O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), articula a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para endurecer as penas de facções criminosas e controlar fronteiras. Além da regulamentação da reforma tributária, Lira quer deixar como marca de seu mandato uma proposta que amplie os crimes inanfiançáveis ligados a tráfico de armas, drogas e milícias, dificultando a soltura de integrantes de facções.
Na sua avaliação, a segurança pública pautará o debate das eleições deste ano e também as disputas de 2026 para os governos estaduais e o Palácio do Planalto. Pesquisas mostram que o tema está entre as principais preocupações da população, à frente até mesmo do desemprego.
Em conversas reservadas, no entanto, Lira tem apresentado ideias diferentes da PEC preparada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mas ainda não enviada ao Congresso.
O governo pretende criar uma política de integração com Estados que os obriga a cumprir diretrizes nacionais para o sistema penitenciário. A ideia é condicionar os repasses de verba do Fundo Nacional de Segurança Pública ao compartilhamento de informações por parte dos Estados, como dados sobre presos ou mesmo procurados, sob pena de crime de responsabilidade aos governantes que não prestarem contas.
Lira, por sua vez, tem dito que vai investir em uma proposta mais direcionada às facções criminosas e acha que o plano de transformar a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Polícia Ostensiva Federal, como sugere o Ministério da Justiça, não vai funcionar.
“É muito positivo o governo federal se preocupar com o assunto, mas não de maneira superficial”, disse o professor da FGV-SP Rafael Alcadipano, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Precisamos de uma proposta concreta para articular esforços com os Estados e tirar o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) do papel”, emendou.
“Essa não é uma pauta do Brasil”, diz Silvio Costa Filho sobre anistia
Por Larissa Rodrigues Repórter do blog
Em meio à discussão sobre o projeto de lei que pretende anistiar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, muitas autoridades, políticos e pessoas da sociedade em geral têm questionado a serventia da proposta para a população brasileira.
Os presos do 8 de janeiro foram até Brasília, atacaram e quebraram violentamente os principais símbolos da democracia e, agora, enquanto a população se vê preocupada com a inflação dos alimentos, com a segurança pública, com saúde e educação precárias, essas pessoas ocupam políticos pagos com o suado dinheiro público do contribuinte para tentar se livrar das consequências.
É a pauta principal da oposição bolsonarista do país, com a ajuda do centrão. Mas, como bem frisou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), ontem (15), essa não é uma pauta do povo brasileiro. O pernambucano foi o terceiro entrevistado no podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog, e colocou os “pontos nos is” nessa questão da anistia.
“Essa não é uma pauta do Brasil. A pauta do Brasil é o combate à criminalidade, a retomada de obras estruturantes. É fazer com que o Brasil cresça, se desenvolva, gere emprego, gere renda. Tanto é que a maioria do povo brasileiro, quando se faz uma pesquisa, é contra anistiar o ex-presidente Bolsonaro (PL) e muitos que tentaram atacar a democracia”, declarou Silvinho.
O ministro reforçou que é preciso respeitar a posição de cada deputado federal, mas deixou clara a desconexão da “agenda anistia” com os anseios da população. O partido de Silvinho, o Republicanos, colaborou com 28 votos para o requerimento que pede urgência para o projeto na Câmara, mesmo a legenda fazendo parte do Governo Lula (PT), sendo o chefe do Executivo contrário ao texto.
Segundo ele, o presidente da sigla, o deputado Marcos Pereira, é um democrata, “alguém que tem espírito público e respeita a posição dos parlamentares”. “Mas, nós temos que aguardar, agora, qual será o encaminhamento do presidente Hugo Motta (também do Republicanos) em relação a votar ou não essa urgência”, destacou Silvinho.
O ministro ainda disse que é importante dialogar com o Supremo Tribunal Federal (STF) e ter muita serenidade com esse debate. “É um tema que não cabe ao Parlamento brasileiro. Tenho muitas dúvidas sobre a constitucionalidade dessa matéria. Se eu estivesse exercendo um mandato de deputado federal, eu não assinaria. Iria defender que esse debate precisa ser feito no Poder Judiciário. Cabe uma reflexão no próprio Supremo”, defendeu o ministro.
O POVO QUER MELHORAR DE VIDA– O que Silvio Costa Filho afirmou está respaldado nas pesquisas sobre a anistia. O povo brasileiro é contra. A pesquisa Quaest, divulgada no início deste mês, mostrou que 56% dos brasileiros são contrários à anistia aos golpistas do 8 de janeiro. Claro: o povo quer melhorar de vida, quer trabalho e comida no prato, quer escola boa para os filhos, quer que o posto de saúde funcione. Mas os políticos da oposição resolveram gastar tempo e dinheiro para livrar a cara de golpista. “É uma pena que a principal pauta da oposição brasileira não seja econômica, nem social, mas uma pauta de anistiar muitos que atentaram contra a democracia”, reforçou Silvinho.
Balanço do Governo– O ministro ainda fez um balanço do Governo Lula. Segundo ele, a gestão petista tem muita coisa para mostrar. “Você pega o setor da indústria, não crescia há 14 anos. Houve um crescimento de 4%, o setor de serviços também, 4%. O maior volume de vendas do Programa Minha Casa Minha Vida. Só no Estado de São Paulo, mais de 150 mil unidades habitacionais. O setor portuário, que é o meu, teve o melhor ano dos últimos 20 anos, com crescimento de 5%. Só o Ministério de Portos e Aeroportos está fazendo um investimento de mais de R$ 20 bilhões, entre públicos e privados. Tudo isso vai colocar o Brasil em uma grande rota de desenvolvimento e crescimento. Estou muito confiante de que o Governo vai terminar o ano fortalecido”, enfatizou.
Mas precisa de ajustes– Ainda segundo Silvinho, o Governo Lula precisa avançar na agenda do ajuste fiscal, melhorar as contas públicas e a comunicação, ampliar o diálogo com a imprensa brasileira, com prefeitos, governadores, além de ampliar o diálogo com o segmento evangélico. Sobre uma possível candidatura ao Senado, em 2026, Silvinho desconversou. “O presidente Lula me confiou a responsabilidade de assumir o Ministério de Portos e Aeroportos. É o maior desafio da minha vida, tenho trabalhado das 7h às 00h todos os dias. Estamos andando o Brasil e fazendo entregas. Essa não é ainda uma pauta da sociedade. É uma pauta da classe política e da classe jornalística, que naturalmente acompanha e cobre o debate das eleições de 2026. Vamos deixar para discutir na hora certa”.
Lula está de olho– O Palácio do Planalto pretende fazer, em maio, uma espécie de “pente-fino” em cargos na Esplanada dos Ministérios indicados por deputados e senadores. O objetivo é municiar a articulação política de um mapa de indicações para ajudar nas negociações da pauta governista no Congresso Nacional, que inclui a reformulação da tabela do Imposto de Renda (IR) e a PEC da Segurança Pública. Atualmente, segundo assessores do Governo, até mesmo parlamentares com baixa adesão a projetos governistas contam com indicados em autarquias federais. As informações são da CNN Brasil.
Moraes critica demora da Alepe – O deputado estadual Antônio Moraes (PP) criticou a demora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em pautar propostas enviadas pelo Executivo, entre elas o pedido de empréstimo bilionário e a indicação de um novo administrador para Fernando de Noronha. Segundo ele, os prazos para apresentação de emendas já se encerraram, e não há justificativa para manter os projetos parados. “Já passou o prazo de emendas. O que o presidente da comissão deveria fazer era colocar em pauta. E coloquei à disposição dele também que o secretário da Fazenda e o secretário de Planejamento estão prontos para que o relator, deputado Waldemar Borges (PSB), possa esclarecer todas as dúvidas que tiver”, afirmou durante entrevista à Rádio Folha 96,7, ontem.
CURTAS
Salário mínimo – O presidente Lula (PT) encaminhou, ontem, uma proposta de salário mínimo de R$ 1.630, em 2026. O valor representa um aumento nominal de R$ 112 (7,4%) em relação ao piso atual, de R$ 1.518. O valor consta no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). O valor de R$ 1.630 poderá ser alterado, porque o salário mínimo depende da trajetória do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para as famílias de até 5 salários mínimos.
Programa Ganhe o Mundo – A Alepe aprovou por unanimidade, ontem, o projeto de lei que altera o Programa Ganhe o Mundo e permite o embarque, em 2026, de estudantes selecionados em 2024 que não puderem viajar este ano por motivos administrativos ou logísticos. A proposta é de autoria do deputado Rodrigo Farias (PSB) e coautoria de Renato Antunes (PL). O texto gerou debates no plenário.
Pedro Campos no Interior– O deputado federal Pedro Campos (PSB) cumpriu agendas no Interior de Pernambuco, no último final de semana. O parlamentar visitou os municípios de Altinho, Venturosa e São José do Belmonte, onde realizou entregas de equipamentos agrícolas: motoniveladora, trator e retroescavadeira, todos destinados por meio de emenda do seu mandato via Codevasf. As ações fazem parte de um conjunto de investimentos voltados ao fortalecimento da agricultura familiar, à melhoria da infraestrutura rural e ao desenvolvimento regional.
Perguntar não ofende: quando Silvinho vai admitir que tentará uma vaga no Senado, em 2026?
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) acatou recurso da Prefeitura de Garanhuns e suspendeu os efeitos de uma decisão da Vara da Fazenda Pública do município que determinava a realização de concurso público em até seis meses e proibia novas contratações temporárias. A decisão, proferida pelo desembargador substituto Luciano de Castro Campos nesta terça-feira (15), considerou que a medida judicial extrapolava os limites da intervenção constitucionalmente adequada, violando o princípio da separação dos poderes.
Segundo o desembargador, ao impor prazo e forma para realização de concurso, a decisão judicial invadiu a competência do Poder Executivo, que detém conhecimento técnico, orçamentário e fiscal para decidir sobre o provimento de cargos. A Prefeitura argumentou que já realizou concurso em 2024 com 277 vagas efetivas e mantém levantamento contínuo de necessidades para futuros certames. Além disso, sustenta que segue a legislação vigente quanto às contratações temporárias.
De acordo com o procurador-geral do município, Paulo Couto Soares, a decisão do TJPE restabelece a ordem constitucional. “Cabe ao Poder Executivo, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, definir sobre concursos. As contratações temporárias seguem respaldo legal, e o município está cumprindo sua responsabilidade. A suspensão da decisão reforça esse entendimento e aguardamos a confirmação do mérito ao fim do processo”, afirmou.
A nova cirurgia de Jair Bolsonaro, de 12 horas, joga luzes sobre a grande incógnita das eleições presidenciais de 2026, quando os dois principais líderes políticos do país, Bolsonaro, pela extrema direita, e Luiz Inácio Lula da Silva, pela esquerda, dão sinais de que terão dificuldades para se candidatar e, portanto, para manter a sólida polarização brasileira.
Bolsonaro, 70 anos, tem sofrido efeitos colaterais bastante graves da facada que quase o matou durante a campanha de 2018, que ele venceu, e não se pode dizer que tenha exatamente uma saúde de ferro. Mas o pior é que ele, além de inelegível, enfrenta um julgamento difícil e carregado de provas como “chefe da organização criminosa”, segundo a PGR, que planejou e tentou dar um golpe de Estado no País. Seu grande risco é estar atrás das graves na eleição.
Lula, 79 anos, curou-se de um câncer de garganta, mas, já no terceiro mandato, levou um tombo no banheiro e teve de fazer mais de um procedimento para estancar um sangramento intracraniano. Terá 80 anos na posse do futuro presidente e 84 no fim do próximo mandato presidencial. Além disso, Lula enfrenta popularidade preocupante, Congresso hostil, oposição muito articulada e uma montanha de críticas, inclusive da mídia e entre aliados.
A diferença entre os dois é o tipo de problema para cobrir o próprio vácuo, se vácuo houver. Enquanto Bolsonaro está rouco de tanto dizer, e tentar convencer, que será candidato, mas sofre uma competição cada vez menos disfarçada e mais atuante dentro do próprio ambiente bolsonarista. O nome mais em evidência é o de Tarcísio Gomes de Freitas, governador de São Paulo, mas ele é seguido pela ex-primeira dama Michele, governadores como Ratinho Jr. e Ronaldo Caiado, e os tais “outsiders” que usam as pesquisas e abusam das redes sociais.
O problema de Lula é inverso: a falta de um sucessor, como já lhe cobraram um ícone da esquerda e um ícone indígena latino-americanos, Pepe Mujica e o cacique Raoni. É como se a esquerda nacional só tivesse uma alternativa, ou Lula ou Lula. De uma pobreza de dar dó. Dó e um certo pânico, que permeia os debates de Brasília, mas é tratado sob constrangimento. Quem mais tem, ou teria coragem de botar o dedo nessa ferida para Lula, como Mujica e Raoni?
Bolsonaro é vítima do seu “problema”, já que não quer, não permite e se esgoela, mas sofre a profusão de candidatos disputando o seu próprio eleitorado. Lula, porém, não se pode dizer vítima da falta de nomes, não só do PT, mas de toda a esquerda, porque foi ele quem criou e agora alimenta esse seu “problema”, na base do “se não for eu, não vai ser ninguém”.
E é assim que Lula vem desautorizando e enfraquecendo a melhor aposta dele, do partido e das esquerdas, Fernando Haddad, e não sobra ninguém. Ou melhor, quem sobra, por melhor que seja, é novo, inexperiente, tem de comer muito feijão para chegar a candidato com chances reais. Estamos falando do prefeito de Recife, João Campos, do PSB, que disputou a reeleição e não apenas venceu como levou o troféu de mais votado do País.
Sim… Se as candidaturas de Lula e Bolsonaro são incertas e não sabidas e a polarização parece claudicar, ou caducar, era de se esperar que o centro (atenção: não o Centrão, que é outra história) se articulasse para entrar de cabeça nesse vácuo, mas daí vem a dúvida cruel: quem e o que sobrou do centro no Brasil? O País é dividido entre 30% da esquerda, 30% do bolsonarismo e 30% que não é de nenhum dos dois lados. Está num limbo, sem ver a luz no fim do túnel. Um ano e meio antes das eleições, 2026 é uma enorme incógnita.
Durante entrevista ao podcast Direto de Brasília, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou nesta terça-feira (16) que se sente preparado para disputar o Senado em 2026, mas destacou que qualquer passo eleitoral será discutido previamente com o presidente Lula. “Não vou dar nenhum passo em Pernambuco sem ouvir o presidente Lula, até por gratidão”, afirmou. O ministro também citou outros caminhos possíveis, como a permanência no ministério, uma nova candidatura a deputado federal ou o apoio à eventual candidatura do deputado Hugo Motta à presidência da Câmara. Confira:
A possível fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol gera preocupação para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, parceria entre o Blog e a Folha de Pernambuco, nesta terça-feira (15), ele afirmou que o processo “não ajuda” o Brasil. Apesar da avaliação crítica, o ministro disse que respeitará a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsáveis por analisar a operação.
“Tenho dúvidas sobre essa fusão, porque 98% da movimentação da aviação brasileira está nas mãos da Gol, da Azul e da Latam. É um processo que ainda depende do Cade, não de mim. Essa modelagem de fusões acontece no mundo, de empresas que estão em dificuldade se juntarem para poder se salvar e se planejar para o futuro. Mas, neste momento, na minha avaliação, uma possível fusão não é benéfica para o país. Não ajuda. Quanto mais companhias aéreas, melhor”, disparou.
Silvio ressaltou a articulação que fez junto ao presidente Lula e aos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda) para garantir uma linha de crédito de R$ 4 bilhões para as companhias aéreas poderem se reestruturar. “As três empresas sinalizam que farão operações de crédito, e, se elas pegarem esses recursos, poderão se organizar, pagar dívidas, comprar aeronaves, para que não seja necessária essa decisão (fusão). Penso que temos muito tempo, o processo está sendo gestado pelas companhias aéreas, e agora se iniciou a discussão dentro do governo. Nesses dois anos, tivemos um incremento de mais de 5% nos voos internacionais no Brasil, um crescimento de 14% nos voos nacionais — isso tudo vai fortalecer a aviação nacional. E tenho trabalhado para buscar novas companhias aéreas. Há algumas interessadas que sinalizam até a compra de aviões da Embraer. As tratativas estão caminhando bem, isso dá mais opções e democratiza cada vez mais”, colocou.
O ministro também comentou sobre o acidente da Voepass e as consequências para a reputação da empresa. “Ela está com muita dificuldade. Tentamos ajudar, ela está buscando uma operação de crédito para a reestruturação, a renovação da frota. Vamos ter uma reunião na primeira semana de maio, na qual querem apresentar um plano estratégico de fortalecimento. Mas a Anac só vai autorizar qualquer operação de retomada de voos quando eles puderem apresentar um plano de reestruturação. Mas ela (Voepass) está dialogando com companhias aéreas de fora do Brasil — de repente, pode acontecer uma incorporação da Voepass a outra empresa”, elencou Silvio Costa Filho.
Por fim, o ministro celebrou os avanços do programa Voa Brasil, o qual conseguiu tirar do papel e que já deu oportunidade a 40 mil aposentados do país de viajarem pagando até R$ 200. Mas afirmou que não tem condições de ser expandido para toda a população.
Ao encerrar a entrevista, Silvio Costa Filho destacou os resultados do programa Voa Brasil, voltado inicialmente para aposentados. Segundo o ministro, a iniciativa já permitiu que cerca de 40 mil pessoas viajassem pagando até R$ 200 por passagem, sem uso de verba pública. “Não tem R$ 1 de recursos públicos, pois é feito em parceria com a iniciativa privada”, explicou. Apesar do êxito, ele reconheceu que não há condições de ampliar o benefício a toda a população. “O Brasil não tem recursos para subsidiar a aviação. Governar é elencar prioridades, e neste momento é mais certo investir em infraestrutura e programas sociais”, afirmou.
Em entrevista ao podcast Direto de Brasília, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), afirmou que as grandes obras em curso em Pernambuco são resultado direto de investimentos do governo federal, e não de iniciativas próprias da gestão estadual. “Vamos lá: duplicação da BR-423, conclusão da BR-104, barragens, adutoras, seis institutos federais, Arco Metropolitano, investimentos na aviação, no Porto de Suape, Transnordestina… tudo é fruto da parceria com o presidente Lula”, disse. O ministro acrescentou que governadores anteriores, como Paulo Câmara, enfrentaram dificuldades por falta de apoio federal, e que a atual gestão estadual vive uma situação privilegiada com quase R$ 20 bilhões em investimentos viabilizados pelo novo PAC. Assista:
O ministro de Portos e Aeroportos e deputado federal licenciado, Silvio Costa Filho (Republicanos), afirmou que a polêmica em torno do projeto de lei da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 não interessa à sociedade brasileira. Em entrevista ao meu podcast Direto de Brasília, em parceria com a Folha de Pernambuco, o auxiliar do presidente Lula disse que respeita todos os posicionamentos, mas que gostaria que o Congresso Nacional se debruçasse sobre outros temas.
“Essa não é uma pauta do Brasil. A pauta do Brasil é o combate à criminalidade, é a retomada de obras estruturantes. Tanto que, em todas as pesquisas, a maioria do povo é contra anistiar o ex-presidente Bolsonaro e muitos que tentaram atacar a democracia brasileira. Não é nem um tema que cabe ao Parlamento, mas temos que respeitar a posição de cada um. Mas, se eu estivesse lá (na Câmara), não assinaria (a urgência para a votação do projeto de lei)”, afirmou.
Sílvio defendeu seus correligionários do Republicanos, dos quais saíram 25 votos a favor da urgência, mesmo o partido ocupando o Ministério de Portos e Aeroportos. “De fato, a maioria dos deputados do Republicanos votou em Bolsonaro e foi eleita por esse segmento. Mas o presidente Marcos Pereira respeita a posição de cada parlamentar. Todos os partidos de centro têm posições ideológicas diferentes, essa é a beleza da democracia. Mas, todas as vezes, em 2023, 2024 e 2025, que o governo precisou votar matérias de interesse econômico, social, o programa Pé-de-Meia, o Minha Casa Minha Vida, o arcabouço fiscal, todos esses temas tiveram apoio da bancada do Republicanos. Agora, na anistia, está dividido, faz parte”, colocou o ministro.
Mesmo assim, Silvio Costa Filho afirmou que a pauta contra a anistia não é um tema de governo. “Acho uma pena que a principal pauta da oposição hoje não seja econômica ou social, mas anistiar aqueles que atentaram contra a democracia”, cutucou. “Mas essa anistia não é do governo do presidente Lula, é de setores da sociedade que buscam um tensionamento com o Supremo. Todos sabem que há vícios de inconstitucionalidade nessa matéria e que, mesmo que ela seja aprovada na Câmara, o Senado pode pautar ou não, e depois o Supremo pode alegar a inconstitucionalidade”, ressaltou.
Ele disse ainda que vê o correligionário Hugo Motta (PB), presidente da Câmara dos Deputados, tratando do tema com muito equilíbrio. “Ele não trabalha sob pressão. Tem muito equilíbrio na condução da Casa. Está viajando, voltará amanhã e deverá ter uma reunião com os líderes, e vai respeitar a vontade da maioria. Temos que aguardar essa reunião e, só a partir daí, fazer avaliações. Hugo sempre estará em defesa da democracia e das instituições. Não acredito que faça movimentos que prejudiquem isso. Ele tem muita serenidade, sei que construirá uma solução conjunta que fortalecerá o Congresso Nacional”, concluiu.
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (15), o Projeto de Lei Ordinária nº 2793/2025, que altera a legislação do Ganhe o Mundo para permitir o embarque, em 2026, de estudantes selecionados em 2024 que não puderem viajar este ano por motivos administrativos ou logísticos. A proposta, de autoria do deputado Rodrigo Farias (PSB) e coautoria de Renato Antunes (PL), gerou debates em plenário, especialmente entre parlamentares da oposição e da base governista.
A medida busca corrigir uma situação que afeta cerca de 243 alunos da rede estadual: eles foram aprovados no edital nº 1/2024, mas, devido ao adiamento das viagens, podem ultrapassar o limite de idade ou concluir o ensino médio antes do embarque, o que os tornaria inelegíveis segundo as regras atuais. O projeto garante a esses estudantes o direito ao intercâmbio, independentemente do critério etário ou da matrícula ativa no ensino médio.
Na tentativa de atenuar os ânimos, o coautor da proposta, Renato Antunes (PL), destacou que a intenção do texto não é politizar o tema. “Fala-se muito de morosidade (do governo) e vou discordar. Agradeço à base governista porque a Casa está contribuindo para que, em caso de problemas, os alunos tenham garantia de viajar”, disse.
A base aliada reagiu às críticas. A deputada Débora Almeida (PSDB) minimizou os riscos de prejuízo aos estudantes e defendeu a condução do programa. “A lei que foi aprovada hoje traz uma segurança, mas a gente vê que está dentro do tempo para os estudantes viajarem para Canadá e Estados Unidos”, argumentou.
A líder do governo na Casa, Socorro Pimentel (União), foi mais enfática na defesa da gestão Raquel Lyra (PSD). “Quero lamentar as falas de que o governo age com morosidade. O governo tem muito critério em todos os momentos que precisa fazer licitação para não cometer erros, como o do gestor municipal do Recife, com superfaturamento de livros escolares. Critérios têm que ser atendidos, e tenham certeza de que a governadora Raquel Lyra e todos nós da Alepe estamos trabalhando para garantir o direito dos alunos”, declarou.
Agora, com a aprovação pela Alepe, o texto segue para sanção da governadora. Caso Raquel Lyra sancione a proposta sem vetos, os estudantes contemplados pelo edital de 2024 terão garantida a participação no intercâmbio, mesmo que tenham concluído o ensino médio ou ultrapassado a idade-limite originalmente prevista.
O deputado federal Pedro Campos (PSB) cumpriu agenda no interior de Pernambuco no último fim de semana com a entrega de equipamentos agrícolas destinados a fortalecer a agricultura familiar e a infraestrutura rural. As entregas aconteceram em Altinho, Venturosa e São José do Belmonte, por meio de emendas parlamentares viabilizadas junto à Codevasf. Entre os equipamentos entregues estão motoniveladora, trator e retroescavadeira.
Em Altinho, no Agreste Central, o parlamentar participou da entrega de uma motoniveladora ao lado do prefeito Marivaldo Pena. O equipamento será utilizado na recuperação de estradas vicinais, beneficiando diretamente mais de 20 mil pessoas. “Muito feliz de ver nosso trabalho se transformando em ações concretas”, afirmou Pedro Campos, destacando que o município já recebeu mais de R$ 6 milhões em recursos destinados por seu mandato. Ainda no Agreste, em Venturosa, o deputado entregou um trator à comunidade do Morro do Barbado, com foco no fortalecimento da agricultura familiar e da produção leiteira.
Encerrando o giro pelo estado, Pedro Campos esteve em São José do Belmonte, no Sertão, onde participou da entrega de uma retroescavadeira ao lado do prefeito Vinícius Marques. O equipamento será utilizado em ações como a limpeza de barreiros e manutenção de estradas rurais. “Nosso compromisso é ajudar Vinícius a governar, trazendo recursos e investimentos”, disse o deputado, que anunciou a destinação de R$ 5 milhões em emendas para o município.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), é o convidado de hoje (15) do Direto de Brasília, meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco. A entrevista vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Folha, pelo canal do blog e pelas redes sociais (Instagram e Facebook) deste espaço.
O programa também será retransmitido pela Rede Nordeste de Rádio, composta por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas e Bahia, com a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife, como cabeça de rede. Confira:
O Palácio do Planalto pretende fazer, em maio, uma espécie de “pente-fino” em cargos na Esplanada dos Ministérios indicados por deputados e senadores.
O objetivo é municiar a articulação política de um mapa de indicações para ajudar nas negociações da pauta governista no Congresso Nacional, que inclui a reformulação da tabela do Imposto de Renda (IR) e a PEC da Segurança Pública.
Atualmente, segundo assessores do governo, até mesmo parlamentares com baixa adesão a projetos governistas contam com indicados em autarquias federais. As informações são da CNN Brasil.
Além disso, deputados que assinaram o pedido de urgência ao projeto da anistia possuem aliados nomeados no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No Planalto, o discurso é de que não se trata de uma tentativa de perseguição, mas de reafirmar o compromisso daqueles que fazem parte da máquina pública em defender a proposição do governo federal.
Nos bastidores, os principais focos do pente-fino são o PP e o União Brasil. Os dois partidos possuem cargos na Esplanada, mas apresentam índice alto de infidelidade em votações governistas.
Por outro lado, congressistas que apresentam compromisso com votações de interesse do governo federal, filiados a partidos do centrão, não têm indicados na máquina federal.
Um vazamento de grande porte na Adutora do Pajeú, registrado na noite passada (14), suspendeu o fornecimento de água em nove municípios e três distritos do Sertão pernambucano. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o problema ocorreu no trecho da adutora localizado no distrito de Albuquerque Né, em Sertânia.
Com isso, tiveram o abastecimento totalmente interrompido os municípios de Iguaracy, Carnaíba, Quixaba, Flores, Tabira, Santa Terezinha, Tuparetama, Itapetim e Brejinho, além dos distritos de Riacho do Meio (São José do Egito), Piedade (Itapetim) e o povoado de Placas de Piedade (Brejinho). Em Afogados da Ingazeira e São José do Egito, o fornecimento não foi suspenso, mas sofreu redução de vazão de 10% e 42%, respectivamente.
Técnicos da Compesa foram enviados ao local para executar os reparos. A companhia informou que a previsão é de que o sistema volte a operar a partir das 18h desta terça-feira (15), com retomada gradativa do abastecimento conforme o calendário de cada município. Com informações do Blog do Júnior Cavalcanti.