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Exame para exercer a medicina no Brasil poderá ser instituído por projeto de lei
Por Larissa Rodrigues – repórter do blog
Deputado federal em primeiro mandato, médico e professor da Universidade Federal do Maranhão, Allan Garcês (PP-MA) defende que o Brasil passe a adotar uma prova para que profissionais da medicina possam requerer seu ingresso nos Conselhos Regionais da categoria, nos moldes de como o processo é feito na advocacia, com o exame da OAB.
O parlamentar foi o entrevistado de ontem (16) do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog, em parceria com a Folha de Pernambuco. Allan Garcês é coautor do Projeto de Lei (PL) 785/2024, que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito obrigatório para o exercício da profissão no Brasil.
Leia maisDe acordo com o parlamentar, a proposta foi motivada pelo cenário atual do país. “Nos últimos anos, foram abertas inúmeras escolas médicas. Entre essas escolas, muitas sem as mínimas condições de oferecer um curso de formação médica, de capacitação para uma profissão extremamente importante, para cuidar da vida. Com isso, vieram os profissionais mal formados”, relatou.
A discussão existe no Conselho Federal de Medicina, que detectou as falhas. O projeto, que tem por objetivo instituir a prova obrigatória para ingresso na área da medicina, foi elaborado junto com o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ). Segundo Garcês, atualmente há 436 escolas de medicina no Brasil, sendo que 64% pertencem a instituições privadas de ensino superior.
O exame para ingresso na área não teria como finalidade impedir a abertura de cursos, tampouco solicitar o fechamento das escolas, destacou o deputado, porque são prerrogativas do Ministério da Educação (MEC). Mas, para Garcês, o MEC não tem agido com rigor ao detectar instituições que estão formando mal os novos profissionais.
“O conselho não vai propor fechamento de curso com as notas dos médicos que não conseguirem passar no exame. Isso é prerrogativa do MEC, que tem um raio-x das universidades, das escolas privadas que estão deficientes, mas não toma posição”, avaliou o deputado.
Porteira aberta – Segundo Allan Garcês, hoje não existe restrição de abertura das escolas, pelo contrário: “Abriram a porteira, e foi exatamente nessa abertura desenfreada onde as escolas médicas estão sem cumprir as mínimas condições, como hospital-escola, laboratório, centro cirúrgico e leitos”, afirmou Garcês. O parlamentar ainda lembrou que o MEC tem três ferramentas de avaliação, sendo uma delas criada após a tramitação do projeto. “Agora veio o Enamed, que avalia o aluno e o curso também, e que foi criado depois que o nosso projeto de lei começou a tramitar na Câmara Federal. É como se o governo estivesse tomando alguma atitude para descredibilizar essa ferramenta que propomos, que é do Conselho Federal de Medicina e que avalia o aluno”.

Metrô do Recife – O presidente Lula (PT) anunciou, ontem (16), investimentos de R$ 4 bilhões no Metrô do Recife. Divulgou a boa nova ao lado da governadora Raquel Lyra (PSD), do prefeito do Recife, João Campos (PSB), além do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (RP) e da bancada federal pernambucana. O anúncio também contou com a presença do ministro Jader Filho (Cidades) e prevê a estadualização e a concessão dos serviços como eixo central da recuperação do metrô. Do jeito que Lula fez o anúncio, com todo mundo junto, deixou bem amarradinho que a obra é do Governo Federal e impediu que Raquel Lyra tentasse angariar os créditos sozinha ou acabasse recusando os recursos, como fez com a reforma do Aeroporto de Caruaru, só para não dividir os louros.
Enfim a paz – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), fez questão de registrar, ao final da reunião plenária de ontem (16), que a Alepe aprovou todos os projetos enviados pelo Governo do Estado à Casa, em 2025. Segundo ele, a Assembleia “deu uma demonstração de harmonia, maturidade e compromisso com o povo pernambucano”.
Presidente nas redes – Álvaro Porto não falou com a imprensa após a votação, mas registrou o trabalho legislativo nas redes sociais. “Aqui, cumprimos nosso papel constitucional de forma independente e com muito zelo! Discutimos com altivez as matérias nas comissões e em plenário; apresentamos emendas; criamos convergências entre o Legislativo e o Executivo. E votamos; a maioria decide. Foi para isso que fomos eleitos”, destacou, acrescentando: “Os deputados governistas e os oposicionistas têm a coerência de deixar as divergências políticas de lado para trabalhar pelos conterrâneos”.

Palavra da líder – Líder da bancada do Governo na Casa, a deputada Socorro Pimentel (UB) ressaltou a importância da construção de diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo. “Estou nessa liderança para construir o diálogo, para que a gente possa colocar em primeiro lugar o povo pernambucano. E é isso que a gente vem fazendo aqui”, ressaltou. A parlamentar enfatizou que a governadora Raquel Lyra (PSD) vem fazendo entregas importantes. “Quando houve o anúncio do Arco Metropolitano, é algo que fala muito do que a governadora vem fazendo em todas as regiões do nosso Estado. Eu venho de uma região no Sertão com muitas entregas, e isso me faz ter mais motivação para estar aqui defendendo e fazendo essa articulação com a oposição, com o presidente da Casa, para que a gente não possa criar barreira entre o Executivo e o Legislativo”, declarou.
CURTAS
Reações ao tarifaço – Pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem (16) mostra que 54% da população acham que o presidente Lula e o PT se saíram melhor no embate do tarifaço, e 24% acham que foi Bolsonaro (PL) e aliados. As informações são do g1. Na última pesquisa, em setembro, 49% achavam que Lula e PT tinham se saído melhor, e 27% achavam que tinha sido Bolsonaro e aliados.
Flávio Bolsonaro em baixa – A Pesquisa Genial/Quaest também mostrou que 54% dos entrevistados afirmam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) errou ao indicar o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como candidato à Presidência, em 2026. Outros 36% dizem que Bolsonaro acertou, e 10% não souberam ou não responderam.
Por falar em Lula e Flávio – O levantamento ainda divulgou que Lula derrotaria Flávio Bolsonaro e os governadores do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (RP), nos dois turnos da eleição presidencial de 2026. Foram ouvidas 2.004 pessoas entre os dias 11 e 14 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Perguntar não ofende: A paz entre a Alepe e o Governo de Pernambuco vai sobreviver a 2026?
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Os governos federal, estadual e municipal decidiram, após reunião nesta terça-feira (16), iniciar o processo de extinção do contrato com a Enel, concessionária fornecedora de energia elétrica da capital e de cidades da Grande São Paulo. As informações são do g1.
“Não há outra alternativa senão a medida mais grave que existe, que é a decretação de caducidade. Nós estamos mandando elementos para o Ministério de Minas e Energia. Vamos mandar isso também para a agência reguladora”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em entrevista após o encontro.
Considerada uma medida extrema, a caducidade (ou extinção do contrato) pode ocorrer quando confirmado que a concessionária descumpre obrigações contratuais e não tem condições de manter a prestação de serviços à população.
Leia mais“Vamos instar a agência, a gente está falando de uma união importante, que é do governo federal, estadual e Prefeitura de São Paulo, na mesma página, para que o processo de caducidade seja instaurado”, completou.
Alexandre Silveira, ministro de Estado de Minas e Energia, disse que a Enel perdeu as condições de estar à frente do serviço de concessão de energia elétrica na capital e na Grande São Paulo. Ele destacou que a visita ao governador foi uma determinação do presidente Lula (PT).
“Estamos completamente unidos — governos federal, estadual e do município — para que a gente inicie um processo rigoroso, regulatório. Esperamos que a Aneel possa dar resposta o mais rápido possível ao povo de São Paulo, implementando e iniciando o processo de caducidade que vai resultar, com certeza, na melhoria da qualidade do serviço de distribuição, que o mais sensível do setor elétrico”, destacou o ministro.
O g1 entrou em contato com a concessionária e aguarda posicionamento a respeito da reunião.
O Procon Paulistano, da Prefeitura de São Paulo, aplicou uma multa de R$ 14,2 milhões à concessionária Enel “por falhas graves e estruturais na prestação do serviço, especialmente as ocorridas entre os dias 8 e 10 de dezembro”.
O apagão na Grande São Paulo aconteceu após um vendaval histórico que provocou quedas de árvores, cancelamentos de voos e desligamento de semáforos por toda São Paulo. No auge, na quarta-feira (10), mais de 2,2 milhões de clientes ficaram no escuro. Segundo boletim da Enel das 18h54 desta terça (16), havia 79 mil imóveis sem luz na região metropolitana.
“A empresa já havia sido notificada anteriormente sobre as falhas detectadas, mas não adequou sua conduta para atender à exigência de manutenção do serviço de forma contínua, adequada, eficiente e segura”, apontou o Procon.
Acrescentou ainda que “a autuação é resultado da análise de reclamações registradas por consumidores e da apuração técnica realizada pelo órgão de defesa do consumidor, que constatou o descumprimento de normas previstas no Código de Defesa do Consumidor”.
Entre os problemas encontrados, estão: falhas no atendimento, interrupções no fornecimento e ausência de informações adequadas aos usuários. O Procon Paulistano destacou que a Enel “deixou de assegurar a continuidade e a eficiência do serviço essencial, além de não atender plenamente às demandas dos consumidores afetados, o que caracteriza infração à legislação vigente”.
Agora, a concessionária será notificada e terá 20 dias para apresentar defesa administrativa.
O que diz a Enel sobre a multa
Em nota, a Enel disse:
“A Enel Distribuição São Paulo reitera que, nos dias 10 e 11, a companhia enfrentou um ciclone extratropical com o vendaval mais prolongado já registrado na região. As rajadas sucessivas de vento perduraram por até 12 horas e atingiram um pico de 82,8 km/h no Mirante de Santana. Radares do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) chegaram a registrar 98,1 km/h na Lapa.
As condições climáticas causaram impactos severos na rede elétrica, atingida por quedas de galhos, árvores e outros objetos arremessados pela força contínua dos ventos. Desde a manhã de quarta-feira (10), a Enel mobilizou um número recorde de equipes em campo, chegando a quase 1.800 times ao longo dos dias.
No domingo à noite, a operação da distribuidora voltou ao padrão de normalidade, com o restabelecimento do serviço para os clientes afetados pelo ciclone nos dias 10 e 11. No momento, equipes atuam para atender casos registrados nos dias seguintes ao evento climático”.
R$ 374 milhões em multas da Aneel
A Enel SP já recebeu R$ 374 milhões em multas aplicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) desde 2020 por conta da má prestação de serviços na área de concessão da Grande São Paulo, mas ainda não pagou mais de 92% desse valor, segundo levantamento da própria agência.
Envolta em mais uma crise que deixou os paulistas cinco dias sem luz, a empresa judicializou ou ainda não pagou mais de R$ 345,4 milhões em multas devidas à agência.
Esse total de multas ainda não inclui o apagão dessa semana, que, no pico, chegou a deixar mais de 2,2 milhões de endereços sem energia. A Aneel já pediu explicações para a companhia. (Veja mais abaixo)
A Enel é a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e Grande São Paulo. Já a Aneel é o órgão federal responsável por regular, fiscalizar e supervisionar o setor de energia elétrica no Brasil. Em São Paulo, a fiscalização da Aneel é feita pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), que tem termo de cooperação assinado com a Aneel para tanto e representa a agência nacional em território paulista.
A reportagem também procurou a Enel para comentar as multas aplicadas pela Aneel e ainda não pagas, mas ainda não recebeu retorno.
Além disso, na noite de sexta (12), a Justiça comum de São Paulo determinou que a Enel restabelecesse imediatamente o fornecimento de energia. A decisão previu uma multa de R$ 200 mil por hora em caso de descumprimento.
A Enel foi notificada no sábado (13), às 15h, sobre a decisão e tinha o prazo de 12 horas para cumprir a sentença, sob multa de R$ 200 mil por hora. Entretanto, a energia foi considerada normalizada apenas na noite de domingo (14).
O g1 procurou o Ministério Público de São Paulo, autor da ação, para saber quando vai ser cobrado de multa em razão desse atraso, mas ainda não recebeu retorno.
Desde 2020, foram cinco multas aplicadas pela Aneel na Enel SP. Duas delas foram pagas e somam cerca de R$ 29 milhões. As demais ainda estão pendentes no sistema da agência.
A última multa aplicada foi em outubro do ano passado e foi no valor de R$ 83,7 milhões. A infração está em fase de recursos dentro da própria agência, já que foi lavrada só no mês de outubro de 2025.
A infração mais pesada foi em 2023, quando a Aneel aplicou 165,8 milhões em multas conta a concessionária, mas a empresa contestou a infração na Justiça e ainda não fez o pagamento. No total, a Enel SP já judicializou R$ 261,6 milhões em multas aplicadas.
Em todo o país, nos três estados onde a Enel atua (SP, RJ e CE) a Aneel já aplicou R$ 626,2 milhões em multas à concessionária.
Multas aplicadas à Enel SP
O cantor e compositor Delmiro Barros, conhecido como o “Embaixador do Forró”, anunciou a gravação de um DVD no próximo dia 14 de janeiro, em Santa Terezinha, no Sertão. A apresentação será aberta ao público e marcará mais um capítulo da trajetória do artista, que soma mais de 30 anos de carreira.
Natural de São José do Egito, Delmiro Barros é reconhecido como uma das referências do forró e da música de vaquejada no Nordeste. Seu repertório é marcado por letras que retratam o cotidiano sertanejo e as vivências do vaqueiro, elementos que consolidaram seu nome no cenário regional.
A gravação do DVD contará com a participação de importantes artistas do forró e da música nordestina, entre eles Sirano & Sirino, Flávio José, Toca do Vale, Assun Preto, Iguinho & Lulinha, Tarcísio do Acordeon, Ton Oliveira, Flávio Leandro, Buscapé, Seu Marquinhos, Siramin e Lostiba.
Segundo o cantor, o projeto reserva surpresas para o público. Informações adicionais sobre a programação, horários e estrutura do evento devem ser divulgadas em breve.
O STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou nesta terça-feira (16) o julgamento das ações sobre a tentativa de golpe de Estado, com a análise do último núcleo investigado.
Ao todo, foram julgados 31 réus em quatro núcleos. Desses, 29 foram condenados, incluindo integrantes do alto escalão do governo de Jair Bolsonaro (PL), aliados e militares. As informações são da CNN.
Leia maisDentre os condenados, 25 responderão pelos cinco crimes imputados pela PGR (Procuradoria-Geral da República): organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Outros dois foram condenados apenas por alguns desses crimes, e houve duas desclassificações para delitos mais leves (incitação ao crime e associação criminosa), com possibilidade de acordo para evitar prisão.
Apenas dois réus foram totalmente absolvidos: o general Estevam Cals Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, e o delegado Fernando Sousa de Oliveira, ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça.
Na fase de instrução penal das ações (produção de provas) foram ouvidas 154 testemunhas, realizados os interrogatórios de todos os réus e apresentadas sustentações orais por todas as defesas.
Os advogados questionaram principalmente a imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, a competência do Supremo para julgar pessoas sem foro privilegiado e a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, apontando contradições e descumprimentos do acordo.
O processo, porém, seguiu. A delação foi validada e utilizada como prova. Apesar de condenado por todos os crimes, Cid recebeu pena de dois anos de prisão em regime aberto. Ele não perderá a patente militar e deverá estar livre em até um ano e meio.
No núcleo de Bolsonaro (1) e da desinformação eleitoral (4) houve a voz dissonante do ministro Luiz Fux, que surpreendeu votando pela absolvição de quase todos os réus, incluindo o ex-presidente. O ministro, porém, decidiu deixar a Primeira Turma em outubro, fazendo com que os outros dois núcleos tivessem resultados unânimes.
Penas
As penas definidas pela Corte para os outros réus variam de 1 ano e 11 meses a 27 anos e 3 meses de prisão. A maior pena foi aplicada a Jair Bolsonaro, considerado pelo STF o líder da organização criminosa.
Durante o processo, o ex-presidente chegou a confessar que discutiu a implementação de medidas de exceção, como a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitar uma contestação do PL (Partido Liberal) sobre as eleições do primeiro turno. Bolsonaro admitiu ainda que lhe foi apresentada uma minuta com “considerandos” que previa essas medidas.
A segunda maior pena, de 26 anos e 6 meses, foi imposta ao general Mario Fernandes, autor confesso do plano para matar Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes.
O plano, documentado, impresso e entregue a Bolsonaro, previa o envenenamento dos alvos em dezembro de 2022 e o uso de um arsenal de guerra (com pistolas, fuzis, metralhadora e um lança-granadas) seguido da implementação de um gabinete de crise formado essencialmente por militares.
O núcleo do ex-presidente é o único com o processo já finalizado, sem possibilidade de novos recursos. Bolsonaro e outros seis aliados já estão presos e iniciaram o cumprimento das penas. Os demais núcleos ainda aguardam a publicação do acórdão para apresentar o primeiro recurso.
Esta foi a primeira vez na história do país que um ex-presidente e militares foram condenados criminalmente por tentativa de golpe. Além da prisão, os condenados perderam cargos públicos, poderão perder posto e patente militares, ficarão inelegíveis e deverão pagar multa por danos morais coletivos.
Repercussão
O caso teve repercussão internacional. Em julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu Bolsonaro e seus aliados e impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes.
A interferência americana atingiu outros ministros, familiares e auxiliares do relator. O gabinete de Moraes perdeu funcionários, e as sanções pesaram inclusive para a aposentadoria antecipada do ex-presidente do Supremo Luís Roberto Barroso.
As sanções foram retiradas na última semana, após articulação entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente e principal articulador das sanções, tornou-se réu por coação no curso do processo e deverá responder judicialmente no próximo ano. Ele está nos Estados Unidos.
Na sessão desta terça-feira, que encerrou não apenas o julgamento do plano de golpe, mas também as atividades da Primeira Turma neste ano, Moraes fez um discurso em defesa do processo.
O magistrado disse que a fixação das penas para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e no plano de golpe deve deixar claro que o Brasil não tolera investidas contra a democracia e as instituições.
A declaração foi feita após a Câmara dos Deputados aprovar o PL da Dosimetria, que reduz penas dos condenados por atos antidemocráticos e pode beneficiar Jair Bolsonaro. O texto está sob análise do Senado.
O ministro havia prometido, em agosto, julgar todos os núcleos do plano de golpe ainda neste ano. O objetivo, segundo apurou a CNN Brasil, foi impedir que um tema de forte polarização se estendesse para o ano eleitoral. Para isso, a pauta das sessões presenciais da Primeira Turma ficou concentrada exclusivamente nas ações sobre o caso.
No próximo ano, com o encerramento dessas ações, a Primeira Turma deve se dedicar ao julgamento dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, casos de desvio de emendas parlamentares e o processo de Eduardo Bolsonaro.
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O presidente da Compesa, Douglas Nóbrega, esteve nesta terça-feira (16), no município de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, onde vistoriou obras hídricas em execução na cidade. Acompanhado do vice-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Flávio Pontes, e do prefeito de Toritama Sérgio Colin, o titular da Compesa acompanhou o início da fase dos testes da Adutora do Agreste, em Santa Cruz do Capibaribe, que transportará água da adutora do Alto do Capibaribe, para a cidade de Toritama.
O município é um dos atendidos pelo Sistema Jucazinho, cuja barragem, em Surubim, está em situação de pré-colapso. Outras quatro cidades do Tramo Norte (Frei Miguelinho, Santa Maria do Cambucá, Vertentes e Vertente do Lério) serão atendidas posteriormente, à medida que os testes prosseguirem, também pela Adutora do Alto Capibaribe e pela Adutora do Agreste.
Leia maisO presidente vistoriou ainda o andamento da obra da nova estação de tratamento de água, que está sendo instalada no bairro, Bela Vista, em Santa Cruz. A nova unidade é uma das mais modernas tecnologias em tratamento de água, em fibra de vidro, com capacidade para tratar 200 litros de água por segundo. As obras estão na reta final e o investimento é de R$ 15 milhões.
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“A nossa expectativa, em atendimento à solicitação da governadora Raquel Lyra, é entregar a nova ETA em março de 2026, beneficiando a população de Santa Cruz do Capibaribe e também de Toritama e Taquaritinga do Norte”, afirmou Douglas Nóbrega. O presidente da estatal adiantou que a iniciativa irá permitir uma melhoria significativa no abastecimento de água dessas três cidades, um benefício para mais de 85 mil pessoas, que atualmente enfrentam rodízios severos na distribuição de água.
Médico especializado em Ortopedia e Traumatologia, o deputado federal Allan Garcês (PP-MA) é autor de um projeto de lei que pretende instituir um exame para avaliar a formação dos profissionais, a exemplo do que faz a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Com três décadas de atuação, ele exerce seu primeiro mandato como parlamentar, tendo a saúde como principal bandeira. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, ele desmente a ideia de que o número de médicos no Brasil é insuficiente, uma das principais queixas da sociedade em pesquisas de opinião.
“O número de médicos não é insuficiente. Nós estamos numa média acima do que é preconizada hoje pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Nós temos médicos suficientes. O que existe no Brasil é uma má distribuição desses médicos. Tem muitos médicos concentrados em um determinado local e poucos concentrados em outros locais. Na região Norte do país, existe uma concentração menor. Já nas regiões Sudeste e Sul, existe uma concentração maior da classe médica. Então o que tem que ter aí também é uma forma de melhor distribuir esses médicos no território nacional”, afirmou Garcês.
Leia maisSegundo ele, um exame de proficiência médica se faz necessário por conta da formação dos profissionais, o que já foi identificado pelo Conselho Federal de Medicina. “Temos estudos, inclusive, de formação precária de escolas médicas. Só para ter uma ideia, no Brasil hoje temos 436 escolas médicas. A nossa população gira em torno de 220 milhões. A proporção de médicos está acima do que é preconizado pela OMS, que é de um médico para cada mil habitantes. Nós estamos com 2,8, quase três para cada mil pessoas. Então nós temos uma quantidade de médicos que dá para dar um suporte para o nosso Brasil. Mas, mesmo com isso, as escolas médicas continuam sendo abertas, já que, dessas 436 citadas, cerca de 64% são escolas médicas de universidades privadas, e muitas com avaliação 1 ou 2”, ressaltou o parlamentar.
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O ex-governador de São Paulo e ex-ministro José Serra está internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, após um quadro infeccioso. Segundo uma nota divulgada pela instituição no início da noite desta terça-feira (16), “o paciente segue internado na Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica, clinicamente estável, em acompanhamento médico, sob os cuidados do Prof. Dr. Roberto Kalil Filho”.
A nota é assinada pelo diretor de governança clínica, Luiz Francisco Cardoso, e também por Álvaro Sarkis, diretor clínico do Sírio-Libanês. Serra deu entrada no hospital no dia 11 de dezembro. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisSerra licenciou-se do cargo de senador em 2021, ao receber o diagnóstico de Parkinson, doença que acomete mais de 250 mil brasileiros. Logo depois do diagnóstico, afirmou em entrevista ao GLOBO que mantinha-se ativo.
— Não tenho medo de doença alguma — afirmou na ocasião.
Serra, de 83 anos, é economista e foi ministro das Relações Exteriores, da Saúde e do Planejamento durante os governos Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, e governou São Paulo entre 2007 e 2010.
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Um dos temas que mais geraram desgastes para os governos do PT foi a importação de médicos cubanos para o programa Mais Médicos. Instituído em 2013, a iniciativa gerou um grande desgaste do partido com os profissionais da saúde brasileiros, embora também tenha recebido elogios. Para o deputado federal Allan Garcês (PP-MA), que atuou no Ministério da Saúde no governo de Jair Bolsonaro (PL), a iniciativa foi uma “forma do Brasil incrementar a ditadura de Cuba”.
“Eu era diretor de Articulações Interfederativas, atuava com os conselhos nacionais de secretários de Estado e secretários municipais. Fiquei encarregado de desenvolver uma avaliação dos médicos cubanos. Bolsonaro fechou a porta para a entrada deles no Brasil, diferentemente do governo Lula, que abriu e vieram 13 mil médicos cubanos para cá. Bolsonaro fechou para criar o programa Médicos pelo Brasil, fui até eu que dei esse nome. Assim substituiu o Mais Médicos, só no nome, mas a gente também incrementou esse programa, e detectamos que realmente muitos médicos cubanos também eram de baixa qualidade”, revelou Garcês, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Leia maisO parlamentar, que também é médico, negou preconceito com os profissionais estrangeiros e ainda denunciou que a iniciativa encobria a exploração feita com o grupo. “Existia essa exploração dos médicos cubanos, um regime de semiescravidão. Eles ganhavam R$ 10 mil, mas ficavam apenas com R$ 2 mil. Os outros R$ 8 mil iam para o governo de Cuba. Ou seja, cerca de 20% do salário era desses médicos e 80% era para o governo. Era uma forma do Brasil também incrementar a ditadura de Cuba”, disparou.
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Nos últimos anos, o Brasil viu um grande número de cursos de medicina sendo implantados. São atualmente 436, dos quais 64% pertencem a instituições privadas de ensino superior. Embora a falta de profissionais para a área seja uma carência histórica no país, a preocupação agora é com o tipo de formação que os estudantes vêm recebendo. Em função disso, o deputado federal Allan Garcês (PP-MA) apresentou um projeto de lei que cria o exame de proficiência médica, nos moldes rigorosos da prova aplicada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“Esse exame foi motivado pelo cenário atual que a gente está vivendo no Brasil. Nos últimos anos, foram abertas inúmeras escolas médicas, muitas sem as mínimas condições de oferecer um curso de formação médica, de capacitação para uma profissão extremamente importante. E, com isso, vieram profissionais mal formados, e isso foi sendo detectado pelo Conselho Federal de Medicina. Então, reunido com o deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), elaboramos esse projeto, a gente sentiu essa necessidade. Estava no momento. Acho que pode ser semelhante ao que acontece com a OAB”, afirmou Garcês, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por este blogueiro.
Leia maisO parlamentar reforçou que o exame não visa impedir a abertura nem solicitar o fechamento dos cursos, por ser uma prerrogativa do Ministério da Educação (MEC). Mas Garcês acusou a pasta de não cumprir seu papel, o que prejudica a população.
“O MEC tem esse controle, só que não está fazendo nada quando detecta que determinada escola está formando mal o egresso. O MEC tem três ferramentas: o Enade, que foi a primeira ferramenta para avaliar as escolas médicas; tem o Enare, que não avalia especificamente a escola, mas o aluno para uma residência médica. E agora veio o Enamed, que avalia o aluno e o curso também, e que foi criado depois que o nosso projeto de lei começou a tramitar na Câmara Federal. Então é como se o governo federal estivesse tomando alguma atitude para descredibilizar essa ferramenta que propomos, que é do Conselho Federal de Medicina e que avalia o aluno”, disparou.
“Uma coisa é importante. O MEC é que tem a prerrogativa de avaliar o curso, de fechar e abrir cursos. A prerrogativa do Conselho Federal de Medicina é de promover um médico bem formado, a qualificação, a qualidade desse médico na sua formação. Então o exame de proficiência médica é para avaliar as competências, as técnicas, o conhecimento e a habilidade médica, não para avaliar o curso. O conselho não vai propor fechamento de curso com as notas dos médicos que não conseguirem passar no exame. Isso é prerrogativa do MEC, que tem um raio-x das universidades, das escolas privadas que estão deficientes, mas não toma posição. Não existe restrição de abertura das escolas médicas, pelo contrário. Abriram a porteira e foi exatamente nessa abertura desenfreada onde as escolas médicas estão sem cumprir as mínimas condições, como hospital escola, laboratório, centro cirúrgico, leitos”, completou Garcês.
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Por Larissa Rodrigues – Repórter do blog
Os deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) derrubaram, na votação em Plenário, na tarde desta terça-feira (16), a alteração no projeto enviado pelo Governo do Estado que poderia turbinar as remunerações dos procuradores estaduais, incluindo a governadora Raquel Lyra (PSD).
O texto original do Projeto de Lei Complementar nº 3681/2025, do Poder Executivo, apenas prorrogava para o final de 2026 a volta dos recursos do fundo da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) relativos a 2025 para o Tesouro Estadual.
Leia maisMas havia uma emenda que autorizava a PGE a utilizar recursos do fundo para pagar verbas indenizatórias aos procuradores por meio de “ato normativo do Procurador-Geral do Estado, observada a disponibilidade orçamentária e financeira do Fundo”.
A emenda era de autoria da própria Comissão de Constituição e Justiça (CCLJ) da Alepe, em articulação dos procuradores com os parlamentares. Mas, segundo apurou este blog, a governadora Raquel Lyra era contra essa manobra, por isso a líder da bancada do Governo, deputada Socorro Pimentel (UB), orientou a base a votar contra a emenda no Plenário. Foram 23 votos contrários. Apenas o texto original foi aprovado.
O Sindicato do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco (Sindifisco-PE) havia questionado o Projeto 3681/2025, argumentando que ele causava “discrepância em relação às demais categorias, posto que cria benefício exclusivo para a classe dos procuradores com percentuais superiores ao pactuado com o Governo do Estado” (veja aqui).
Com isso, o Sindifisco também tentou articular uma emenda ao texto do Projeto de Lei Complementar liberando o uso do fundo dos fazendários para verbas aos auditores, mas a proposta também foi rejeitada na Alepe, por orientação do governo.
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Se o leitor não conseguiu assistir a exibição ao vivo do podcast ‘Direto de Brasília’ com o médico e deputado Allan Garcês (PP-MA), coautor do Projeto de Lei (PL) 785/2024, que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina como requisito obrigatório para o exercício da profissão no Brasil, clique no link abaixo e confira. Está imperdível!
Em Brasília, a convite do presidente Lula para participar do anúncio de investimentos no metrô do Recife, o prefeito João Campos exaltou, nesta terça-feira (16), a liderança do Governo Federal na recuperação do sistema, que contará com mais de R$ 4 bilhões nos próximos anos, mediante compromisso de não haver aumento de tarifa e da preservação dos empregos públicos dos trabalhadores metroviários. Segundo João Campos, o ato representa uma mudança histórica na forma de encarar o transporte público e vai beneficiar cerca de 180 mil pessoas que usam o modal diariamente no Grande Recife.
“Dia histórico aqui em Brasília. O presidente Lula acaba de anunciar uma solução definitiva para o metrô do Recife e da Região Metropolitana. São mais de 70 quilômetros de linhas e 37 estações que serão completamente requalificadas. Serão mais de R$ 4 bilhões de reais de investimento federal, com garantia de preservação dos empregos da CBTU e sem aumento da passagem para a população. É uma solução que, se não fosse o presidente Lula, não teria saído do papel”, afirmou o prefeito.
Leia maisAinda durante o evento, João Campos ressaltou que o metrô do Recife passa a ter futuro com um projeto estruturado, acompanhado pelo BNDES, pelo Ministério das Cidades e pela Presidência da República. Para o prefeito, os aportes federais anunciados levarão o sistema a uma mudança significativa de patamar, já que, atualmente, em vez do foco em projetos de expansão, o metrô tem padecido com a falta de capacidade até mesmo para manter o funcionamento básico e com transtornos gerados aos usuários em situações de problemas mecânicos, degradação da frota e atrasos na oferta do serviço.
O BNDES será o responsável por liderar os estudos técnicos, audiências e a modelagem da concessão, prevista para até 2027. Além da concessão futura, a proposta prevê um investimento emergencial de R$ 150 milhões já em 2025 para garantir o funcionamento do sistema ao longo do próximo ano, com ações de recuperação da rede aérea, estações e a compra de 11 novos trens (novos ou seminovos em boas condições). A operação da rede segue sob responsabilidade da União até a assinatura do contrato de concessão, que será gerenciado pelo Governo de Pernambuco com apoio técnico do BNDES.
João Campos também destacou o impacto social e a importância do transporte público como política de desenvolvimento. “O Recife sabe o valor do metrô. Ele não é apenas trilho e trem: é dignidade, é tempo de vida devolvido a quase 180 mil pessoas todos os dias. Durante muito tempo, o Brasil deixou de enxergar o transporte público como prioridade, e isso teve consequências graves. Estações degradadas, rede comprometida, perda de conforto e segurança. Foi preciso o presidente Lula voltar à Presidência para o Brasil voltar a ser olhado por inteiro. Agora temos uma mudança real de perspectiva: o metrô do Recife volta a ter futuro”, declarou.
O prefeito também reforçou que todo o processo será conduzido com foco na população. “O foco é no cidadão, é no usuário. Ele precisa ter um transporte público digno, moderno e seguro. Esse é o Brasil que cuida das pessoas, que planeja e realiza. O que cabia ao Governo Federal está sendo feito com responsabilidade. Agora é entrar no VLT do futuro com energia, inovação e vontade de fazer Pernambuco e o Recife andarem mais rápido”, concluiu.
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