Pacificação nacional

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Guardo nas minhas retentivas o canto de guerra e paz do final da década de 1970: Anistia ampla, geral e irrestrita – AAGI. O Brazil de hoje saiu de uma guerra. Minto. A guerra continua. As duas seitas, a seita do gado e a seita vermelha, estão com a faca nos dentes. Pra cima e pra baixo do pescoço tudo é canela. O pescoço é canela.

O galo canta, macaco assovia. O chão está riscado para a guerra. Não pise nos meus calos. Meus calos são as minhas verdades. Eu sou muito brabo. Sou o dono da verdade. Errado. Você é o dono da mentira. Eu sou mais macho do que você. Teje preso! Será censurado e desmonetizado por conta de sua desfeita.

Espelho meu, quem é mais macho do que eu? “No mundo da Eternia, bem distante  daqui/ na luta pela paz um guardião vai surgir.”  “A força e a coragem, ele nasceu para o bem/ Os músculos de aço, nosso herói é He-Man”. “Vamos amigo, unidos venceremos a semente do mal. He-Man com sua espada faz a guerra acabar”. O trunfo é paus. Cuidado, o tigrão quer te pegar!

Nestes zodíacos de radicalizações, intolerâncias, falsidades de amor e ódios recíprocos, o Brazil conclama uma nova anistia, em nome da pacificação nacional,?Triste realidade é prender e censurar em nome das liberdades democráticas. É bonito falar de amor e democracia na literatura, na religião e redes sociais. Vejamos na real.

Nos anos 1970s e desde sempre, ontem e hoje, aqui e agora, havia gritos e sussurros democráticos. Os gritos e sussurros levaram jovens “patriotas equivocados” (expressão do comunista ortodoxo Luís Carlos Prestes) a aderiram à luta armada contra a ditabranda. Os patriotas “equivocados” da esquerda sequestravam, praticavam atos de terrorismo e assaltavam bancos no objetivo de implantar uma ditadura democrática à moda de Cuba.

Os agentes de repressão do sistema prendiam, matavam e torturavam em nome da defesa da “Redentora”. Sob o signo do famigerado Ato Institucional 5 (a dupla face do terrorismo), foram suprimidas as liberdades democráticas, houve a cassação de mandatos parlamentares. O AI 5 vigorou de 13 dezembro de 1968 a 13 outubro de 1978.

OPERAÇÃO CLÃ – Raquel e Priscila – A operação Clã da PF faz o diagnóstico dos assaltos antidemocráticos no setor de saúde em gestões passadas. A vice-governadora Priscila Krause revela que a secretaria gasta um montante de 8 bilhões por ano em saúde, e o governo quer ver aberta a caixa preta para enquadrar os corruptos. Estima-se que roubos foram em torno de 100 milhões de reais.

Milhões de pernambucanos sintam-se roubados em cada esquina. Quem rouba a saúde rouba vidas. Infelizmente a lei anticorrupção no Brazil tornou-se um hímen complacente, principalmente depois da LavaJato.

Pernambuco está em boas mãos limpas e boas cabeças pensantes com Raquel Lyra e Priscila Krause no Palácio dos Príncipes e das Princesas.

*Periodista e escritor    

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Durante as comemorações pelo acesso do Náutico à Série B, após a vitória dramática sobre o Brusque ontem (11), nos Estádio dos Aflitos, o torcedor alvirrubro Ivson Filho denunciou ter sido agredido por policiais do Batalhão de Choque. Segundo ele, a ação ocorreu quando a torcida invadiu o gramado para celebrar o retorno do clube à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Ivson criticou a postura da tropa e afirmou que pais de família, mulheres, idosos e crianças teriam sido alvo de violência enquanto apenas festejavam. “Nós não estávamos lá para brigar, para quebrar alguma coisa, para tumultuar, para bater em um servidor público que está lá para manter a ordem. E essa é a visão do Batalhão de Choque, de agredir pessoas que apenas estavam comemorando”, declarou.

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