O organizador da Corrida Arcoverde City, o nutricionista Guilherme Gabriel, usou as redes sociais neste domingo (14) para esclarecer os motivos que levaram ao adiamento do evento, que estava programado para ocorrer hoje, em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. A prova, que teve os kits esgotados há mais de dois meses, acabou não sendo realizada por falta de estrutura no local.
Em nota divulgada pela organização, a Corrida Arcoverde City informou que precisou adiar a prova após problemas com a empresa responsável pela montagem da arena. “Contratamos a empresa de estrutura e nos deixaram na mão. Estamos aqui em frente à arena e só tem três tendas”, diz o comunicado. Segundo a organização, uma nova data será anunciada nos próximos dias.
Leia maisNos stories do Instagram, Guilherme Gabriel afirmou que o planejamento do evento não foi feito de última hora e que a estrutura principal já estava formalizada com antecedência. “Desde agosto a gente foi à prefeitura falar sobre alguma data, falar sobre o nosso projeto, que a gente queria incentivar a prática do esporte na nossa cidade. Desde 1º de setembro a parte principal da nossa arena estava formalizada. Então não foi algo de última hora”, afirmou. Segundo o organizador, apesar dos acordos firmados dos quais ele apresentou prints em conversas no Whatsapp, nada foi entregue no dia da prova.

Guilherme relatou ainda que, no início de dezembro, fechou com uma empresa privada da cidade a estrutura, o som e o gerador. No entanto, dois dias antes do evento, o fornecedor desistiu. “Na sexta-feira agora, ele veio falar que conseguiu uma licitação na cidade vizinha e não vai conseguir comparecer no meu evento. Eu cheguei e perguntei pra ele: ‘rapaz, como tu se compromete comigo e vem falar isso agora, sexta-feira, dois dias antes do evento?’”, desabafou.

A partir da desistência, segundo Guilherme, começou uma série de tentativas frustradas para garantir a estrutura mínima da prova, como o pórtico, o grid e os disciplinadores. “Eu falei com mais de oito pessoas de estrutura, tanto da cidade de Arcoverde quanto de cidades vizinhas. Muitos não podiam, até porque estava em cima. Quem se lasca é quem faz o evento. Quem leva a culpa somos nós, por incompetências das outras pessoas”, afirmou.
O organizador contou que apenas um fornecedor respondeu, oferecendo parte da estrutura, mas sem gerador. “Eu fui e fechei com ele na sexta-feira à tarde. A gente falou com a prefeitura que tinha dado errado com a estrutura e que a gente estava tentando achar um gerador”, disse. Segundo ele, houve promessa de solução, que não se concretizou. “Na manhã do sábado, a pessoa falou que estava pegando as peças no galpão, às 7h, um dia antes do evento. Mas ficou aquele disse me disse, uma bola de neve sem fim”, relatou.
Guilherme afirmou que ficou sem alternativas. “Os prestadores de serviço simplesmente ficaram: ‘vou dormir, vou beber, vou fazer o que eu quiser e não vou responder esse menino’. E a gente ficou totalmente sem estrutura”, disse. Ele também destacou que não havia tempo hábil para montagem. “O cara do som estava lá esperando esse palco ser montado. Quem monta um palco em uma hora? Não existe isso”, completou.
Apesar dos problemas estruturais, o organizador ressaltou que outros aspectos da corrida estavam prontos. “Tinha água, mais de trinta caixas, placas de quilometragem, ambulância, viatura, caminhão-pipa no percurso. A gente tentou fazer de alguma forma, mas não ia ser a mesma corrida. Ia ser só mais uma corrida, e a gente não quer isso”, afirmou.
Ao final do pronunciamento, Guilherme Gabriel agradeceu o apoio dos participantes e anunciou que novos esclarecimentos serão divulgados. “Amanhã vocês vão ver um pronunciamento muito importante. Vamos colocar a nova data e explicar como vai funcionar o reembolso para quem quiser. Não se preocupem, vocês não vão ficar sem apoio”, disse.
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