Os bastidores da política sertaniense voltaram a esquentar. Hoje, os vereadores de oposição de Sertânia protocolaram uma representação formal no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), em Arcoverde, denunciando possíveis irregularidades no Pregão Eletrônico nº 043/2025, cujo objeto é a locação de caminhões e máquinas pesadas para diversas secretarias municipais. O valor estimado do contrato ultrapassa R$ 5 milhões (R$ 5.011.866,67).
Assinada pelos parlamentares Alexandre Laet, Antônio Henrique (Fiapo), Niltinho Sousa, Marinho do Ônibus e Washington Passos, a representação aponta aumentos injustificados nos preços previstos no novo edital, quando comparados a contratos anteriores de natureza idêntica firmados pela própria gestão. As informações são do portal A Folha das Cidades.
Leia maisO exemplo mais contundente citado na denúncia é o Item 5 do edital, que prevê a locação mensal de um Caminhão Toco Turbo com Compactador de Lixo de 15m³ por nada menos que R$ 29.166,67. Segundo os vereadores, esse mesmo tipo de veículo era alugado até dezembro de 2024 por R$ 13.383,49, o que representa um aumento de 117%, com a única diferença sendo o ano de fabricação do equipamento.
Com base no Artigo 23 da Nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021), os vereadores alegam que os preços estimados devem refletir valores praticados no mercado e precisam ser justificados tecnicamente, o que, segundo eles, não ocorreu no edital atual. O receio é que a falta de transparência no orçamento da licitação abra caminho para possível superfaturamento na execução do contrato.
No documento entregue ao TCE-PE, os parlamentares pedem a suspensão imediata do pregão, previsto para a próxima terça-feira, 8 de julho, até que os fatos sejam apurados. Os pedidos incluem:
- Abertura de procedimento investigativo;
- Suspensão cautelar do pregão;
- Solicitação de esclarecimentos à Prefeitura;
- Análise da metodologia de cálculo de custos;
- Aplicação de sanções, caso sejam confirmadas irregularidades.
Com a data do certame se aproximando, o caso deve gerar novos desdobramentos no cenário político local. A depender do posicionamento do TCE-PE, a gestão municipal poderá ter que reformular o edital, apresentar justificativas técnicas ou até mesmo cancelar a licitação.
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