O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ironizou, hoje, as pressões externas sobre o julgamento da chamada trama golpista. Ao apresentar seu voto, ele rebateu críticas e afirmou que nada além dos autos influencia a decisão dos magistrados.
“Eu me espanto em imaginar que alguém chega no Supremo e vai se intimidar com um tuíte. Será que as pessoas acreditam que um twitte de uma autoridade, de um governo estrangeiro, vai mudar um julgamento no Supremo? Será que alguém imagina que um cartão de crédito ou o Mickey, vai mudar um julgamento no Supremo?”, questionou Dino. As informações são do portal G1.
Leia maisO ministro disse que há até ameaças de governos estrangeiros relacionadas ao processo, mas destacou que essas tentativas não têm impacto sobre a análise do STF. “O que torna esse julgamento digno de debate público são fatores que em nada impactam o desfecho. Há coações, até ameaças. Mas não há, nos votos, nenhum tipo de recado. O que há é o exame estrito do que está nos autos”, reforçou.
Dino fez questão de dizer que a análise não é excepcional. “Esse julgamento não é excepcional, não é um julgamento diferente dos que nossos colegas fazem país afora”, afirmou. Segundo ele, a Constituição prevê penas para crimes contra o Estado Democrático de Direito, e cabe ao STF apenas aplicá-las.
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