Meu amigo Walmir Santos já chegou no hotel com o roteiro do nosso terceiro dia em Curitiba fechado. Disse que minha Nayla Valença e eu tínhamos que conhecer Morretes. Sugeriu ir de trem pelas montanhas da Serra do Mar, mas como a partida era muito cedo, fomos de carro. Morretes é uma charmosa cidade entre a Serra e o Litoral do Paraná, repleta de casarões preservados e restaurantes, que têm o barreado como prato típico.

Na chegada, fomos direto para o restaurante Madalozo. O prato é maravilhoso. Para quem quer descansar, Morretes é o endereço certo. Lá, o encontro do verde das montanhas é fantástico, com o ar puro das cachoeiras, dos bosques, de recantos ainda inexplorados e das belezas naturais do imponente Marumbi e do Rio Nhundiaquara.
Leia maisA população estimada, segundo o IBGE, é de 16.366 pessoas. A cidade, fundada pelos jesuítas em 1733, às margens da Baía de Paranaguá, tem construções históricas bem preservadas e que hoje abrigam museus e espaços culturais. Já nos arredores, a natureza oferece uma gama de atividades para quem curte esportes de aventura.

Morretes tem pousadas familiares e aconchegantes, que deixam os visitantes em contato direto com as belezas naturais da Serra do Mar. Lugares ideais para quem quer fugir dos grandes centros urbanos. Caminhadas pela Serra do Mar que levam aos saltos dos Macacos e da Fortuna; os trekkings no Parque Estadual do Marumbi; e o boia-cross pelas águas geladas do Rio Nhundiaquara são algumas das opções para quem curte aventura em meio à natureza.
Composto de 8 cumes, o Monte Olimpo, com 1.539 metros, é um dos pontos preferidos dos turistas para a prática do montanhismo. O conjunto se destaca pela altura, que oferece lindas vistas, e pelas trilhas íngremes. Conta com opções de escaladas em todas as modalidades e graus de dificuldades.

O melhor, entretanto, é o passeio de trem pela Serra do Mar. Uma experiência inesquecível e um dos tours mais conhecidos e procurados do Brasil. A construção da estrada de ferro é uma obra prima da arquitetura, concluída em mais de cinco anos. No trajeto, se passa por diversos túneis, viadutos e pontes, vendo a natureza de perto, o cheiro das flores, lindas paisagens, como rios e cachoeiras, e trechos preservados da Mata Atlântica.
O passeio tem duração de mais de três horas e é monitorado por guias especializados, que narram durante toda a viagem a história e as principais atrações. É ideal para casais, famílias e grupos da terceira idade. Já a Curva da Preguiça é um local onde preguiçosamente o Rio Nhundiaquara acompanha a Estrada da Graciosa. Privilegiada pela natureza, é muito apreciada por pescadores e banhistas para a descida com boias nas corredeiras.
Pode ser um dos pontos de partida para descida de boia-cross e para os Salto do Tombo d’Água, cachoeira de aproximadamente 15 metros, de fácil acesso, num percurso de 45 minutos. Nesse local, você pode avistar ruínas das comportas de engenho.
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