O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu no Palácio da Alvorada ministros do Palácio do Planalto, hoje, e discutiu a tensão diplomática com Israel. Depois do encontro, a orientação dos ministros era dizer que só o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, comentaria o tema no governo.
Em dia sem agenda oficial divulgada, o petista recebeu em sua residência oficial os ministros Paulo Pimenta (Secom), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Jorge Messias (AGU) e o assessor especial Celso Amorim. As informações são do portal Poder 360.
O Itamaraty se irritou com a atitude do ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, de levar o embaixador brasileiro, Frederico Meyer, ao Museu do Holocausto. Segundo a reportagem, a percepção foi de que o país está tentando forçar uma escalada ainda maior da crise diplomática entre Brasil e Israel.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Israel Katz disse que o memorial representa o que “os nazistas fizeram aos judeus”, incluindo a seus familiares. Ele exibiu ao embaixador brasileiro um documento com o nome de seus avós, vítimas do regime nazista. Kartz também disse que Lula é “persona non grata” (expressão para designar quando uma pessoa não é bem-vinda) em Israel até que se retrate pelas declarações.
Para o Itamaraty, a atitude “não existe” na diplomacia e o fato “não ajuda” na resolução da rusga diplomática. A diplomacia brasileira avalia que tudo seria uma tentativa de escalar ainda mais a tensão internacional com o Brasil. Apesar da irritação, o ministério prega calma para lidar com o assunto. Os diplomatas brasileiros ainda estão avaliando a situação, oficialmente.
A humanidade vive de sentimentos. Os sentimentos são os vetores da vida quando positivos, como o amor, a felicidade e a gratidão. Mas existem, infelizmente, os sentimentos negativos, entre eles a inveja, provocada pela prosperidade alheia, acompanhada pelo desejo de ter o que o outro possui.
Embora seja natural, causa sofrimento, se não for bem administrada. Por sua conotação, poucas pessoas admitem senti-la. Sou um homem feliz, temente a Deus, apegado a família e desprovido de qualquer sentimento invejoso. Segundo a Bíblia, a inveja é pior do que a ira e o furor.
É um sentimento maligno que algumas pessoas nutrem pelas outras. Peço a Deus todos os dias para nunca ser contaminado por esse mal. Mais do que isso, para ser protegido pela sua graça das assombrações e tentações dos invejosos, dos olhos de cão.
A inveja é uma doença, vem do maligno, dizia minha mãe, me aconselhando: “Fuja dos que te invejam, dos falsos”. Nunca esqueci seus conselhos e admoestações. Mãe é anjo sagrado enviado por Deus. Com o tempo, o senhor da razão, fui me convencendo de que a inveja é o aplauso silencioso de quem não teve coragem de lutar, de batalhar na vida, sem medo de tempestades.
Quem te inveja, saiba disso com convicção e experiência, te acompanha de longe, porque de perto não aguenta o teu brilho. Cuidado com a inveja! Ela costuma vir disfarçada de um tapinha nas costas querendo ser amiga de todo mundo. Se há invejosos, é porque o invejado está fazendo algo bem-sucedido.
A inveja é tão vil e vergonhosa que ninguém se atreve a confessá-la. Dura sempre mais tempo que a felicidade daqueles que invejamos. Aprendi que com intelectualidade pura cria-se invejosos e com o coração, amigos. Quem vive comparando a vida dos outros, esquece de viver a sua.
O invejoso não quer apenas o alheio, ele não suporta ver ao seu redor quem conquistou bonanças, quem subiu a montanha de pedras sem esmorecer um só instante. Os invejosos zombam do que haviam de admirar, e fazem farsa do que deviam aplaudir.
A inveja não rouba nossa luz, só revela quem nunca soube brilhar. Os invejosos estão em todos os cantos, disseminando o mal. Há conselhos que minha mãe me ensinou para escapar das garras dos invejosos. Para não despertar tanta inveja nos outros, me aconselhava a evitar contar vitórias retumbantes, apenas revelar nossas lutas diárias para sobreviver.
A Bíblia nos adverte com firmeza: “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja é podridão dos ossos” (Provérbios 14,30). E São Tiago acrescenta: “Onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males” (Tiago 3,16). O versículo descreve a inveja como a raiz de muitos problemas, pois gera desordem, perturbação e uma série de ações perversas.
Já a sabedoria que vem do céu é pura, pacífica, amável e cheia de misericórdia e boas obras, mostrando que a inveja é um oposto da sabedoria divina. A inveja, como um fato clínico, é originária da intensificação do ódio, sendo mobilizada pela pulsão de morte voltada contra o próprio sujeito invejoso.
A inveja é um tipo de dor psicológica sentida quando, ao nos compararmos a outros, avaliamos que nosso valor, nossa autoestima e nosso autorrespeito estão diminuídos. Inveja é a dolorosa observação daquilo que nos falta.
Sentimos inveja quando outra pessoa tem características superiores às nossas. Para quebrar a inveja, é possível adotar práticas espirituais e comportamentais, como o desenvolvimento pessoal e da gratidão, além de orações. A neutralização da inveja também envolve o autocuidado, o fortalecimento interno, a busca por ambientes positivos e o afastamento de pessoas invejosas.
A maior arma contra a inveja alheia é ser incondicionalmente feliz. Quem vive bem resolvido no amor, no trabalho, na família, entre amigos, enfim, não inveja a ninguém.
Pense nisso! Não adianta torcer contra ou invejar. Quem tem Deus no coração não há maldade que atinja. Sorria! A felicidade é nosso maior escudo contra a inveja alheia. A maior arma contra a inveja, mau-olhado e ódio é a bondade, a paz e a felicidade. Então, não deixe nenhum mau-olhado ofuscar seu brilho, pois essa é a lei da vida.
SUV Boreal: a reinvenção da Renault por até R$ 215 mil
Se você é daqueles brasileiros meio céticos com a Renault, prepare-se para uma mudança em tudo que você já viu nos produtos da marca. A Renault apostou todas suas fichas e conseguiu fazer um carro do nada ao bem próximo do “excelente” para marcar seu retorno ao mundo dos SUVs no Brasil. O Boreal vem para enfrentar esse estigma em três versões: Evolution, Techno e Iconic com preços promocionais de lançamento de 178 mil, R$ 200 mil e 215 mil, respectivamente.
O carro é bonito, arrojado e tem presença impactante — e promete dar trabalho para o Compass, da Jeep; T-Cross, da Volkswagen; e o Corolla Cross, da Toyota, seus concorrentes diretos. Tudo nele é. O diretor da marca Caique Ferreira garante: não tem uma peça que esteja sendo aproveitada de modelos anteriores. A não ser a carroceria montada na plataforma dele, do Kardian e da Niagara, uma picape média que está na linha de montagem e promete chegar no início de 2026. O motor um 1.3 turbo (flex) de 163cv e torque de 27,5kgfm. O câmbio é automático de dupla embreagem de seis marchas banhada a óleo. Ele faz de 0km/h a 100km/h em 9,2 segundos — o que garante excelente retomada na rodovia, numa ultrapassagem, por exemplo.
O Boreal também é suave e seguro na velocidade de cruzeiro, com seus vários modos de navegação — que ajudam na autonomia e na economia de combustível, com números previstos de 13,8 km por litro na estrada e 11,3 na cidade, em média. E ainda é, mesmo sendo a combustão, silencioso. O novo SUV da Renault traz tecnologia intuitiva, sendo o primeiro veículo produzido no Brasil com o sistema de infoentretenimento Google Automotive Services. O sistema de som é um premium Harman Kardon, fruto de uma parceria com Jean-Michel Jarre. Com nota A no Inmetro, o Boreal oferece a melhor eficiência energética (1,79MJ) do segmento C-SUV entre os modelos a combustão. Em suma: baixo consumo para os consumidores. Por fim, oferece cinco anos de garantia sem limite de quilometragem.
O pacote de assistência ao motorista, o Adas, tem 24 itens. Entre eles, controle de manutenção dentro das faixas de circulação, controle de frenagem quando se aproxima muito do carro à frente, câmera de 360º e aviso de aproximação de pessoas, veículos e objetos quando o carro está estacionado para desembarque ou embarque de passageiros com as portas abertas. Conheças os principais equipamentos e sistemas de auxílio à condução.
Alerta de permanência em faixa: avisa o motorista se o veículo sai de sua faixa de rodagem por meio de um alerta sonoro ou vibração do volante.
Assistente de permanência em faixa: detecta se o veículo sai de sua faixa de rodagem e aplica uma correção no volante para ajudar o motorista a se manter na faixa.
Assistente de permanência em faixa em tráfego contrário e com intervenção para ponto cego: atua em situações críticas, como no caso de risco de sair da estrada, presença de um veículo vindo em sentido contrário ou detecção de ultrapassagem perigosa. Alerta o motorista e corrige a direção mantendo o veículo na faixa para reduzir um eventual risco de colisão que tenha sido detectado.
Alerta de ponto cego: detecta a presença de veículos (carros, caminhões, veículos de duas rodas, etc.) atrás e ao lado do veículo e determina se existe um possível risco de colisão. Neste caso, um sinal luminoso no retrovisor externo do lado do risco de colisão serve de alerta para o motorista.
Alerta de saída segura dos ocupantes: Este sistema utiliza os dois radares laterais traseiros para identificar veículos vindo de trás no momento, alertando de forma visual e sonora aos ocupantes antes de desembarcarem do veículo.
Alerta de tráfego cruzado traseiro: permite sair com toda segurança de um espaço em marcha à ré, graças aos radares laterais traseiros que detectam e alertam sobre a aproximação de obstáculos nos cantos do veículo.
Assistente de parada de emergência: alerta o motorista de forma visual e sonora e pode desacelerar o veículo e até parar na mesma faixa de rolagem caso haja inatividade do motorista.
Frenagem automática de emergência: alerta quando há risco de colisão, podendo acionar a frenagem se o motorista não reagir.
As três versões
Evolution – R$ 179.990
Controle de velocidade adaptativo inteligente
Painel de instrumentos digital de 7″
Ar-condicionado automático e digital dual-zone
Câmbio automático EDC de 6 marchas
Techno – R$ 199.990
Aviso de saída dos ocupantes
Painel de instrumentos digital de 10″ com replicação de mapa
Cinco modos de condução (eco, comfort, sport, smart e perso), somados a todos os itens da Evolution.
Iconic – R$ 214.990
Câmera 360º com visão 3D
Teto solar panorâmico elétrico
Multimídia OpenR de 10″ com Google built-in e som premium Harman Kardon® com 10 alto falantes
Painel de instrumentos digital de 10″ com replicação de mapa
Controle de velocidade adaptativo inteligente
Painel de instrumentos digital de 7″
Ar-condicionado automático e digital dual-zone
Câmbio automático EDC de 6 marchas, mais todos os itens da versão Techno
Conheça o C10, o novo SUV de origem chinesa da Stellantis
O grupo automobilístico global Stellantis, dono da Fiat, Jeep, Peugeot, Ram e Citroën, acaba de lançar a sua nova marca, a Leapmotor. A chinesa traz produtos eletrificados e já está amparada por uma rede de concessionários e pós-venda de 36 lojas em 29 cidades. Os primeiros produtos da Leapmotor que serão vendidos na região serão os SUVs C10 Elétrico (BEV), B10 Elétrico (BEV) e o C10 Ultra-Híbrido (REEV). A Stellantis está investindo R$ 32 bilhões entre 2025 e 2030, o maior da história na indústria automotiva sul-americana.
O primeiro modelo a chegar é o C10 e é o único SUV da história do país a oferecer uma tecnologia inovadora em sua versão ultra-híbrida — dotada de um motor a combustão projetado somente para gerar energia — que, por sinal, pode ser usada para recarregar as baterias do carro ou alimentar o motor elétrico de tração. O visual de ambas (elétrica e híbrida) é idêntico. De diferente, aliás, o bocal de reabastecimento de combustível do C10 híbrido. O elétrico tem preço de lançamento partindo de R$ 190 mil. O híbrido, de R$ 200 mil. Os faróis dianteiros são de leds com tecnologia adaptativa (que ajusta a luminosidade conforme condições climáticas e tráfego) e integrados ao para-choque. Na parte inferior, faróis de neblina (também de leds) emolduram a entrada de ar equipada com persianas móveis, que só se abrem quando necessário, melhorando ainda mais a eficiência energética.
As rodas são de liga-leve de 20” escurecidas. As maçanetas, embutidas, para reduzir o atrito do carro com o ar em altas velocidades. No interior, amplo, vários detalhes interessantes, como o movimento de boas-vindas do banco do motorista, que recua eletricamente por alguns centímetros após a porta ser aberta, retornando à posição memorizada após a entrada do condutor. Para entrar no carro, basta um exclusivo cartão NFC no celular. A chave digital integrada ao smartphone permite que o veículo detecte a proximidade do condutor e abra o carro sozinho, sem a necessidade de tirar o celular do bolso ou desbloquear a tela. Ao entrar, basta aproximar o cartão NFC no console central ou colocar uma senha numérica personalizável na tela para iniciar a condução.
Espaço e comodidades – Todos os assentos adotam espumas de diferentes densidades, apoiando integralmente o corpo de seus ocupantes e garantindo conforto não importando o tempo da viagem. Os bancos dianteiros com ajuste elétrico ainda possuem um sistema completo de aquecimento e ventilação integrado, enquanto quem viajar atrás desfruta da amplitude do espaço para as pernas, graças ao assoalho traseiro plano e ao entre-eixos com mais de 2,82 metros — além de ter difusores de ar-condicionado exclusivos para a segunda fileira e dois conectores USB adicionais.
O porta-malas é de até 465 litros (435l na versão híbrida) e tampa traseira elétrica inteligente: por meio de um comando na própria tampa ou diretamente no sistema multimídia, é possível programar o limite de abertura, recurso essencial para a abertura do porta-malas em garagens com teto baixo ou vagas próximas à parede. E, no C10 Elétrico, ainda há ainda um compartimento adicional extra, na dianteira do veículo, com 32 litros de volume. Para se precaver em caso de imprevistos no trânsito, é possível acionar as quatro câmeras posicionadas na carroceria e retrovisores para realizar uma gravação contínua de 360º ao redor do carro, com armazenamento das imagens sendo feitas diretamente em um pen-drive. E o navegador on-line integrado analisa a melhor rota até seu destino, levando em conta engarrafamentos, nível de carga da bateria ao fim do trajeto e até mesmo a quantidade de semáforos em seu caminho.
O Leapmotor C10 é equipado com sistema de som com 12 alto-falantes e subwoofer para criar um áudio envolvente no padrão 7.1 (iguais aos home-theater residenciais de primeira linha) com 840W de potência e integrado ao sistema de iluminação ambiente, que pode alterar cores e intensidades das luzes conforme o ritmo da música. Microfones posicionados em pontos estratégicos permitem diferenciar qual ocupante do veículo está falando, então quando o passageiro dianteiro pedir via comando de voz para reduzir a temperatura do ar-condicionado, somente o lado direito será alterado.
Geely EX2 chega ao Brasil a partir de R$ 120 mil – O Geely EX2 acaba de ser lançado no Brasil. Líder de vendas no mercado chinês, o maior e um dos mais disputados do mundo, ele está disponível em duas versões, com preços de R$ 123.800 para a versão Pro e R$ 136.800 para a versão Max. Como tem ocorrido constantemente, há ‘condição especial de lançamento’: as versões PRO e MAX serão comercializadas por R$ 120 mil e R$ 135.100, respectivamente. Na Max, os clientes também poderão optar por um carregador do tipo wallbox. A Geely já tem no Brasil o SUV elétrico Geely EX5, lançado em julho. Elétrico, ele oferece, dependendo da versão, itens importantes como sistemas avançados de segurança (Adas), câmera panorâmica de 540 graus, banco do motorista elétrico e teto em pintura contrastante.
Gasolina: cai na distribuidora, sobe nos postos – Em outubro, o preço médio da gasolina nos postos do Brasil registrou uma leve alta de 0,32% em comparação com setembro, chegando a R$ 6,36, mesmo após a redução de 4,9% no preço do combustível para as distribuidoras, anunciada pela Petrobras e em vigor desde o dia 21 de outubro. Já o etanol registrou leve queda de 0,23% no mesmo período, recuando ao preço médio de R$ 4,40. Os números são da mais recente análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa.
Na análise por regiões, a maioria acompanhou a alta para o gasolina, com exceção do Norte, a única região a registrar queda para o combustível, de 0,15% (R$ 6,82, maior média entre regiões), e do Sudeste, que registrou estabilidade em relação a setembro (R$ 6,21, menor média entre regiões). O Sul apresentou a maior alta do período, de 0,80% (R$ 6,33). Já em relação ao etanol, apesar da queda na média nacional, a maioria das regiões registrou altas, com destaque para o Centro-Oeste, com aumento de 1,81% (R$ 4,50). Apenas o Nordeste teve queda para o biocombustível no período, de 0,20%, fazendo com que a média da região chegasse a R$ 4,93.
Mercado automotivo: melhor do que em 2024 – O setor automotivo deve fechar 2025 com resultados melhores do que no ano anterior, segundo a nova edição da Análise Setorial, elaborada pelo Data OLX Autos, fonte de inteligência automotiva do Grupo OLX. Segundo o estudo, as vendas de carros novos acumuladas em 12 meses a contar de setembro cresceram 6,1% e a produção subiu 8,9%. O desempenho indica que, caso as vendas e a produção do último trimestre se mantenham nos patamares de 2024, devem superar as projeções das entidades de classe (Fenauto e Anfavea).
O mercado externo também merece destaque. Segundo o estudo, após um ano e meio de saldos negativos no comércio de veículos de passageiros com outros países, voltamos a ter superávit no resultado acumulado em 12 meses em agosto e setembro deste ano. A principal explicação para a reversão do déficit é o elevado crescimento das vendas para a Argentina. “Os dados mostram um setor resiliente, a despeito dos desafios impostos pelas altas taxas de juros, que afetaram negativamente o mercado de crédito para aquisição de automóveis”, afirma Flávio Passos, VP de Autos do Grupo OLX.
Juros e tarifaço – Quanto à conjuntura macroeconômica, o documento mostra que, após quase seis meses do início da guerra comercial no cenário global, o setor automobilístico brasileiro não foi significativamente afetado. No setor automotivo, o programa Carro Sustentável influenciou na queda da inflação de veículos novos. Já a inflação de carros usados permaneceu relativamente estável, com 1,44% em setembro. Os juros para financiamento de veículos se encontram em patamares superiores ao do ano passado, apesar de quedas recentes nas taxas para pessoas físicas e jurídicas.
Isto se relaciona principalmente ao valor da Selic, em 15% desde setembro de 2024. A concessão de crédito real para a compra de automóveis começou a apresentar redução em março para pessoas físicas e em fevereiro para jurídicas. No comparativo com dezembro de 2024, houve recuo de 2,5% e 6,5% em agosto para os dois perfis, respectivamente. Os financiamentos de automóveis e comerciais leves concedidos de janeiro a setembro de 2025 caíram 2,1% em comparação ao mesmo período de 2024. Por outro lado, os financiamentos de veículos novos subiram 2,7%, enquanto os de veículos usados caíram 3,2%.
GWM bate novo recorde – A GWM Brasil registrou em outubro o melhor resultado de sua história no país, com 5.228 veículos comercializados, marcando o quarto recorde mensal consecutivo de 2025. Pela primeira vez desde sua chegada, a marca ultrapassou a barreira dos 5 mil carros vendidos em um único mês. Com isso, a GWM mantém a liderança absoluta no segmento de híbridos, impulsionada pelo Haval H6, que registrou 3.374 unidades vendidas, consolidando-se como o modelo híbrido mais comercializado do Brasil. “Isso mostra que nossa estratégia está no caminho certo”, afirma Diego Fernandes, COO da GWM Brasil. No acumulado de janeiro a outubro, a GWM apresenta crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2024, enquanto o mercado automotivo nacional avançou apenas 1%.
Tera é o carro de passeio mais vendido – A Volkswagen do Brasil fechou o mês de outubro com novo integrante na liderança. Com apenas cinco meses de mercado, o Tera assumiu a primeira colocação entre os carros de passeio no Brasil com 10.161 unidades emplacadas. Outros três modelos da VW marcaram presença no Top 10 de vendas: Polo, T-Cross e Saveiro. No comparativo com setembro, o aumento foi de 33% nas vendas e, desde junho, já são mais de 27 mil unidades vendidas. Ao todo, a Volkswagen do Brasil alcançou 16,8% de market share no mês de outubro, somando 41.769 carros entregues. Mesmo com o seu irmão menor assumindo a liderança, o T‑Cross segue como o SUV mais vendido do Brasil no acumulado do ano, com 73.102 unidades emplacadas em 2025 (janeiro-outubro). E mesmo com uma parada de produção no mês de setembro, o modelo retomou as vendas e já apresentou um aumento de 50% nos resultados de vendas em outubro, fechando o mês com 7.113 emplacamentos.
Correia dentada banhada a óleo: manutenção e cuidados: Com a popularização dos motores de menor cilindrada nos automóveis lançados nos últimos anos, algumas tecnologias ganharam destaque no mercado. E a correia dentada banhada a óleo é uma delas. Desenvolvida para oferecer mais eficiência e durabilidade, sua manutenção exige o cumprimento rigoroso das recomendações do fabricante. No entanto, a frequência de falhas registradas em alguns motores tem feito com que o sistema ganhe destaque entre reparadores e proprietários. Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, Marlon Dias, coordenador técnico da Takao, marca de componentes para motor, explica os aspectos mais importantes relacionados ao funcionamento e à manutenção deste componente.
Funcionamento – O sistema de correia dentada banhada a óleo consiste na instalação da correia de sincronismo, responsável por coordenar o movimento entre o virabrequim e o comando de válvulas, imersas no óleo lubrificante do motor. Essa configuração reduz o atrito entre as partes móveis, promovendo menos vibração e ruído durante o funcionamento. Diferentemente das correias “secas”, que operam fora do cárter, as versões banhadas a óleo são fabricadas com compostos especiais de borracha sintética e fibras resistentes à ação química do lubrificante. O contato constante com o óleo diminui o atrito interno e melhora a dissipação de calor, contribuindo para o desempenho geral do motor. Em comparação com as correntes metálicas, o conjunto é mais leve, o que favorece o consumo de combustível e a dirigibilidade.
Maior durabilidade – Outra vantagem em relação à corrente de comando é a maior durabilidade. Em alguns casos, o intervalo de substituição indicado pelo fabricante pode superar 200 mil quilômetros, permitindo longos períodos de uso sem necessidade de intervenções mecânicas, o que facilita a manutenção e reduz custos para o proprietário. Entretanto, para usufruir plenamente destas vantagens, cuidados específicos devem ser observados, principalmente no que se refere ao óleo lubrificante. “A correia banhada a óleo é eficiente e moderna, mas exige disciplina. O óleo precisa estar sempre dentro das especificações da montadora, e os intervalos de troca não podem ser negligenciados. Caso contrário, o risco de falha é alto”, alerta Marlon Dias. “Essa peça trabalha imersa no óleo do motor e, por isso, precisa de uma composição resistente à corrosão provocada pelo lubrificante”, complementa.
Troca de óleo – Para garantir mais durabilidade, as correias são produzidas com compostos de borracha e materiais como aramida e polímeros de alta resistência térmica. No entanto, o descumprimento do prazo de troca ou o uso de óleo fora da especificação indicada pelo fabricante comprometem a integridade do componente, podendo causar falhas em todo o conjunto motriz. “Partículas, aditivos incompatíveis ou atrasos na troca do óleo podem acelerar a degradação da correia. Fibras soltas podem obstruir o pescador do óleo, causar danos ao sistema de lubrificação e, consequentemente, afetar o virabrequim, as bronzinas e outros componentes do motor”, explica o coordenador técnico da Takao. O mau funcionamento da correia banhada a óleo pode ser identificado por alguns sinais, como o acendimento da luz de óleo no painel durante o funcionamento do motor ou a presença de partículas estranhas no lubrificante. Quando isso ocorre, o prejuízo pode ser elevado, comprometendo toda a integridade do conjunto mecânico.
Ações específicas – A substituição da correia banhada a óleo requer procedimentos específicos: é necessário drenar completamente o óleo do motor, remover os componentes que dão acesso ao sistema — como coxim do motor, filtros e carcaça da correia — retirar a correia antiga e o tensor e, em seguida, instalar as novas peças (correia, tensor e juntas). Depois, realiza-se a limpeza completa do sistema de lubrificação e o reabastecimento do motor com o lubrificante indicado pelo fabricante. Por fim, faz-se a remontagem de todos os itens na ordem inversa da desmontagem. Segundo o especialista, esse é apenas o procedimento básico para substituição da correia, sem considerar os possíveis danos já causados ao motor.
Lubrificantes corretos – A compatibilidade química entre o óleo e o material da correia é fundamental. O uso de lubrificantes fora da especificação, mesmo que de boa qualidade, pode causar inchaço, descolamento de dentes ou desfiamento das fibras, levando à falha prematura do sistema. “Não adianta usar um óleo com a mesma viscosidade do lubrificante original. É preciso obedecer a todos os parâmetros de uso, incluindo a norma SAE e os padrões de aprovação adotados pela montadora”, reforça Marlon. Essas informações estão disponíveis nos manuais dos veículos e devem ser rigorosamente seguidas para garantir a utilização do lubrificante correto. Isso preserva a integridade das peças após a troca e evita danos ao conjunto. O especialista ainda destaca a importância de utilizar apenas produtos homologados pelos fabricantes, de origem reconhecida e adquiridos em distribuidores e estabelecimentos confiáveis.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
No mesmo dia em que terminou a Cúpula de Líderes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), um tornado atingiu cidades do Paraná, provocou seis mortes e deixou 750 feridos. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil disseram que o fenômeno é mais uma prova da necessidade de ações concretas e investimentos para lidar com os extremos climáticos.
Segundo Carlos Rittl, diretor global de políticas públicas para florestas e mudanças climáticas da Wildlife Conservation Society (organização não governamental internacional), eventos recentes pressionam por compromissos mais efetivos na COP30.
“Tivemos o furacão que assolou a Jamaica. Um tufão que passou pelas Filipinas, provocando mais de 180 mortes. E, depois, o mesmo com o Vietnã. Estamos vivendo na era de extremos. E isso impõe uma responsabilidade muito grande ao Brasil na presidência da COP30, assim como dos demais negociadores, a darem respostas”, disse Carlos.
“Por um lado, é reconhecer que a ação está mais lenta do que o necessário no corte de emissões de gases de efeito estufa. E a principal referência continua sendo o Acordo de Paris, para limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais. Precisamos evitar que a interferência humana no sistema climático ultrapasse limites perigosos”, complementou.
Uma das críticas comuns entre as organizações ambientais é a de que o tema “adaptação” recebe menos atenção e investimentos do que a “mitigação”. Reduzir as emissões de gases do efeito estufa é fundamental, mas as cidades precisam de investimentos urgentes para aumentarem a capacidade de lidar com os eventos extremos cada vez mais comuns.
“Eu estou em Belém, prestes a iniciar o evento geral da COP30 e é preciso colocar na mesa dos políticos de que esse mapeamento já foi feito pelos cientistas. Todas as projeções apontam para a necessidade de preparar as cidades. E para fazer essa preparação, é obrigatório ter recurso financeiro”, disse Everaldo Barreiros, professor de meteorologia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Barreiras explica que a COP em Belém vai discutir esse financiamento para que os países mais vulneráveis aos eventos extremos de mudanças climáticas possam estar preparados e saibam lidar com esses impactos. “Eles são inevitáveis. Precisamos preparar as cidades para diminuir esses prejuízos e, principalmente, proteger a vida”, complementou.
O diretor da Wildlife Conservation Society reforça que os investimentos externos devem estar alinhados com a aplicação dos próprios municípios em medidas de adaptação climática. Cada região vive os impactos de maneira diferente e precisa estabelecer metodologias próprias aos desafios e vulnerabilidades locais.
“Nessa COP, temos como uma das pautas triplicar os recursos disponíveis para apoiar países em desenvolvimento nas suas ações de adaptação e reduzir as suas vulnerabilidades aos impactos das mudanças climáticas”, disse Carlos Rittl.
O especialista ressalta, entretanto, que cada município deve pensar em estabelecer as próprias estratégias de adaptação. “Tivemos as chuvas severas que atingiram o Rio Grande do Sul. Nesses dois últimos anos, aqui na Amazônia, tivemos seca muito severa, o que agravou a situação dos incêndios. São exemplos que mostram ser necessária essa ação local.”
Menos de vinte dias após ser anunciado como novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL) lança seu primeiro programa à frente da pasta: o Governo na Rua. A iniciativa prevê uma série de reuniões em regiões periféricas do país para ouvir demandas da população e aproximar o governo federal das comunidades.
O lançamento está marcado para este sábado (8), em São Paulo. Boulos deve inaugurar o projeto no Morro da Lua, no Campo Limpo, zona sul da capital — comunidade com a qual mantém ligação simbólica. Morador da região há anos, ele escolheu a comunidade para realizar a convenção que marcou o início de sua pré-candidatura à prefeitura de São Paulo, em 2020. As informações são do jornal O Globo.
Como mostrou O GLOBO, a escolha de Boulos para a Secretaria-Geral é vista como uma tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reaproximar os movimentos sociais a um ano das eleições municipais. O deputado do PSOL substituiu Márcio Macêdo e protagonizou a 13ª mudança no primeiro escalão desde o início do mandato.
Com a troca, Lula quer colocar à frente da pasta — responsável pela interlocução com a sociedade civil e movimentos sociais — um nome com forte capacidade de mobilização e diálogo direto com as bases. No Planalto, a avaliação é de que a presença de Boulos pode ajudar a engajar entidades populares em pautas do governo, fortalecer a comunicação com jovens e ampliar o alcance político do presidente.
Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Boulos construiu sua trajetória no ativismo social e tem forte presença nas redes. “Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil. Minha grande escola de vida e de luta foi o movimento social brasileiro, e levarei esse aprendizado agora ao Planalto”, escreveu nas redes sociais ao ser escolhido para o cargo.
Com sua nomeação, o PSOL passa a comandar dois ministérios: além da Secretaria-Geral, o partido já está à frente da pasta dos Povos Indígenas, com Sonia Guajajara. Boulos também deve assumir papel central nas negociações sobre a regulamentação do trabalho por aplicativos — promessa de campanha de Lula em 2022 que ainda não saiu do papel.
O Governo de Pernambuco publicou neste sábado (8), no Diário Oficial do Estado, a nomeação de 717 novos servidores aprovados em concursos públicos. A convocação contempla diferentes áreas da administração estadual, com destaque para a segurança pública, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a educação. Do total, 419 cargos são destinados à Polícia Civil, sendo 49 delegados, 141 escrivães e 229 agentes. Também foram nomeados 40 integrantes da PGE e 258 analistas e assistentes da Secretaria de Educação.
A governadora Raquel Lyra afirmou que a nomeação reforça o compromisso da gestão com o fortalecimento do serviço público. “São mais de 700 novos servidores estaduais que representam mais um passo no fortalecimento do nosso serviço público. Vamos ampliar a capacidade técnica do Estado e garantir mais eficiência e qualidade na atuação da PGE e na Educação, que é prioridade no nosso governo”, pontuou.
Na área da segurança, os novos servidores vão reforçar o efetivo da Polícia Civil dentro do programa Juntos pela Segurança, que vem promovendo ações estruturantes para melhorar o atendimento à população. “Os novos policiais irão ampliar o efetivo da corporação e reforçar a segurança pública de Pernambuco”, disse o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.
Na Procuradoria Geral do Estado, os 40 nomeados atuarão nas procuradorias especializadas, em áreas como gestão pública, engenharia e cálculos judiciais. Já na Educação, serão 216 assistentes administrativos e 42 analistas em gestão educacional. Após a publicação da nomeação, os convocados terão 30 dias para tomar posse, prazo que pode ser prorrogado. Caso não o façam, perderão o direito à vaga.
A demissão de dezenas de servidores contratados pela Prefeitura de Iguaracy, no Sertão do Pajeú, causou forte reação entre moradores. A medida, tomada nos últimos dias, deixou diversas famílias sem renda e gerou críticas à gestão municipal pela falta de diálogo e planejamento antes da decisão.
Enquanto cidades vizinhas reduziram gastos com eventos e publicidade para equilibrar as contas, Iguaracy optou por cortar contratos de trabalho. A decisão provocou indignação nas redes sociais, onde moradores e ex-servidores cobram explicações e maior sensibilidade por parte da administração.
A Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. As informações são do blog Mais Pajeú.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou neste sábado para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para reclamar da escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei que cria a chamada Lei Antifacção, proposta enviada pelo governo ao Congresso nesta semana. A informação foi publicada pelo blog de Valdo Cruz e confirmada pelo O GLOBO com auxiliares de Motta.
Segundo relatos, Lula demonstrou incômodo com a indicação de Derrite, secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo e aliado do governador Tarcísio de Freitas, nome cotado para disputar a Presidência em 2026. O presidente preferia que o relator fosse um parlamentar considerado mais neutro, diante da polarização entre o governo e a direita no debate sobre segurança pública.
Hugo Motta assegurou ao presidente que a relatoria será conduzida de forma técnica, sem viés político, e reiterou que o texto do governo não será apensado a propostas que equiparem facções criminosas a organizações terroristas — ponto sensível para o Planalto. Lula já havia se manifestado contra essa equiparação, por avaliar que ela abriria brechas para intervenções estrangeiras no país sob a justificativa de combate ao terrorismo.
Em publicação feita no X, Motta afirmou que a segurança pública é uma “pauta suprapartidária e uma urgência nacional” e disse que vai trabalhar para que a Câmara aprove o projeto ainda neste ano. Segundo ele, o relatório de Derrite “preserva avanços do projeto do governo federal e endurece as penas contra o crime”. O deputado acrescentou que o tema deve servir como “ponto de unidade” entre governo, Congresso e sociedade: “Quando o tema é segurança, não há direita nem esquerda, há apenas o dever de proteger.”
O texto relatado por Derrite propõe equiparar o tratamento penal das facções criminosas a atos de terrorismo, sem classificá-las formalmente como organizações terroristas. O substitutivo endurece penas, amplia o confisco de bens e permite bloqueio imediato de recursos usados por grupos criminosos.
O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), acompanhou o relator, ministro Alexandre de Moraes, e votou para aceitar a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) e tornar réu Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes acusado de vazar informações sigilosas.
Com o voto de Zanin, o placar ficou em 2 a 0. Como o caso tramita na 1ª Turma do tribunal, falta apenas um voto para formar maioria. Ainda faltam as manifestações de Cármen Lúcia e Flávio Dino, que têm até meia-noite de sexta-feira (14) para depositarem seus votos no plenário virtual. Os magistrados ainda podem pedir vista, suspendendo a análise do caso, ou destaque, levando o debate para o plenário físico. As informações são da CNN Brasil.
Zanin acompanhou integralmente o voto de Moraes, que se posicionou para aceitar a acusação de PGR contra Tagliaferro por todos os quatro crimes citados na denúncia: violação de sigilo funcional; coação no curso do processo; obstrução de investigação envolvendo organização criminosa; e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O magistrado disse que Tagliaferro reforçou a “campanha de deslegitimação das instituições” com o vazamento de mensagens e dados sigilosos, criando um “ambiente de intimidação institucional”.
Quem é Eduardo Tagliaferro
Tagliaferro ocupava o cargo de assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação. Ele é acusado de vazar para a imprensa diálogos sobre assuntos sigilosos que ele manteve com servidores do gabinete de Moraes tanto no STF quanto no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As mensagens em questão indicam que o ministro teria usado a Corte Eleitoral para investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em fevereiro, Tagliaferro foi indiciado pela PF (Polícia Federal) por violar o sigilo funcional, com dano à administração pública. Com base em arquivos obtidos no celular do ex-assessor, a PF afirma que o vazamento ocorreu de forma proposital.
Quatro meses depois, em julho, Tagliaferro se mudou para a Itália. Do exterior, ameaçou que iria revelar bastidores do gabinete de Moraes. Em agosto, a PGR apresentou uma denúncia contra ele.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Tagliaferro aderiu às condutas da organização criminosa investigada nos inquéritos da trama golpista — relatados por Moraes —, das fake news e das milícias digitais. O PGR disse ainda que os diálogos foram relevados para atender aos “interesses ilícitos” da organização, que agia para disseminar notícias falsas contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas, “bem como pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.
Tagliaferro foi detido na Itália em outubro, após Moraes pedir a sua extradição.
O ministro da Educação, Camilo Santana, garantiu que nenhum inscrito no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) será prejudicado em razão do tornado que atingiu o Paraná. O fenômeno causou destruição na região central do estado, deixando pelo menos seis mortes e mais de 700 feridos.
Camilo Santana, em vídeo publicado nas redes sociais neste sábado (8), informou que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) deve anunciar uma nova data para a aplicação das provas nos locais afetados. As informações são da CNN Brasil.
“Deixar um recado claro aqui que nenhum inscrito no Enem será prejudicado por conta dos acontecimentos do Paraná. Aqueles que não poderão fazer a prova terão direito a fazer uma reaplicação em uma data que será anunciada pelo Inep”, afirmou o ministro.
Neste sábado (8), o ministro Camilo Santana se reuniu no Ministério da Educação com o Inep para acertar o planejamento da aplicação do primeiro dia de provas do Enem neste domingo (8).
Como mostrou a CNN, a Seed-PR (Secretaria de Estado da Educação do Paraná) suspendeu a aplicação das provas no município de Rio Bonito do Iguaçu em razão dos danos provocados pelo tornado que devastou a cidade.
Quando a presidente do TSE, Cármen Lúcia, abriu na última terça-feira (4) a sessão do julgamento da cassação do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), todos no plenário já sabiam que a noite acabaria com um pedido de vista e que o desfecho do processo não ocorreria ali.
Os dias anteriores tinham sido marcados por conversas duras, “climão” entre ministros e uma guerra de lobbies que pavimentaram o caminho da suspensão.
Tudo começou quando Cármen decidiu pautar o julgamento, no dia seguinte à operação policial mais letal da história do Rio, que resultou na morte de 121 pessoas e colocou o Palácio Guanabara em rota de colisão com o Palácio do Planalto.
O caso foi liberado pela relatora, Isabel Gallotti, e estava pronto para entrar na pauta desde junho, mas até então Cármen o vinha mantendo na gaveta. A decisão da presidente do TSE de finalmente marcar o julgamento na sequência da operação não só pegou de surpresa os outros ministros como acendeu o sinal de alerta no entorno de Castro e Bacellar, que passaram a falar em oportunismo.
“Isso é preocupante”, afirmou um ministro do TSE, que considerou “muito ruim” o agendamento logo após a operação policial no Rio. “Aparenta oportunismo político.”
Antes mesmo que a tropa de Castro em Brasília entrasse em ação, porém, a própria Gallotti abordou Cármen na sala de togas, onde os ministros costumam lanchar, conversar antes das sessões e acertar estratégias para os julgamentos.
Segundo apurado pelo Globo, Gallotti se mostrou incomodada com o momento político para a análise do caso. A relatora então sugeriu duas possibilidades: simplesmente adiar o início do julgamento ou suspendê-lo após a leitura do voto, já que Gallotti deixa o TSE no próximo dia 21, quando termina o seu mandato.
Mas Cármen insistia que o julgamento deveria prosseguir e sem interrupções, o que chamou a atenção de colegas: toda a pressa que a presidente não teve desde junho para pautar, ela demonstrava agora para definir a situação do governador.
A tensão entre as duas só diminuiu, segundo relatos, quando o ministro Antonio Carlos Ferreira entrou na conversa e avisou que pediria vista, como acabou ocorrendo. Pelo regimento do TSE, Antonio Carlos tem até 60 dias para devolver o processo, o que pode fazer com que o caso só volte à pauta do tribunal em fevereiro, já que os prazos processuais são congelados durante o período de recesso de fim de ano.
A solução proposta por Antonio Carlos permitiu a Gallotti ler o voto – que foi duro, pela cassação de Castro e Bacellar e a declaração de inelegibilidade dos dois — e ainda favoreceu a estratégia das defesas.
Castro, Bacellar e o ex- vice-governador Thiago Pampolha – que deixou o cargo para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio – são acusados de abuso de poder político e econômico no chamado “escândalo do Ceperj”.
No caso, revelado pelo UOL em 2022, descobriu-se a existência de uma “folha de pagamento secreta” do governo do Rio, com 20 mil pessoas nomeadas para cargos temporários no próprio Ceperj e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), incluindo aliados e cabos eleitorais do governador.
Timing
O entorno de Castro aposta em uma série de pedidos de vista para empurrar o desfecho do julgamento quando o ministro Kassio Nunes Marques já tiver assumido a presidência do TSE. Indicado ao STF por Jair Bolsonaro, Nunes Marques é um ministro com mais trânsito na classe política, mais próximo de lideranças do Centrão e, no mapa de votos, considerado mais inclinado a salvar Castro – ou seja, é oposto de Cármen, que deixa o comando do tribunal em junho do ano que vem.
“Qualquer momento do julgamento vai ser ruim a partir de agora”, disse ao Globo um ministro do TSE ouvido em caráter reservado. Para uma ala do tribunal, os ministros terão de “escolher o mal menor”, considerando as consequências políticas do caso, que se terminar com a cassação deverá levar à realização de novas eleições no Rio a menos de um ano do pleito marcado para outubro do ano que vem.
Terceiro maior colégio eleitoral do país, o Rio nunca viu um governador no exercício do mandato ser cassado pelo TSE.
Pressão
Diante da decisão de Cármen, políticos próximos a Castro passaram a procurar os ministros e aliados pedindo a suspensão do julgamento – um lobby que teria reunido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil) ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).
De outro lado, pelo menos dois ministros do STF e políticos ligados ao governo pressionaram integrantes do TSE para antecipar o voto e já formar um placar pela cassação do governador, mesmo com o pedido de vista.
Além disso, os advogados de defesa – uma espécie de “força-tarefa” jurídica formada por seis ex-ministros do TSE – também acionaram seus contatos na Corte para tentar convencer os ministros a empurrar a definição do processo mais para frente.
Em meio à tensão que se estabeleceu dentro e fora do tribunal, as defesas ainda tentaram uma última jogada: uma questão de ordem que, se aceita, poderia levar ao arquivamento do caso.
Ao longo dos dois dias de intensa peregrinação por gabinetes e conversas de pé de ouvido, todos foram informados de que prevaleceria a suspensão do julgamento, que a questão de ordem seria descartada e que nenhum ministro anteciparia o voto.
Constrangimento no plenário
Mas o mal-estar no TSE não ficou restrito aos bastidores, antes da sessão. Durante, também houve diversos momentos de incômodo e constrangimento no plenário.
Primeiro com Cármen Lúcia, por sugerir que os advogados dos réus tivessem, cada um, direito a apenas dois minutos de sustentação oral – o Ministério Público, autor de uma das ações, teve direito a dez.
Ao final, depois de diversas partes desistirem de falar para que os advogados tivessem um pouco mais de tempo, as defesas de Castro e Bacellar tiveram 7 minutos e 30 segundos. O de Pampolha teve cinco. O processo reúne ao todo 12 réus, entre candidatos eleitos e secretários de Castro.
A postura da relatora, Galloti, também causou incômodo.
A ministra só distribuiu o voto aos outros seis integrantes do TSE, impresso em um envelope, durante a própria sessão, em uma estratégia para impedir vazamentos. Na prática, a decisão de não compartilhar antecipadamente o inteiro teor do voto não permitiu que os ministros estudassem os argumentos, ainda que a conclusão de Gallotti já fosse prevista por todos.
Além dos ministros, também recebeu o voto durante a sessão o vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, que no caso não atua apenas como representante do Ministério Público e “fiscal da lei”, mas também é autor de um dos recursos pela cassação.
Isso levou o advogado Fernando Neves, responsável pela defesa de Castro, a reclamar e pedir “tratamento isonômico”: que, assim como o vice-procurador geral eleitoral, Alexandre Espinosa, os advogados dos réus também pudessem ter acesso ao inteiro teor do voto, já que parte dele havia sido lida, mas outros trechos não.
Gallotti, porém, respondeu que os advogados poderiam transcrever o voto dela ouvindo a sessão pelo YouTube. “Foi uma situação constrangedora e a resposta da Isabel foi grosseira”, criticou um colega da ministra.
Durante a leitura do voto, que se estendeu por quase duas horas, a ministra chamou de “Marcelo Frouxo” o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, autor de uma das ações, e errou repetidas vezes o sobrenome de “Pampolha”, chamado por ela de “Pamplona”.
Ao final, defendeu até mesmo a cassação do mandato de Pampolha, mesmo ele tendo deixado o cargo em maio deste ano para assumir uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Rio de Janeiro – e, por isso, só podendo ser punido com inelegibilidade (algo afastado pelo Ministério Público) ou multa. Depois, a ministra se corrigiu e pediu desculpas.
Como o mandato de Gallotti no TSE termina no fim deste mês, quando o julgamento de Castro for concluído, ela não vai estar mais na Corte Eleitoral.
O que diz o TSE
Procurada, Gallotti não se manifestou. O TSE informou que o voto da relatora será “disponibilizado com o final do julgamento, quando será proferido o acórdão pelo Tribunal Superior Eleitoral”.
A ex-prefeita de Itaíba, Regina da Saúde, pré-candidata a deputada estadual, marcou presença ontem (7) no 5º Festival de Economia Criativa de Arcoverde, promovido pelo Sesc. O evento celebra a força da cultura, do artesanato e do empreendedorismo sertanejo, reunindo artistas, produtores e empreendedores da região.
Durante a visita, Regina foi recebida com carinho por amigos e apoiadores, entre eles o vereador João Taxista, o ex-secretário de Esportes Thiago Santana e o Capitão Vieira. Ela percorreu os estandes, conversou com artesãos e destacou a importância de iniciativas que valorizam o trabalho local. “Arcoverde é uma cidade irmã de Itaíba. Tenho um carinho enorme por esse povo, que sempre me recebeu com respeito e amizade”, afirmou.
A ex-prefeita também elogiou o papel do Sesc na promoção do evento, ressaltando que a economia criativa é um instrumento de inclusão e desenvolvimento no Sertão. “Quando o Sesc promove um festival dessa grandeza, ele dá visibilidade a quem vive de seu talento e incentiva a autonomia das famílias empreendedoras”, disse. Regina lembrou ainda que, durante sua gestão em Itaíba, investiu em políticas de incentivo ao comércio local, ao artesanato e ao empreendedorismo feminino.
Com a publicação do acórdão das condenações sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu prazo para que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresente os últimos recursos. O principal deles é o embargo de declaração, que pode ser protocolado em até cinco dias. Depois dessa etapa, o ministro Alexandre de Moraes deve encerrar o processo, tornando as penas definitivas e abrindo caminho para uma eventual prisão. As informações são da CNN Brasil.
Enquanto isso, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) já começou a discutir os preparativos para o caso de Bolsonaro ser preso. De acordo com a CNN, o órgão pediu a Moraes que o ex-presidente passe por uma avaliação médica para saber se ele poderia cumprir pena em uma unidade prisional de Brasília. O ministro, no entanto, negou o pedido por considerar o momento inadequado.
Um dos locais cogitados é o Complexo Penitenciário da Papuda, onde estão outros condenados pelos atos de 8 de janeiro. Mesmo assim, a defesa de Bolsonaro deve pedir prisão domiciliar, alegando idade e problemas de saúde.
Os recursos que ainda restam devem ser analisados nos próximos dias. Depois disso, se o STF confirmar o fim das possibilidades de recurso, Moraes poderá determinar o início do cumprimento da pena — o que deixaria o ex-presidente mais perto de uma prisão.