Jornal do Commercio
O deputado federal e autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Mendonça Filho, rebateu o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, ao classificar de versão fantasiosa e inverídica as afirmações de Gordon de que a PEC 03 prejudica as exportações do País.
“Respeito a instituição BNDES e todo seu corpo técnico, mas a interpretação dada por Gordon manipula a verdade e é inverídica. Ele sabe que exportação de bens não será afetada pela PEC”, afirmou.
Leia maisEm seguida, ele destacou: “Bastar ler o texto da PEC, que dá ao Congresso a prerrogativa de “autorizar a realização de operações de crédito por instituições financeiras, controladas pela União, sempre que o objeto da operação vier a ser executado fora do País”, para constatar a estratégia do governo de tentar tumultuar o processo de tramitação da PEC.
Segundo Mendonça, o projeto quer maior controle em operações de crédito pelo BNDES ou outras instituições controladas pela União para financiamento de obras executadas em outros países, mesmo que a empresa que vai tocar a obra seja brasileira.
“Infelizmente, na falta de argumentos concretos, o governo recorre a narrativas fantasiosas e inverídicas para gerar terror e tentar impedir um maior controle sobre essas operações”, criticou Mendonça.
O deputado lembrou que, após ser aprovada na CCJ, a PEC 03 será analisada por uma comissão especial, que poderá aperfeiçoar o texto original. “Submeter esse tipo de operação ao Congresso Nacional reforça a transparência e o controle sobre o uso dos recursos públicos. A autorização do parlamento não precisa ser operação por operação e pode ser plurianual”, explicou.
A aprovação da PEC do BNDES na CCJ da Câmara dos Deputados, representou uma derrota para o Governo do PT, que trabalhou até o último segundo da votação para derrotar o projeto. O autor da proposta garante que a PEC do BNDES está sintonizada com os anseios da população, que está cansada de decisões pautadas por motivações ideológicas, que levaram o Brasil a prejuízo bilionário.
“Queremos garantias sólidas, avaliação de impactos e se a operação de crédito pode trazer prejuízos ao Brasil, como as que financiaram a construção do porto de Mariel, em Cuba, e do metrô de Caracas, na Venezuela”, garantiu. Mendonça ressalta que o objetivo é garantir que os recursos públicos sejam aplicados de forma responsável e estratégica.
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