Livro conta a história do futebol amador em Triunfo

Que o futebol é uma importante estrutura da cultura brasileira, todos nós sabemos. Mas poucas vezes nos perguntamos como esse esporte se disseminou para além do profissionalismo, em comunidades periféricas e interioranas. Como o futebol, por meio da sua matriz amadora, mobiliza as comunidades de pequenas cidades do sertão nordestino?

Movidos por esses questionamentos, os triunfenses Ronaldo Vasconcelos e Robério Vasconcelos, que tiveram suas juventudes em meio a prática esportiva comunitária, passaram os últimos 10 anos pesquisando registros fotográficos e histórias do futebol amador na cidade de Triunfo, em Pernambuco.

No livro “O Triunfo da Bola: meio século de futebol amador no Oásis do Sertão”, ambos descrevem a história do esporte no município entre os anos de 1950 e 2000 e buscam identificar elementos que possam, por meio da prática esportiva, subsidiar a reflexão sobre o desenvolvimento da sociedade local.

O professor Vilde Menezes, da Universidade Federal de Pernambuco, por exemplo, reconhece que o livro é uma excelente fotografia das representações socioculturais existentes na relação entre os triunfenses e o futebol.

Com prefácio do jornalista Renato Ferraz, a obra distribuída em 188 páginas traz registros dos times e clubes, atletas, donos de times e torcedores. Encanta, principalmente, pela sua capacidade de dimensionar a importância do futebol na consolidação das comunidades.

A obra pode ser adquirida pelo direct da página @otriunfodabola, no Instagram, ou via WhatsApp (81) 9.8845-0654. Preço: R$40,00 (para outras regiões fora de Recife e Triunfo acrescenta-se o valor da postagem dos Correios).

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O futuro do Parque Nacional dos Guararapes foi tema de um encontro realizado nesta terça-feira (25), no Comando Militar do Nordeste (CMNE), no bairro do Curado. A reunião contou com a presença do prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros, do comandante do CMNE, General de Exército Ribeiro, e do comandante da 7ª Região Militar, General de Divisão Queiroz. Durante o encontro, foi apresentada a proposta de uma articulação para execução de projetos integrados na área do parque, envolvendo diferentes esferas de governo e o setor privado.

Segundo Mano Medeiros, será formado um comitê com representantes da Prefeitura, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Governo do Estado para discutir propostas voltadas à preservação e revitalização do parque. A intenção é promover melhorias com a participação de parceiros públicos e privados. “Vamos trabalhar projetos com parceiros municipais, do Governo Estadual e Governo Federal, e ao lado da iniciativa privada para levarmos melhor qualidade de vida para a população”, afirmou o prefeito.

O General Queiroz destacou que a proposta vai além do interesse militar e tem importância histórica e cultural para o estado. “Isso não é importante apenas para o Exército brasileiro, mas para Pernambuco, o berço da nossa nacionalidade e do Exército”, declarou.

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A Prefeitura de São José do Egito firmou parceria com a Faculdade UNIFIP de Patos para fortalecer o atendimento nos Postos de Saúde da Família (PSFs) do município. Por meio do acordo, médicos residentes passarão a atuar na rede municipal de saúde, ampliando a oferta de atendimentos à população. A iniciativa é conduzida pela Secretaria Municipal de Saúde e já conta com profissionais morando na cidade para iniciar os trabalhos.

Durante reunião com os novos médicos, o prefeito Fredson Brito destacou que a parceria busca garantir mais acesso e qualidade nos serviços prestados. O secretário municipal de Saúde, Dr. Hugo Rabelo, também participou do encontro e afirmou que a presença dos residentes proporcionará um atendimento mais humanizado e eficiente, reforçando a estrutura da atenção básica no município.

Segundo a gestão municipal, os médicos são formados e estão em processo de especialização, o que permitirá aliar capacitação técnica à experiência prática.

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Por Igor Gielow
Da Folha de S. Paulo

Aceitações de denúncias são passos meramente protocolares num processo judicial: são checadas as condições legais para que o caso mereça ter seu mérito examinado.

No Brasil de 2025, claro, o Supremo Tribunal Federal ter começado a a analisar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu entorno por tentativa de golpe virou imediatamente duas coisas.

Na esfera à esquerda do mundo das redes sociais, Bolsonaro já está condenado e preso. Do outro lado, está provada a perseguição promovida por Alexandre de Moraes, o inquisidor-mor da República.

No primeiro caso, ao menos a torcida acompanha o andar da carruagem dos fatos. É dado como certo nos meios jurídico e político que a denúncia será aceita e que o caso contra Bolsonaro o levará a uma condenação e provável detenção.

Há pontos que serão questionados, que vão da concentração do caso em turma à materialidade de sua participação da trama, o que é do jogo da defesa.

Com o Supremo de olho nesses movimentos, ignorando pressão do ex-presidente e antecipando eventuais tentativas de drible, parece mais correto apostar que Bolsonaro vira o ano condenado —prisão pode demorar um pouco mais.

Já no arco narrativo do bolsonarismo, resta ao ex-presidente fingir que não vive suas exéquias políticas na prática. Por evidente, ele segue dividindo com Lula (PT) o palco central da polarização, não é dessa popularidade que se trata aqui.

A questão toda é sua toxicidade aumentada pelo inquérito do golpe e a capacidade ora reduzida de comover mesmo sua base, que fora da franja mais fanatizada não parece muito animada a ir às ruas em massa para defendê-lo.

O protesto ocorrido no Rio há duas semanas provou isso, com baixa adesão e uma frouxidão discursiva notável por parte de Bolsonaro. Com efeito, chamou mais a atenção no meio político o que o seu herdeiro presumido, Tarcísio de Freitas, tinha a dizer ao promover o malabarismo de apoiar o ex-chefe e se mostrar pronto para tomar sua vaga.

O governador paulista voltou à baila na segunda (24), mas estava ao lado de Bolsonaro em um programa de podcast, onde teve de explicar por que não falou mal do sistema eleitoral. A resposta estava presente, com o ex-presidente dizendo que só “passa o bastão morto”. Mas há outras mortes além da física.

O murmúrio do velório já está na praça com a movimentação aberta de nomes interessados em disputar o governo paulista no caso de Tarcísio tentar a Presidência, algo que ele é obrigado a negar hoje porque não pode passar por traidor da causa bolsonarista. Mas mesmo o ex-presidente concedeu, no programa, que talvez não esteja no páreo em 2026.

Bolsonaro, claro, ainda vende a ideia de que conseguirá uma anistia cada vez mais improvável, que, se vingar, não passa pela Justiça. Está inelegível até 2030 e, ainda que a história brasileira esteja coalhada de reviravoltas e perdões, como a ida de Lula da cadeia para a Presidência, sua situação jurídica é bem pior.

Sobrou a um encolhido Bolsonaro envergar um terno do tempo de presidente, adornado com o “pin” da Medalha do Pacificador, e tentar emular pela enésima vez o seu ídolo, Donald Trump, embora a presença desafiadora do republicano na corte em que foi condenado criminalmente no ano passado fosse uma obrigação legal.

Tanto fez para o americano: Trump transformou sua carranca naquele dia em foto oficial do segundo mandato. Já no caso brasileiro, Bolsonaro estende a gastura de seus agoniados aliados, que não sabem se ele largará o figurino a tempo de viabilizar uma candidatura do campo.

Bolsonaro pode até sonhar com isso e dramatizar cada passo daqui até o inexorável, mas a realidade por ora lhe oferece apenas a discutível distinção de ser o primeiro ex-presidente a virar réu por tentativa de golpe no Brasil, o que deve ser sacramentado nesta quarta (26).

Dulino Sistema de ensino

Famílias que buscaram atendimento no Hospital Municipal Maria Lucinda, no Recife, nesta segunda-feira (25), denunciaram longas esperas para atendimento de crianças com sintomas graves, como febre alta, vômitos e dificuldade para respirar. Segundo os relatos, algumas mães aguardaram por mais de 12 horas sem qualquer tipo de assistência médica imediata.

“Cheguei aqui com meu filho com 39°C de febre e só fomos chamados depois de oito horas. Ele estava vomitando e ninguém dava atenção”, relatou Maria Silva, de 32 anos. Ana Paula Santos, outra mãe que procurou a unidade, afirmou que sua bebê de 1 ano passou mal durante a madrugada e só recebeu medicação no fim da manhã. Até o momento, a direção do hospital não se pronunciou sobre as queixas. Com informações do Paulista Notícias Oficial.

Ipojuca No Grau

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltará ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, quando a Primeira Turma da Corte retomará o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por uma suposta tentativa de golpe de Estado. A sessão foi interrompida nesta terça após o voto dos ministros sobre pedidos preliminares das defesas, como o julgamento do caso no plenário e a nulidade da delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Os requerimentos foram rejeitados pela maioria do colegiado. A ida de Bolsonaro ao STF foi decidida nesta segunda por membros da sua defesa, como Paulo Bueno e do Daniel Tesser, e endossada por um dos seus principais aliados, o também advogado Fábio Wajngarten.

A ideia, dizem pessoas próximas, é fazer com que o ex-presidente apareça de “cabeça erguida” ante os ministros do Supremo e transparecer que ele “nunca pensou em fugir da Justiça”. Os planos de levar parlamentares próximos ao ex-mandatário para o plenário do STF, entretanto, acabaram frustrados pela limitação física do espaço. As informações são do Jornal O Globo.

Caso a maioria dos ministros decida aceitar a denúncia nesta quarta, o ex-mandatário e os outros integrantes do “núcleo central” vão virar réus. Bolsonaro aproveitou o intervalo da sessão desta terça para almoçar em uma churrascaria em Brasília. O ex-presidente debateu detalhes da defesa com o time do advogado Celso Vilardi e o deputado Mário Frias (PL-SP).

Bolsonaro enviou uma mensagem aos seus aliados mais próximos na manhã desta terça-feira, pouco antes do início do julgamento do STF que pode tornar ele e sete aliados réus por tentarem se manter no poder após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro de 2022. No texto compartilhado em grupos de Whatsapp e Telegram, Bolsonaro diz nunca ter participado de um plano golpista que teria culminado nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. A exemplo do que disse ao pousar em Brasília, na manhã desta terça, ele afirmou que “confia na justiça”.

O ex-mandatário elenca pontos que, segundo ele, comprovariam uma perseguição do judiciário. Ele cita que o julgamento tem por objetivo impedi-lo de participar das próximas eleições presidenciais, em 2026, e cita o seu filho 03, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deixou o mandato e passou a morar nos Estados Unidos por alegar sofrer perseguições no Brasil. Ele argumenta que não estava no Brasil, no dia de janeiro.

“Me acusam de um crime que jamais cometi – uma suposta tentativa de golpe de Estado. Conversei com auxiliares alternativas políticas para a Nação, mas nunca desejei ou levantei a possibilidade da ruptura democrática. As mudanças nos comandos das Forças Armadas foram feitas sem problemas. Sempre agi nas quatros linhas da Constituição. Sempre. Não houve golpe de Estado, o candidato adversário tomou posse, saí do País, não estava aqui no dia 8/1 e mesmo assim tentam me condenar. Sabem que se eu disputar a eleição presidencial de 2026 serei vitorioso e colocarei, novamente, o Brasil no rumo certo”, disse na mensagem.

Caruaru - IPTU 2025

Um caminhão-reboque carregado com motos apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) pegou fogo nesta terça-feira (26) em Araripina, no Sertão de Pernambuco. Os veículos haviam sido recolhidos durante blitz realizadas entre Salgueiro, Ouricuri e Araripina, e uma fonte relatou que o incêndio ocorreu em frente à Delegacia de Polícia Civil. Vídeos enviados ao blog mostram o reboque em chamas e uma explosão no local.

De acordo com a fonte, o incêndio teria sido uma reação da população às apreensões feitas pela PRF, já que dezenas de motocicletas foram retidas nas últimas horas. Ainda não há confirmação oficial sobre as causas do fogo. Procurada pela redação, a PRF ainda não se pronunciou a respeito.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Durante encontro de gestores municipais em Brasília nesta terça-feira (25), a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) formalizaram os contratos com as empresas vencedoras do edital Inova SUAS. A iniciativa marca o início da implementação de quatro projetos voltados à inovação na prestação de serviços de assistência social nos municípios da área de abrangência da Sudene. O investimento total será de R$ 730 mil. O evento ocorreu durante reunião colegiada e reforça o papel do SUAS como instrumento de inclusão e desenvolvimento.

Lançado em julho de 2024, o edital foi voltado à seleção de propostas capazes de aprimorar a gestão da assistência social em áreas vulneráveis da região. “A proteção social precisa ser entendida como um direito, e não um favor. Iniciativas como esta ajudam a empregar inovação na capacidade governativa do SUAS”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. A presidente do Congemas, Penélope Andrade, também destacou o compromisso conjunto com a melhoria dos serviços públicos. Entre as propostas selecionadas estão ferramentas tecnológicas, índices de efetividade dos atendimentos e metodologias específicas voltadas a populações quilombolas.

As empresas contratadas desenvolverão soluções voltadas ao georreferenciamento de usuários, qualificação dos registros de atendimento, aprimoramento da abordagem social e avaliação da efetividade dos serviços. A expectativa é que os projetos reflitam uma nova etapa na política pública de assistência social nos municípios nordestinos, com uso de tecnologia, dados e metodologias inovadoras. O secretário nacional de Assistência Social, André Quintão, ressaltou a importância da ação no contexto do estado de bem-estar social previsto na Constituição: “São ações como essa da Sudene que fortalecem a instituição desse objetivo de maneira republicana”, concluiu.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Por Isabel Cesse

A presidente da seccional pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), Ingrid Zanella, obteve ganho de causa num processo em que ela mesma atuou, considerado em todo o país uma importante vitória para a advocacia de Pernambuco. Isso porque decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), divulgada nesta terça-feira (25/03), garantiu o direito ao destaque e pagamento dos honorários contratuais dos advogados que atuam em processos de empresas que estão passando por recuperação judicial.

A medida, concedida em caráter liminar em Agravo de Instrumento, suspendeu os efeitos de decisão de primeira instância que vinha se posicionando de forma oposta. Dessa forma, evitou que advogados e advogadas que trabalharam por anos na defesa de seus clientes na recuperação judicial fiquem sem receber pelos serviços prestados. Na ação, a presidente da OAB-PE atuou como amicus curiae (amigo da Corte, em latim), reforçando a defesa das prerrogativas da advocacia para assegurar que os honorários sejam devidamente pagos.

Depósitos judiciais

A decisão foi do desembargador Gabriel de Oliveira Cavalcanti Filho, da 6ª Câmara Cível do TJPE. Determina que os valores devidos aos advogados sejam depositados judicialmente nos percentuais de 20% ou 30%, conforme contrato, até que haja uma decisão definitiva em relação à recuperação judicial da empresa em questão. O magistrado reconheceu a importância da medida para a advocacia, destacando que “a verba honorária possui natureza alimentar e é essencial para o exercício da advocacia, sendo imprescindível a adoção de medidas que garantam o seu recebimento”.

Gabriel Filho também destacou que fundamentou sua decisão no poder geral de cautela do magistrado, determinando que “o valor correspondente – no percentual de 20% ou 30%, conforme estipulado no respectivo contrato – seja depositado em juízo”, garantindo a efetividade do direito ao pagamento dos advogados.

Prejuízo irreparável

Além disso, ele enfatizou que a ausência da retenção poderia causar “prejuízo irreparável aos advogados e advogadas que atuaram nos processos de recuperação judicial, comprometendo sua subsistência e a própria dignidade da profissão”. Além da garantia do pagamento, a decisão também determina a reunião de todos os processos semelhantes que tramitam no TJPE, consolidando um entendimento uniforme e evitando decisões conflitantes sobre a matéria.

O caso em questão envolve a recuperação judicial do Grupo João Santos. Apesar de os advogados terem contratos formalizados prevendo percentuais entre 20% e 30% sobre os créditos obtidos para seus clientes, o juízo de primeira instância vinha sistematicamente negando a retenção desses valores, alegando que a obrigação não poderia ser imposta à empresa em recuperação. Isso provocou grave insegurança jurídica, forçando dezenas de advogados a ingressarem com ações individuais para garantir seu direito ao recebimento.

Toritama - Prefeitura que faz

O prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, comemorou nesta terça-feira (25) a volta da deputada estadual Roberta Arraes à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Em declaração pública, o gestor enfatizou a importância da atuação da parlamentar para a região do Araripe, especialmente nas pautas relacionadas à saúde. Segundo ele, o retorno de Roberta representa a continuidade de um trabalho voltado ao desenvolvimento e à melhoria da qualidade de vida da população.

Evilásio também defendeu a união entre as lideranças políticas da região como fator essencial para viabilizar novos investimentos. “Nosso compromisso é com o progresso, e a parceria entre os poderes é essencial para que possamos continuar conquistando melhorias para o nosso povo”, disse.

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Por Flávio Chaves*

Enquanto crianças passam fome, postos de saúde viram depósitos de doentes sem atendimento, escolas afundam na precariedade e famílias se amontoam em barracos de madeira, prefeituras promovem um espetáculo de autopromoção: uma cerimônia com direito a fotos, discursos e palmas para anunciar a pavimentação de duas ruas. Apenas duas. Nem sequer há data para o início das obras, mas já houve tempo para reunir senadores, deputados, vereadores e toda a corte de aliados em um ato que mais parece uma zombaria com quem vive no abandono. As empreiteiras que vencem a licitação já recebem uma boa fatia por uma obra que sequer começou.

A pergunta que ecoa nas ruas esburacadas é simples: por que tanta pompa por algo que deveria ser rotina? Enquanto a população sofre com a falta do essencial, o gestor público transforma obrigação em propaganda. E o pior: ninguém sabe de onde vem tanto dinheiro para festas, carros luxuosos e patrimônios que crescem magicamente, enquanto o povo definha na fila do SUS, nas salas de aula sem livros e sem merendas dignas e nos barracos sem luz ou água.

É um ciclo perverso: quanto mais o povo precisa, menos o poder entrega. E quando entrega migalhas, faz questão de filmar, fotografar e comemorar como se fosse um feito histórico. Se duas ruas merecem champanhe, imaginem o que fariam se resolvessem o caos na saúde, a vergonha da educação ou o desespero da moradia. Mas aí, não há interesse. Problema resolvido é promessa que some da pauta.

O povo já está acordando para este jogo da partida da maldade. A cada eleição, a esperança é menor, mas a revolta é maior. Muitos ficaram de fora do último pleito, em 2024, fingem não saber o motivo e alguns culpam o povo.

Um dia, a conta chega. Porque enquanto eles brindam, o povo sangra. E sangue, cedo ou tarde, escorre — e mancha até o asfalto mais bem lavado.

*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir na manhã de quarta (26) se torna réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados em ação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram, na tarde desta terça-feira (25), sessão para avaliar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Pela manhã, houve manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e da defesa dos denunciados. Bolsonaro decidiu assistir presencialmente ao julgamento e está sentado em frente ao relator do processo, ministro Alexandre de Moraes. As informações são da CNN Brasil.

O julgamento ocorreu sem maiores problemas pela manhã, mas o advogado de um denunciado que não está sendo julgado nesta terça tentou forçar a entrada no plenário e chegou a ser detido por desacato.

Amanhã, o julgamento volta com o voto do ministro Alexandre de Moraes e dos demais membros da Primeira Turma sobre aceitar ou não a denúncia.

Nesta terça, os ministros apreciaram pedidos das defesas no sentido, por exemplo, de afastar Moraes, Zanin e Dino do julgamento. Essa preliminar foi julgada e derrubada por unanimidade, com placar de 5 a 0. Outro pedido foi pela incompetência da Turma para julgar o caso, além do impedimento do próprio STF. Os ministros, porém, mantiveram o julgamento na Primeira Turma. Nesse caso houve divergência do ministro Luiz Fux, que votou pela ida do julgamento ao plenário.

“No meu modo de ver, se essa matéria fosse tão pacífica [competência da Primeira Turma], depois da mudança do regimento, dias atrás deste mês, 11 de março, eu votei, na companhia de outros colegas, e fiquei vencido. Por quê? Ou estamos julgando pessoas que não exercem mais função pública, ou estamos julgando pessoas que têm essa prerrogativa, e o lugar correto seria o plenário”, disse Fux.

Moraes também votou a favor de negar pedidos de nulidade das defesas que alegam a prática de document dump, que é o excesso de documentos e desorganizados; e fishing expedition, que ocorre quando se faz a “pesca predatória” de provas. Além de cerceamento de defesa. Ele foi acompanhado pelos colegas de turma por unanimidade.

Por fim, os ministros rejeitaram o pedido da defesa de Bolsonaro por um juiz de garantias e a nulidade do acordo de delação premiada de Mauro Cid.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) iniciou a fase de testes da interligação entre a Adutora do Agreste e a Adutora de Jucazinho, em Caruaru. A medida visa garantir o abastecimento das 14 cidades atendidas pelo Sistema Jucazinho, cuja barragem está em pré-colapso, com apenas 3,8% da capacidade. Com a mudança, Caruaru deixa de receber água de Jucazinho e passa a ser abastecida com 600 litros por segundo da Adutora do Agreste, triplicando a atual vazão proveniente do Rio São Francisco. A água remanescente de Jucazinho será direcionada às outras 13 cidades do sistema.

A interligação permite ainda, em caso de colapso total da barragem, inverter o fluxo de água para que o Sistema Jucazinho receba água da Adutora do Agreste. Segundo o presidente da Compesa, Alex Campos, a obra foi concluída em dois meses, com investimento de R$ 4,4 milhões autorizado pela governadora Raquel Lyra. Outra intervenção importante foi a construção de uma nova adutora de 3 km entre a ETA Petrópolis e o Reservatório do Santa Rosa, que beneficiará cerca de 40 mil pessoas em cinco bairros de Caruaru, além de melhorias na estação de tratamento para garantir abastecimento diário nessa área.

A Compesa também está concluindo a Estação de Tratamento de Água Bela Vista, que receberá 200 l/s do São Francisco. Quando finalizada, Caruaru passará a contar com 1.500 l/s, somando-se os volumes dos sistemas Salgado, Petrópolis, Bela Vista e Prata. “Caruaru estava no mapa da emergência, mas iremos eliminar essa possibilidade nos próximos dias”, afirmou Alex Campos.