O deputado federal Lula da Fonte (PP-PE) protocolou o Projeto de Lei 232/2023 que tem como objetivo garantir que entidades como abrigos, ONGs e espaços que garantem a defesa dos animais possam virar Organizações Sociais e/ou Organizações de Interesse Público da Sociedade Civil. O fato garante imunidade tributária, isenção e o recebimento de emendas parlamentares por parte dessas instituições.
O parlamentar destaca que a proposta será mais um grande avanço para a causa animal e que é dever do Estado proteger e assegurar os diretos dos animais.
“O sistema de formação de vínculos entre a Administração Pública e as entidades do Terceiro Setor é um importante instrumento de realização e concretização dos direitos dos animais. Acredito que só assim é possível alcançarmos o respeito, o bem-estar, proteção, defesa e saúde dos animais. Vamos trabalhar para que esse projeto seja aprovado o mais rápido possível”, disse o deputado federal.
Lula, que também é vice-presidente do Partido Progressistas de Pernambuco, é um grande defensor dos animais e atua em favor da causa antes mesmo de assumir uma cadeira no Congresso Nacional.
O PL1031/21, apresentado pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), que proíbe, em todo o território nacional, testes de produtos cosméticos, de higiene pessoal e de limpeza em animais, foi levado ao parlamentar a pedido de Lula, assim como o Ofício 415/22, destinado ao prefeito do Recife e a todos os prefeitos pernambucanos, solicitando a liberação da entrada de animais domésticos em supermercados, restaurantes e padarias. A iniciativa se deu a partir da liberação do acesso dos animais no Rio de Janeiro, cidade pioneira a aderir à medida.
O médico pernambucano e professor do curso de Medicina da Unicap Elimário Cardozo venceu, na noite de ontem, o Prêmio Jabuti na categoria Conto por sua obra “Dores em salvas”. A cerimônia de premiação aconteceu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em um evento que contou com a apresentação de Marisa Orth e Silvio Guindane.
O Prêmio Jabuti, um dos mais importantes reconhecimentos literários do Brasil, elegeu vencedores em 23 categorias, abrangendo eixos como Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Cada vencedor recebeu uma estatueta do Jabuti e um prêmio em dinheiro de R$ 5 mil. O processo de seleção envolveu mais de 60 jurados, que avaliaram as obras inscritas.
“Dores em salvas”, publicado pela Editora Patuá, destacou-se entre uma concorrida lista de finalistas, que incluía obras como “A bomba e outros contos de futebol”, de David Butter, e “Breve inventário de pequenas solidões”, de Tiago Feijó. A vitória do professor Cardozo não apenas celebra sua contribuição à literatura, mas também traz visibilidade à produção cultural da Unicap.
A cerimônia deste ano também prestou homenagem à jornalista Ana Maria Machado, reconhecendo seu papel na promoção da literatura brasileira. O evento ainda revelou o Livro do Ano, que foi concedido a “O ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim”, de Ruy Castro, celebrado pelo seu impacto literário.
Elimário Cardozo expressou sua gratidão pela honra recebida. “Escrever é uma forma de cuidar das dores humanas, e ‘Dores em salvas’ é uma tentativa de dar voz a essas experiências”, declarou o professor.
A conquista do Prêmio Jabuti é um marco significativo na carreira de Cardozo, que agora se junta a uma seleta lista de autores brasileiros reconhecidos por suas contribuições à literatura.
Após uma breve pausa, retomo, hoje, a jornada de lançamentos do meu livro ‘Os Leões do Norte’ pelo interior de Pernambuco. Desta vez, o destino é o Agreste Meridional. Em parceria com as prefeituras e lideranças locais, vou percorrer cinco municípios em três dias.
A agenda começa hoje, em Águas Belas, no Colégio Nicolau Siqueira, às 19h, com o apoio do prefeito Elton Martins (Republicanos). Amanhã, será a vez de Capoeiras, onde o lançamento ocorrerá na Câmara Municipal, também às 19h, com a presença do prefeito Nêgo do Mercado, do secretário Clécio Farias, vereadores e representantes do governo municipal.
Já na quinta-feira (30), o roteiro inclui três paradas: Angelim, às 10h, na Escola Miguel Calado Borba, com o prefeito Carlos Henrique (Caíque); Caetés, às 15h, no Colégio Monsenhor Callou, ao lado do prefeito Nivaldo Tirri e da secretária de Educação Giselda Correia; e, encerrando o dia, Garanhuns, às 19h, no auditório da AESGA, com o prefeito Sivaldo Albino, o secretário Ronaldo César e demais integrantes do governo municipal. A cidade de Brejão também deve integrar o circuito, com data a ser confirmada.
“Os Leões do Norte” é o resultado de uma ampla pesquisa jornalística e historiográfica que reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, de 1930 a 2023, traçando um panorama da política estadual ao longo de quase um século. A obra resgata episódios pouco lembrados, reconstrói contextos e convida o leitor a refletir sobre a trajetória dos líderes que moldaram a história do Estado, de Agamenon Magalhães e Etelvino Lins a Miguel Arraes, Marco Maciel, Eduardo Campos e Paulo Câmara.
Antes de pegar a estrada rumo a Águas Belas, no Agreste, por onde começo hoje a agenda de palestras e lançamentos de ‘Os Leões do Norte’, pela editora Eu Escrevo, cumpri meus 8 km diários da corridinha de hoje no calçadão de Boa Viagem. Em Águas Belas, o evento está marcado às 19 horas no colégio Nicolau Siqueira, com apoio do prefeito Elton Martins (Republicanos).
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal, permitindo que prefeitos, governadores e o presidente da República nomeiem parentes para cargos de natureza política – como secretários, ministros e assessores diretos –, representa um grave retrocesso ético e institucional. Embora a Corte tenha considerado que tais funções não se enquadram na proibição de nepotismo, o efeito prático é o enfraquecimento de um dos princípios mais básicos da administração pública, a impessoalidade.
A justificativa jurídica é conhecida. Cargos de natureza política pressupõem confiança pessoal e afinidade com o chefe do Executivo. No entanto, essa distinção técnica não apaga a percepção social de privilégio e favorecimento familiar. Ao autorizar a nomeação de parentes sob o manto da “confiança política”, o Supremo acaba por institucionalizar uma prática que a sociedade há muito condena, o uso do poder público para beneficiar laços de sangue.
O Brasil tem uma história marcada pelo patrimonialismo – a confusão entre o que pertence ao Estado e o que pertence à família do governante. A decisão do STF, ao abrir espaço para a repetição desse vício, sinaliza tolerância com um comportamento que mina a credibilidade da gestão pública e desestimula o mérito.
Imagine a cena. Uma reunião de governo em que o prefeito preside a mesa. À direita, a filha-secretária defende seu projeto com firmeza – “pai, é melhor fazer assim!”. À esquerda, a esposa-secretária discorda – “amor, acho que isso não vai dar certo!”. E, do outro lado, o filho, secretário de Saúde, retruca: “não, mãe, quem decide sou eu!”. A caricatura ilustra o risco de transformar o poder público em um verdadeiro “negócio de família”.
A aberração, que poderia ser apenas caricatural, torna-se plausível, em uma reunião de gabinete, o prefeito, cercado pela filha secretária, pela esposa assessora e pelo filho secretário de Saúde, toma decisões que afetam toda a população. Nesse ambiente, o debate técnico se dilui, e o interesse público se mistura à dinâmica familiar – o que jamais deveria ocorrer em um Estado republicano.
O país precisa avançar na consolidação de instituições que se sustentem pela transparência e pela competência, não pelo sobrenome de quem ocupa o cargo. Ao relativizar o nepotismo, o STF não apenas fragiliza a ética pública, mas também contribui para a desconfiança que corrói as relações entre governo e sociedade.
Mais do que lei, a administração pública exige moralidade. E é precisamente esse valor que a mais alta corte do país deveria proteger, não flexibilizar e instituir um retrocesso disfarçado de legalidade.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode dar início, na próxima quinta-feira, à análise da criação de um partido político do Movimento Brasil Livre (MBL). O processo foi incluído na pauta a pedido do relator, ministro André Mendonça. O grupo tem articulado a criação de uma sigla própria desde 2023. Ao longo dos anos, o MBL reuniu assinaturas para dar entrada no pedido de criação da legenda, que foi batizada de Missão.
O TSE validou quase 590 mil apoiamentos à formalização do partido – 42,9 mil assinaturas acima do mínimo necessário para dar seguimento ao processo. As lideranças do MBL deram entrada no registro da sigla em julho, pouco tempo depois de a Corte Eleitoral validar as assinaturas.
A criação efetiva da sigla dependerá da aprovação, pelo TSE, do estatuto e do registro do órgão de direção nacional. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já deu aval à formalização da sigla. Para poder participar das eleições de 2026, o partido precisa ser formalizado pelo TSE até seis meses antes do pleito.
Se for aprovado pelos ministros da Corte Eleitoral, o Missão será o 30º partido político do Brasil. A última sigla criada do zero no país foi o Unidade Popular, em 2019.
O estatuto e o programa partidários definem o Missão como um partido de “caráter liberal” e defensor de um Estado “enxuto e funcional”. A legenda também defende a realização de uma reforma administrativa.
O Missão, que planeja ter o número 14 nas urnas, trabalha para lançar candidaturas próprias no Executivo e no Legislativo. O partido também pretende ter um candidato próprio a presidente da República. Possível estreante nas eleições de 2026, a legenda do MBL terá direito a uma fatia do fundo eleitoral para financiamento de campanhas.
Em meio a tetos caídos, muriçocas e raquetes, saúde de Pernambuco agoniza
Não se passa uma semana sem que venha à tona uma notícia de descaso na saúde pública de Pernambuco. E envolvendo, diga-se de passagem, situações nada triviais. Na semana passada, por exemplo, o Governo Raquel Lyra passou vergonha nacional em meio à repercussão negativa de uma infestação de muriçocas no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Recife.
O caso levou a trocadilhos entre as raquetes elétricas usadas para matar os mosquitos e o apelido “Racreche”, que a governadora gosta de usar. O título acabou involuntariamente atualizado para “Raquete” em rodas políticas e redes sociais.
Ontem, outro caso negativo. Parte do teto da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Barão de Lucena desabou. O espaço fica na mesma unidade que, até semanas atrás, passava por reformas em sua UTI Pediátrica sob o pretexto de ampliar o local e desmobilizar a UTI Pediátrica do Hospital Correia Picanço, também no Recife.
Por sorte, ninguém se feriu, mas os pedaços de gesso quebrados sobre uma incubadora demonstram que as consequências poderiam ter sido mais graves. Um novo arranhão na credibilidade do governo, que se mostra impotente para enfrentar os desafios da saúde pública.
Ao longo da campanha eleitoral de 2022, um dos principais compromissos assumidos pela então candidata Raquel Lyra foi o de mobilizar os esforços do governo para consertar o teto do Hospital da Restauração (HR) e de outras unidades de saúde. Quase três anos depois de ter conquistado a oportunidade de tirar essas promessas do papel, tetos seguem desabando, como se comprovou no Barão de Lucena.
No HR, só metade do 7º andar foi reformada, enquanto outros oito pavimentos e meio continuam funcionando em meio ao descaso e à falta de previsões de obras. O abandono da saúde pública pela gestão da governadora Raquel Lyra também se revela no Hospital Otávio de Freitas, que já ficou no escuro várias vezes por problemas na rede elétrica.
No Ulysses Pernambucano, há alas interditadas por risco de desabamento. No Agamenon Magalhães, pasmem, a pintura da fachada foi comemorada como grande feito pelo governo, a despeito da precariedade dentro do prédio. E no Getúlio Vargas, que também enfrenta riscos estruturais, agoniza há anos e recentemente voltou a emitir um grito de socorro para todo o Brasil, agora na forma de zumbidos de muriçocas.
Saúde se faz escolhendo prioridades. Pagar uma consultoria de R$ 23 milhões para uma entidade privada apontar problemas que todo mundo já conhece nos hospitais públicos foi decisão da governadora. Também foi por discricionariedade dela que se gastou R$ 80 milhões com a desapropriação do Colégio Americano Batista e que o governo se prepara para pagar mais R$ 99 milhões em um terreno onde, num futuro incerto, pode ser erguido um novo HGV, embora o atual é que careça de reparos.
Em meio a raquetes elétricas, muriçocas e gesso quebrado, a saúde pública de Pernambuco parece longe de sair da UTI. Aliás, de UTIs que deveriam salvar vidas, mas onde é constante o risco de o teto cair por puro descaso.
DIREITA SILENCIA – Os governadores de direita que criticaram a postura do governo brasileiro em relação ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos optaram pelo silêncio após o encontro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, na Malásia, para a negociação de um acordo. Com seus estados afetados, eles criticaram o petista ao longo dos últimos meses, evitando direcionar a culpa ao mandatário americano, e afirmaram que o Brasil deveria priorizar as tratativas comerciais em vez de exaltar discursos voltados para a soberania nacional. Em julho passado, antes das sanções econômicas entrarem em vigor, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, afirmaram que o governo não estava interessado em negociar com Trump e tem errado em apostar em um discurso sobre defesa da autonomia brasileira.
João Pessoa (PB) faz sua estreia no Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil
Nordeste, a bola da vez – O Nordeste virou um boom imobiliário. Pela nova rodada do Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil, Recife, Fortaleza, Natal e Salvador se destacaram com saltos expressivos nos rankings de atratividade, enquanto João Pessoa fez sua estreia. O último trimestre também marcou avanço em Belém (PA), com destaque em todos os padrões analisados poucos meses antes da COP30. Agora com uma amostragem de 79 cidades brasileiras com maior atratividade em imóveis residenciais verticais, o estudo é uma iniciativa do Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Candidato pra valer – Com o de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), convidado do meu podcast Direto de Brasília de hoje, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, adotou um novo tom nas conversas sobre as eleições de 2026. Caiado relatou a interlocutores que, nas duas últimas conversas que teve com o mineiro, ele deixou claro que vai concorrer ao Palácio do Planalto. Nos diálogos anteriores sobre o tema, Zema admitia a possibilidade de ocupar um posto de vice e fazer outras composições. Agora, porém, tem dito, de maneira taxativa, que vai concorrer à Presidência pelo Novo e que precisa retribuir ao partido todo o apoio que recebeu.
Cenário de empate – Por falar em 2026, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empata tecnicamente com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um 2º turno, segundo levantamento da Paraná Pesquisas divulgado ontem. Em cenário com Bolsonaro, Lula aparece com 44,9% das intenções de voto, e o antigo chefe do Executivo, com 41,6%. Michelle tem o mesmo percentual de seu marido, 41,6%, contra 44,7% do petista. Na simulação com Tarcísio, Lula aparece com 44,9% e o governador paulista com 40,9%.
Os Ferreira fora – Na coluna de ontem, quando tratei das dificuldades da governadora Raquel Lyra (PSD) na montagem da sua chapa ao Senado não fiz referências ao grupo Ferreira, de Jaboatão, porque o que apurei é que os irmãos André Ferreira, deputado federal, e Anderson Ferreira, ex-prefeito de Jaboatão, ambos do PL, teriam feito as contas eleitorais e concluído que têm votos suficientes para se elegerem federais. Há outra versão: André iria para estadual, porque seu projeto seria ficar mais nas bases para disputar a Prefeitura de Jaboatão em 2028, na sucessão de Mano Medeiros (PL), reeleito em 2024.
CURTAS
ABERTURA – Na passagem pelo Agreste Meridional ao longo desta semana, para palestras e noites de autógrafos em torno do meu livro “Os Leões do Norte”, vou presenciar, pela primeira vez, a abertura do Natal Luz, na próxima sexta-feira, pelo prefeito Sivaldo Albino (PSB).
LANÇAMENTOS – A agenda de lançamentos pelo Agreste Meridional tem seu start, hoje, às 19 horas, por Águas Belas. Prossegue amanhã em Capoeiras e na quinta-feira em mais três cidades da região: Angelim, Caetés e Garanhuns. Há ainda a possibilidade de um evento promovido pela Codeam – Conselho de Desenvolvimento do Agreste Meridional.
OVELHA NEGRA – Do deputado estadual Gilmar Júnior, da bancada do PV, ontem na Rádio Folha: “Com o Partido Verde, tenho percebido também uma espécie de distanciamento. Até porque o Partido Verde assume uma posição muito de proximidade com a governadora e eu sou a ‘ovelha negra’ do partido. A minha posição de independência migra mais com diálogo, mais com a oposição do que com a situação”.
Perguntar não ofende: Quando e em qual percentual o presidente Trump vai reduzir o tarifaço imposto ao Brasil?
O Aeroporto Internacional do Recife receberá um investimento de R$ 640 milhões com o Plano de Desenvolvimento Imobiliário e o projeto do Terminal Intermodal anunciado nesta segunda-feira (27). A nova estrutura contará com intermodal no espaço onde havia o antigo terminal, hotel, empresariais e galpões no setor de logística. As obras iniciais estão previstas para o primeiro semestre de 2026.
O evento teve as presenças do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; prefeito do Recife, João Campos (PSB); e diretor-presidente da Aena Brasil; Santiago Yus. Todos sustentaram que o objetivo é transformar o aeroporto em um hub de logística e serviços, tornando o local mais atrativo para os passageiros e toda a população. As informações são do blog Dantas Barreto.
A meta é que cada fase tenha um prazo de dois anos para conclusão, com obras acontecendo de forma paralela. O intermodal será o primeiro projeto a sair do papel, em seguida começam as obras do terminal logístico e o complexo comercial.
“Esse lançamento representa um passo importante na consolidação do Aeroporto do Recife como um polo econômico e social. A Aena entende que os aeroportos devem ser espaços vivos, que impulsionam o desenvolvimento, conectam as pessoas e valorizam a cidade ao seu redor. Promover uma infraestrutura moderna, com um ambiente mais integrado e sustentável é fundamental para atingir esse propósito”, destacou Santiago Yus.
O ministro Silvio Costa Filho ressaltou que se trata de um projeto estratégico para Pernambuco, pois vai garantir a geração de 15 mil empregos diretos e indiretos, além de favorecer a ampliação do número de passageiros. Ele ainda destacou que o Aeroporto do Recife será transformado em um grande hub de cargas, ao lembrar da proximidade com o Complexo Portuário de Suape e da Ferrovia Transnordestina, quando o projeto se tornar realidade.
Na sua fala, o prefeito João Campos assegurou todo apoio para agilizar licenciamentos para que o Plano de Desenvolvimento Imobiliário do Aeroporto do Recife seja concluído o mais breve possível. Ele propôs a criação de um Grupo de Trabalho com a participação de secretarias municipais.
“Temos um potencial imenso, com a ampliação de atendimento aos turistas, da capacidade e potência muito grande de um centro logístico dentro de um modal, que é o aeroporto, e ao lado de avenidas importantes. E numa região que é o quarto conglomerado do Brasil, que tem um raio de influência que só perde para São Paulo, que é a Região Metropolitana do Recife”, salientou.
Nesta segunda-feira (27), durante reunião com a APM Terminals na sede do Grupo Maersk, em Copenhague, a governadora Raquel Lyra (PSD) antecipou a segunda fase do terminal de contêineres que a companhia está implementando no Complexo Industrial Portuário de Suape. Com R$ 2 bilhões em investimentos, o proto terá o primeiro terminal 100% eletrificado da América Latina.
“São R$ 2,2 bilhões que estão sendo investidos nessa primeira fase. E de olho no futuro, já está em planejamento a segunda fase. Foi solicitada uma nova área para a expansão do terminal em Suape e com certeza iremos garantir que os investimentos continuem acontecendo em Pernambuco”, afirmou Raquel Lyra.
Com a antecipação, a segunda fase das obras, que estava prevista para iniciar somente em 2034, deverá ser feita ainda em 2027. Na fase de obras, cerca de 2 mil empregos diretos e 4 mil indiretos estão sendo gerados. Além disso, para a operação do maquinário, a previsão é de 250 empregos diretos e mais de 2 mil indiretos.
A previsão de início das operações do terminal é para o segundo semestre de 2026. “Foi solicitada uma nova área em Suape para ampliar o terminal, o que significa mais investimentos e a geração de ainda mais empregos. Sem dúvida, será um grande ganho logístico para Pernambuco”, comentou o presidente do Porto de Suape, Armando Monteiro Bisneto.
“Nós acreditamos muito no nosso projeto no Porto de Suape e, na nossa visão, podemos expandir o ramal em um futuro curto. Poderemos fazer um terminal super tecnológico que vai ajudar bastante as empresas em Pernambuco”, afirmou o diretor-superintendente da APM Terminals, Daniel Rose.
No próximo dia 6, completará um mês que foi instaurado dentro da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI-PE) um processo de sindicância para investigar irregularidades em viagens internacionais de servidores do órgão.
A ATI é vinculada à Secretaria de Administração (SAD), cuja titular, Ana Maraíza de Sousa, tem uma viagem para a Estônia, em maio de 2024, sob investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público (MPPE).
Há a suspeita de que as despesas de passagens e hospedagem tenham sido bancadas por uma empresa contratada pelo Estado, sem licitação, após a viagem de Maraíza, segundo denúncias em análise pelos órgãos de controle.
Duas comitivas viajaram, uma em maio de 2024 e outra maio de 2025, para a Estônia, na Europa. Os órgãos investigam se o custeio dos grupos foi da iniciativa privada, ferindo o decreto Nº 46.854, de 7 de dezembro de 2018, que dispõe sobre o Código de Conduta da Alta Administração do Poder Executivo Estadual.
As denúncias enviadas ao TCE e ao MPPE apontam que, ao todo, foram seis viajantes, sendo quatro da SAD, incluindo Ana Maraíza, e dois da ATI, sendo eles o ex-presidente da Agência, Allan Araújo, e o atual diretor de Transformação Digital, Rafael Soares.
Sindicância parada
Prestes a completar um mês, o processo de sindicância dentro da ATI não obteve resultado algum. Além disso, dois dos três servidores designados para compor a Comissão processante pediram para sair dessa comissão e ainda não foram substituídos.
Informações internas obtidas por este blog dão conta de que a sindicância estava na iminência de ser arquivada. Porém, a partir da veiculação das matérias deste blog, publicadas com exclusividade, a apuração interna se tornou irreversível.
O processo de sindicância, conforme mostra o anexo desta matéria, foi instaurado para investigar: “tentativa de uso indevido do Contrato nº 031/2024 para custeio de viagem internacional, apuração de irregularidades relativas ao Contrato nº 022/2024 (alocação indevida fora do objeto contratual), bem como investigação sobre a retaliação funcional”.
Servidores concursados denunciaram aos órgãos de controle sofrer perseguição e assédio moral por não compactuarem com os desvios de finalidade dos contratos acima mencionados. O espaço está aberto neste blog caso a SAD e a ATI queiram se manifestar.
A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), vistoriou as obras de alargamento do Canal do Fragoso, na tarde desta segunda-feira (27) junto com o governador em exercício, desembargador Ricardo Paes Barreto. O serviço está sendo realizado com o objetivo de ampliar as ações de macrodrenagem no município, combatendo alagamentos nos bairros de Jardim Fragoso, Jardim Atlântico, Rio Doce e Casa Caiada.
Mirella e Barreto acompanharam as ações que acontecem em Rio Doce, nas imediações da Ponte do Janga, e nas proximidades do trecho onde também está sendo construído o Parque do Fragoso. Também acompanharam a vistoria o ex-prefeito de Olinda e assessor especial de Relações Institucionais de Pernambuco, Professor Lupércio (PSD), os secretários estaduais Túlio Vilaça e Simone Benevides e o vereador Jesuíno (PSD).
A gestora destacou o objetivo de combater alagamentos com a realização do serviço. “A gente está acompanhando aqui de pertinho os trechos que estão acontecendo obras. São obras impactantes, obras de grande vulto, para que a gente consiga minimizar e sanar qualquer risco nos próximos invernos para toda a população”, comentou Mirella.
“Uma população que historicamente sofre com falta de ação pública neste local, mas de um ano pra cá essa chave virou. O governo federal, o governo estadual, junto com o município, e hoje a gente consegue ver a obra avançar cada vez mais e poder fazer muito em breve essa entrega para a população de Olinda”, afirmou a gestora.
O governador em exercício falou da relevância da execução da obra. “Um investimento grande. São mais ou menos 5 km de canais que, historicamente, estavam estagnados, e hoje a gente já vê a obra quase que completada, mudando completamente a feição dessa região. É uma obra estruturante a toda essa região.
Ricardo Paes Barreto também comentou a contribuição que a atividade judiciária traz para ele durante o período em que atua como governador em exercício. “A gente chega perto do povo, das pessoas, e isso nos dá mais sentimento, porque julgar também é sentimento, buscar uma solução mais adequada. E graças a Deus, a gente tem conseguido mudar para melhor o funcionamento do nosso judiciário”, argumentou.
Gravada inteiramente na Caatinga, a série “Drags Justiceiras” mistura ação, aventura e humor ácido. A trama acompanha três drags que cruzam o Sertão a bordo do Drag Truck (um imponente ônibus Mercedes amarelo manga, de 1980) enfrentando criminosos e preconceitos com salto alto, ironia e coragem. Filmada em locações de Petrolina e comunidades rurais da região, “Drags Justiceiras” aposta numa estética cinematográfica que valoriza os contrastes da Caatinga transformando o bioma em personagem vivo dentro da trama.
Sob a direção do cineasta Wllyssys Wolfgang, premiado no Festival de Triunfo e dono de uma trajetória marcada pela inovação estética, a produção mobilizou mais de cem profissionais, entre elenco, equipe técnica e figurantes, a maioria do próprio Sertão do São Francisco. “Drags Justiceiras é sobre ocupar o sertão com outras imagens. Um sertão inventivo, queer, cinematográfico e muito mais próximo do que somos hoje”, afirma Wolfgang.
Protagonizada por Devi Cruz (Latypha Egytoh), Jadir Souza (Bekka Boom), Hertz Felix (Divinna Luxxy) e Fernanda Luz (Crisão), a série acompanha o grupo em meio a estradas empoeiradas, shows, romances e tiroteios. As personagens enfrentam vilões que simbolizam opressões sociais ainda presentes no país, numa trama que usa o humor e o deboche como armas contra o preconceito. Mais do que uma aventura, a série propõe uma nova forma de olhar o sertão — não como um lugar de carência, mas de invenção e diversidade.
A produção da WW Filmes, em parceria com a Caroá Produções, tem incentivo do Funcultura Audiovisual/Fundarpe e apoio da Prefeitura de Petrolina. Com passagens por plataformas como Globoplay, Looke, Prime Video, Apple+ e Claro TV, a produtora reafirma seu papel no fortalecimento do audiovisual pernambucano.
A defesa do ex-presidente Fernando Collor afirmou nesta segunda-feira (27) ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que o desligamento temporário de sua tornozeleira eletrônica foi um “incidente involuntário” provocado por erro de orientação sobre a bateria do equipamento.
Segundo os advogados, o desligamento se deu no dia seguinte à instalação da tornozeleira, quando Collor ainda se adaptava às restrições da prisão domiciliar. Eles alegam ainda que não houve violação da área de inclusão, ou seja, que o ex-presidente ficou em casa durante todo o período. As informações são da CNN Brasil.
De acordo com a manifestação entregue a Moraes, Collor foi informado na noite de 1º de maio, quando foi instalada a tornozeleira, que a bateria estava completamente carregada e que não seria necessário conectá-la à tomada até 72 horas.
Também teria sido dito ao ex-presidente que o equipamento emitiria sinais luminosos e sonoros quando a bateria estivesse fraca, o que, segundo os advogados, não ocorreu.
A defesa alega que o desligamento foi percebido por volta das 21h20 de 3 de maio, quando a assessoria de Collor foi informada pelo Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas de que a bateria havia se esgotado às 20h53. De acordo com os advogados, o ex-presidente conectou o aparelho à fonte de energia imediatamente, restabelecendo o sinal às 21h23.
“Não há qualquer razão plausível para se cogitar que o peticionante, beneficiado com a prisão domiciliar humanitária, descumpriria intencionalmente as medidas cautelares já no primeiro dia. O caso, com todo o respeito, não passou de um incidente involuntário, decorrente de informações truncadas repassadas ao monitorado”, afirmou a defesa.
Collor cumpre prisão domiciliar desde maio, após ser condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, em processo ligado à Operação Lava Jato. Entre as condições impostas, está o monitoramento eletrônico por meio da tornozeleira.
Em meados de outubro, Moraes tomou ciência de um relatório enviado pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social de Alagoas afirmando que a tornozeleira de Collor ficou sem bateria e desligada por mais de 36 horas, entre os dias 2 e 3 de maio.
O ministro deu 5 dias para que a defesa explicasse a situação. Moraes alertou que o descumprimento das medidas cautelares impostas pode resultar na decretação de prisão preventiva de Collor.
O ex-presidente foi condenado em 2023 pelo STF por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora. Mesmo após a condenação, ele conseguiu adiar o cumprimento da pena por meio de recursos, todos negados pelo Supremo.
No primeiro semestre de 2025, o STF determinou o trânsito em julgado do caso e o início da execução da pena. Primeiro em regime fechado, depois conseguiu prisão domiciliar em razão de condições de saúde.