O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou, neste domingo (14), o governo de Israel de sabotar “o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio”, após um ataque israelense no sábado (13) em uma zona humanitária na Faixa de Gaza.
“O governo de Israel segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos e mulheres”, disse Lula no X (antigo Twitter). As informações são do Poder360.
“É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino”, falou. “Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável”.
Para Lula, o cessar-fogo e a paz deveriam ser prioridades da “agenda internacional”: “Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza”.
Ataque a Gaza
Segundo o exército de Israel, o alvo do ataque era Mohamed Deif, o comandante das Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas. Deif é tido como o número dois do Hamas e um dos principais mandantes dos ataques de outubro, que reacenderam o conflito na região.
Apesar de contatos de ministros com autoridades norte-americanas, integrantes do governo Lula não acreditam na real disposição dos Estados Unidos para negociar o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump. Também corre a avaliação de que os EUA podem aplicar novas sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo fontes do governo, o Brasil deseja negociar, mas considera uma ilusão, no momento, a perspectiva de avanços concretos. Pesa a avaliação de que nem sequer há uma negociação de fato em curso, apesar dos esforços do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda).
No governo, entende-se que auxiliares de Trump não têm autonomia para tomada de decisões que impliquem em recuos do presidente norte-americano. Trump não deseja ceder e centraliza as decisões sobre a guerra tarifária em curso com dezenas de países. As informações são do portal G1.
A política brasileira vive tempos de muitas distorções da realidade, negação de fatos e narrativas criadas com a intenção de manipular a população. Para que um grupo de pessoas acredite apenas no que diz um indivíduo e seu entorno, a estratégia usada é descredibilizar todo o resto. É tão somente uma forma de controlar os apoiadores, deixando-os limitados a acreditarem apenas nas informações passadas por aquele grupo.
A imprensa inteira mente e é vendida, afirmam os usuários desse método. O Poder Judiciário não é honesto e persegue, defendem. Se perdem a eleição, culpam as urnas e tentam fazer crer que elas não são confiáveis. É tudo tática.
Nesses tempos, o trabalho do jornalismo profissional é ainda mais fundamental para combater a realidade paralela instalada em bolhas absolutamente dominadas pelas falsas narrativas, impulsionadas, em sua maioria, pelas redes sociais e grupos de WhatsApp. É preciso reafirmar os fatos exatamente como eles aconteceram, para tentar abrir os olhos da população, expondo o perigo de se deixar ludibriar.
Dito isso, vamos aos fatos como eles são: o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) responde, desde março, a um processo criminal no Supremo Tribunal Federal (STF), junto com outros sete réus, por tentativa de golpe de Estado. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aponta cinco crimes.
São eles: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; participação em organização criminosa armada; dano qualificado; deterioração de patrimônio tombado. O processo está na fase de alegações finais, que é a última etapa antes do julgamento, no qual será decidido se o grupo será condenado ou absolvido. O julgamento deve começar em setembro.
Por conta da proximidade do julgamento e com toda a robustez dos processos e da investigação, Bolsonaro, seus filhos e os políticos que dependem da imagem deles estão agitados. Jair Bolsonaro sabe que o resultado para ele nesse julgamento não vai ser bom. Ele sabe o que fez e tem consciência do quão grande é a chance de ser condenado e preso, perdendo os privilégios da vida boa que sempre teve sendo político há quase quatro décadas.
Bolsonaro também sabe que todas as garantias fundamentais e direitos dele estão sendo preservados. Ele tem direito ao contraditório e à ampla defesa, e os julgamentos são públicos. O depoimento do capitão junto ao ministro Alexandre de Moraes (STF) foi transmitido em todo o Brasil e ele ainda convidou o ministro para ser seu vice-presidente.
O que resta é tumultuar – Se Jair Bolsonaro sabe tudo que fez e que as consequências agora batem na porta, por qual motivo tenta instalar uma atmosfera de perseguição, inclusive se fazendo de vítima para outros países? A resposta é simples: a casa caiu e o que resta para ele é tumultuar o Brasil e eleger gente com esse mesmo discurso de vítima. O ex-presidente e seu grupo não são vítimas de nada, tampouco perseguidos. Apenas não contavam com a reação das instituições à tentativa de golpe.
Não há dúvidas – É preciso reafirmar o óbvio: o 8 de janeiro não foi uma manifestação de velhinhas. Foi uma tentativa de golpe de Estado. Planejaram a morte do presidente da República eleito legitimamente em 2022, tentaram botar uma bomba no aeroporto de Brasília, tudo com o objetivo de impedir a posse do presidente Lula (PT). Os atos culminaram na invasão da sede dos Três Poderes e as investigações confirmaram o envolvimento de Bolsonaro.
Mas é preciso manter o discurso – Bolsonaro e seu grupo político criam factoides todos os dias, visando manter a militância aquecida e não perderem o discurso para as próximas eleições. Por isso assistimos aos tumultos no Congresso Nacional nos últimos dias, às manifestações nas ruas e tudo mais que essa família vem fazendo (e ainda fará) para se manter na mídia. Em nada contribuem para a melhoria de vida do povo brasileiro, o que realmente importa. Pelo contrário, atrapalham, visto que milhares de pessoas podem perder seus empregos com a bagunça criada pela família Bolsonaro na economia do Brasil, estimulando os Estados Unidos à taxação.
É só não fazer besteira – Quem tem medo de ir para a prisão e perder privilégios e poder, influência política e votos, não deveria tramar golpe de Estado, quebra-quebra em Brasília, bomba em aeroporto e assassinato de opositor. Se fez, é porque não tinha medo. Agora é hora de enfrentar as consequências, se defender dentro do processo legal, em vez de tentar desestabilizar o País e vender uma falsa imagem para fora de que no Brasil há censura. Se estivéssemos em uma ditadura, o pessoal do capitão não teria feito metade do que vem fazendo.
Única mulher na lista tríplice – O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) definiu, na última segunda-feira (4), a lista tríplice para vaga de Desembargador Eleitoral Substituto – Classe Jurista. Entre os nomes está o de Fabiana Leite Domingues da Silva, única mulher na lista. A última mulher empossada foi em 2015, a advogada Erika Ferraz. A vaga decorre do término do segundo biênio do jurista André Luiz Caúla Reis. A lista será encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que analisará os nomes e submeterá à Presidência da República para a nomeação do novo membro da Corte Eleitoral pernambucana.
CURTAS
Recife em alta 1– Pode sair do Recife um projeto que vai turbinar o volume de investimentos em cidades pequenas de todo o Brasil, sobretudo em setores como saúde, educação e desenvolvimento urbano. O projeto, capitaneado pela secretária de Administração da capital, Maíra Fischer, pretende elevar a qualidade dos indicadores fiscais e econômicos dos municípios, permitindo a contratação de dívidas em condições favoráveis e com o aval da União. Atualmente, apenas 33,8% dos municípios brasileiros possuem selo CAPAG A ou B, podendo assim pleitear aval da União. Enquanto isso, 66,2% não atendem aos critérios.
Recife em alta 2– A ideia então inclui capacitação, suporte técnico e alinhamento permanente com o Tesouro Nacional para que as novas operações de crédito com taxas mais favoráveis cheguem para movimentar as cidades. O plano, inclusive, foi apresentado durante o curso de Lideranças Femininas em Finanças Públicas, idealizado pela Caixa e pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), e garantiu a Maíra o carimbo no passaporte para uma semana de imersão em Harvard, nos Estados Unidos.
Teresa homenageada– A senadora Teresa Leitão (PT) foi homenageada, na última quarta-feira (6), em Brasília, com o Mérito da Educação Comunitária. A comenda é oferecida pela Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (ABRUC), para personalidades que contribuem significativamente para o fortalecimento da educação superior comunitária no Brasil. Teresa Leitão recebeu a homenagem em reconhecimento à sua trajetória em defesa da educação.
Perguntar não ofende: Até quando Bolsonaro e família vão espernear contra as consequências de seus próprios atos?
Acabou, há pouco, em Arcoverde, no Sertão do Moxotó, a animada noite de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, realizada no plenário da Câmara Municipal. Foi um sucesso!
Prestigiaram o evento cerca de 80% dos membros da Câmara de Arcoverde, dentre eles, o presidente da Casa, Luciano Pacheco (MDB), Célia Galindo (Podemos), Luiza Margarida (PSB), João Taxista (PSB), Paulinho Galindo (PP), João Marcos (PDT), Heriberto do Sacolão (Podemos) e Claudelino Costa (PSB).
Também marcaram presença os vereadores de Sertânia Junhão Lins (PSD) e Luiz Abel (PL), além de Zalxijoane Ferreira, representando a Itapuama FM 92,7, Juliano César, da TV LW, e Lidio Maciel, dono da emissora e representante da classe empresarial.
Para encerrar a semana de lançamentos, encontro marcado amanhã (8), às 19h, em Venturosa, na Câmara de Vereadores, a convite do prefeito Kelvin Douglas (PSD), que mobilizou professores da rede municipal para destacar o valor do livro como recurso educacional.
“Os Leões do Norte” resulta de ampla pesquisa jornalística e historiográfica, reunindo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco entre 1930 e 2022. A obra resgata a memória política e institucional do Estado, evidenciando Pernambuco como celeiro de lideranças que marcaram a história nacional.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que analisa imagens das câmeras da Casa para definir se e quais deputados serão punidos por terem resistido a liberar a Mesa Diretora na noite desta quarta-feira (6), quando ele teve dificuldade para recuperar o comando do plenário.
Pelo menos três deputados são mencionados pelos colegas como possíveis alvos de punição —Zé Trovão (PL-SC), que barrou por alguns segundos a subida de Motta à mesa, e Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS), que se recusaram em um primeiro momento a deixar as cadeiras que ocupavam. As informações são da Folha de S. Paulo.
A avaliação de aliados de Motta, inclusive, é a de que deixar de punir Van Hattem poderia desmoralizá-lo. O líder do Novo estava sentado na cadeira da presidência.
Na tarde de quarta (6), quando decidiu convocar uma sessão e retomar o plenário, Motta divulgou um comunicado no qual dizia que “quaisquer condutas que tenham por finalidade impedir ou obstaculizar as atividades legislativas” estariam sujeitas à suspensão cautelar do mandato por até seis meses.
“Estamos avaliando as imagens, existem pedidos de líderes para punir. Será uma decisão conjunta da mesa. Está, sim, em avaliação punição a alguns parlamentares que se excederam para dificultar o reinício dos trabalhos”, disse ele em entrevista ao portal Metrópoles nesta quinta (7).
“Não cabe a esse presidente usar da força física para garantir a normalidade dos trabalhos, cabe usar instrumentos regimentais”, completou.
Mais cedo, ao chegar à Câmara no início da tarde, Motta afirmou à imprensa que “providências seriam tomadas até o final do dia”.
Na sessão plenária desta quinta, os líderes de PT e PSOL cobraram a punição aos deputados que insistiram no motim.
Mais tarde, os dois partidos e o PSB protocolaram representação à Mesa Diretora pedindo a suspensão por seis meses de cinco deputados bolsonaristas por “tom ada de assal to e sequestro coordenado” da própria mesa. Os alvos são Trovão, Van Hattem, Pollon, Júlia Zanatta (PL-SC) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
Como mostrou a Folha, Zé Trovão chegou a barrar a passagem de Motta com a perna. O líder da bancada do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que foi ele quem pediu a Trovão que se postasse na escada para não permitir a subida de Motta antes que todos os deputados que participavam do protesto descessem.
“Se alguém tiver que ser punido sou eu, não o Trovão”, disse Sóstenes, que nesta quinta fez um discurso em que manteve os ataques ao Supremo Tribunal Federal, mas defendeu conciliação, o que incluiu um pedido de perdão a Motta durante a sessão.
Trovão disse que se posicionou para evitar a tentativa de retirada de parlamentares à força. “Em nenhum momento pensamos em incentivar a violência ou qualquer coisa do tipo, simplesmente estávamos somente nos defendendo caso necessário. O nosso protesto foi para que o presidente Hugo Motta cumprisse com a palavra de pautar a anistia e, após nossa liderança ser ouvida, liberamos a subida”, afirmou.
Van Hattem afirmou ao jornal O Globo que resistiu a deixar a cadeira porque não tinha sido avisado de que a oposição havia aceitado acabar com o motim.
Motta conseguiu recuperar a cadeira às 22h21 desta quarta-feira após uma longa negociação com a oposição mediada por seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL).
O presidente da Casa demorou mais de seis minutos para atravessar o mar de deputados bolsonaristas que ocuparam a Mesa da Câmara desde terça-feira (5).
Ele chegou a andar de volta ao gabinete após chegar perto da cadeira e ela não ser cedida por Van Hattem. Depois de muita conversa e empurra-empurra, ele foi praticamente arrastado de volta para a cadeira e abriu a sessão plenária.
Em entrevista divulgada nesta quinta-feira (7), no perfil do Instagram do poeta Luiz Macalé, o presidente da ONG Parque Asa Branca, Júnior Parentes, questionou a governadora Raquel Lyra por usar o nome de Luiz Gonzaga em eventos como o Festival “Pernambuco, Meu País” sem promover uma programação equivalente em Exu, terra natal do Rei do Baião. “Usam muito o nome de Gonzaga, e muito pouco lhe reconhecem em sua terra e no seu Estado”, lamentou Parentes, referindo-se à ausência de festividades dedicadas a Gonzaga em seu próprio município.
Parentes enfatizou que o Parque Asa Branca, que abriga o Museu do Gonzagão, deveria estar incluído nas celebrações estaduais. “Se Pernambuco é um ‘país monarquista’, que teve um rei, que foi Luiz Gonzaga, aqui está o reinado de Luiz Gonzaga. O Parque Asa Branca não pode ficar de fora desse calendário”, afirmou, pedindo que o governo do Estado inclua o parque na programação oficial para 2026.
O dirigente também fez um apelo pela restauração urgente do parque, cujo acervo e edificações vêm sofrendo com o desgaste do tempo. Reforçando a necessidade de preservação, Parentes citou Dom Henrique: “Não preservar é desconstruir. Portanto, lutemos para que, com o passado e o presente, possamos garantir o futuro”. Assista:
Nos Estados Unidos desde fevereiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acredita que, se voltar ao Brasil, será preso assim que pisar no país.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que é alvo de uma investigação da Polícia Federal por sua atuação nos EUA em busca de sanções contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que, hoje, só admite voltar para o Brasil num cenário que Alexandre de Moraes não seja mais ministro da corte. As informações são do jornal O Globo.
— Se eu retornar, sei que vou ser preso. Primeiramente, tenho que tirar o Alexandre de Moraes dessa equação, anular ele, isolá-lo. A gente tem que aprovar uma anistia para que alcance todos os perseguidos por Moraes. Os meus planos aqui são: ou tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota. Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui décadas em exílio. É o que eu estou assumindo, estou aceitando esse risco, porque eu acho que vale a pena — disse o parlamentar.
Eduardo disse que não teme ser alvo de um alerta da Interpol, como ocorreu com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está presa na Itália.
— Acredito que o Alexandre de Moraes tem cada vez menos espaço para que uma ordem da Interpol, uma difusão verde ou vermelha, um mandado de prisão preventiva contra mim, seja respeitado — disse Eduardo.
À coluna, o deputado falou nas negativas que o governo brasileiro recebeu, até o momento, sobre os pedidos de extradição de blogueiros bolsonaritas como Allan dos Santos, que está nos EUA, e Oswaldo Eustáquio, que vive na Espanha. Eduardo ainda citou que nenhum brasileiro condenado pelo 8 de janeiro que fugiu para a Argentina foi extraditado até então.
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) julgou, na segunda-feira (4), procedente ação da Coligação “Belo Jardim Para Todos” e condenou o prefeito Gilvandro Estrela e o vice Zé Lopes por abuso de autoridade ao utilizarem placas institucionais em obras públicas para promoção eleitoral, pratica vedada pela legislação. A decisão foi unânime entre os sete desembargadores, que rejeitaram totalmente as teses de defesa.
Eles foram obrigados a pagar, cada um, multa superior a R$ 45 mil, sujeita a juros e correção monetária em caso de inadimplência, e poderão ficar inelegíveis pelos próximos oito anos. Ainda respondem a outros quatro processos no TRE-PE, nos quais o Ministério Público já requereu a cassação de seus mandatos em três casos.
Nos últimos dias, aconteceu no Congresso uma rebelião promovida pela oposição após a prisão de Jair Bolsonaro. Em resposta à prisão do ex-presidente, ordenada por Alexandre de Moraes, opositores decidiram travar as pautas da Câmara e do Senado até que se vote a anistia aos golpistas do 8 de janeiro. A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, analisa esse “sequestro” do Congresso. Assista:
O jornal O Estado de S.Paulo demitiu, ontem (6), o fotógrafo Alex Silva, de 63 anos, autor da foto (em destaque) na qual o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aparece mostrando o dedo do meio a torcedores durante a primeira partida entre Corinthians e Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no dia 30 de julho, na NeoQuímica Arena, em São Paulo.
O flagrante do gesto obsceno ocorreu durante a primeira aparição de Moraes após o ministro receber sanções do governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. No estádio, Moraes reagiu a xingamentos de um grupo de torcedores corintianos. A foto viralizou nas redes sociais e deu ensejo a uma série de críticas ao ministro do STF pelo comportamento em público. As informações são do Metrópoles.
Por meio de nota, o jornal afirmou que “o encerramento do vínculo profissional com o fotógrafo já estava planejado com antecedência e faz parte de uma redução de quadros da editoria de Fotografia, seguindo critérios exclusivamente administrativos”.
Especialista em coberturas esportivas, Alex Silva trabalhava no jornal havia 23 anos. Ao Metrópoles ele disse que a direção do veículo “não apresentou uma justificativa concreta” para o seu desligamento. Ele contou ter reclamado internamente que o jornal havia dado pouco destaque para a foto de Moraes e que acredita que a demissão esteja relacionada à repercussão política da imagem.
“Fico indignado, porque o jornal não apresentou uma justificativa concreta para a demissão, sobre o desempenho do meu trabalho. Simplesmente disseram que o RH pediu para me demitir, porque a empresa está passando por mudanças”, disse Alex Silva. “Acho que o jornal escondeu a foto. Eu reclamei isso com eles. Deram pouco espaço na home e não deram na capa”, completou.
Segundo o jornal, “não há lógica em associar tal decisão [demissão] à foto do ministro Alexandre de Moraes” feita pelo profissional. “A imagem em questão foi considerada de relevante valor jornalístico pelo Estadão. Não à toa, foi publicada como principal destaque na home do jornal ainda na noite da quarta-feira, dia do jogo”, diz a nota.
Alex Silva contou que fez o flagrante durante o aquecimento dos jogadores, antes do início da partida em Itaquera, após ter sido avisado por seu editor que o ministro do STF estava no estádio — Moraes é torcedor do Corinthians.
“Eu estava no meio do campo olhando para os camarotes. Daqui a pouco, ele [Moraes] aparece junto com algumas pessoas. Eu enquadrei ele [na câmera] e ouvi algumas vaias. Acho que alguém xingou naquela hora e daí ele mostrou o dedo do meio. Foram três fotogramas, nada mais. Quando vi a foto, saí correndo para transmitir para a redação”, lembra Silva.
Segundo ele, cerca de 70 fotógrafos estavam credenciados para cobrir o clássico paulista naquela noite. “Pensei que mais gente tinha feito essa mesma foto. Mas, durante o jogo, o pessoal começou a me dizer que a minha foto já estava em todos os lugares.”
Leia a íntegra da nota do jornal
O encerramento do vínculo profissional com o fotógrafo já estava planejado com antecedência e faz parte de uma redução de quadros da editoria de Fotografia, seguindo critérios exclusivamente administrativos.
Não há lógica em associar tal decisão à foto do ministro Alexandre de Moraes feita pelo profissional durante uma partida do Corinthians. A imagem em questão foi considerada de relevante valor jornalístico pelo Estadão. Não à toa, foi publicada como principal destaque na home do jornal ainda na noite da quarta-feira, dia do jogo. Permaneceu na home durante toda o dia seguinte e também foi publicada em espaço importante na edição impressa. O jornal ainda pautou uma reportagem para informar ao público o contexto em que a imagem tinha sido obtida. Colunistas do jornal repercutiram a fotografia do ministro em textos e vídeos. Por meio do Estadão Conteúdo, a imagem foi vendida para inúmeros veículos.
O Estadão jamais abrirá mão de seu compromisso histórico com a liberdade de expressão e os mais altos padrões de independência editorial.
A Justiça condenou, nesta quinta-feira (7), José Pinteiro da Costa Júnior, o DJ Jopin, e outras quatro pessoas, incluindo o pai, a mãe e o primo dele, por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Eles são acusados de usar empresas da família em um esquema que resultou na sonegação fiscal de R$ 65 milhões durante cinco anos.
Segundo a decisão, Jopin deverá cumprir uma pena de 7 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto, além do pagamento de multa. Os réus podem recorrer.
Em 2019, o DJ Jopin e os parentes foram presos durante a Operação Mar Aberto, da Polícia Civil e da Secretaria da Fazenda. Ele foi solto três dias depois e, desde então, responde ao processo em liberdade. Na operação, foram apreendidos 28 carros de luxo.
A sentença foi publicada pela juíza Roberta Vasconcelos Franco Rafael Nogueira, da Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Comarca da Capital. O g1 entrou em contato com as defesas dos acusados, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
Na decisão, a magistrada considerou que Jopin era sócio de empresas utilizadas para ocultação de patrimônio, envolvidas em movimentações financeiras incompatíveis com a capacidade econômica delas.
“O uso do nome e das contas bancárias de José Pinteiro da Costa Júnior como veículos de movimentação de valores vultosos, sem lastro econômico compatível, revelou-se elemento essencial para a eficácia da engrenagem criminosa e para a obstrução da atividade estatal”, afirmou a juíza. Ainda de acordo com a magistrada, a relação de parentesco entre os réus foi usada para encobrir a prática dos crimes. De acordo com as investigações, o esquema era comandado pelo pai de Jopin, José Pinteiro da Costa Neto.
“As consequências do delito extrapolam, portanto, os efeitos normais do tipo penal, afetando a arrecadação tributária, a moralidade administrativa e a confiança da sociedade nas instituições encarregadas da repressão a ilícitos econômicos”, declarou a juíza no documento.
Além do DJ Jopin, foram condenados:
José Pinteiro da Costa Neto (pai de Jopin) — condenado a 12 anos e 7 meses de reclusão em regime semiaberto e multa, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Andréa Bandeira de Melo Pinheiro (mãe de Jopin) — condenada a 7 anos e 7 meses de reclusão em regime semiaberto e multa e multa, por lavagem de dinheiro e associação;
Aníbal Teixeira de Vasconcelos Pinteiro (primo de Jopin) — condenado a 7 anos e 7 meses de prisão em regime semiaberto e multa, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Rômulo Robérico Tavares Ramos (apontado como operador financeiro do esquema) — condenado a 13 anos de prisão em regime fechado e multa, por lavagem de dinheiro, associação criminosa e uso de documento falso.
Na decisão, a juíza absolveu das mesmas acusações outras quatro pessoas, que também foram denunciadas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Entenda o caso
A família do DJ Jopin tinha negócios ligados à promoção de eventos e fabricação de embarcações.
Segundo a Polícia Civil, o DJ Jopin era um dos nove integrantes de uma organização criminosa da qual o pai dele, o empresário José Pinteiro da Costa Neto, era o chefe (veja vídeo acima).
A investigação apontou que os impostos eram sonegados e, para despistar, as quantias eram “lavadas”.
As investigações se iniciaram em 2017, mas as irregularidades começaram a ser observadas pela Secretaria da Fazenda em 2012, com as constatações de 77 execuções fiscais em nome de José Pinteiro na Procuradoria-Geral do Estado.
Conforme as investigações, DJ Jopin praticava os crimes por meio de eventos promovidos pela empresa We Do Eventos, que fazia festas em praias do litoral pernambucano e montava camarotes em eventos como carnaval e São João.
A empresa é uma das 11 que participavam do esquema, de acordo com a denúncia.
De acordo com a polícia, Rômulo Robérico Tavares Ramos era o homem de confiança de José Pinteiro que assinava as procurações e fazia as transações financeiras para as contas de outros membros da família, com o objetivo de distanciar a verba sonegada das empresas.
Com o tema “A justiça socioambiental num contexto de leituras do mundo”, teve início nesta quinta-feira (7), no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a última etapa do Circuito Literário de Pernambuco (Clipe). O evento segue até o dia 13 de agosto, sempre das 9h às 21h, com entrada gratuita e uma programação repleta de atrações.
O projeto reúne grandes nomes da literatura e da cultura local e nacional, com o objetivo de estimular a leitura entre jovens e adultos, além de ampliar a conscientização sobre temas como justiça socioambiental e sustentabilidade. A cerimônia de abertura contou com a presença da governadora Raquel Lyra, da prefeita de Olinda, Mirella Almeida, e de outras lideranças políticas do Estado.
Para a prefeita Mirella Almeida, o evento representa um importante passo para o fortalecimento da educação no município. “Educação tem que ser prioridade. É por meio dela que transformamos territórios, comunidades, famílias e impactamos diretamente a vida das nossas crianças e adolescentes”, ressaltou.
A governadora Raquel Lyra destacou a amplitude da programação e o impacto do evento. “Ver as maiores editoras do Brasil aqui, lançamentos de novos escritores, rodas de debate, apresentações culturais, oficinas e discussões sobre meio ambiente, racismo e futuro é falar sobre política pública de educação que transforma vidas”, declarou.
Além da exposição de milhares de livros dos mais diversos gêneros, o público pode conferir shows e participações especiais de Maciel Melo, Filipe Macedo, Mariah Moraes, Cafu, Irah Caldeira, Gigantes do Samba, entre outros. Confira a programação completa:
Clipe 2025 – Centro de Convenções
Dia 07/08/2025 – Quinta-feira • 09:00 – Banda Marcial – Escola Rotary Alto do Pascoal Itinerante • 09:20 – Apresentação Cultural – EREM Beberibe Itinerante • 09:40 – Apresentação Cultural – EREM Santa Paula Frassinetti Itinerante • 10:00 – Solenidade de Abertura com a Governadora – Homenagem ao Professor(a) Homenageado(a) e Aluno(a) Escritor(a) da GRE Recife Norte • 13:30 – Banda Marcial – EREM Rosa de Magalhães • 14:00 – Filipe Macedo • 15:00 – MOMENTO GERÊNCIA (SEE) • 16:00 – Gigantes do Samba • 18:00 – Benil e Banda Dia 08/07/2025 – Sexta-feira • 09:00 – Banda Marcial – EREF Senador Nilo de Souza Coelho • 10:00 – Bartira Ferraz e Tatiana Valença • 11:00 – Lúcia Serrano e César Nunes • 13:00 – Banda Marcial – EREM Amaury de Medeiros • 13:30 – Apresentação Cultural – EREFEM Monte Verde • 14:00 – Homenagem ao Professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Recife Sul • 15:00 – Filipe Macedo • 16:00 – Bartira Ferraz e Tatiana Valença • 17:00 – Renata Fernandes – Contação de histórias infantis • 18:00 – Irah Caldeira Dia 09/07/2025 – Sábado • 09:00 – Banda Marcial – Erem João Pessoa Guerra • 10:00 – Homenagem ao professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Metropolitana Norte • 11:00 – Moreira de Acopiara • 13:00 – Banda Marcial – Erem Santa Ana • 13:30 – Apresentação cultural – Erem de Olinda • 14:00 – Espetáculo Teatral Frei Caneca • 15:00 – Moreira de Acopiara • 16:00 – Renata Fernandes – Contação de histórias infantis • 17:00 – Carol Levy • 18:00 – Josildo Sá Dia 10/08/2025 – Domingo • 09:00 – Banda Marcial – Erem Saturnino de Brito • 10:00 – Thais Roque • 11:00 – Mariah Morais • 13:00 – Banda Marcial – Erem Deputado Oscar Carneiro • 13:30 – Apresentação cultural – Grupo de Dança Erem Pastor José Florêncio • 14:00 – Homenagem ao professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Metropolitana Sul • 15:00 – Thais Roque • 16:00 – Roda de conversa com Mariah Moraes e as Mulheres do Brasil • 18:00 – Maciel Melo Dia 11/08/2025 – Segunda Feira • 09:00 – Banda Marcial – Escola Técnica Estadual (ETE) Maria José Vasconcelos • 09:30 – Apresentação cultural – Escola Técnica Estadual (ETE) José Joaquim da Silva • 10:00 – Cafú e Mariah Morais • 11:00 – Marina Bastos Estande • 13:00 – Banda Marcial – Erem Doutor Alexandrino da Rocha • 13:30 – Apresentação cultural – Escola Técnica Estadual (ETE) Célia de Souza Leão Arraes de Alencar • 14:00 – Homenagem ao Professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Mata Centro – Vitória • 15:00 – Cafú e Mariah Morais • 16:00 – Marina Bastos • 18:00 – Sarah Leandro Dia 12/08/2025 – Terça-feira • 09:00 – Banda Marcial – Erem Antônio Correia de Oliveira Andrade • 10:00 – Homenagem ao professor homenageado, professor escritor e aluno escritor da GRE Mata Norte – Nazaré da Mata • 11:00 – Maria Senhora – palestra, literatura de cordel, toada, música e muito mais • 13:00 – Banda Marcial – Erem Joaquim Olavo • 13:30 – Dança Cultural – Erem Joaquina Lira • 14:00 – Momento gerência (SEE) • 15:00 – Maria Senhora – palestra, literatura de cordel, toada, música e muito mais • 18:00 – Vanessa Cardoso Dia 13/08/2025 – Quarta-feira • 09:00 – Banda Marcial – Escola Gabriela Mistral • 10:00 – Momento gerência (SEE) • 13:00 – Banda Marcial – Erem Dom Vital • 13:30 – Apresentação cultural – Erem Santa Paula Frassinetti • 14:00 – Momento gerência (SEE) • 15:00 – Roda de conversa com representantes estudantis dos Programas Parlamento Juvenil do Mercosul, Jovem Senador e Jovens Embaixadores • 16:00 – Maracatus • 18:00 – Grupo Musical Filhos da Terra Sol
Em vídeo divulgado ontem (6), o pastor Silas Malafaia acusou o senador Ciro Nogueira (PP-PI) de “traição” por não assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Essa raposa velha, esse camaleão que muda de lado conforme o interesse para mamar nas tetas do poder”, declarou Malafaia, estendendo as críticas ao senador Romário (PL-RJ), a quem chamou de “vergonhoso” por ter “ficado calado e escondido” durante a mobilização bolsonarista, apesar de “ter ajudado a eleger” o ex-jogador.
O movimento bolsonarista intensificou a pressão para que o Senado tramite, pela primeira vez na história, um processo de impeachment de ministro do Supremo. Contudo, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), foi categórico: “Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não pauto impeachment de ministro do STF para votar”.