Afogados da Ingazeira, minha terra natal, me proporcionou, ontem, uma noite de autógrafos do livro ‘O Estilo Marco Maciel’ em alto estilo e com muita emoção. Confira as imagens!
Fotos: Cláudio Gomes













Afogados da Ingazeira, minha terra natal, me proporcionou, ontem, uma noite de autógrafos do livro ‘O Estilo Marco Maciel’ em alto estilo e com muita emoção. Confira as imagens!
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Cumprindo o calendário de mobilização, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) realizou, na tarde da última quarta-feira (5), uma caminhada que reuniu mais de 500 pessoas pelas ruas do centro do Recife. A concentração ocorreu na Estação Central, de onde os metroviários seguiram em direção ao Monumento Tortura Nunca Mais, local onde foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária que suspendeu a greve por 30 dias.
Durante a assembleia, a categoria avaliou os resultados da audiência de mediação ocorrida no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), provocada pelo Sindmetro-PE. Na ocasião, o tribunal orientou o sindicato a suspender a greve por 30 dias, período em que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) deverá apresentar resposta ao plano emergencial de recuperação do Metrô do Recife elaborado e protocolado ao TRT-6 pelo Sindmetro-PE.
Leia maisCom base nessa orientação, os trabalhadores aprovaram a suspensão temporária da greve por 30 dias, mantendo o estado de greve até a nova rodada de mediação no TRT-6, quando a CBTU deverá apresentar sua posição oficial sobre as propostas apresentadas pelo sindicato.
O presidente do Sindmetro-PE e da FENAMETRO, Luiz Soares, destacou que a decisão representa uma suspensão temporária do movimento, e não o seu encerramento. “A gente não vai encerrar o nosso movimento, apenas suspender. Vamos manter o estado de greve e aguardar o prazo de 30 dias determinado pelo TRT-6. Nesse período, cabe à CBTU apresentar sua resposta ao tribunal, que deverá ser apresentada em uma nova rodada de mediação com o Sindmetro-PE”, afirma Soares.
A categoria segue pressionando por investimentos imediatos, diante do risco de colapso total do sistema metroviário. “Suspendemos a greve, mas seguimos firmes na defesa de um metrô público, seguro e de qualidade. Esperamos que a CBTU e o governo federal atendam às reivindicações urgentes que apresentamos e iniciem, de forma imediata, a execução do plano emergencial de recuperação do sistema”, destacou Soares.
O presidente do Sindmetro-PE também reforçou que a luta contra a privatização continua sendo uma bandeira permanente da categoria, mas que, neste momento, a prioridade é garantir recursos emergenciais para o funcionamento do sistema.
“Não deixamos de lado a luta contra a privatização, mas, como o sistema está agonizando, queremos recursos imediatos. Esticar o prazo por mais 30 dias impede qualquer discussão sobre privatização entre o governo federal e o governo do estado. O que queremos é investimento urgente para recuperar os pontos críticos do Metrô do Recife”, afirmou.
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Por Angelo Castello Branco
O metrô de Nova Iorque transporta diariamente cerca de 6,2 milhões de pessoas, a um custo médio de US$ 2,70 por bilhete. Isso representa uma arrecadação diária superior a US$ 16 milhões, ou algo em torno de US$ 450 a 500 milhões por mês – um dos sistemas de transporte público mais movimentados e caros do mundo para se manter.
O recém-eleito prefeito Zohran Mamdani, figura notável por vários motivos – o primeiro muçulmano, o primeiro nascido na África e o mais jovem prefeito de Nova Iorque desde 1892 – assumiu o cargo com uma promessa ousada: tornar o transporte público gratuito.
Leia maisA proposta, à primeira vista, é socialmente sedutora. Quem não gostaria de poder se deslocar por uma das maiores cidades do planeta sem pagar passagem? No entanto, o que parece ser um presente à população é, na realidade, um desafio colossal para os cofres públicos.
Um serviço de transporte “gratuito” não deixa de ter custos: manutenção da frota, operação das estações, salários dos funcionários, segurança, limpeza e expansão da rede exigem recursos consideráveis. Alguém, inevitavelmente, terá de arcar com essa conta.
No Brasil, esse dilema não é novidade. Políticos populistas costumam prometer passagens gratuitas em ônibus, metrôs e trens urbanos nas grandes cidades. A diferença é apenas geográfica: em Nova Iorque, o prefeito enfrenta o problema em escala internacional; no Brasil, o desafio ocorre nas capitais e regiões metropolitanas, com pressões semelhantes sobre orçamentos já apertados.
Em ambos os casos, a promessa de gratuidade seduz a população, mas raramente vem acompanhada de um detalhamento claro de quem paga e de como o serviço será sustentado.
Prometer transporte gratuito sem apresentar um modelo econômico viável é colocar o problema para o futuro ou, pior, transferir o custo para setores que nem sequer participaram da decisão.
Na prática, seja em Nova Iorque ou no Brasil, o subsídio não desaparece: ele é arcado pelo erário público, pelas tarifas indiretas, por cortes em outras áreas ou por aportes da iniciativa privada. A ilusão de gratuidade esconde uma realidade inevitável: serviços públicos custam caro, e alguém precisa financiar esse custo.
O caso de Zohran Mamdani serve, portanto, como um alerta. Ele terá de explicar à população não apenas a boa intenção de reduzir o peso das tarifas, mas também de onde sairão os recursos para sustentar um sistema gigantesco e complexo.
Da mesma forma, políticos brasileiros que seguem a mesma linha – prometendo transporte urbano gratuito – terão que enfrentar o mesmo dilema: a política da gratuidade atrai aplausos imediatos, mas não pode ignorar a lógica econômica.
Ao final, a reflexão é clara: o transporte público “gratuito” é uma promessa que exige responsabilidade, planejamento e transparência. A sedução da ideia não substitui a necessidade de soluções sustentáveis. O bilhete pode não ter preço para o usuário, mas o boleto existe, e alguém terá de pagá-lo.
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A Prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), realizou a entrega das intervenções concluídas na 5ª Travessa da Bica, no bairro de Sapucaia, uma importante ação voltada à contenção de encostas e à melhoria da mobilidade no local. Com investimento de cerca de R$ 700 mil, o projeto contemplou três grandes intervenções de engenharia, que asseguram a estabilidade do terreno e a proteção das famílias que vivem na área. Foram construídos dois muros de contenção em solo grampeado e um muro de arrimo em pedra argamassada, totalizando quase 580 metros quadrados de área protegida.
O primeiro, em solo grampeado, ocupa cerca de 200 m², com 79 grampos instalados. Já o segundo tem 320 m² e recebeu 88 grampos. A terceira frente de ação, feita em pedra argamassada, soma 60 m² de área construída, com o talude superior revestido em grama. A solução verde melhora o conforto térmico, o escoamento das águas pluviais e a integração paisagística da área.
Leia maisAlém da segurança, a obra também priorizou a acessibilidade e a valorização do espaço urbano. Foram instalados 107 metros de corrimão, garantindo mais conforto e segurança no deslocamento dos moradores, especialmente idosos e pessoas com mobilidade reduzida. A grafitagem de toda a encosta, sob o comando do artista Carlos André, deu nova vida ao ambiente, fortalecendo o senso de pertencimento e o orgulho da comunidade.
No total, 21 famílias que vivem na parte alta e baixa da encosta foram beneficiadas diretamente com as melhorias. Durante a entrega, a prefeita destacou que a iniciativa é parte de um conjunto de ações que reforçam o compromisso da gestão com o bem-estar da população. “Essa é uma obra que traz dignidade e segurança para as famílias, além de deixar o espaço mais bonito e acolhedor. É assim que a gente segue trabalhando, com obras que transformam vidas e cuidam das pessoas”, afirmou a gestora, ao lado do vice-prefeito, Chiquinho Carvalho.
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EXCLUSIVO
O Ministério Público do Estado (MPPE) precisou atuar, após o Sassepe admitir que não realiza exames essenciais para segurados do órgão. O Sassepe, plano de saúde dos servidores do Estado, está em grave crise desde que a governadora Raquel Lyra (PSD) assumiu o Governo, em 2023. Apesar de várias promessas da governadora, a situação só vem piorando. Os servidores reclamam, pois pagam contribuições descontadas no contracheque ao plano e não têm atendimento. “Melhor tentar no SUS”, falam vários servidores.
A vítima mais recente foi uma criança de 9 anos com autismo. O Sassepe informou aos responsáveis que não faz o exame “Processamento Auditivo Central”, essencial para a criança. Diante da inércia do SASSEPE, os promotores do MPPE precisaram cobrar o atendimento. “Diante da falta de solução e da ausência de alternativas viáveis, o responsável procurou o Ministério Público de Pernambuco para que adote as medidas cabíveis e assegure a realização do exame necessário à criança”, admite o Sassepe, sobre a falha grave. Agora, o problema está na assessoria jurídica do Sassepe para um posicionamento. O MPPE cobrou resposta em 48 horas.
O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), vai receber R$ 21.443 por uma palestra de uma hora na abertura de um encontro coordenado pela Escola de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), segundo dados do processo de contratação. A informação é da Coluna Painel, da Folha de São Paulo.
A fala do ministro ocorreu ontem, na abertura do 16º Encontro Técnico de Educação Profissional dos Tribunais de Contas (Educontas), promovido pelo Instituto Rui Barbosa, e coordenado pela Escola de Contas Públicas do TCE-PE. O evento acontece até hoje, no Recife.
Leia maisO encontro, que reúne representantes de Tribunais de Contas, gestores públicos, técnicos e especialistas, tem como tema “Educação Profissional: Medindo impactos, transformando cenários”.
O processo de contratação, que foi com dispensa de licitação, mostra que a palestra do ministro, sobre desafios do consensualismo, teria duração de uma hora. A empresa favorecida é a EMZ – Cursos e Treinamentos Ltda, que tem como sócios o ministro e sua esposa, Maria Lenir Ávila Zymler.
Procurado, o TCE-PE informou que o ministro foi contratado para dar a palestra e afirmou que Zymler é “um dos mais destacados nomes do controle externo brasileiro”, citando os 30 anos de experiência no TCU, “entre os cargos de analista de Finanças e Controle Externo, ministro-substituto e ministro”. “O valor contratado está em linha com o que é cobrado por nomes de semelhante experiência e reputação”, concluiu. O Painel procurou o ministro por meio da assessoria do TCU, mas não houve manifestação até o momento.
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Integrantes do entorno de Jair Bolsonaro (PL), da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog da Andréia Sadi, avaliam que o ex-presidente deve passar por uma espécie de escala na prisão antes de ser autorizado a cumprir a pena pela tentativa de golpe de Estado em regime domiciliar – em modelo semelhante ao aplicado ao ex-presidente Fernando Collor.
Em maio, o ministro Alexandre de Moraes autorizou Collor a cumprir em casa a pena de oito anos e dez meses por corrupção e outros crimes. Antes dessa decisão, o ex-presidente passou sete dias em uma cela especial em Maceió (AL). Moraes aceitou o pedido da defesa após a apresentação de mais de 130 exames médicos que comprovaram diagnóstico de doença de Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar.
Leia maisNa decisão, Moraes afirmou que a prisão domiciliar humanitária visava “a pronta e eficaz consagração dos direitos humanos no mundo real, de maneira prática e eficiente”.
O que o caso Collor tem a ver com Bolsonaro?
A defesa de Bolsonaro deve argumentar que, pela idade (70 anos) e pelas condições de saúde, ele também deve ser autorizado a cumprir a pena em casa. Fontes ouvidas reforçam, no entanto, que a decisão caberá ao ministro Moraes, e que avaliam o cenário com base em precedentes, como caso Collor.
O julgamento da trama golpista está na reta final, com a 1ª Turma do STF analisando, a partir de hoje, os embargos apresentados pelas defesas. Mesmo aliados mais próximos de Bolsonaro avaliam que a chance de os recursos serem aceitos é remota.
A principal aposta é uma revisão criminal – instrumento que poderia tirar o caso da 1ª Turma e levá-lo à 2ª Turma, onde estão dois ministros indicados por Bolsonaro e Luiz Fux, o único a votar pela absolvição do ex-presidente, ou ainda ao plenário da Corte.
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O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) rejeitou, por unanimidade, a Ação de Investigação Judicial Eleitoral apresentada por Adriel Gael José da Silva contra os vereadores Éssio Tenório, Lula do Doce, Renato da Assistência e Jacy do Hospital, todos do Partido Republicanos. A decisão confirma a sentença da Juíza Eleitoral de Itaíba, que já havia reconhecido a legitimidade das candidaturas e assegurado os mandatos dos parlamentares.
Na ação, Adriel Gael alegava a existência de suposta fraude à cota de gênero nas eleições municipais, sustentando que três das quatro candidaturas femininas registradas pelo partido teriam sido fictícias, apresentando votação inexpressiva, ausência de atos de campanha e prestação de contas sem movimentação financeira. As informações são do portal A Folha das Cidades.
Leia maisEntretanto, a magistrada de Itaíba destacou que três das quatro candidatas apontadas como vítimas da alegada fraude obtiveram votações expressivas, superiores às de outros candidatos do sexo masculino, além de terem realizado atos de campanha comprovados por documentos, postagens em redes sociais e prestação regular de contas eleitorais.
O TRE-PE, ao analisar o recurso, manteve integralmente o entendimento da primeira instância, reconhecendo a inexistência de qualquer irregularidade que configurasse fraude à cota de gênero. Assim, prevaleceu a vontade popular expressa nas urnas, garantindo a continuidade dos mandatos dos vereadores eleitos pelo Republicanos, que integram a base do prefeito Pedro Pilota.
A defesa dos parlamentares perante o Tribunal foi conduzida pelos advogados Pedro Melchior, Rivaldo Leal, Paulo Barros, Dyego Girão e Renata Bezerra, que comemoraram a decisão unânime como uma vitória da justiça e da democracia.
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Por Hylda Cavalcanti
Com a realização da COP 30, que pretende definir regras mundiais para melhorar o meio ambiente, ainda são muitas as pessoas que não percebem a importância de uma boa qualidade do ar interno e de o quanto prédios e escritórios saudáveis reduzem o nível de doenças, ampliam a imunidade dos trabalhadores e propiciam melhores condições de vida.
“Hoje a qualidade do ar interno é um fator primordial para qualquer empresa, da mesma forma que a eficiência de um equipamento e a eficácia de um projeto”, afirmou a gerente de facilities da Shel Brasil, Ana Cláudia Machado. Da mesma forma pensa a gerente de facilities da Lenovo, Marusia Feitosa.
Leia maisAmbas já usavam técnicas para tornar os ambientes agradáveis e saudáveis para os trabalhadores, dentro das normas especificadas, mas tiveram de ver tudo mudar depois da pandemia, quando passaram a perceber que os cuidados precisariam ser mais detalhados levando em conta não apenas questões como sustentabilidade como a quantidade de partículas soltas no ar (que podem se infiltrar no pulmão das pessoas) e até mesmo o impacto de produtos químicos numa sala. Desde os que são usados na limpeza do chão e dos móveis a, até mesmo, o tipo de perfume.
Cases de sucesso
Hoje, as duas gestoras possuem trabalhos considerados exitosos na área e mostram como conseguiram melhorar o que já faziam anteriormente com muito cuidado e atenção, mas que precisou ser revisto e ampliado. E trabalham com sistemas de sensoriamento remoto do ar em tempo real, como forma de prevenir qualquer problema que possa prejudicar a saúde.
No caso de Marusia, ela contou que tanto no escritório da Lenovo existente em São Paulo como na fábrica da empresa, localizada em Indaiatuba (SP), era feita análise biológica do ar duas vezes ao ano, assim como limpeza constante dos dutos e toda a parte preventiva do sistema de ar-condicionado como um todo. Também faziam a troca de filtros de alta absorção do tipo Meruv.
Análise de impactos
Mas depois da pandemia, eles resolveram aumentar o nível dos filtros usados nos aparelhos de ar-condicionado. Até que, recentemente, a Lenovo contratou um sensoriamento de qualidade do ar interior. “Passamos a monitorar internamente alguns fatores como o nível do CO2 que temos na empresa. Porque a falta de CO2 leva as pessoas a terem menor concentração e até mesmo a passar mal”, explicou.
Marusia relatou que o sensoriamento também atua em relação aos produtos químicos, para saber se o material de limpeza não está interferindo na qualidade do ar das pessoas, assim como o perfume usado no ambiente ou vernizes e tintas usados no mobiliário e nas paredes. “Há também a questão do monitoramento do material particulado, como o pó, que fica suspenso no ar e pode ser inalado pelas pessoas, indo parar no seu pulmão”, acrescentou.
Ações constantes
Segundo a gerente, “o que melhora a qualidade do ar são as ações constantes. O monitoramento é um termômetro, pois temos de ter uma limpeza eficiente dos carpetes, cadeiras, persianas”, destacou. “Hoje só limpamos carpetes, por exemplo, com análise microbiológica. Além disso, passamos a contar com um novo parceiro que reduz a quantidade de água em 96% nesse tipo de limpeza e a emissão de CO2 em 99%. Isso impacta muito na qualidade do ar. E leva a prédios saudáveis”, contou.
Instalações aptas para trabalhadores
Experiência igualmente bem-sucedida é relatada pela gestora de Facilities da Shel Brasil, Ana Cláudia Machado da Shell. Ela informou que, após a pandemia, começou a pensar mais em termos de monitoramento de sistemas e de sustentabilidade, para que os espaços funcionem de maneira adequada e para que os trabalhadores tenham instalações aptas para o desenvolvimento de suas atividades.
Foi a partir da pandemia que Ana Cláudia começou a verificar a questão do sensoriamento para monitorar a qualidade do ar. “Fui entender quais eram os parâmetros e comecei a perceber a importância de termos uma informação em tempo real sobre o ar dos escritórios, de modo a não ficarmos restritos apenas a uma medição feita por todo o prédio”, relatou.
De acordo com Ana Cláudia, a Shell Brasil passou a olhar o próprio pessoal da equipe de manutenção, verificar se os equipamentos usados por essa equipe estavam sendo usados de forma adequada, se não precisavam ser trocados e toda uma mudança foi feita. Como resultado, hoje a qualidade do ar de todos os escritórios da Shell Brasil é monitorada 100% em tempo real.
“Eu consigo intervir antes de vir a reclamação do usuário. Consigo fazer com que o ar que ele respire seja melhor do que o ar que respira em sua casa e na rua”, informou a gestora, em tom satisfeito.
Atuação da Abrava para reduzir problema
Para os representantes da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), principal entidade representativa do setor no Brasil, a preocupação com a qualidade do ar tem de ser enfrentada pelas empresas e pela população como um todo. A entidade divulgou entrevista recente do empresário Bill Gates, segundo a qual o clima excessivamente quente causa atualmente cerca de 500 mil mortes por ano no mundo, enquanto o frio excessivo mata quase 10 vezes mais pessoas e que ambos os números têm diminuído à medida que mais pessoas ganham acesso a aquecimento e ar-condicionado.
Recentemente, a Abrava divulgou um documento manifestando sua posição e apoio institucional total à COP 30. E apresentou sugestões de contribuições do setor produtivo à consolidação da chamada Agenda de Ação da Conferência, com base em ações concretas para reduzir o aquecimento do planeta.
Com papel ativo em discussões sobre eficiência energética, qualidade do ar de interiores e regulamentações do setor, a entidade afirma, no documento, que reconhece o Protocolo de Montreal como “o tratado ambiental multilateral mais eficaz já firmado, cujos avanços na proteção da camada de ozônio e redução de gases de efeito estufa seguem, também, relevantes para as metas do Acordo de Paris”.
Plano nacional
Dentre as propostas apresentadas como contribuições do setor para a agenda climática, a Abrava destaca a elaboração e implementação de um Plano Nacional de Resfriamento do planeta e o fortalecimento dos códigos nacionais de energia (uma vez que a climatização responde por grande parte do consumo energético em edificações).
Além disso, a entidade pretende trabalhar para redução de emissões de gases de efeito estufa em 68% até 2050, aumento da eficiência de novos equipamentos em 50% até 2030, no fortalecimento das políticas e orientações de compras públicas, para que sejam feitas de forma mais sustentável, e ampliação de investimentos e parcerias para pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias de climatização, dentre outras questões.
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Folha de Pernambuco
Em comemoração aos 80 anos de fundação do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), a instituição promoveu, ontem, o primeiro “Happy Hour Beneficente HCP 80 anos”, no Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, Zona Oeste do Recife. No evento, foi lançado o livro “HCP 80 anos”, escrito pelo jornalista pernambucano Ennio Benning, que resgata a história e projeta o futuro da entidade.
“A gente buscou contar a história de personagens que ajudaram a construir essa história de oito décadas do Hospital de Câncer de Pernambuco. O livro também encerra fazendo uma simulação dos próximos 20 anos, o que é que vai ser o HCP em 2045, quando completará 100 anos”, revelou o autor.
Leia maisO Hospital de Câncer de Pernambuco foi criado em 1945 pela Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC), sendo um dos quatro hospitais no Brasil com atendimento 100% SUS e exclusivamente oncológico.
A instituição privada e sem fins lucrativos é responsável por 56% dos pacientes oncológicos do SUS em Pernambuco, realizando diariamente mais de dois mil atendimentos.
Reconhecido como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), o hospital oferece um leque completo de serviços, como quimioterapia, radioterapia, cirurgias, 15 clínicas médicas e acompanhamento multidisciplinar, garantindo qualidade de vida aos pacientes.
O HCP responde por 50% das cirurgias oncológicas, 47% das radioterapias, 33% das quimioterapias e 25% das internações clínicas em oncologia entre os 13 hospitais habilitados em Pernambuco.
“O HCP é um patrimônio do povo de Pernambuco. Há 80 anos nós prestamos assistência oncológica. Hoje mais de 50% dos pacientes oncológicos do SUS são atendidos por nós. É importante dizer que somente quatro hospitais no Brasil tem o nosso perfil de ser 100% oncológico e 100% SUS. Celebrar esses 80 anos é uma alegria muito grande porque hoje o hospital também é uma escola de saúde”, começou presidente do conselho de administração do SPCC, Ricardo de Almeida.
“Hoje é a celebração de um legado que começou há 80 anos com 13 senhoras que resolveram transformar compaixão em ação. E esse é o resultado do trabalho que elas começaram lá atrás”, relembrou.
Quem quiser fazer doações ao HCP pode entrar em contato pela Central de Doações, no telefone (81) 3217-8090, pelo site www.hcp.org.br/doacoes ou via pix, com a chave soudoador@hcp.org.br.
“É conhecido por todos o subfinanciamento da saúde pública no Brasil. Por isso é muito importante a contribuição que nós temos da sociedade diretamente, a doação de empresas, de pessoas físicas e também dos nossos parlamentares, seja a bancada estadual ou federal de Pernambuco”, disse Ricardo Almeida.
Discursos
O evento contou com a presença de diversos nomes importantes da política e sociedade pernambucana. Governadora do Estado de Pernambuco, Raquel Lyra, lançou luz no importante trabalho que é produzido no hospital.
“Quem nunca acompanhou a história de alguém que teve câncer? Mas o quanto importante é você ter cuidado para ser enxergado, não como alguém sem perspectiva de ter muito tempo pela frente, mas como uma pessoa que precisa ter todo tipo de apoio”, disse.
Prefeito da cidade do Recife, João Campos, ressaltou a importância que tem o HCP para toda sociedade pernambucano e fez seus votos que a instituição siga cumprindo suas atividades.
“O Hospital de Câncer é um patrimônio de Pernambuco. É maior do que qualquer partido político, do que qualquer mandato eletivo, porque é uma instituição que faz muito bem a quem mais precisa nos momentos mais difíceis da vida. Então, que a sociedade pernambucana possa garantir a perenidade, a permanência, a longevidade dessa instituição”, desejou o prefeito.
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Por Tales Faria – Correio da Manhã
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dito a assessores que se esgotou a paciência dele com o fato de o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não ter dado sinais, desde que assumiu o cargo, de “uma mudança de rumo” na taxa juros.
Galípolo foi puxado para a equipe de campanha e de transição do governo pelo próprio presidente da República. Ele havia construído uma relação de dez anos com o PT na elaboração de planos de governo. Mas não era considerado um petista, o que tornava mais fácil sua aceitação pelo mercado.
Leia maisComo economista, era – e ainda é – tido como um heterodoxo moderado. Fama que se consolidou como secretário-executivo do ministro Fernando Haddad.
Já quando o nomearam para diretor do Banco Central, em julho de 2023, Lula e Haddad tinham em mente torná-lo presidente da instituição ao fim do mandato de Roberto Campos Neto, o que se efetivou em janeiro de 2025.
A expectativa de Lula e do ministro da Fazenda era de que, quando assumisse o comando do banco, Galípolo começaria a dar sinais de que as taxas de juros baixariam.
Essa expectativa foi alimentada desde que ele entrou no banco como diretor. Sua estreia no Comitê de Política Monetária (Copom) coincidiu com a primeira queda da Selic desde que o ciclo de alta da taxa básica fora iniciado, em março de 2021.
Galípolo até protagonizou um dos momentos mais tensos do Copom. Foi numa votação dividida pela redução da taxa básica de juros, a taxa Selic. Os diretores indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) votaram pela redução em 0,25 ponto percentual (de 10,75% para 10,50%). Venceram, enquanto Galípolo, derrotado, havia puxado, com os diretores nomeados por Lula, um corte mais forte, de 0,50%.
Mas, desde que assumiu a chefia do banco, o “menino de ouro” do presidente parece ter seguido em direção contrária. Sob seu comando, a Selic atingiu a taxa de 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. Na reunião da última quarta-feira (05), o Planalto esperava um sinal de que haveria mudança de rumos. Nada disso.
Os diretores do BC não só mantiveram pela terceira vez seguida a taxa em 15%, como deram sinais de que qualquer mudança só deverá ocorrer em 2026. E não se sabe se a tempo de causar impacto nas eleições de outubro.
Até o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), conhecido por sua moderação, já começa a reclamar. Nesta quinta-feira (6) ele afirmou com todas as letras que o governo espera uma redução na taxa Selic a partir da próxima reunião do Copom.
“O grande problema é a taxa de juros muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução. Ela retrai a atividade econômica, especialmente em bens duráveis e custo mais alto”, declarou.
Gleisi Hoffmann, a ministra das Relações Institucionais que funciona como uma porta-voz de Lula para a articulação política, postou nas redes sociais:
“A decisão do Copom de manter pela terceira de vez a taxa Selic em 15% é prejudicial aos investimentos produtivos, ao acesso ao crédito, à geração de empregos e ao equilíbrio das contas públicas. É prejudicial ao Brasil. Nenhuma economia do mundo pode conviver com juros de 10%. Nada justifica uma decisão tão descasada da realidade, dos indicadores econômicos, das necessidades do país.”
São, na verdade, recados do presidente para Galípolo. No Planalto, diz-se que Lula está disposto até a encontrá-lo pessoalmente assim que voltar da COP30.
Falta saber se Galípolo está preparado para ouvir uma bronca. Afinal, já não é mais menino. Muito menos de ouro.
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Por Osório Borba Neto
O noticiário de ontem deu conta de que Paulo Frateschi, ex-deputado e dirigente histórico do PT de São Paulo, morreu aos 75 anos, após ser esfaqueado em sua própria residência, no bairro da Lapa, zona Oeste da capital paulista.
Mas Frateschi era – foi – e será muito mais do que a linha quebrada que registra a frase fria de uma nota de redação, do que esse “aconteceu” que o jornal imprime.
Leia maisHá coisas que a gente encara neste mundo como quem encara o clarão de um raio no meio da madrugada: o clarão se acende, rasga a escuridão feito um corte de peixeira, e antes que o olho entenda, já acabou. Fica só o estampido, a noite mais negra que antes, e uma pergunta sem chão – como é que se explica o que não tem explicação?
A tragédia familiar que alcançou Paulo Frateschi é dessas que não obedecem à ordem do razoável, nem à gramática humana da justiça. O homem passou pelo porão da ditadura, pela máquina de tortura do Estado – e sobreviveu.
Saiu dos subterrâneos da História e foi despejado por militares, ainda jovem, no saguão do prédio da Folha de São Paulo. A vida o tinha poupado.
Mas há tragédias que não vêm do aparelho repressivo nem do inimigo político: vêm de dentro de casa, sem explicação, como vendaval que atravessa a janela sem anúncio. E essa é a mais cruel das ironias – às vezes o que a História não pega, o destino pega pelo avesso.
A morte, quando assim se dá – imprevista, abrupta, insensata – não mata só um corpo. Estilhaça também a alma. Rompe o cordão dos que ficam. A casa fica partida; os móveis permanecem inteiros, mas o mundo se quebra.
João Cabral diria que certas mortes não sangram vermelho: sangram areia seca – áspera, calada, poeira no meio da sala, poeira que ninguém varre, poeira que pesa no ar e entorta as vigas.
E Ariano lembraria que a gente é povo de fio, de reza, de promessa, que tenta, com palavra, amarrar o imenso. Porque há desgraças que só se sustentam no verbo – não para explicar, que explicação não há – mas para que a comunidade não se destrua sozinha diante do absurdo.
Quem já enterrou alguém a quem se ama sabe: há dor que não é espada – é faca cega. Não corta – rói.
Por isso, diante da morte de Paulo – tão impensável, tão absurda – ao invés de buscar lógica, talvez caiba só silêncio.
Deus escreve, sim, em linha torta; mas há coisas de Deus que doem infinito. Não tempera o choro, salga o pranto.
Há de se ter resiliência e esperança para que os que ficam possam, um dia, voltar a respirar sem culpa. Porque certas mortes – estas, sobretudo – não ferem só quem vai.
Ferem, mortalmente, os que ficam.
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Blog Cenário
O delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Márcio Rocha Leite, deixou o cargo que ocupava desde janeiro do ano passado. A exoneração foi oficializada hoje e aconteceu a pedido.
À época da chegada à PCPE, a governadora Raquel Lyra (PSD) enfrentou críticas da opinião pública, já que a troca de comando nas polícias Civil e Militar aconteceu 15 dias antes do Carnaval, mas a festa aconteceu sem intercorrências relacionadas à mudança.
Leia maisA saída de Rocha precede uma iminente crise na Polícia Civil de Pernambuco, já nesta semana, o Sinpol anunciou para dezembro o início da Operação Padrão, sem descartar a possibilidade de greve entre janeiro e fevereiro de 2026. Além da falta de valorização salarial e estrutura, os policiais reclamam da falta dos tokens que impede o registro de crimes, interferindo diretamente nos dados de Segurança Publica em Pernambuco.
“As promessas de valorização e do ‘maior investimento da história’ se transformaram em silêncio, propaganda enganosa e maquiagem de números. Em três anos de gestão, a Raquel Lyra não cumpriu nenhum dos compromissos assumidos com os policiais civis. Enquanto o governo foge do diálogo, os policiais seguem pagando para trabalhar, sem estrutura, recebendo o pior salário do Brasil, sem efetivo e a população sofrendo com o avanço do crime organizado e todo tipo de violência”, afirmou em nota o sindicato que representa a categoria.
Quem assume a chefia da Polícia Civil de Pernambuco agora é o delegado Felipe Monteiro Costa, que atuava como gerente-geral do Centro Integrado de Inteligência. Ele já passa a exercer as atividades a partir de hoje.
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