O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou neste domingo (15) a prisão do general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, realizada pela Polícia Federal neste sábado (14).
Ele afirmou que acredita que Braga Netto tem direito à presunção da inocência, mas que se for culpado deverá responder pelo que fez — se referindo à trama golpista para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022, e ao plano de assassinar autoridades, que incluía Lula como alvo.
“O que aconteceu nesta semana com a decretação da prisão do general Braga, eu vou demonstrar para vocês que eu tenho mais paciência e sou democrático: eu acho que ele tem todo direito à presunção da inocência. Eu não tive, eu quero que eles tenham”, afirmou Lula.
Leia mais“Todo direito e todo respeito para que a lei seja cumprida, mas se esses caras fizeram o que tentaram fazer, eles terão que ser punidos severamente. Esse país tem gente que fez 10% do que eles fizeram e foram mortos na cadeia”, completou.
O presidente afirmou também que não se pode aceitar desrespeito à democracia e à Constituição.
“Não é possível a gente admitir que, num país generoso como o Brasil, a gente tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente da República, tramando a morte do seu vice, e tramando a morte de um juiz que era presidente da suprema corte eleitoral”, prosseguiu.
Lula deu declaração após os médicos anunciarem a alta hospitalar do presidente, que na última semana passou por uma cirurgia na cabeça e por um procedimento para diminuir o hematoma.
A previsão inicial era que o presidente voltasse a Brasília na segunda-feira (16). Contudo, a equipe médica informou que ele deverá permanecer em São Paulo pelo menos até quinta (19), quando passará por uma tomografia de controle.
Ele ainda não teve alta médica, pois vai continuar sendo acompanhado pela equipe, mesmo de casa.
Segundo os médicos, Lula está liberado despachar, mas está impedido, por exemplo, de fazer atividades físicas e de fazer viagens internacionais.
Do g1.
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