Por Claudemir Gomes*
Em épocas passadas, na véspera de acirrada eleição para se escolher o novo presidente executivo do Sport Club do Recife, os jornais impressos circulariam com a afirmativa de que, os candidatos — Severino Otávio (Branquinho), Matheus Souto Mario e Paulo Bivar — estavam velando suas armas para a batalha do corpo a corpo, no dia da votação.
Em plena era digital, não existe trégua na batalha on-line. Eis o diferencial desta campanha onde as candidaturas foram apresentadas há pouco tempo, mas a corrida pelo voto se tornou intensa por conta da liberdade dos homens de transitarem numa terra de ninguém, sem lei e sem limites conhecida como redes sociais.
Leia maisA liberdade lhe faculta fazer o bem ou o mal. O caráter leva cada um a escolher o seu caminho. A campanha para a indicação do presidente que irá comandar o Sport no próximo ano foi transformada numa queda de braço entre o bem e o mal. O show de vilania observado nas fábricas de fake news criadas pelos adversários, com o intuito de manchar a imagem do candidato Severino Otávio, que desde o início prega a união como sendo o único caminho a ser seguido para tirar o clube do caos em que se encontra, é assustador.
Certa vez, o saudoso deputado Osvaldo Rabelo, uma das grandes referências políticas do Estado, encontrou-se com um grupo de jornalistas. Em meio aos cumprimentos, um rapaz de Goiana, sua terra natal, lhe estendeu a mão. Sem nenhum constrangimento, ele disse com firmeza: “Não vou apertar sua mão porque você não tem caráter. Um homem pode ser mau-caráter ou pode ser bom-caráter, mas não pode deixar de ter caráter”.
Pois bem. Quem se esconde nas redes sociais por trás de expressões como “me disseram”, “fui informado”, “uma fonte ligada a…” simplesmente não tem caráter. O momento do Sport não suporta esse tipo de coisa.
Conheço Branquinho desde 1987, quando chegou ao clube através de um convite de Edson Moury Fernandes. Apesar da experiência adquirida na vida pública como prefeito de Bezerros e deputado estadual, sempre se posicionou com a humildade de um trainee. A habilidade no trato com as pessoas lhe levou rapidamente ao conhecimento dos segredos dos vestiários. Honestidade, transparência, retidão de caráter e sinceridade foram as qualidades que lhes levaram a ser adotado como amigo e companheiro pela maioria dos presidentes por mais de duas décadas.
Branquinho tem sua assinatura nas grandes conquistas do Sport, seja como protagonista ou como coadjuvante de um time vencedor. Não é por acaso que conta com o apoio da maioria dos ex-presidentes e lideranças rubro-negras.
Criaram uma falsa narrativa de que, se ele não anunciar sua diretoria, vai perder muitos votos. Severino Otávio manteve um comportamento de quem é fiel ao discurso. Sempre defendeu a unidade, e vai buscá-la até depois do resultado do pleito, caso venha a ser vencedor.
A turma do boato esquece que a eleição é para a escolha do presidente executivo do clube. Confesso: nunca vi uma nação escolher o seu presidente porque ele anunciou os ministros antes da votação. Com a Nação Rubro-negra não será diferente. Qualquer coisa contrária disso é pura idiotice.
Quando vejo tamanho absurdo sempre lembro do imortal Nelson Rodrigues: “O mundo ainda será dominado pelos idiotas. Não que eles sejam mais inteligentes. É que são muitos”. Espero que os sócios do Sport não sejam dragados pelas idiotices implantadas nas redes sociais nos últimos dias.
Dizem que o acirramento nas eleições do Sport é histórico porque o clube da Ilha do Retiro não tem o branco nas suas cores, diferentemente de Náutico e Santa Cruz. Eis mais uma razão para se votar em Branquinho — ou melhor, no branco da paz.
*Jornalista
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