido pelo presidente do Grupo EQM e fundador do jornal, Eduardo de Queiroz Monteiro. Também participaram do encontro a vice-presidente da Folha, Mariana Costa; o diretor-executivo, Paulo Pugliesi; o diretor-operacional, José Américo Lopes Góis; a gerente de mercado, Tânia Campos; a gerente de jornalismo da Rádio Folha FM 96,7, Marise Rodrigues; o editor de cotidiano e esportes, Geison Macedo; a colunista Roberta Jungmann; e o radialista Tarcísio Regueira (Bocão).
Leia maisA interiorização integra um plano de criação de seis “miniceasas” em regiões estratégicas do estado – Mata Sul, Mata Norte, Agreste Meridional, Agreste Setentrional e Sertão – para descentralizar o abastecimento, aproximar produtores dos consumidores e reduzir custos de transporte. Segundo Bruno Rodrigues, o modelo prevê que as prefeituras doem os terrenos, enquanto o Ceasa desenvolve os projetos executivos e de viabilidade econômica, e o governo do estado direciona os recursos para a construção dos galpões e demais estruturas.
“Nosso projeto é implantar seis ‘miniceasas’, descentralizando a atividade do Ceasa principal. A primeira, que já está mais avançada, é no município de São João. A prefeitura entra com o terreno, são cinco hectares. Nós fizemos o projeto executivo e de viabilidade econômica, e o governo do estado aponta recursos e investimentos para a construção dos galpões. A ideia é lançar ainda este ano a pedra fundamental e iniciar a implementação em 2026”, afirmou Bruno Rodrigues, que também preside a Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen).
Descentralização
O gestor destacou que a iniciativa deve reduzir custos de transporte, hoje um dos principais gargalos para pequenos e médios produtores, que precisam deslocar mercadorias até o Recife. A descentralização permitirá escoar a produção diretamente em polos regionais, diminuindo a dependência de atravessadores e aumentando a margem de lucro dos agricultores.
“É um projeto muito importante para o escoamento da mercadoria de muitos produtores que não têm como transportar sua produção e também para prestigiar o produtor na ponta”, destacou o presidente do Ceasa-PE.
A unidade do Agreste Meridional servirá como projeto-piloto para expandir o modelo às demais regiões do estado, ainda sem locais ou datas definidas para os próximos municípios. O Ceasa-PE é o principal espaço para que os alimentos sejam escoados no Estado. Por dia, passam cerca de 70 mil pessoas no local, que é o maior centro de distribuição do Norte e Nordeste.
No país, perde apenas para a Ceagesp, em São Paulo, e os centros de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A unidade comercializa uma média de 90 mil toneladas de alimentos por mês e apresenta uma taxa anual de crescimento de 9% no volume de produtos vendidos.
Leia menos