Lula e Bolsonaro tornam previsão para 2026 incerta

Por Rudolfo Lago*

Um experiente parlamentar da oposição observa o quadro para 2026 e o compara à meteorologia. No caso, no momento parece impossível se prever se em 2026 “vai fazer sol, vai chover, vai nevar”. E completa: “E talvez seja mesmo um defeito nosso na metade de um governo já ficar discutindo quem vencerá o outro”. De qualquer modo, nunca um quadro eleitoral revelou-se tão incerto. Porque, depois de todos esses anos de polarização política, tudo dependerá do que irá acontecer tanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto com o ex-presidente Jair Bolsonaro. No momento, não há certeza da participação de nenhum dos dois nas próximas eleições. O que abre o jogo para todo mundo. Mas também o trava.

Um reflexo sintomático dessa situação é a possível federação do PP com o União Brasil. Na semana passada, dava-se como certa de que ela seria anunciada no fim de semana. Não foi. Exatamente porque não há sinal de que os partidos marcharão juntos em 2026.

O União Brasil tem um candidato, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Mas o PP o apoiará? Se nem mesmo no União Brasil ele é consenso? Esta semana, por exemplo, o ministro do Turismo, Celso Sabino, declarou que o ideal para o União era indicar o vice de Lula.

“Eu, se fosse Lula, diante dos resultados das pesquisas, não disputaria a próxima eleição”, comentou esse parlamentar de oposição. Na Quaest divulgada na manhã de quarta-feira (1), Lula amargou 51% de reprovação. É a menor taxa de popularidade de todos os levantamentos da Quaest. Uma situação que, se não for revertida, pode cristalizar uma forte rejeição a Lula. Forçosamente, se disputar, 2026 será a última eleição de Lula, que já terá 81 anos. “Ele vai querer encerrar sua carreira política com uma derrota?”, questiona o parlamentar. Não disputando Lula, quem se apresentaria pelo campo do governo? E, do outro lado, quem da oposição?

O nome mais provável da oposição, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é justamente o que tem mais dificuldades de se lançar independentemente de Bolsonaro. E Bolsonaro não indica desistir de tentar reverter a sua situação.

Esse parlamentar, no entanto, comenta parecer quase impossível que Bolsonaro consiga reverter a sua situação. No campo jurídico, a condenação é certa. No campo político, é também muito difícil. Mesmo que a oposição, avalia, consiga aprovar o projeto de anistia.

O argumento do Republicanos, de que Bolsonaro não poderia ser anistiado porque ainda não foi condenado faz sentido. Mas, para além disso, parece difícil estender um projeto destinado a rever casos de condenações exageradas a um julgamento por tentativa de golpe.

“A única possibilidade talvez seja a vitória em 2026 de alguém do nosso campo que o indulte depois”, raciona o parlamentar. “Mas essa seria uma boa solução para ele?”, questiona. Bolsonaro perderia a chance de 2026 para talvez voltar em 2030. Mas, aí ele já terá 76 anos.

*Colunista do Correio da Manhã

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Os cidadãos com passaporte da Austrália, do Canadá e dos Estados Unidos precisarão de visto para entrar no Brasil a partir desta quinta-feira (10), quando entra em vigor o decreto do poder Executivo que estabelece a exigência.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), a decisão do governo brasileiro foi tomada em maio de 2023 em respeito ao princípio da reciprocidade. A medida ocorre porque nos três países citados não há isenção de vistos aos nacionais brasileiros e “o Brasil não concede isenção unilateral de vistos de visita”. As informações são da Agência Brasil.

O Itamaraty informou que o governo brasileiro segue negociando acordos de isenção de vistos em bases recíprocas com os países mencionados. Em publicação em uma rede social, o ministro do Turismo, Celso Sabino, reforçou o posicionamento do governo brasileiro.

“Seguimos em tratativas para que os EUA isentem os brasileiros da exigência de visto, permitindo a reciprocidade para os norte-americanos que visitam o Brasil.”

Dados do painel de Chegadas de Turistas Internacionais ao Brasil da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), mostram que em 2024, o Brasil recebeu 728.537 turistas dos Estados Unidos, 96.540 vindos do Canadá, e 52.888 turistas da Austrália.

Solicitação do visto
Os viajantes destes países que chegam ao Brasil por via aérea, marítima ou terrestre, devem solicitar o visto online no site eVisa, com taxa de US$ 80,90, aproximadamente R$ 479. A estada desses visitantes no Brasil não poderá exceder 90 dias.

O primeiro passo é preencher o formulário de solicitação de visto e anexar os documentos exigidos, como o passaporte.

A solicitação do visto eletrônico deve ser feita com antecedência para evitar interrupções de viagem causadas por atrasos ou conexões perdidas, em caso da falta do visto.

Projeto de lei
Ao contrário do que estabelece o decreto presidencial, o Senado Federal aprovou, em março deste ano, um projeto de lei que suspende a exigência de vistos para cidadãos da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos e do Japão a partir de 10 de abril. O texto seguiu para apreciação da Câmara dos Deputados e ainda não teve tramitação.

O projeto de decreto legislativo aprovado no Senado é de autoria do senador da oposição Carlos Portinho (PL-RJ) e foi relatado por outro parlamentar do mesmo partido, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Apesar de constar no projeto do Senado, o Japão não está mais na lista dos países que exigem visto dos cidadãos brasileiros. Em agosto de 2023, os governos do Brasil e do Japão chegaram a um entendimento para a isenção recíproca de vistos de visita para portadores de passaporte comum que viajem por período de até 90 dias. A isenção entrou em vigor em setembro de 2023 e tem validade de três anos.

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A infraestrutura brasileira e os principais modais de transporte estão dando a volta por cima. Nos últimos dois anos, o Brasil passou a contar com mais investimentos e melhorias na qualidade dos portos, aeroportos e hidrovias. Os dados e conquistas alcançados pelos brasileiros nesse período foram apresentados pelo ministro Silvio Costa Filho durante reuniões nas Comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), reforçando o compromisso do Governo Federal com um Brasil mais conectado, produtivo e competitivo.

Durante sua apresentação aos senadores, Costa Filho destacou que o setor portuário foi amplamente beneficiado com investimentos voltados à modernização e à expansão da capacidade operacional. Em parceria com o setor privado, os terminais brasileiros receberam aporte superior a 260% no último biênio, em comparação com 2021 e 2022. Nos últimos dois anos, os complexos portuários receberam R$ 22,3 bilhões — o maior volume da história —, contra R$ 6,2 bilhões investidos no biênio anterior. Como resultado, os portos movimentaram, no último ano, mais de 1,3 bilhão de toneladas de produtos, com destaque para contêineres e produtos do agronegócio.

Ao analisar os resultados obtidos pelo Ministério de Portos e Aeroportos, o titular da pasta afirmou que os modais logísticos desempenham papel crucial no desenvolvimento econômico, com impacto direto em setores como comércio, turismo e indústria. “Investir na infraestrutura do país é elevar a qualidade dos serviços oferecidos ao povo brasileiro. Hoje, os turistas contam com aeroportos modernos e acessíveis; os portos brasileiros geram empregos e contribuem para o aumento da renda dos trabalhadores. Com comida na mesa, saúde e educação, o brasileiro voltou a acreditar em um futuro melhor”, acrescentou.

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que o crescimento da economia do país é resultado de muito trabalho e união coletiva. “O Brasil é um país que volta a sonhar e a ter esperança. Um Brasil que dá a volta por cima e deixa de ser o eterno país do futuro para construir, hoje, o seu futuro. Com mais desenvolvimento e inclusão social, mais tecnologia e mais humanismo. Um país que investe em saúde, educação e demais serviços públicos de qualidade”, destacou.

Os senadores presentes, tanto os de governo quanto os de oposição, fizeram questão de tecer elogios ao trabalho de Silvio Costa Filho. “Ministro, quero lhe parabenizar pela exposição. Já tivemos vários encontros e sou testemunha do trabalho que o senhor tem feito. Hoje, seu trabalho nos mostra a importância do Ministério dos Portos e Aeroportos. Aqui está uma clara demonstração de que precisamos do ministério. Ter um ministro com a sua habilidade ajuda muito”, enalteceu Beto Faro (PT-PA). “Cumprimento o ministro pela exposição e pelas suas atitudes até aqui”, emendou Esperidião Amin (PP-SC), reforçando que o pernambucano “está fazendo acontecer” à frente da pasta.

Ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS) parabenizou Silvio. “Parabéns pela apresentação. Nós ouvimos o conjunto da obra do que o seu ministério vem fazendo”, disse. “Estou muito feliz com a presença do ministro que nos prestigia. Fico muito feliz com as notícias dos investimentos”, salientou Jorge Seif (PL-SC). “O senhor tem muito respeito pela pasta que ocupa. Estou absolutamente contemplado por aquilo que nós já avançamos”, comentou Alan Rick (União-AC). “Saímos daqui maravilhados pela sua fala”, concluiu Jaime Campos (União-MT).

A logística em números

Para alcançar os resultados expressivos observados nos portos, aeroportos e hidrovias, o Governo Federal realizou um planejamento voltado à melhoria dos modais em todo o país. Empreendimentos aguardados há décadas pela população estão saindo do papel e movimentando a economia regional. Um exemplo é o Túnel Santos-Guarujá, a maior obra de infraestrutura qualificada do Novo PAC, cujo edital foi lançado em fevereiro. O leilão, previsto para o segundo semestre deste ano, será realizado por meio de parceria público-privada (PPP), com investimento estimado em R$ 6 bilhões.

O Governo Federal está comprometido com a transformação do setor portuário, tornando-o cada vez mais competitivo e sustentável, com o objetivo de garantir um futuro próspero e conectado ao mercado global. Até 2026, estão previstos R$ 22,85 bilhões em investimentos em 42 empreendimentos do setor. Em 2024, o Ministério de Portos e Aeroportos realizou oito leilões, atraindo investimentos superiores a R$ 3,74 bilhões. Para 2025, estão previstos 21 arrendamentos e uma concessão, que somarão R$ 19,85 bilhões. Somente o Tecon Santos 10 representa R$ 5,6 bilhões desse total. O novo superterminal de contêineres será construído no Porto de Santos, em São Paulo. Para 2026, a previsão é de cerca de R$ 3,10 bilhões investidos em 21 empreendimentos.

A hidrovia como solução sustentável

Medidas sustentáveis, com o objetivo de reduzir consideravelmente a emissão de gases de efeito estufa, estão sendo implementadas pelo Governo Federal. Com um projeto inovador, o Ministério de Portos e Aeroportos dará início à concessão de hidrovias no país. Para promover maior eficiência logística e ampliar a movimentação de cargas pelos rios, o MPor dará início à concessão de hidrovias. Com cerca de 20 mil quilômetros de rios navegáveis — com potencial para dobrar essa extensão —, o projeto prevê investimentos para tornar os trechos mais seguros e navegáveis. O ministério já trabalha na concessão de oito hidrovias, em quatro regiões brasileiras.

Para formular e implementar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento das hidrovias, foi criada a Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação. A área tem atuado em ações para expandir a navegabilidade, como é o caso do derrocamento do Pedral do Lourenço, que deve ser iniciado ainda este ano. Somente nos dois primeiros anos do Governo Lula, os investimentos públicos em hidrovias alcançaram R$ 767 milhões, valor 45% superior ao investido no governo anterior.

Aeroportos modernos e acessíveis

Em 2024, foram realizadas 42 entregas de obras em aeroportos de todo o país, com investimento total de R$ 3,2 bilhões — sendo R$ 2,7 bilhões provenientes de concessões e R$ 509,6 milhões de recursos públicos e privados (Fundo Nacional de Aviação Civil – FNAC e Infraero). Foram 13 obras na região Norte, 5 no Sul, 8 no Sudeste, 10 no Nordeste e 6 no Centro-Oeste, contemplando novas pistas ou terminais. As obras ampliam as possibilidades de desenvolvimento econômico e melhoram a qualidade dos serviços prestados aos usuários. Para 2025, estão previstos R$ 2,3 bilhões em investimentos privados e R$ 1,1 bilhão em investimentos públicos.

Nos próximos dois anos, o Governo Federal vai entregar mais 66 empreendimentos no setor aeroportuário, com destaque para a modernização e ampliação do Aeroporto de Congonhas, o segundo maior em movimentação do país. Os investimentos previstos para melhorias devem alcançar R$ 2,5 bilhões. Para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, o Ministério de Portos e Aeroportos antecipou, em oito meses, a entrega das obras de expansão do Aeroporto de Belém, orçadas em R$ 470 milhões. Até o fim de 2026, os aeroportos brasileiros devem receber R$ 9,7 bilhões em investimentos.

Aeródromos regionais

Com o objetivo de expandir a infraestrutura aeroportuária regional e tornar o modal mais acessível, o MPor lançou, em dezembro do ano passado, o programa AmpliAR. O projeto permite a contratação simplificada das atuais concessionárias que atuam no país para administrar e garantir a operação de aeródromos considerados estratégicos, mas com baixo interesse comercial. As concessionárias serão remuneradas por meio do reequilíbrio dos contratos vigentes. Aeroportos da Amazônia Legal e do Nordeste farão parte do primeiro leilão do AmpliAR. Todos os aeroportos incluídos no programa foram selecionados com base nas necessidades identificadas no Plano Aeroviário Nacional (PAN).

Após a fase de consulta pública — que recebeu 192 manifestações —, a Secretaria Nacional de Aviação Civil está analisando as contribuições recebidas, com o objetivo de atender às necessidades dos diferentes interessados. A previsão é que o leilão dos aeroportos indicados no programa seja realizado ainda este ano.

Planejamento e organização

Em um passo decisivo para fortalecer a logística de transporte no Brasil, o MPor lançou, em dezembro, os Planos Setoriais para Hidrovias, Portos e Aeroportos, com foco na eficiência e no desenvolvimento econômico sustentado pela preservação ambiental. Com horizonte de planejamento até 2035 para os setores portuário e hidroviário e até 2052 para o setor aeroviário, os planos estabelecem diretrizes claras para o futuro da infraestrutura de transporte do país, garantindo a modernização e a competitividade do Brasil no cenário global.

Inclusão e bem-estar social

Com um olhar voltado à inclusão de pessoas neurodivergentes no modal aéreo, o MPor lançou, no último ano, o programa de Acolhimento ao Passageiro com Transtorno do Espectro Autista, com ações específicas para esse público. Entre elas, está a instalação de salas multissensoriais nos principais aeroportos brasileiros. Com a inauguração do espaço no terminal de Recife, realizada na última semana, o setor já conta com cinco salas em funcionamento: Florianópolis (SC), Vitória (ES), Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ) e Recife (PE).

Até 2026, o Ministério de Portos e Aeroportos prevê a instalação de mais 20 salas multissensoriais nos terminais aéreos do país. Esses espaços oferecerão estímulos visuais, táteis e auditivos, com o objetivo de proporcionar relaxamento e bem-estar. Além disso, os profissionais do setor passarão por capacitação para melhor acolher os viajantes. O programa também prevê a reavaliação humanizada dos procedimentos, visando aprimorar a experiência dos passageiros com TEA, tanto em solo quanto durante o voo.

Dulino Sistema de ensino

Menos de uma semana após a governadora Raquel Lyra romper com o PSDB, o prefeito do Recife e seu futuro adversário nas urnas, João Campos (PSB), tem se aproximado da legenda. Durante congresso do PSB, Campos trocou afagos com o presidente da Assembleia Legislativa e dirigente estadual tucano, Álvaro Porto, e se comprometeu a auxiliar o partido na recomposição de seu quadro.

O prefeito, inclusive, já tratou os tucanos como parte de sua base de apoio, especialmente com vistas às eleições de 2026.

— É natural que os partidos que estão dentro da Frente Popular busquem essa composição harmônica. Um ajuda de um lado, outro ajuda do outro para garantir que todos avancem com força — afirmou Campos no último sábado. As informações são do Jornal O Globo.

Exatos dois dias depois, nesta segunda-feira, Raquel Lyra formalizou a adesão de 30 prefeitos ex-tucanos e da vice-governadora Priscila Krause ao PSD. A solenidade contou com a presença do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

O atrito entre Lyra e o PSDB teve início com a saída da governadora do partido, o que gerou reações contrárias. Lideranças tucanas avaliaram que ela teria se precipitado, por não ter esperado o fim das discussões de fusão e federação da legenda.

O sentimento de traição fez com que a direção nacional do partido intervisse no estado. O presidente nacional da legenda, Marconi Perillo, instaurou uma comissão interventora no diretório de Pernambuco e entregou o comando a um antigo adversário de Lyra, Álvaro Porto.

Apesar de ambos terem pertencido à mesma legenda, Raquel Lyra e Álvaro Porto nunca foram aliados políticos. O deputado, por sua vez, sempre manteve uma boa relação com o prefeito João Campos.

A tensão entre Lyra e Porto tornou-se pública no início de 2024, quando, durante um discurso da governadora na Assembleia Legislativa, o microfone do deputado vazou e captou críticas contundentes:

— E o discurso dela? Eu não entendi nada, conversou demais e não disse nada — afirmou Porto na ocasião.

Tendo em vista a demoção de seu aliado do posto, o empresário Fred Loyo, Lyra coordenou a debandada de 30 dos 32 prefeitos eleitos pelo PSDB, o que irritou a legenda.

Ao GLOBO, Marconi Perillo afirmou que pode não apoiá-la em 2026, além de criticar sua postura:

— Além de todo o apoio político e administrativo, o partido investiu muito em todas as eleições dela ou sob sua liderança. No ano passado, foram investidos R$ 9 milhões que ajudaram a eleger esses prefeitos que agora estão saindo por fidelidade ao governo. Isso é mais que falta de consideração, é falta de compromisso.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

Por Rodrigo Rocha
Do Blog da Folha

A Câmara de Vereadores de Olinda aprovou, nesta terça-feira (08), por 14 votos a favor e apenas um contrário, a concessão do Título de Cidadão Olindense ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A proposta, de autoria do vereador Alessandro Sarmento (PL), foi alvo de protestos dentro e fora do plenário da Câmara.

Apesar dos protestos, a concessão do título seguiu adiante, sem grandes obstáculos, e agora Bolsonaro será formalmente homenageado pela cidade. O decreto legislativo que propôs a concessão do Título de Cidadão Olindense foi breve e conciso, com apenas três linhas. Não foram apresentadas justificativas claras sobre os trabalhos prestados por Bolsonaro à cidade, o que gerou ainda mais controvérsias em torno da decisão.

Entre os vereadores que apoiaram a proposta estavam membros de diversos partidos, incluindo o PL, PSD, MDB e Avante. Entre eles estavam: Alessandro Sarmento (PL), Denise Almeida (PSD), Felipe Nascimento (PSD), Milcon Rangel (MDB), Mizael Prestanista (PSD), Jadilson Bombeiro (PL), Jesuíno Araújo (PSD), Iran Barbosa (DC), Simplício (PV), Professor Marcelo (PSD), Márcio Barbosa (Avante), Sardinha (Agir), Ricardo Sousa (Avante) e Saulo Holanda (MDB). A votação também contou com a ausência dos vereadores Vladimir Labanca (PV) e Biai (Avante).

A vereadora Eugênia Lima (PT) foi a única a votar contra a concessão do título. A parlamentar e grupos sociais expressaram a desaprovação pela homenagem.

“Eu fui a única vereadora que votou contra, porque eu acho isso um absurdo, um atentado à nossa democracia. Eu fico muito surpresa, porque Olinda é uma cidade revolucionária. Ao longo da história, ela é conhecida por suas lutas libertárias, então é inadmissível a gente ter de entregar esse título”, afirmou a parlamentar.

Ipojuca - IPTU 2025

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Pela segunda terça-feira consecutiva, a bancada do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se ausentou da reunião plenária, impedindo que os projetos pautados na Ordem do Dia fossem votados. Na tarde desta terça-feira (8), os deputados governistas não foram para a Alepe.

O objetivo foi impedir a votação da medida que proíbe a inclusão de cláusulas de barreira nos editais de concursos públicos da área de segurança pública realizados em Pernambuco. Integrantes da categoria, inclusive, estavam nas galerias do plenário aguardando a votação.

O texto é de autoria do deputado Izaías Régis (PSDB), ex-líder da bancada governista e aliado da governadora Raquel Lyra (PSD). Por não haver parlamentares suficientes para votarem a matéria, outras propostas foram prejudicadas, como as que reajustam os salários dos funcionários do Tribunal de Contas (TCE), Ministério Público e da própria Alepe.

O presidente da Casa, deputado Álvaro Porto (PSDB), afirmou que vai pautar tudo novamente amanhã e vai continuar pautando até serem votados. “Não é possível que o governo vá continuar travando todos os projetos que estão vindo a essa Casa. A gente nota que o governo tem medo que a Casa esteja cheia, porque esse projeto (das cláusulas de barreira) com certeza vai ser aprovado. Mas vamos pautar novamente”, enfatizou Porto.

Na terça-feira da semana passada (1° de abril), os deputados governistas também não compareceram à reunião plenária, com o objetivo de impedir a votação da PEC de autoria do deputado Alberto Feitosa (PL) que aumenta o percentual do orçamento do Estado destinado às emendas parlamentares de 0,8% para 2,0%.

Caruaru - São João na Roça

A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, nesta terça-feira (8), o projeto de lei que homenageia o ex-ministro Armando Monteiro Filho. De autoria do deputado estadual Antônio Moraes, a proposta dá ao conjunto de obras de infraestrutura do Canal do Fragoso, em Olinda, o nome de “Complexo Canal do Fragoso – Armando Monteiro Filho”. A intervenção, conduzida pela Companhia Estadual de Habitação e Obras (CEHAB), visa reduzir os alagamentos na área, que há anos causam transtornos à população.

A nova denominação abrange não apenas o canal, mas também as lagoas de retenção, conjuntos habitacionais e o sistema viário que margeia toda a região. Para Moraes, o nome escolhido é uma forma de reconhecer a trajetória pública e empresarial de Armando Monteiro Filho, que ocupou cargos como deputado estadual, deputado federal e ministro da Agricultura no governo João Goulart, quando contribuiu com iniciativas como o Fundo Agropecuário e a proposta de um novo Código Florestal. O projeto ainda passará por outras comissões técnicas da Alepe antes de ser levado ao plenário para votação final.

Camaragibe Cidade do Trabalho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (8), que é preciso “criar mais dinheiro” e ser criativo para resolver o problema do déficit habitacional do Brasil. Segundo ele, o déficit atual, de 7 milhões de moradias, é o mesmo registrado há mais cinco décadas. “Significa que nós estamos enxugando gelo”, disse durante a abertura do 100º Encontro Internacional da Indústria da Construção (Enic), em São Paulo (SP).

“Se fazer a quantidade de casas que nós estamos fazendo [8 milhões pelo Minha Casa, Minha Vida] ainda não dá conta de vencer esse tal de déficit habitacional, é preciso que a gente seja criativo e que a gente pense mais. É preciso criar mais dinheiro, inventar mais fundo, inventar mais alguma coisa, porque nós precisamos resolver o déficit habitacional. Ainda tem muita palafita nesse país”, reforçou. As informações são da Agência Brasil.

Lula comentou sobre a comunidade do Dique da Vila Gilda, em Santos, litoral paulista, que é considerada a maior favela de palafitas do Brasil. Palafita é o nome dado a uma casa construída sobre estacas em regiões alagadiças.

“É uma vergonha. São Paulo é o estado mais rico da Federação, [e ter] a quantidade de palafitas entre Santos e Guarujá”, afirmou o presidente.

Ao discursar para empresários da construção civil, Lula afirmou que é preciso fazer mais e, para ele, o setor está preparado. “Com o crescimento do conhecimento científico e tecnológico, hoje, vocês estão dando uma demonstração de que esse setor continua e por muito tempo será um setor de ponta neste país. Até porque falta muita coisa para a gente fazer”, afirmou.

Na semana passada, Lula anunciou a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida para atender a classe média, com renda familiar até R$ 12 mil. Os recursos para financiar a nova faixa, a Faixa 4, chegam a R$ 30 bilhões, sendo R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal e o restante da poupança e de Letra de Crédito Imobiliário (LCI).

A taxa de juros para a nova faixa é de 10,5% ao ano, e o número de parcelas vai até 420 meses. O limite para financiamento é de imóveis até R$ 500 mil.

O presidente reafirmou que é dever do governo garantir estabilidade política, jurídica, social e econômica no país, além de dar previsibilidade para que os empresários façam seus investimentos.

“Todo mundo precisa de previsibilidade para fazer, no começo do ano, as contas e os projetos do que vão fazer durante o ano inteiro. E aí, é inexorável a necessidade da construção de uma parceria de honestidade entre o governo e a sociedade brasileira, entre o governo e o Poder Legislativo”, disse Lula.

“Se a gente brinca de enganar, achando que a gente pode dizer o que a gente quiser, porque não vai acontecer, porque vai acontecer, não dá certo. Esse país não pode ser vítima de um cavalo de pau”, afirmou o presidente.

Demandas do setor
Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a 100ª edição do Enic está sendo realizada dentro da Feira Internacional da Construção Civil (Feicon), que é referência para o setor.

Durante seu discurso, o presidente da CBIC, Renato Correia, elogiou a criação da Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida e agradeceu Lula por cumprir a promessa de que “não faltaria dinheiro para a construção”. Para ele, é preciso garantir fontes recorrentes de recursos para a habitação.

“A decisão recente do nosso presidente da República completa o círculo virtuoso desse programa, melhorando as condições de aquisição da casa própria também para a classe média. O uso de recursos do pré-sal é inédito para essa finalidade e pode gerar uma nova revolução na habitação brasileira, assim como foi a criação do Minha Casa, Minha Vida em 2009”, disse.

“Tornar essa fonte de financiamento recorrente e previsível, aliada ao FGTS, viabiliza a alocação de recursos capazes de fazer frente à grande demanda por habitação no país, atendendo o direito constitucional à moradia”, acrescentou Correia.

O presidente da CBIC afirmou que o atual governo “destravou o investimento e tem atuado para estimular a tomada de decisão por novos projetos”. Mas, segundo ele, o setor ainda tem demandas importantes para a Presidência. “Nas obras públicas, pedimos seu apoio para evitar a contratação de serviço de engenharia por pregão eletrônico e para fixar prazo de pagamento pela administração pública no âmbito da lei de licitações”, pediu.

Segundo Renato Correia, a indústria da construção também espera que o atual ciclo de alta de juros seja revertido. “O aumento da Selic se aproxima dos 15%, sufoca a indústria e abrevia nossa capacidade de investir. Apoiaremos toda iniciativa do governo na direção de uma reforma administrativa que fomente a eficiência de administração pública, que somado ao aumento da nossa infraestrutura, abrirá o caminho para reverter juros tão elevados”, disse.

Para conter a inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

O União Brasil reiterou apoio ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentada contra ele nesta terça-feira (8).

Em nota enviada à imprensa, o partido afirma que segue “confiando na seriedade e competência do ministro Juscelino Filho, que tem exercido seu trabalho à frente do Ministério das Comunicações com comprometimento e resultados concretos para a população brasileira”. As informações são da CNN Brasil.

No comunicado, a sigla também afirma que não admitirá qualquer tipo de pré-julgamento ou condenação antecipada.

“O partido permanece ao lado do ministro, confiante de que ele poderá esclarecer todos os pontos levantados e reafirmar sua integridade perante a Justiça”, diz o texto assinado pelo Presidente Nacional do União Brasil, Antonio Rueda.

Nesta terça, a PGR apresentou denúncia contra o ministro por participação em um suposto esquema de desvios de emendas parlamentares via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

A legenda defende que, a partir da denúncia, Juscelino terá a oportunidade de exercer o direito ao contraditório e apresentar sua defesa de forma plena e que o princípio da presunção de inocência deve ser respeitado.

Toritama - Prefeitura que faz

Por Blog do Luís Tôrres

A senadora Daniella Ribeiro já está na porta do PP para voltar a casa após deixar o PSD. O retorno da senadora seria o mais provável. Mas ela teria mais tempo pra decidir. Só que a discussão sobre quem vai ficar no comando da federação União Brasil e PP na Paraíba foi um catalisador do movimento. O que ela vai fazer após voltar ao PP aí é outro assunto…

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O prefeito de São Lourenço da Mata, Vinícius Labanca (PSB), esteve reunido ontem (7), em Brasília, com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para tratar do fortalecimento da assistência hospitalar no município. Na pauta, o gestor solicitou o aumento dos repasses para o Hospital e Maternidade Petronila Campos, considerado referência regional em atendimentos de baixa e média complexidade.

Labanca destacou que os recursos atualmente destinados à unidade são insuficientes diante da demanda e defendeu a correção dos valores. “Temos um déficit histórico nos repasses para o Petronila Campos. Fiz questão de vir a Brasília para solicitar pessoalmente ao ministro Padilha que esses valores sejam corrigidos, a fim de que possamos melhorar ainda mais o atendimento e os serviços oferecidos à nossa população”, afirmou. O encontro também contou com a presença do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Por Thamiris de Azevedo – Correio da Manhã

Entre os dias 12 de abril e 5 de junho, o JK Espaço Arte, localizado na região administrativa de Taguatinga, no Distrito Federal, receberá a exposição “Réquiem”, do falecido artista e fotojornalista Orlando Brito (1950-2022). A entrada é gratuita.

A mostra reúne 25 fotografias que retratam o ritual Quarup, realizado por povos indígenas. A cerimônia ancestral homenageia os mortos e é repleta de simbolismos, música, dança e ritos de passagem.

Em entrevista, a curadora do evento e filha do artista, Carol Brito, conta que o interesse do pai pelo ritual é antigo. “Ele sempre achou o Alto Xingu um lugar incrível para fotografias. A cultura, as cores, a vida em si, a plasticidade das cenas do dia a dia daquele povo sempre chamou sua atenção. Chegou a ir em vários Quarups, e o último foi a convite do Cacique Aritana. Viver aquela cultura sempre o deixava hipnotizado”, compartilha.

“A palavra Réquiem significa descanso. Em uma atmosfera de reverência e memória, os nativos daquela região realizam o ritual com grande devoção. As fotografias transmitem bem a essência e intensidade dessas celebrações”, continua.

Orlando Brito é um dos maiores fotógrafos da história. A filha relata que o pai começou a fotografar com 14 anos, e sua trajetória foi marcada pela fotojornalismo político. A primeira imagem que capturou foi do então presidente da República, Castello Branco, em 1964. Foi quando, segundo Carol, ele percebeu sua vocação. Fotografou, enquanto vivo, 13 presidentes brasileiros.

“Não quis mais fazer outra coisa. Ainda bem! Sua forma de analisar as cenas, de interpretar os momentos importantes com os quais se deparava e imortalizá-los em imagens, o tornou único. Virou tão conhecedor de tudo que acontecia na seara do Poder, que quase que podia antever o futuro. Sua atenção a cada detalhe era tamanha e sua capacidade analítica o transformaram não só num mero “tirador de retratos”, como ele dizia”, destaca.

Brito documentou momentos históricos como o fechamento do Congresso Nacional, o movimento Diretas Já, impeachments e grandes manifestações populares. A sua sensibilidade o levou além do universo político.

Durante sua trajetória, ele também construiu um acervo profundo sobre os povos indígenas, tornando-se um dos grandes documentaristas da cultura dos povos originários no Brasil.

Em nota, o JK Espaço Arte destaca que a Mostra marca o início de um novo capítulo pelo espaço em que, a partir deste momento, pretendem investir em uma referência no cenário cultural do DF.

A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) confirmou, ontem, a realização da Caravana Federativa no 8º Congresso Pernambucano de Municípios. O evento será realizado nos dias 28, 29 e 30 de abril, no Centro de Convenções de Pernambuco, e é promovido pela própria Amupe. Após o sucesso da edição de 2024, a iniciativa do Governo Federal retorna neste ano com o objetivo de ampliar a cooperação entre União e municípios.

A Caravana Federativa tem como missão oferecer suporte técnico aos gestores municipais, destravar projetos paralisados e fortalecer a articulação institucional com o Governo Federal. A expectativa é reunir ministros de Estado e outras autoridades federais, promovendo um ambiente propício para o diálogo e a construção de soluções conjuntas.

Para o presidente da Amupe, Marcelo Gouveia, a presença da Caravana representa um importante avanço para o fortalecimento do municipalismo. “A presença da Caravana Federativa no congresso reforça o compromisso com o municipalismo e com a descentralização das políticas públicas. Será uma oportunidade única para que os gestores alinhem demandas e soluções em prol dos municípios pernambucanos”, destacou.

Além da Caravana, o congresso contará com uma programação diversificada, incluindo painéis temáticos nas áreas de saúde, educação, sustentabilidade e inovação. Também haverá uma área de exposições com tecnologias voltadas à gestão pública municipal. As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis no site www.amupe.org.