Durante uma operação de fiscalização realizada ontem (4), o Procon-PE notificou 23 dos 30 estabelecimentos vistoriados no Estado. O órgão, vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência, identificou uma série de irregularidades, incluindo produtos vencidos e bebidas alcoólicas suspeitas de adulteração.
De acordo com o Procon-PE, 24 unidades de alimentos fora do prazo de validade foram encontradas e descartadas imediatamente. Além disso, 30 garrafas de bebidas destiladas, junto com lacres que apresentavam indícios de fraude, foram apreendidas. Para aprofundar a investigação, os fiscais coletaram uma amostra de cada tipo de bebida com suspeita de irregularidades, que será enviada à Vigilância Sanitária para análise.
Segundo o orgão, os estabelecimentos autuados têm um prazo de cinco dias úteis, a partir de amanhã (6), para apresentar as notas fiscais de compra das bebidas destiladas apreendidas.
O Procon-PE orienta os consumidores a colaborarem com as fiscalizações, denunciando situações irregulares pelo e-mail denuncia@procon.pe.gov.br
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou ontem (4), em Brasília, que houve novos avanços na redução de tarifas do governo dos Estados Unidos (EUA) sobre produtos brasileiros. Isso ocorreu, observou, após o rápido encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente norte-americano, Donald Trump, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, no fim de setembro.
“Depois da conversa do presidente Lula com o presidente Trump, esta semana, segunda-feira (29), alguns produtos, como madeira macia e serrada, [que] estavam em 50%, passaram para 10%. Armário, móveis, sofá, tem ali o detalhamento dos produtos, estava em 50%, passaram para 25%. E o que é a Seção 232 [da Lei de Comércio dos EUA]? Nós e o mundo estamos iguais. Então, quando você fala armário, móvel, é 25% para o Brasil e para o mundo todo, você não perde competitividade”, afirmou Alckmin durante visita a uma concessionária de automóveis na capital federal. Segundo ele, a retirada desses produtos do tarifaço de 50% significa exclusão de US$ 370 milhões em produtos brasileiros exportados.
A Seção 232 da Lei de Expansão Comercial norte-americana, mencionada por Alckmin, é usada pelo país para taxar todos os países de forma simultânea. “Eu acho que o encontro do presidente Lula com o presidente Trump em Nova York foi importante, foi um primeiro passo e temos muita convicção de que teremos próximos passos aí. Não há razão para manter essa tarifa, já que os Estados Unidos são superavitários na relação comercial conosco. Eles vendem mais pra gente do que nós para eles”, acrescentou Alckmin.
O vice-presidente tem sido o principal interlocutor brasileiro junto ao governo dos EUA e vem mantendo diálogo direto com o secretário de Comércio do país norte-americano, Howard Lutcnick, com quem conversou esta semana.
Carro sustentável
Ao visitar uma loja de automóveis em Brasília, Alckmin citou números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) para comemorar o aumento expressivo na venda de carros novos desde o lançamento do programa Carro Sustentável, que zera impostos e concede estímulos para a comercialização de veículos de entrada fabricados no Brasil e que obedecem a critérios de sustentabilidade.
“Do dia 11 de julho, quando foi lançado o Carro Sustentável, até 30 de setembro, as vendas aumentaram 28,2%. O carro sustentável tem importância ambiental, ele polui menos, não pode passar de 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado, é flex, fabricado no Brasil e com 80% de reciclabilidade. Tem importância social porque é o carro de entrada, o carro mais barato, reduzindo ainda mais o preço”, destacou Alckmin.
Lula e Trump ainda devem ter um encontro virtual ou presencial, em data a ser anunciada. Foi o que ambos combinaram após o encontro em Nova York, há duas semanas.
As ruas estreitas estão abarrotadas de gente. Há cacofonia no ar, na mistura de vozes que passam pra lá e pra cá. Em alguns pontos, talvez esquinas onde a massa humana é maior, a concentração se dá ao redor de alto-falantes que chamam a atenção das pessoas. Em outros, feito praças que se abrem à fadiga do ir e vir, a conversa é discernível, embora o burburinho continue alto. Perto de tudo, mesas ocupadas descortinam fachadas de comida apresentada como alento para quem se extenua do passo.
Mas não é de foliões que estamos lendo. É de leitores que andam, quase dançam, puxando malas, carregando sacolas e sacolas de livros em desfile no calor abafado de uma cidade literária. Na última sexta (3), teve início a 15ª edição da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, no tradicional espaço do Centro de Convenções. E os foliões desta terra de ritmos incontornáveis também se mostram foliões da leitura. Celebrando 30 anos de evento, milhares de visitantes se espremem no pavilhão da feira, atrás de ofertas de títulos ou formando imensas filas para ver seus ídolos, pegar um autógrafo, abraçar quem escreve a vida com o propósito da escrita: a leitura.
E o tema do aniversário de três décadas – “Em estado de poesia” – é encontrado na multidão reunida no primeiro fim de semana da Bienal. Que vai atrair outros milhares de apaixonados neste domingo (5), e prossegue até o próximo, Dia das Crianças, 12 de outubro. Quem não se dispor a ir ao Carnaval das palavras pode acompanhar a agenda do evento no Instagram @bienalpe.
“Não estou recebendo visitas”
A Cepe lança o novo livro de Ágnes Souza neste domingo (5), com a mediação de Gianni Gianni no Círculo das Ideias, na Bienal do Livro de Pernambuco, a partir das 14h. Os poemas de sua quarta obra, “Não estou recebendo visitas”, trazem “pequenas coisas do dia a dia e a dor pungente de um luto” como inspiração.
“A Questão Judaica Contemporânea”
A editora Perspectiva e o Instituto Brasil-Israel (IBI) lançam neste domingo (5), em São Paulo, a coleção “A Questão Judaica Contemporânea”, com curadoria de Breno Isaac Benedykt, Gita K. Guinsburg, Lia Vainer Schucman e Sergio Kon. De acordo com Carolline Mello, gerente de Educação do IBI, a proposta é oferecer “um espaço de reflexão aberto e compartilhado, que seja de dentro para fora, assim como de fora para dentro, com inspirações para se debater e se pensar sobre antissemitismo e outras questões da judaicidade”.
Os quatro primeiros livros, já disponíveis, são: “Reflexões sobre o racismo” de Jean-Paul Sartre, “Exclua o judeu em nós” de Jean-Luc Nancy, “Os Pinguins do Universal: antijudaísmo, antissemitismo e antissionismo” de Ivan Segré, e “Do antissionismo ao antissemitismo” de Léon Poliakov. O evento de lançamento será às 16h no Museu da Imagem e do Som (MIS-SP).
Bicentenário da Confederação do Equador
George Cabral comanda o lançamento da coleção de obras em homenagem aos 200 anos da Confederação do Equador, amanhã (6), a partir das 14h, no Espaço Diálogos da Bienal do Livro de Pernambuco. A publicação é da Cepe.
Leonardo Tonus na APL
Para abordar “Um olhar sobre a literatura brasileira no mundo”, o professor e escritor Leonardo Tonus estará na Academia Pernambucana de Letras (APL) amanhã (6), a partir das 15h. Tonus lança no Recife seu primeiro romance pela Cepe: “Antes que as palavras te esqueçam”. A turnê de lançamento inclui ainda, de outubro a dezembro, eventos no Rio de Janeiro, São Paulo, Paris e Berlim.
“O losango negro”
A Livraria da Travessa de Pinheiros, em São Paulo, recebe nesta terça (7), o lançamento de “O losango negro – Mário de Andrade, intérprete do Brasil”, de Angela Teodoro Grillo. A obra é publicada pela Cobogó, e faz parte da Coleção Encruzilhada. Segundo Ligia Fonseca Ferreira, a autora “revela como são infundadas as acusações de que o ‘bardo mestiço’ dissimulava sua cor e suas origens”. Haverá conversa da autora com Flavia Camargo Toni e autógrafos, a partir das 19h.
“Sempre Um Papo Paracatu”
Professora e autora do ensaio “Muros Invisíveis: da sala de aula à praça pública”, Mariana Lelis participa do Sempre Um Papo Paracatu, na cidade mineira, nesta terça (7). Ao lado dela, a promotora de Justiça Camila Tokutsune, e Rose Bispo, quilombola, curadora do projeto “Muros Invisíveis – Afroempreendedores”. A partir das 19h, no Museu Histórico Municipal.
Encontro de poetas
A Bienal do Livro de Pernambuco recebe Érica Magni, Madu Sansil, João Melo e Estêvão Machado na terça (7), quando participam do painel “Caminhos da poesia contemporânea”. Além de mostrarem seus versos e livros, prometem expor temas sobre a escrita, o mercado editorial e “as intertextualidades que nos atravessam enquanto escritoras e escritores em ação poética”, como divulgaram em suas redes sociais. A partir das 18h no Espaço Diálogos.
“A hora mágica”
O escritor Carlos Messias participa do Híbrido, festival de cultura psicodélica no sábado (11), em São Paulo, onde lança seu segundo romance. O autor de “A hora mágica”, publicado pela Patuá, integra o debate “Renascimento psicodélico: visões amazônicas e vozes indígenas rumo à COP30” dentro da série Psychedelic Talks – Ancestralidade, ciência e saúde, ao lado de Adalgisa Bandeira, Bruno Brandão Shanenawa e Renato Libanoro, com a mediação de Carlos Minuano. A partir do meio-dia, no Komplexo Tempo do Parque da Mooca. Na semana seguinte, quarta (15), os autógrafos serão na Livraria Baratos da Ribeiro, no Rio de Janeiro, às 19h.
Pó de Estrelas na Bienal
Livraria oficial do Educativo Bienal e da Bienalzinha, a Pó de Estrelas realiza a curadoria do selo Bienal Indica, uma das novidades da XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que vai até o domingo (12), no Centro de Convenções. Todos os livros indicados estão disponíveis para compra, inclusive para o Bônus Livro de servidores públicos da Educação.
“52, casa 1″
Os conflitos da vida contemporânea surgem nos contos de estreia de Alexandre Amorim, em livro publicado pela Patuá. A coletânea reúne textos de quatro décadas de escrita. “O objeto livro dá um novo sentido à minha função de escritor, porque esta se torna socialmente real, e não apenas uma definição subjetiva minha”, diz ele.
“Dança Sueca”
Narrado por voz sem gênero definido, “Dança Sueca” é o mais novo livro de Vera Saad. A obra foi selecionada para o projeto Tutoria da Casa das Rosas, ministrado por Veronica Stigger, e recebeu menção honrosa no Concurso Internacional de Literatura da UBE-RJ. Segundo a autora, “o romance não é sobre o racismo ou sobre a homofobia, embora esses temas estejam presentes. Ele é, antes de tudo, sobre segredos que, quando revelados, abalam estruturas e relações”.
“Caos, a teoria”
Quem apareceu em lançamento da Buzz Editora em São Paulo, no fim de setembro, foi o ator e apresentador Rafael Portugal, prestigiando Alby Azevedo e seu livro “Caos, a teoria”. A obra “ensina o leitor a reconhecer padrões ocultos na aparente aleatoriedade, a gerir a imprevisibilidade e a usar o caos como motor de inovação e crescimento”, segundo a divulgação.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) deve começar a receber falta nas sessões da Câmara dos Deputados a partir desta semana. Presa há mais de dois meses no Complexo Penitenciário de Rebibbia, na Itália, a parlamentar estava licenciada do mandato desde o início de junho.
O afastamento durou 127 dias — sendo 120 dias por “interesse particular” e outros sete dias para tratamento de saúde. Com o fim da licença, Zambelli volta a constar como titular de mandato e, portanto, sujeita às regras de presença da Casa. As informações são do portal g1.
Zambelli fugiu do Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Pelas normas internas, deputados que faltarem a mais de um terço das sessões ordinárias ao longo de um ano legislativo podem perder o mandato, caso as ausências não sejam justificadas. A Câmara costuma realizar de duas a três sessões ordinárias por semana, o que deixa a margem de faltas permitidas em torno de 30 a 35 sessões por ano.
Pedido de nova licença
À reportagem, a defesa de Zambelli afirmou que estuda apresentar um novo pedido de licença por motivo de saúde. A solicitação, se formalizada, precisará ser avaliada pela Mesa Diretora da Câmara, que decidirá se aceita ou rejeita.
Durante o período de afastamento, a licença não é remunerada. O salário da deputada é de pouco mais de R$ 46 mil por mês. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já enviou ofício à Câmara pedindo a suspensão dos pagamentos, sob o argumento de que a parlamentar está foragida.
Processo de cassação em andamento
Paralelamente, Zambelli enfrenta um processo que pode levar à cassação do mandato na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O caso está sob relatoria do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), que deve apresentar parecer nas próximas etapas.
O pedido de cassação foi motivado pela condenação no STF. A análise política, porém, depende do envio completo dos autos do processo judicial para a CCJ. Só então o relator poderá formalizar um parecer recomendando, ou não, a perda do mandato.
A decisão final caberá ao plenário da Câmara, após a conclusão da análise na comissão. Nos bastidores, parlamentares avaliam que o caso pode abrir precedente relevante sobre os efeitos de condenações criminais na manutenção de mandatos eletivos, tema em alta no debate político nacional.
A Prefeitura de Toritama promoveu, ontem (4), uma ação em valorização à educação municipal. Mais de 650 servidores da rede de ensino participaram da XV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, realizada no Centro de Convenções, em Olinda.
Além do voucher de R$ 1.000,00 entregue aos professores para aquisição de livros e do vale-alimentação durante a visita, a categoria recebeu uma novidade: a partir deste mês de outubro, todos os professores da rede municipal irão receber uma impressora para auxiliar no planejamento e na execução das atividades escolares.
“Temos trabalhado com dedicação constante para oferecer as melhores condições de ensino e de trabalho. A educação de Toritama é feita por gente que se doa, que acredita e que transforma vidas. Nosso papel é garantir ferramentas para que esse trabalho seja cada vez mais eficiente e reconhecido”, pontuou o prefeito Sérgio Colin (PP).
Ainda não foi desta vez. Belo Horizonte poderia ter se tornado a primeira capital brasileira a adotar a tarifa zero nos ônibus. A proposta mobilizou a cidade, mas naufragou na Câmara Municipal. Na sexta-feira, foi derrotada por 30 votos a 10.
Os defensores da ideia sabiam que não seria fácil, mas saíram frustrados com a goleada da roleta sobre os passageiros. O projeto chegou ao plenário com a assinatura de 22 vereadores. Na hora da votação, mais da metade debandou.
O placar refletiu a pressão das empresas de ônibus e das entidades patronais. O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) também jogou pesado. Ontem ele demitiu ao menos sete funcionários ligados a vereadores que contrariaram a ordem de votar contra a tarifa zero.
Hoje BH tem a terceira passagem mais cara entre as capitais: R$ 5,75. Apesar do valor, o bilhete só cobre 25% da arrecadação do sistema. As maiores receitas vêm do subsídio da prefeitura (38%) e do vale-transporte (37%).
O projeto apresentado pela vereadora Iza Lourenço (PSOL) previa substituir o vale-transporte pela Taxa do Transporte Público, a ser cobrada de empresas sediadas na cidade. As firmas com até nove funcionários não pagariam nada. A partir do décimo empregado, contribuiriam com R$ 185 por pessoa.
O modelo se baseou em estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que projetou impactos positivos na redução da desigualdade e na economia local. Com a tarifa gratuita, as famílias ficariam com mais dinheiro para consumir. Cada real investido na política teria potencial para gerar quase R$ 4 em benefícios econômicos.
Defensores da tarifa zero também projetam efeitos positivos no trânsito, no meio ambiente e até na saúde pública. “Tirar carros da rua reduz os congestionamentos, a poluição e os acidentes”, resume o urbanista Roberto Andrés, professor da UFMG.
Autor do livro “A razão dos centavos”, que discute as manifestações de 2013, ele diz que a bandeira do passe livre “deixou de ser utopia e se mostrou viável”. A afirmação é amparada em números compilados pelas próprias empresas de ônibus.
Hoje 127 cidades brasileiras adotam a tarifa zero universal, sendo 12 com população acima de cem mil habitantes. A lista é suprapartidária. Inclui a petista Maricá (RJ) e a bolsonarista Balneário Camboriú (SC).
O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amanhã (6), a partir das 16h, em cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Imperatriz (MA), conforme apurou o Poder360. Com o chefe do Executivo, ele deve assinar com o presidente a ordem de serviço para a construção de uma Arena Brasil, equipamento esportivo que integra o Novo PAC Seleções.
Fufuca segue cumprindo agenda normalmente, mesmo diante da pressão do Progressistas para que deixe o cargo. A participação no evento se contrapõe à determinação de seu partido, que estabeleceu hoje (5) como prazo final para que saia do ministério.
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), também sofre pressão da sigla a que está filiado. Ele pediu demissão em 26 de setembro, mas permanece no governo – argumenta ser um pedido do presidente Lula. Sabino tenta negociar sua permanência. Na quinta-feira (2), afirmou que apoiará Lula “onde quer que esteja”.
O União Brasil deu um ultimato para que filiados com cargos federais deixassem o governo sob pena de expulsão. O partido tem 59 deputados federais e 7 senadores. Foi um dos pilares da base de sustentação do governo no início do mandato, mas a direção nacional mudou de posição em 2025 e passou a adotar uma linha de oposição.
Em 19 de agosto, PP e União Brasil formalizaram a federação União Progressista. As duas siglas integram o Centrão, grupo de partidos sem coloração ideológica definida que costuma apoiar diferentes governos. Os dois partidos, no entanto, decidiram desembarcar do governo Lula. Juntos, reúnem 109 deputados federais e 14 senadores, consolidando-se como o maior bloco da Câmara e empatando com o PL como uma das maiores bancadas do Senado.
Na sexta-feira (3), União Brasil abriu um processo disciplinar contra o ministro do Turismo, Celso Sabino. Ao Poder360, o deputado federal Fabio Schiochet (União Brasil-SC) confirmou a abertura do processo. “Fui designado relator no processo disciplinar do ministro Celso. Acredito que o ministro deve apresentar a defesa até segunda-feira [6] ou sair do governo. Minha posição é que tenho certeza que o ministro terá coerência e entregará o cargo conforme orientação do União”, declarou.
Vítima de um mal súbito, o prefeito de Jaçanã, Uady Farias (União), de 65 anos, faleceu na noite de ontem (4) enquanto participava de um compromisso em evento esportivo que acontecia na cidade.
Ele estava em seu quarto mandato à frente da Prefeitura e antes já tinha sido vereador por dois mandatos. Farias chegou a ser socorrido, mas não resistiu e faleceu. As informações são da Tribuna do Norte.
Nas redes sociais, a governadora Fátima Bezerra (PT) e a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) lamentaram o falecimento e se solidarizaram com amigos e familiares.
Um trecho do texto postado no perfil oficial da Prefeitura de Jaçanã informou que “Uady foi mais que um gestor público — foi um líder comprometido com o bem-estar da população, especialmente dos mais humildes”. O velório de Uady Farias acontece desde o início da madrugada no Ginásio Batistão e o sepultamento será neste domingo (5), às 16h, na cidade de Coronel Ezequiel.
As provas objetivas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) serão aplicadas neste domingo (5). Mais de 760 mil candidatos estão inscritos para participar da primeira fase.
À noite, professores especializados corrigem as provas e montam os gabaritos extraoficiais. Os gabaritos oficiais serão divulgados amanhã (6).
Vagas, órgãos participantes e distribuição por cidades
Diferentemente da edição anterior, que contou com oito editais, um para cada bloco temático, o processo seletivo será regido por um único edital. O documento traz informações detalhadas sobre as vagas, salários, conteúdo programático das provas, critérios de classificação e composição das notas finais.
Nesta edição, os cargos estão distribuídos em nove blocos temáticos, que agrupam as vagas por áreas de atuação semelhantes. São eles:
Bloco 1: Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social)
Bloco 2: Cultura e Educação
Bloco 3: Ciências, Dados e Tecnologia
Bloco 4: Engenharias e Arquitetura
Bloco 5: Administração
Bloco 6: Desenvolvimento Socioeconômico
Bloco 7: Justiça e Defesa
Bloco 8: Intermediário – Saúde
Bloco 9: Intermediário – Regulação
Esse formato permite que o candidato concorra a várias vagas dentro de um mesmo bloco, com apenas uma inscrição.
Embora a maior parte das vagas esteja concentrada em órgãos com sede em Brasília (DF), também há postos disponíveis em diversos estados do país.
Salários
Os salários iniciais no CNU 2025 variam de R$ 4 mil a R$ 16 mil, dependendo do cargo e do nível de escolaridade exigido.
Como serão as provas?
A prova objetiva será aplicada em 5 de outubro de 2025. Ela será composta por uma parte com questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades) e outra com perguntas específicas, conforme o bloco temático escolhido.
A prova discursiva será aplicada em 7 de dezembro de 2025, exclusivamente para os candidatos aprovados na primeira fase. O conteúdo e o formato da redação variarão de acordo com a área de atuação.
Prova objetiva
A prova objetiva será de múltipla escolha, com cinco alternativas e apenas uma correta. A quantidade de questões varia conforme o nível do cargo:
Nível Superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos.
Nível Intermediário: 68 questões, com 20 de conhecimentos gerais e 48 de conhecimentos específicos.
Prova discursiva
Na etapa discursiva, os candidatos deverão elaborar textos conforme o nível de escolaridade exigido para o cargo:
Nível Superior: 2 questões discursivas, com aplicação das 13h às 16h.
Nível Intermediário: 1 redação dissertativa-argumentativa, das 13h às 15h.
O tempo de prova também é diferente:
Nível Superior: das 13h às 18h (5 horas de duração).
Nível Intermediário: das 13h às 16h30 (3h30 de duração).
Horários
Os portões de todos os locais serão fechados às 12h30 (horário de Brasília), e as provas começam às 13h.
A duração da prova varia conforme o nível do cargo:
Nível superior: 5 horas (13h às 18h)
Nível intermediário: 3h30 (13h às 16h30)
Os candidatos devem permanecer na sala por, no mínimo, duas horas.
O caderno de prova só poderá ser levado caso a saída ocorra na última hora do período estabelecido para cada nível.
O que pode ou não levar
O candidato pode apresentar o documento de identidade em versão digital, acessado pelo aplicativo no momento da identificação na entrada da sala. É importante que o app já esteja instalado e testado, pois funciona mesmo sem internet.
O Ministério recomenda o uso de roupas e calçados confortáveis, já que o candidato ficará sentado por várias horas.
A FGV fornecerá envelopes porta-objetos para guardar pertences, inclusive o celular, que deve permanecer desligado durante toda a prova. É necessário também desativar alarmes.
Os envelopes devem ser lacrados e identificados antes do candidato ocupar a carteira, onde permanecerão guardados.
Os pertences só poderão ser retirados, e o celular religado, após o término da prova e fora do local de aplicação.
Cartão de confirmação
Para obter o cartão de confirmação, o candidato deve acessar a mesma página onde fez a inscrição. É necessário fazer login no https://conhecimento.fgv.br/cpnu2 e clicar na Área do Candidato.
O documento também tem informações como número definitivo da inscrição, horários das provas e se a pessoa inscrita terá direito a atendimento especializado ou tratamento pelo nome social, por exemplo.
Após emitir o cartão, os candidatos devem conferir se o município que indicaram no ato da inscrição, para participarem da prova, está correto.
Se tiver qualquer tipo de erro, ou se o local de aplicação for muito distante, é importante entrar em contato com a FGV e pedir a correção do que for necessário. O telefone é 0800 591 0452.
Folhas de respostas
Todas as respostas devem ser obrigatoriamente marcadas no cartão de respostas, único documento aceito para correção. O preenchimento deve ser feito com caneta azul ou preta, de corpo transparente.
É responsabilidade do candidato preencher corretamente o cartão, seguindo as instruções do edital e da capa da prova, salvo em casos de atendimento especializado previamente autorizado.
A questão será anulada se mais de uma alternativa for assinalada, se nenhuma for marcada ou se o preenchimento descumprir as instruções.
Ao concluir a prova, é obrigatório entregar o cartão de respostas junto com o caderno ao fiscal da sala.
Após a divulgação dos resultados, a FGV disponibilizará imagens digitalizadas dos cartões de respostas por até 15 dias. Encerrado esse prazo, não serão aceitos pedidos de acesso.
Locais de provas
Os candidatos foram distribuídos em locais de aplicação em 228 cidades, de acordo com o CEP informado no momento da inscrição.
Confira o cronograma oficial
Inscrições: de 2 a 20/7/2025 (com pagamento até 21/7)
Solicitação de isenção da taxa de inscrição: de 2 a 8/7/2025
Prova objetiva: 5/10/2025, das 13h às 18h
Disponibilização da imagem do cartão de respostas: 12/11/2025
Convocação para prova discursiva: 12/11/2025
Convocação para confirmação de cotas e PcD: 12/11/2025
Convocação para a avaliação de títulos: 12/11/2025
Envio de títulos: de 13 a 19/11/2025
Cartão de confirmação de inscrição para prova discursiva: 1/12/2025
Prova discursiva (para habilitados na 1ª fase): 7/12/2025
Procedimentos de confirmação de cotas: de 8 a 17/12/2025
Resultado preliminar da avaliação de títulos: 2/1/2026
Divulgação da nota preliminar da prova discursiva: 6/1/2026
Pedidos de revisão das notas da discursiva: de 7 a 8/1/2026
Divulgação da 1ª lista de classificação: 30/1/2026
Petrolina é uma cidade diferenciada no Nordeste. Plana, bem iluminada, com uma orla na beira do Rio São Francisco repleta de bons restaurantes, equipamentos de lazer e esportes. A parte urbana nada lembra os cenários dos grotões do sertão, com seus bolsões de miséria. No hotel encontrei meu amigo Pedro Pires, um dos melhores médicos em ultrassom e Medicina Fetal.
Ele está em Petrolina um final de semana por mês para dar aula em uma faculdade da cidade. Entusiasmado, pegou seu celular para exibir um vídeo noturno em Petrolina, com suas largas avenidas e viadutos iluminados. “Não estou no Nordeste, mas nas Bahamas”, sapecou.
Pedro Pires vem do mesmo sertão de vidas secas que berrei ao mundo, o Vale do Pajeú, onde todas as suas almas são de cantadores, como disse Rogaciano Leite, o maior de todos os trovadores da minha terra, que do leito seco do rio não se encontra água, mas a poesia brota fácil. Vem de Tabira, celeiro de repentistas que nos fazem mais humanos e apaixonados pelo seu canto torto, como cantou Belchior.
Petrolina é a vanguarda do Nordeste, referência em qualidade de vida. Segundo estudo da Macroplan, renomada consultoria em planejamento e gestão, Petrolina desponta no primeiro lugar no índice geral de qualidade de vida no Nordeste. A Macroplan avalia a qualidade de vida das cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes em 15 indicadores-chave.
Petrolina obteve a nota 0,622, média superior a de todas as capitais e demais cidades nordestinas de grande porte. O estudo revelou avanços na qualidade dos serviços públicos, como melhorias no ensino fundamental, taxa de matrículas na educação infantil, ampliação da cobertura de saúde, entre outros. De 2010 até 2025, a cidade subiu 23 posições, mantendo-se como a única nordestina entre os 50 melhores municípios do Brasil.
Petrolina foi classificada como a melhor cidade de Pernambuco e a única do Estado entre as 20 melhores do País, considerando os municípios acima de 100 mil habitantes no ranking 2025 do Índice de Governança Municipal (IGM), elaborado pelo Conselho Federal de Administração (CFA). Com a nota 7,24 Petrolina ficou à frente até do Recife, que ficou com 6,25, e de cidades como Jaboatão dos Guararapes e Caruaru, que alcançaram 6,95 e 6,87, respectivamente.
O Índice de Governança Municipal (IGM) foi lançado em 2016 e tem como objetivo auxiliar gestores municipais na elaboração das políticas públicas mais adequadas aos seus municípios. O cálculo da eficiência da gestão pública tem como base três dimensões: finanças, gestão e desempenho. O levantamento inclui dados de 5.570 municípios brasileiros e do Distrito Federal, separados por grupos, conforme o número de habitantes e o PIB per capita.
Petrolina deve tudo aos Coelho. Sem a influência política do clã do velho Quelé, que gerou o estadista Nilo Coelho, o São Francisco, especialmente em Petrolina, ainda estaria hoje patinando. Nilo enxergou no Velho Rico a fórmula de transformar água em ouro, através dos projetos de irrigação. O primeiro foi Bebedouro, farol que se acendeu para iluminar a mente dos que enxergaram o futuro nas terras antes inóspitas.
Petrolina venceu o terrível ciclo de vidas secas e de retirantes. Virou um centro de agricultura irrigada, especialmente na produção de frutas. A cidade passou a ter vinhedos e vinícolas, elevando seu potencial econômico e turístico. A pujança de Petrolina se manifesta principalmente em seu poderoso setor de fruticultura irrigada, que transforma o sertão em um polo de exportação de frutas para o mundo, com destaque para mangas e uvas.
Além do agronegócio, a cidade se destaca pela sua cultura vibrante, a gastronomia regional do Bodódromo, o turismo de enoturismo e a tradição do artesanato, com a artista Ana das Carrancas sendo um símbolo do Patrimônio Vivo de Pernambuco. Na produção de frutas, mangas e uvas são exportadas para países como Estados Unidos e Reino Unido.
O setor se desenvolve com investimentos em novas tecnologias, aumentando a produtividade e garantindo o crescimento da produção. A região é reconhecida por sua capacidade de transformar o sertão em um polo agrícola de alta performance, como a conhecida terra dos impossíveis.
Junte-se a tudo isso de Petrolina a capacidade empresarial dos que acreditaram em plantar uvas e fazer vinho no calor do trópico, e produzem também uma grande variedade de frutas, assegurando espaços no mercado externo que o Brasil nunca tivera antes.
Se existem milagres feitos pelos humanos, o agronegócio em Petrolina é um deles, e não foi excluída a participação da agricultura familiar, que encontrou espaços próprios. Quem visita Petrolina, sob o impacto que nos aflige da complicada realidade brasileira, com o desemprego aumentando, a economia travada, e a política se desencaminhando aos extremos, observa, sem necessitar de muita argúcia, que a crise quase some no dia a dia, onde as preocupações fundamentais voltam-se para o plantar, o colher, e ter êxito na comercialização dos produtos.
Isso acontece porque o ambiente de negócios é dinâmico, o desemprego é mínimo, e quem trabalha está confiante nos resultados favoráveis. Já a gastronomia é outro destaque em Petrolina. O Bodódromo oferece a culinária regional sertaneja, com pratos como carneiro assado, linguiça e buchada, atraindo milhares de turistas. Há vinhedos na região que oferecem passeios e degustações, impulsionando o turismo de enoturismo.
A obra de Ana das Carrancas, com suas carrancas de barro, é um símbolo do Patrimônio Vivo de Pernambuco e representa a pujança do artesanato local. Petrolina, enfim, mira um futuro tecnológico, com a instalação de unidades de centros de inovação, impulsionando o desenvolvimento local.
A marca japonesa sediada em Manaus anunciou investimentos de R$ 1,6 bilhão até 2029 para lançar novas motocicletas no Brasil. Ela, garante os dirigentes da empresa, serão mais econômicas e ambientalmente responsáveis, com motores eficientes, recursos de segurança aprimorados e maior conectividade. Com isso, a marca ampliará seu portfólio de produtos, que atualmente conta com 20 produzidos localmente e 7 importados — que vão de 110cc a 1.800cc e atendem a uma ampla variedade de perfis de clientes e necessidades de mobilidade, desde o deslocamento diário e trabalho até o lazer. Confira as novidades:
NC750X – A nova versão da crossover, que chegará às revendas da marca ainda em 2025, será oferecida em versão com câmbio DCT ou convencional, e trará novidades estéticas e atualizações nos aspectos técnicos e itens voltados à praticidade e segurança.
CB750 Hornet e XL750 Transalp – Os modelos reforçam o apelo esportivo e versátil.
CG 160 Titan Special Edition – Tem design alusivo ao marco de 50 anos da produção da motocicleta mais vendida do Brasil – e 1ª Honda a ser fabricada em Manaus. O modelo ganhará uma versão inédita com cores e logotipias exclusivas. A previsão de lançamento no mercado brasileiro será no primeiro trimestre de 2026.
Tornado Special Edition – A XR 300L Tornado, lançada em meados de 2024, se confirmou como um dos modelos mais cobiçados do lineup por conciliar versatilidade com espírito aventureiro. Ela dará destaque a esportividade por meio de grafismos/cores alusivos às CRF campeãs do Rally Dakar. A previsão de lançamento é para o primeiro trimestre de 2026.
CB1000 Hornet – A streetfighter chega no primeiro trimestre de 2026 para complementar a família Hornet. O modelo será oferecido em duas configurações, com destaque para a SP — que traz quickshifter, suspensão Ohlins e freios Brembo.
GL1800 Gold Wing Tour 50 Anniversary – Versão comemorativa do modelo, especialmente para celebrar os 50 anos do lançamento da primeira Gold Wing, a GL 1000 de 1975. Pintura especial 50 Anniversary e aperfeiçoamentos no sistema de áudio e na tecnologia de bordo tiveram como alvo a melhoria da experiência ao guidão, que estará disponível no primeiro semestre de 2026.
O investimento ocorre em um mercado em crescimento, que demanda por soluções de mobilidade ágeis e versáteis. A Honda aumentará a capacidade produtiva de sua fábrica em Manaus para 1,6 milhão de unidades por ano (tanto lançamento de novos produtos — tanto modelos inéditos quanto versões atualizadas de modelos consagrados — e a otimização de processos para melhorar a eficiência e ampliar a flexibilidade operacional da planta. Com isso, 350 novos empregos serão criados. A Honda emprega mais de 9 mil trabalhadores diretos apenas na fábrica de Manaus. A Fenabrave, que reúne os fabricantes de veículos, está otimista quanto ao crescimento para o mercado de motocicletas. E eleva de 10% para 15% a expectativa de vendas (para quase 2,2 milhões de emplacamentos). O segmento tem maior participação do consórcio e, por isso, sofre menos com os juros altos.
Projeção da venda de veículos leves – Por falar em Fenabrave, ela reduziu a expectativa de expansão para o mercado de automóveis e comerciais leves. A meta de crescer 5% baixou para 3% — o que representará 67,5 mil unidades a menos do que o inicialmente previsto. A estimativa inicial de atingir 2.608.777 emplacamentos de veículos leves em 2025 foi revista para 2,6 milhões. No ano passado, as vendas atingiram 2.484.740 unidades. O programa Carro Sustentável, que contempla os mais baratos de cinco marcas, ainda é positivo, com aumento de 24,2% no comparativo interanual do mês de setembro.
O recorde da GWM – A marca chinesa estabeleceu no Brasil um novo marco histórico em sua trajetória. Pela primeira vez desde sua chegada, ultrapassou a barreira das 4 mil unidades vendidas em um único mês, somando 4.044 veículos emplacados. Esse resultado é o terceiro recorde de vendas neste ano. No acumulado de janeiro a setembro, a GWM alcançou um avanço de 30,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho contrasta com a média do mercado automotivo, que conta com menos de 1% de crescimento no período. Esses números foram impulsionados pela chegada da linha diesel, a picape Poer P30 e o SUV de 7 lugares Haval H9, e pela rápida expansão da rede de concessionárias.
Venda eletrificados se supera – O segmento, até impulsionado pelos híbridos da Stellantis, continuam ampliando a participação no mercado.Dados da Bright Consulting indicam recorde de vendas em setembro, com 26.257 unidades, o que representou alta de 100% sobre idêntico mês de 2024 e de 7% em relação a agosto. As marcas chinesas cravaram 10% de participação em setembro. As que mais vendem localmente são a BYD e a GWM. Os eletrificados, incluindo 100% elétricos e híbridos, chegaram a 11,3% em setembro.
As médias reais de preços dos 0Km – A Megadealer lançou, este mês, o PVZ Estudo de Preços de Veículos 0km, uma ferramenta inédita no mercado brasileiro de veículos novos que reúne dados e insights valiosos sobre precificação e descontos praticados pelas concessionárias. Somente no primeiro semestre deste ano, foram coletadas informações de mais de 430 mil operações de vendas de veículos, que integram a primeira versão do estudo. Mensalmente, serão analisados indicadores-chave de performance dos preços praticados pelas concessionárias, nos vários segmentos, cores, modelos e, principalmente, os respectivos descontos sobre o preço sugerido pelo fabricante.
A primeira versão do estudo revelou que as vendas gerais de 0km no mercado, durante o mês de agosto, apresentaram aos consumidores um desconto médio de 7,3% no valor de compra dos veículos, em comparação com os preços sugeridos pelas fabricantes. Os dados mostraram que o ticket médio dos veículos vendidos ficou em R$ 155.642,00, contra o preço médio de R$ 167.871,00 sugerido pelas montadoras. Ainda segundo o PVZ, o mercado de carros zero km apresenta, atualmente, um bom giro de estoque de 39 dias, em média. Ari Kempenich, diretor da Megadealer, avalia que o estudo já dá mostras do impacto da redução do IPI , que entrou em vigor em julho.
“A redução do imposto promovida pelos programas do governo beneficiou principalmente os segmentos com os menores preços, sendo o segmento de hatch compacto o que apurou o maior nível de desconto ao consumidor final (11,9%)”, diz. Os estados do Sudeste (RJ/MG/ES) são aqueles onde os maiores descontos estão sendo praticados (7,7%), seguidos por São Paulo que, analisado individualmente, apresentou um desconto médio de 7,5%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste foi observada a menor taxa, ambas com 6,2%, enquanto o Sul e o Nordeste tiveram boas médias de descontos de 7,3% e 7%, respectivamente.
No recorte por montadoras, as redes de concessionárias que apresentaram maior desconto no preço para os consumidores foram as da Renault (10,7%), Jeep (10,6%) e Peugeot (10%). Já as redes da GWM (0,6%), CAOA Cherry (1,4%) e KIA (2.5%) tiveram os menores índices de redução nos preços.
M2 CS: 30 unidades a R$ 981 mil cada – A BMW começou a fazer reservas do esportivo de alto desempenho M2 CS. São 30 unidades, numa referência às três décadas de atuação da marca no mercado brasileiro, ao preço de R$ 980.950. O carro combina ajustes para pistas de corrida aos das condições urbanas. Por exemplo: há modos de condução programáveis, suspensão adaptativa e, claro, pacote de tecnologias de assistência de direção. O modelo tem rodas de 19 polegadas na dianteira e 20’’ na traseira, escapamento com duplas saídas, bancos tipo concha, teto de fibra de carbono e freios de carbono-cerâmica com pinças vermelhas. O motor biturbo 3.0 de 510cv o fez bater recorde no circuito de Nürburgring-Nordschleife (na categoria de esportivos compactos) com em 7 minutos e 25,5 segundos.
Novo Porsche 911 S – E por falar em carro caro, a Porsche começou o processo de pré-vendas do novo 911 Turbo S (agora, híbrido). Preço? R$ 2,1 milhões – com uma diferença de uns R$ 50 mil entre o cupê e o cabriolet. A motorização (dois turbos elétricos e boxer 3.6) entrega 711cv e 81,6kgfm de torque. É o 911 de série, para ser usado nas ruas, potente já produzido. Faz, por exemplo, 0 a 100 km/h em 2,5 segundos, com velocidade máxima de 322 km/h. Também em Nürburgring, o novo S completou a volta em 7:03,92 – ou 14 segundos mais rápido que seu antecessor.
Accord híbrido por R$ 332 mil – A versão única da linha 2026 do sedã grande Honda ganhou algumas novidades tecnológicas – como a nova central multimídia de 12,3”, compatível com o Google Assistente integrado, que permite comandos por voz e acesso direto a aplicativos. O preço do modelo importado dos EUA é de R$ R$ 332.400. A motorização híbrido de 194cv não mudou: vem com motor 2.0 a combustão de 146 cv e um elétrico de 184 cv, o que garante consumo de até 17,8 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, segundo a marca. Os equipamentos, compatíveis com o preço, claro, incluem sistema de som Bose com 12 alto-falantes, quatro entradas USB-C iluminadas, carregador por indução, teto solar e pacote de segurança com controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma, assistente de faixa, mitigação de evasão de pista, farol alto automático e 8 airbags.
Os elétricos nas empresas – A Edenred Ticket Log, marca da Edenred Brasil em soluções de mobilidade na América Latina, fez uma pesquisa com gestores de 300 empresas para entender o estágio atual da eletrificação de frotas. O estudo revelou que 18% das companhias já utilizam veículos elétricos e outros 18% planejam adotá-los nos próximos três anos. Isso significa que quatro em cada dez empresas estão diretamente envolvidas com esse movimento. Entre as que já operam com veículos elétricos, 60% afirmam que a decisão foi impulsionada por metas de descarbonização, enquanto 47% mencionam a busca por inovação como principal motivador. Além disso, 23% dessas empresas já estabeleceram metas para expandir o uso desse tipo de veículo em suas frotas. Entre aquelas que ainda não possuem veículos elétricos, mas pretendem adquirir, a descarbonização é o principal objetivo para 69% destas.
Erros comuns na lavagem do carro para se evitar – A lavagem a seco conquistou espaço entre motoristas que buscam praticidade, economia de água e preservação da pintura do veículo. Mas é preciso ter atenção nesse processo e não inverter a ordem. Se realizada de forma incorreta, pode causar danos à lataria e comprometer o brilho da pintura. Marco Lisboa, CEO e fundador da KoalaCar, rede de microfranquias especializada em limpeza a seco de veículos, explica que um dos equívocos mais frequentes é não utilizar produtos específicos para lavagem a seco. “Muitas pessoas recorrem a soluções caseiras ou sprays genéricos, que não possuem os componentes necessários para encapsular a sujeira e evitar riscos. É preciso atenção ao produto indicado, pois sua formulação cria uma película que envolve as partículas de poeira e facilita a remoção sem arranhar a superfície”, diz Lisboa.
Um erro recorrente está no uso inadequado dos panos de microfibra. Toalhas comuns, lenços ou tecidos ásperos podem arranhar a pintura. Além disso, vale ressaltar que ela precisa estar limpa e dobrada em várias partes, para que cada lado seja usado apenas uma vez. “Muita gente não dá importância ao pano usado, mas a microfibra é fundamental, porque tem uma estrutura de fios extremamente finos (muito mais que o algodão, por exemplo), que encapsula e retém a sujeira nas tramas, em vez de arrastá-la pela pintura. Já um pano comum pode causar riscos que só aparecem depois de um tempo, comprometendo o brilho da pintura”, diz o CEO de KoalaCar.
A ordem da limpeza também faz diferença. Começar pelas áreas mais sujas, como para-choques e saias laterais, pode transferir partículas maiores de sujeira para outras partes da carroceria. O ideal é iniciar pelas superfícies superiores, descendo gradualmente até a parte inferior.
Muitos motoristas ainda exageram na quantidade de produto ou, ao contrário, aplicam menos do que o necessário. O excesso pode deixar manchas e resíduos, enquanto a falta compromete a proteção da pintura. A recomendação é seguir a indicação do fabricante conforme o rótulo da embalagem.
Um erro pouco comentado, mas bastante comum, é lavar o carro sob sol forte. A alta temperatura acelera a secagem do produto, deixando marcas e prejudicando o acabamento. O indicado é realizar a lavagem em local coberto e arejado. A lavagem a seco, quando feita da maneira correta, é uma aliada da sustentabilidade e da estética automotiva. Para quem não sabe ou tem dificuldades em fazer sozinho, chamar um especialista pode ser a melhor opção para preservar a pintura, economizar água e garantir um brilho duradouro ao veículo”, diz Lisboa.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
Ao menos 137 ativistas internacionais foram deportados por Israel após a interceptação da Global Sumud Flotilla, missão humanitária que seguia rumo à Faixa de Gaza. A ação, considerada ilegal por organizações de direitos humanos, resultou na detenção de centenas de pessoas, entre elas 14 brasileiros, que seguem presos em uma penitenciária em Neguev, no sul de Israel.
O único integrante da delegação brasileira a ser deportado foi Nicolas Calabrese, educador popular no Rio de Janeiro e militante do PSOL. Com cidadanias argentina e italiana, Calabrese foi enviado para a Turquia com apoio do consulado italiano, que arcou com os custos da passagem. Ainda não há confirmação sobre seu retorno ao Brasil. As informações são do Correio Braziliense.
O grupo de 137 ativistas embarcou em um avião coordenado pela Embaixada da Turquia em Tel Aviv. A lista inclui cidadãos de países como Turquia, Itália, EUA, Reino Unido, Argélia, Tunísia, Marrocos, Líbia, Jordânia, Kuwait, Suíça, Bahrein e Malásia. Segundo a organização Adalah, responsável pela defesa dos ativistas, o governo israelense não forneceu nenhuma notificação oficial sobre as deportações, o que compromete o trabalho dos advogados.
Denúncia de maus-tratos
De acordo com a assessoria de imprensa da delegação brasileira da Global Sumud, os detidos relataram uma série de violações legais, desde a interceptação da embarcação em águas internacionais. Entre quinta (2) e ontem (3), mais de 200 audiências judiciais foram realizadas sem aviso prévio e sem a presença de advogados, de acordo com a Adalah. Aproximadamente 80 ativistas foram ouvidos em audiências consideradas irregulares.
Na prisão de Ktziot, onde ainda permanecem centenas de participantes da flotilha, os advogados relataram denúncias de maus-tratos, agressões físicas, privação de comida, retenção de medicamentos e água imprópria para consumo. Segundo os relatos, muitos detidos estão completamente isolados e sem assistência consular adequada.
Greve de fome entre brasileiros
Quatro integrantes da delegação brasileira — entre eles o brasiliense Thiago Ávila — comunicaram à embaixada e aos advogados que iniciaram uma greve de fome como forma de protesto. Eles denunciam tanto a própria prisão quanto o cerco humanitário imposto por Israel à população de Gaza.
Segundo nota da equipe jurídica, a greve de fome também serve como ato político: “Privados de voz, os ativistas recorrem ao próprio corpo como instrumento de resistência, em solidariedade ao povo palestino que sofre com a fome imposta por Israel como arma de guerra.”
A assessoria da deputada Luizianne Lins (PT-CE) divulgou uma nota nesta sábado (4), afirmando que a parlamentar segue detida na prisão de Ketziot, depois que a Flotilha onde estava foi interceptada pelo governo de Israel.
“No momento, causam preocupação os relatos recebidos por representantes legais de que parte do grupo estaria sendo privado de água, alimentos e medicamentos, em violação a normas internacionais de direitos humanos e ao direito humanitário que protege missões civis e de ajuda humanitária”, informam. De acordo com a nota, Luizianne optou por não assinar um suposto “documento de deportação acelerada” que teria sido oferecido pelas autoridades israelenses. As informações são da CNN Brasil.
“A parlamentar considerou o documento abusivo e que, por sua trajetória na defesa dos direitos humanos, entendeu que sua responsabilidade ia além de sua própria situação — estando em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento”, dizem.
A delegação brasileira é formada por 15 pessoas no total. Neste sábado, a organização da iniciativa, Global Sumud Flotilha, confirmou que o primeiro brasileiro foi deportado, mas ainda não há mais informações sobre o seu retorno ao Brasil.
Na nota, a assessoria da deputada exige que o governo de Israel “liberte imediatamente as brasileiras e os brasileiros detidos ilegalmente”.
A Flotilha buscava romper o bloqueio israelense usando embarcações que partiram de portos do outro lado do Mar Mediterrâneo. Entre os integrantes da flotilha estava a ativista climática Greta Thunberg.