Marco Maciel, ave rara num País de corruptos

Folha de Pernambuco 

O livro ‘O Estilo Marco Maciel’, biografia do ex-vice-presidente da República, será lançado, hoje, no Recife. A noite de autógrafos está marcada para às 18 horas, na Assembleia Legislativa. Autor, o jornalista Magno Martins revela, nesta entrevista exclusiva à Folha, os motivos que o levaram a dar um corte na sua atribulada rotina de blogueiro, colunista e âncora da Rede Nordeste de Rádio, para se dedicar à obra. 

“Marco Maciel era tão discreto que pouco ou nada se conhece da sua trajetória de relevantes serviços prestados ao País. Sem ele, Tancredo não teria derrotado Maluf. Sem ele, os caminhos da redemocratização teriam sido muito mais espinhosos”, diz ele, para acrescentar: “Maciel foi uma ave rara de honradez num País de corruptos. No linguajar de hoje, ficha limpa”.

Por que escrever sobre Marco Maciel?

Há pouca literatura disponível sobre Marco Antônio de Oliveira Maciel, que ocupou todos os cargos de relevância que um homem público almeja. Foi, nesta ordem, deputado estadual, deputado federal, presidente da Câmara dos Deputados, governador de Pernambuco, senador da República por três mandatos, ministro da Educação e Casa Civil, e vice-presidente da República de Fernando Henrique Cardoso por dois mandatos, sem nunca ter seu nome envolvido em escândalos, algo tão corriqueiro na vida pública brasileira. Foi um grande brasileiro, um estadista.

Mas ele foi beneficiário do regime militar ao ser escolhido governador biônico. Não é uma mancha?

Como não tinham como atacar a honra de Marco Maciel, seus adversários o agrediam na seara ideológica. Nas campanhas, o carimbavam como filhote da ditadura, mas desconheço um político tão democrata quanto Maciel. Não fosse a sua enorme capacidade de construir consensos, Tancredo Neves não teria sido eleito presidente da República, derrotando Paulo Maluf, o que levou o País a se reencontrar com a democracia. Maluf era a continuidade do regime de exceção no País. Governador, Marco Maciel fez um governo de grandes realizações: 100 mil casas populares, triplicou o acesso de estudantes ao ensino público. Numa época em que as comunidades distantes eram isoladas por falta de comunicação, implantou o sistema móvel de telefonia da Telpe em todos os municípios do Estado. No seu Governo, dentre tantas marcas, Suape viu o primeiro navio ser atracado em suas águas profundas.

O senhor era próximo a ele?

O conheci como repórter estagiário da equipe do Palácio das Princesas no final do seu Governo, em 1981. Algum tempo depois, escolhido pelo jornalista Ângelo Castelo Branco, seu secretário de Imprensa, recebi a missão de cobrir as viagens pelo País, ele na condição de pré-candidato ao Palácio do Planalto nas eleições indiretas do Colégio Eleitoral. Foi a partir daí que conheci melhor o homem e o político Marco Maciel.

Como assim?

O título do livro fala de estilo. Quando se trata de Marco Maciel, um estilo que foge à regra da grande maioria dos políticos brasileiros: nunca usou verba de gabinete como parlamentar nem tampouco cartão corporativo como vice-presidente. Morreu sem fazer patrimônio. Um único imóvel que teve, foi financiado pela CEF. Quando perdeu a eleição de senador em 2010 se desfez do apartamento no Recife para comprar outro em Brasília, onde morou até a sua morte, em 2021. Só teve um carro, um Opala, que comprou pagando as mensalidades dos rendimentos de uma poupança. Nunca empregou um filho, todos advogados e com empregos mediante concurso público. Hoje, com raras exceções, os políticos brasileiros têm casa de campo, na praia e até em Miami.

Então, o legado de Marco Maciel é o da ética e da moralidade?

Ele tinha zelo pela coisa pública e no seu modus operandi da política não fulanizava, ou seja, não agredia ninguém. Para ele, a política era um sacerdócio. Não mentia, nem enganava. Temente a Deus, ia todos os domingos à missa. Quando vice-presidente, criou o hábito de convidar políticos e amigos para uma missa no Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice-Presidente, às quintas-feiras. Foi por diversas vezes ver o Papa em Roma e quando governador recebeu João Paulo II no Recife. Seu estilo ia além disso. Talvez fosse um dos políticos que mais tinham em mente os nomes de aliados, de líder comunitário ao cargo mais importante. Fazia questão de ligar no aniversário de quase todos, ou mandar um carinhoso cartão de parabéns. Era um homem elegante no trato. Em sua apresentação no livro, o jornalista Marcelo Tognozzi diz que Marco Maciel deixou a sua marca na política construindo a paz, num Brasil onde a guerra pelo poder sempre foi movida a ódio e rancor.

Dizem que ele como vice-presidente não fez muito por Pernambuco e há quem diga que tenha sido omisso em algumas situações.

Isso é uma mentira deslavada. Em seu depoimento para o livro, a viúva Anna Maria Maciel diz que Marco Maciel trabalhava pelo País com os olhos voltados para Pernambuco. Maciel foi vice-presidente quando o governador de Pernambuco era Jarbas Vasconcelos. E Jarbas não fazia nenhuma viagem a Brasília que não passasse pelo gabinete de Maciel para destravar os interesses do Estado junto ao Governo Federal. Tudo que Fernando Henrique Cardoso fez pelo Estado teve o dedo de Marco Maciel. FHC, aliás, prestou um depoimento exclusivo para o livro no qual revela que a cabeça de MM estava voltada para Pernambuco. “Foi quem mais me cobrava as coisas do Estado. Teve um papel preponderante na expansão do porto de Suape”, disse FHC, nesse mesmo depoimento.

Marco Maciel foi, portanto, um homem plural na política?

Marco Maciel foi batizado no singular pelos pais José do Rego Maciel e Carmem Sylvia Cavalcanti, mas viveu no plural e exercitou a pluralidade nas ideias até sua morte. No prefácio, o ex-senador Jorge Bornhausen, também ex-governador de Santa Catarina, conta que sem Marco Maciel, Tancredo não teria derrotado Paulo Maluf no colégio eleitoral, em 1985. Revela que quando chegou ao Congresso, eleito senador, procurou Maciel para se aconselhar e dele recebeu duas advertências que apontam as preocupações do ex-vice-presidente no campo da moralidade: não participar da Comissão de Orçamento nem de CPI. Para o primeiro caso, justificou para não ser confundido com os manipuladores de verbas públicas. Para o segundo, disse: “Fomos eleitos para legislar e não para algozes”.

Enfim, não existem mais políticos assim, com tamanho zelo?

Difícil encontrar, mas teria enormes dificuldades em enumerá-los. O ex-governador Gustavo Krause, da escola macielista, foi muito feliz quando disse que “Marco Maciel foi o ser humano menos imperfeito que conheci em minha vida”. Fico feliz em dar essa contribuição literária para o legado de Marco Maciel. Escrevi o livro pensando nos nossos filhos e netos, nas próximas gerações, para que um político da dimensão de MM não seja esquecido ou desconhecido como hoje. Fiquei chocado certa vez ao almoçar com um amigo meu do Recife e seus dois filhos, um já se formando e outro de 16 anos. Nenhum dos dois nunca tinha ouvido falar em Marco Maciel. Não sabiam se era grego ou troiano.

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Diante de tantos atos de agressões, tentativas de homicídios e até assassinatos, os diretórios do PT e do PSB lançaram uma nota conjunta repudiando a violência nas eleições deste ano.

Confira abaixo na íntegra:

Diferentemente de tudo o que se poderia imaginar e desejar, a campanha eleitoral em Pernambuco volta a ser notícia não pela festa democrática de cores, propostas e esperança que invade os municípios, mas por episódios graves de violência.

Há cerca de dez dias, vivenciamos momentos de angústia após a tentativa de homicídio sofrida pelo prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira (PSB), vítima da intolerância de um opositor político. E na noite da última sexta-feira (6), novamente nos vimos aflitos, desta vez, com a notícia de um atentado a tiros praticado contra Neto de Véia, candidato a vereador de Surubim pelo PSB.

Nos dois municípios, o PSB e o PT estão juntos apresentando projetos marcados pelo forte apelo popular: em Sertânia, com Rita Rodrigues (PSB) e Dr. Orestes (PT), e em Surubim, com Véia de Aprígio (PSB) e Ivete do Sindicato (PT). Pelo visto, isso está incomodando quem está acostumado a achar que o poder do dinheiro e de uma arma na cintura vence as eleições.

Mais do que nos solidarizar, dar total apoio e desejar pronta recuperação às vítimas, nós do PSB e do PT repudiamos veementemente esses episódios de violência e voltamos a cobrar das autoridades policiais providências céleres e enérgicas para esses casos, no que concerne à prisão dos agressores e ao reforço da segurança nesses municípios. A população pernambucana precisa ter a garantia de que poderá ir às urnas no dia 6 de outubro com a certeza de que sua vontade soberana será respeitada.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comentou hoje (7) a demissão do ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. A demissão ocorreu após denúncias de assédio sexual suspostamente cometido por ele contra mais de uma dezena de mulheres.

“A parte política já passou com a demissão. Agora, como todas as pessoas, [ele] tem direito à ampla defesa e, depois, se fará justiça”, afirmou Barroso. A declaração foi dada na saída do desfile cívico-militar de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O presidente da suprema corte disse ainda que o colegiado da Primeira Turma do STF tem competência regimental para analisar os recursos apresentados pela rede social X (antigo Twitter) e por outras plataformas contra decisões do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relacionadas ao bloqueio de perfis na internet e da própria rede social no país.

Ontem (6), a Primeira Turma do STF negou recursos do X, manteve a suspensão da rede social e o bloqueio de perfis na internet. 

Dia da Independência

O presidente do STF avaliou como positiva a participação de representantes dos três poderes da República no desfile. “Foi uma cerimônia muito bonita, com a presença dos chefes dos três poderes, demonstrando que o país vive a mais plena normalidade institucional. É um bom momento para a nacionalidade.”

Declaração semelhante foi dada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre a data. “O Dia da Independência tem que ser uma vitória da democracia”, afirmou.

Perguntado sobre o simbolismo da presença dos presidentes do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e do Supremo, Luís Roberto Barroso, no desfile em Brasília, Múcio disse que “é o fortalecimento da democracia, a força da política.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deu declarações ao deixar o local. Apenas cumprimentou populares que estavam nas arquibancadas para assistir aos desfiles. 

Da Agência Brasil

O deputado estadual Alberto Feitosa (PL) acompanhou a mobilização encabeçada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia, na Avenida Paulista. O parlamentar estava acompanhado do candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado, do deputado federal Pastor Eurico e dos candidatos a vereador do Recife Gilson Filho e Netinho Eurico – além do vereador de Caruaru, Val Lima.

“Um evento pacífico que reuniu, mais uma vez, milhares de brasileiros. Hoje se comemora historicamente o dia da independência do Brasil, mas é preciso novamente fazer história. Os brasileiros que se mobilizaram hoje não só aqui na Paulista, como em outras cidades , diz não a um País onde querem impor a ditadura. A exemplo da Venezuela, Cuba, Guatemala. Pela liberdade do Brasil, pelo respeito à constituição, pela preservação de nossa soberania. Eu estive em mais esse ato democrático. Ficou claro nessa mobilização de hoje que esse desejo é de milhares de brasileiros. Estamos juntos e cada vez mais fortes!”, ressaltou Feitosa.

O candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), participou do ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, na Avenida Paulista. Ele não foi o único: Marina Helena (Novo) também deu as caras na manifestação, mas nenhum dos dois discursou. Diferente do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, que estava ao lado do líder da direita brasileira e fez uso do microfone.

Marçal chegou à avenida após o discurso de Bolsonaro. Aplaudido por manifestantes, ele circulou pela área próxima ao carro de som em que estava Bolsonaro, mas não chegou a subir. O prefeito Nunes não estava mais no veículo quando o adversário apareceu.

Marçal e Nunes estão empatados tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, segundo a última pesquisa Datafolha.

O candidato do PL a prefeito de Caruaru, Fernando Rodolfo, deu um timing na sua campanha e participou em São Paulo da manifestação bolsonarista em defesa da democracia. Atendeu ao convite do próprio Bolsonaro, que já esteve em Caruaru participando de atos do aliado. “O Brasil já deu o seu grito de independência, Caruaru vai fazer isso no próximo dia 6 , se libertando de 40 anos nas mãos dessas famílias que tiraram o protagonismo da nossa cidade”, disse, numa conversa com o blog.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, neste sábado (7), de um ato contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na Avenida Paulista, em São Paulo. Também estavam presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito da capital e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), o pastor Silas Malafaia, fiador do evento, e parlamentares.

Os manifestantes vestiam, em sua maioria, camisas verdes e amarelas e carregavam cartazes em que pediam intervenção militar, o que é inconstitucional, e criticavam o bloqueio da rede social X e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autor da decisão – posteriormente referendada por outros ministros da Corte.

Em seu discurso, Bolsonaro voltou a defender a anistia para os condenados pelos ataques de 8/1, disse crer na reversão, pelo Congresso, da sua inelegibilidade, e chamou de ditador o ministro Moraes, relator de inquéritos nos quais o ex-presidente é investigado.

“Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse o ex-presidente.

Confira o discurso do ex-presidente:

Manifestantes se reúnem na tarde deste sábado (7), dia da Independência, na Avenida Paulista, para o ato convocado por bolsonaristas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato, organizado pelo pastor Silas Malafaia, conta com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e outros políticos e parlamentares da direita.

A Avenida Paulista foi fechada para receber o público, que se concentra em frente ao Masp. O primeiro a falar, em cima de um carro de som, foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Vestindo a camiseta do X e ao lado do pai, Eduardo pediu o fim das “prisões políticas”, a anistia para todos os “presos políticos”, o encerramento do que chamou de “inquéritos ilegais derivados do inquérito do fim do mundo” e terminou pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Alguns participantes do ato também seguravam cartazes com pedido de impeachment do ministro.

Bolsonaro falou por volta das 16h. O ex-presidente se referiu ao ministro Alexandre de Moraes como “ditador” durante seu discurso e pediu que o Senado “coloque freio no ministro” do STF.

Além de Bolsonaro e Eduardo, discursaram no evento o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o pastor Silas Malafaia, o senador Magno Malta (PL-ES), os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO).

Sem citar o nome do ministro Moraes, Tarcísio criticou o banimento do X em seu discurso, disse que a manifestação é uma “oportunidade de construir a história” em defesa da liberdade e gritou “volta, Bolsonaro”.

De acordo com a âncora da CNN Tainá Falcão, a Polícia Federal (PF) vai monitorar eventuais “ataques à democracia ou ameaças contra autoridades”.

Da CNN

O ex-deputado estadual e ex-prefeito das cidades do Cabo de Santo Agostinho e do Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, celebrou, em mensagem enviada ao empresário João Carlos Paes Mendonça, os 35 anos de atividade da Fundação Pedro Paes Mendonça.

Marcada pela inauguração, em 1989, no Lar Dona Conceição, a instituição atualmente atende a 280 crianças e jovens que estudam na escola em horário integral, com quatro refeições diárias, fardamento e material didático.

“Muitas das boas experiências ali executadas certamente servirão como inspiração na adoção de parcerias análogas aqui, na nossa amada cidade do Jaboatão dos Guararapes, onde nasceu a pátria e o exército brasileiro”, registrou Elias Gomes.

Após a Justiça suspender a veiculação de informações “difamatórias, caluniosas e inverídicas” sobre a gestão das creches da cidade, como publicado por este blog, a assessoria do candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado (PL), afirmou que “as notícias abordadas em sua propaganda eleitoral e nas redes sociais são baseadas em fatos verídicos e continuam sendo discutidas”.

“A verdade é que houve liminares solicitando a suspensão de algumas peças publicitárias, alegando ofensa. Dessa forma, a Justiça, liminarmente, determinou a suspensão de algumas peças publicitárias para evitar ofensa a pessoas específicas, mas não proibiu a discussão do tema das creches. Na realidade, não há fake news nas críticas, visto que o próprio prefeito João Campos (PSB) reconheceu irregularidades nas creches (como confirmou na sabatina JC 90,3)”, complementou a campanha de Gilson.

O candidato reafirmou o seu compromisso com a verdade, transparência e justiça. Ele destacou ainda que não se deve combater uma crítica fundamentada em fatos verídicos com alegações de fake news.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi atendido, neste sábado (7), no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo. “Por conta de uma gripe estava sem voz , passou rapidamente pelo Hospital”, escreveu nas redes sociais o advogado do ex-presidente Fabio Wajngarten.

De acordo com a publicação, Bolsonaro foi atendido pelo médico Leandro Echenique, o mesmo que vem tratando o ex-presidente desde a facada sofrida por ele na campanha de 2018.

Wajngarten confirmou a presença do ex-presidente no ato da tarde deste sábado na Avenida Paulista. O ato foi convocado pelo próprio Bolsonaro, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além do pedido de impeachment de Moraes, responsável pela decisão que bloqueou o acesso à rede social X no Brasil, o ato promete movimentar a campanha pelas eleições municipais em São Paulo.

Réplicas do boné usado pelo candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, tomaram a Avenida Paulista. Bolsonaro, por sua vez, apoia oficialmente Ricardo Nunes (MDB), mas disse, em vídeo, que qualquer candidato poderia subir ao palanque, já que o ato é “suprapartidário”.

Durante a semana, Marçal fez suspense sobre sua presença na manifestação, sem cravar que não estaria presente. Ricardo Nunes, pela manhã, participou do desfile de 7 de Setembro ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Do Metrópoles

Por Larissa Rodrigues

Repórter do blog

Se havia alguma dúvida de que o PT em Pernambuco entraria de cabeça na campanha à reeleição do prefeito do Recife, João Campos (PSB), o senador Humberto Costa, um dos líderes de peso da legenda no Estado, fez questão de afastar qualquer imagem de hesitação do partido ao projeto, na noite de ontem. Após uma caminhada na comunidade de Roda de Fogo, na Zona Oeste do Recife, o senador subiu ao palco ao lado de João e do candidato a vice-prefeito na chapa socialista, Victor Marques (PCdoB), e fez um discurso exaltando a trajetória de Campos.

“É um prazer muito grande estarmos aqui, na prática dando o primeiro passo de rua na campanha do prefeito João Campos, que é não somente o candidato do PSB, mas é o candidato do PT nesta eleição”, afirmou Costa. “A eleição de João Campos é uma eleição que todo o Brasil está acompanhando. Primeiro, pela larga diferença que ele tem mostrado até agora nas pesquisas de opinião. Segundo, pelo reconhecimento da sua administração. É um reconhecimento com toda razão de ser, pois o prefeito trabalhou em todas as áreas. Você, sem dúvida, terá a maior votação que um prefeito já teve. Estamos juntos e o presidente Lula (PT) quer manter com você essa grande participação”, enfatizou Humberto Costa. O presidente do diretório municipal do PT, Cirilo Mota, também esteve na caminhada e, assim como Humberto, garantiu a participação em mais atos de João Campos.

Comitê sem PT

No dia 18 de agosto deste ano, João inaugurou o comitê central de campanha, no Poço da Panela, sem a presença de líderes petistas, o que chamou a atenção pelo fato de a chapa ser apoiada pelo presidente Lula. Na ocasião, os petistas informaram outros compromissos. Humberto Costa cumpria agenda do Parlamento do Mercosul em Foz do Iguaçu, no Paraná. Já a senadora Teresa Leitão estava de licença médica.

O deputado estadual João Paulo (PT), por sua vez, não disfarçou o racha existente no PT local em relação ao apoio a João Campos, sobretudo por causa do desgastante processo de escolha do candidato a vice da chapa, no qual o PT saiu rifado. “Observei a ausência do PT e sua militância na inauguração do comitê de João Campos. Eu havia alertado e previsto o que aconteceria quanto à importância do PT na chapa e fui muito mal entendido. Parceria política não é um ato de arrogância, mas sim solidário e o PSB não entendeu isso”, afirmou João Paulo em nota no dia da inauguração do comitê.

João Paulo, inclusive, tem feito gestos à candidata da Federação Psol/Rede, Dani Portela, com quem posou nas redes sociais no último dia 31, depois de presenteá-la com um quadro do Recife. A candidata é ciente da insatisfação de alguns petistas e tem como comitê central de campanha uma casa estrategicamente localizada exatamente na frente da sede do PT, no bairro de Santo Amaro, na Zona Norte do Recife.