Durante a despedida de Alexandre Schneider da Secretaria de Educação, a governadora Raquel Lyra apresentou um balanço das ações da pasta. No entanto, o presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Waldemar Borges (PSB), contestou os resultados divulgados e classificou a gestão educacional como “pífia”. Segundo ele, o governo enfrenta graves problemas administrativos e ainda não apresentou iniciativas próprias significativas.
“A prestação de contas da governadora é muito fraca. Dois anos de governo já se passaram e, até agora, nenhuma creche foi construída. No que diz respeito aos servidores da educação, as novas contratações são fruto de cobranças de várias instâncias, incluindo o Tribunal de Contas do Estado. Não há o que comemorar”, afirmou Borges.
O parlamentar também criticou a apresentação do Programa Ganhe o Mundo Professor como uma novidade da atual gestão. “O mínimo que se espera é que a governadora reconheça a autoria do programa, que foi instituído no governo Paulo Câmara pela Lei 17.860/2022. Apropriar-se de uma iniciativa que não criou é lamentável e mostra a falta de resultados próprios para apresentar”, pontuou.
Para Borges, a ausência de novas políticas públicas e a dificuldade da gestão em apresentar avanços concretos comprometem o futuro da educação no estado. “O governo não tem nada de significativo a acrescentar. A exceção é o acréscimo de um par de tênis ao fardamento escolar. Com a administração já entrando em sua segunda metade, a educação pública de Pernambuco segue sem uma direção clara”, concluiu.