Juscelino Filho admite em vídeo patrimônio de cavalos, ocultados por ele ao TSE

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, admitiu nesta segunda-feira, 6, possuir um patrimônio de cavalos. Os bens, como revelou o Estadão, foram ocultados de sua declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante sua campanha a deputado federal, no ano passado. A manifestação oficial do ministro foi lida em um vídeo de 3 minutos e 44 segundos, publicado horas antes do encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O petista convocou Juscelino Filho a explicar por que usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e recebeu diárias para ir a um leilão de cavalos em São Paulo. Os valores recebidos por ele, pela viagem a São Paulo, para ir ao leilão de cavalos, foram devolvidos após a publicação do jornal. O ministro ficou em São Paulo entre 26 e 30 de janeiro. A devolução da verba pública ocorreu na tarde de 28 de fevereiro, um dia depois da reportagem ir ao ar e cerca de um mês após os compromissos na capital paulista.

Na gravação, Juscelino Filho tratou também de outras viagens feitas por ele. O ministro disse que devolveu, em 19 de janeiro, diárias de uma viagem ao Maranhão no dia 13.

Levantamento do Estadão registrou que Juscelino Filho tem ao menos R$ 2,2 milhões em cavalos da raça. Os valores não constam de seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral. Em agosto do ano passado, quando registrou sua candidatura a deputado federal, ele possuía ao menos 12 animais Quarto de Milha, adquiridos em leilões. Os cavalos são criados no haras dele em Vitorino Freire, no Maranhão.

No vídeo desta segunda, 6, Juscelino Filho não falou sobre a ocultação de patrimônio ao TSE. O ministro desconversou sobre a declaração de bens à Corte Eleitoral e se limitou a tratar de seu Imposto de Renda, que não foi questionado pela reportagem do Estadão.

“Me perguntam sobre o meu patrimônio e eu explico. Desde sempre declaro todos os meus bens na minha declaração de Imposto de Renda, inclusive, os meus cavalos. E faço questão de deixar claro. A Receita Federal sempre aprovou todas as minhas declarações de imposto de renda. E mais, a Justiça Eleitoral também aprovou as minhas contas”, disse o ministro.

A declaração de bens é exigida pela Justiça Eleitoral para garantir que o eleitor possa acompanhar a evolução patrimonial do seu candidato e também para indicar se o postulante pode ou não doar dinheiro para sua própria campanha.

As alegações de Juscelino Filho:

Viagem a São Paulo

O que disse o ministro sobre a viagem a São Paulo: “Ficam me acusando de ter ido para lá para participar de um evento de cavalos. Isso não é verdade”.

O que as reportagens mostraram: Juscelino foi a São Paulo participar de eventos de cavalos que estavam marcados há meses. As agendas de trabalho que ele publicou se resumiam a 2h30, em dois dias. A maior parte do tempo foi dedicada a eventos com cavalos.

Os compromissos privados para tratar de cavalos estavam marcados desde novembro e a lista de homenageados no “Oscar” dos vaqueiros, realizado na sexta-feira, 27, era pública desde 9 de janeiro – 17 dias antes da viagem de Juscelino Filho.

O que disse o ministro: “Assim que fiquei sabendo, devolvi imediatamente os valores (das diárias) e espero que o Portal da Transparência tão logo passe a registrar isso”

O que as reportagens mostraram: O ministro só devolveu as diárias depois de as reportagens serem publicadas, um mês depois da viagem, e de ele ser criticado por usar a verba pública para compromisso privado.

Patrimônio de cavalos

O que o ministro diz sobre o patrimônio de cavalos: “Me perguntam sobre o meu patrimônio e eu explico. Desde sempre declaro todos os meus bens na minha declaração de Imposto de Renda, inclusive, os meus cavalos. E faço questão de deixar claro. A Receita Federal sempre aprovou todas as minhas declarações de imposto de renda. E mais, a Justiça Eleitoral também aprovou as minhas contas.”

O que as reportagens mostraram: O Estadão levantou um patrimônio do ministro de ao menos R$ 2,2 milhões em cavalos da raça. Os bens foram escondidos do TSE. As reportagens não falaram sobre a declaração de bens de Juscelino Filho à Receita Federal.

O ministro informou ao TSE apenas a propriedade do terreno onde instalou o haras de sua família. No papel, o estabelecimento pertence à irmã do ministro, a prefeita Luanna Rezende, e a Gustavo Marques Gaspar, um ex-assessor dele na Câmara. Gaspar está nomeado na liderança do PDT no Senado.

A Justiça Eleitoral exige que a declaração integral do patrimônio para que o eleitor acompanhe a evolução de bens dos candidatos.

Obras na estrada

O que o ministro diz sobre a obra da estrada: “Sobre as emendas parlamentares, este é um instrumento legítimo do Congresso Nacional. Eu não posso responder pelas contratações e, vale dizer, não houve obra nas proximidades da minha fazenda nem na via de acesso. E o projeto tem como objetivo atender inúmeras comunidades que hoje convivem lá com a lama e com a poeira.”

O que as reportagens mostraram: Juscelino Filho direcionou R$ 5 milhões do orçamento secreto para asfaltar uma estrada de terra que corta fazendas da família em Vitorino Freire (MA). A cidade tem 1/3 da população vivendo em estrada de terra.

A obra mais cara de pavimentação contratada pela prefeitura foi a da estrada que corta oito fazendas do ministro das Comunicações. Dos 19 quilômetros da estrada, 10 passam pelas propriedades dele. Antes da publicação da reportagem, Juscelino Filho admitiu em nota que a obra também beneficiava sua fazenda.

A pedido de Juscelino, os recursos foram parar em Vitorino Freire, cidade onde sua irmã, Luanna Rezende, é prefeita. A empresa contratada pelo município para tocar a obra é de um amigo de longa data. E o engenheiro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) que assinou o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação foi indicado por seu grupo político.

Veja outras postagens

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), elogiou, ontem, a si mesmo e a colegas chefes de Executivo. Em evento da ONG Todos Pela Educação, em São Paulo, se referiu aos atuais gestores estaduais como “a melhor safra de governadores deste País”. As informações são do portal Estadão.

Caiado enalteceu, inclusive, alguns de seus rivais em uma eventual disputa pela Presidência nas eleições de 2026. É o caso dos governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que também participavam de mesa no evento.

Outro governador que integra a lista de possíveis presidenciáveis é Tarcísio Freitas (Republicanos), de São Paulo, que não participou do “Educação Já”. O evento convidou os chefes dos Estados com as cinco melhores notas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ou os que mais evoluíram no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Além de Caiado, Leite e Ratinho Júnior, foram convidados a compartilhar experiências de suas gestões os governadores Elmano de Freitas (PT), do Ceará, Helder Barbalho (MDB), do Pará, Rafael Fonteles (PT), do Piauí, Raquel Lyra (PSD), de Pernambuco, e Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo.

Caiado já anunciou que pretende concorrer ao Planalto em 2026, e tem um evento de lançamento de sua pré-candidatura pelo União Brasil marcado para o dia 4 de abril. O cantor Gusttavo Lima estará presente na ocasião e é cogitado como vice em uma futura chapa.

Durante o evento sobre educação, o chefe do Executivo goiano falou sobre as articulações para o pleito e disse que não estará presente nos atos convocados pela oposição para este domingo, 16. “Segundo as pesquisas, sou o governador mais bem avaliado do País. Agora falta ser conhecido. Vou dedicar esse tempo para isso”, afirmou.

De acordo com a pesquisa Quaest divulgada em 27 de fevereiro, o governo de Caiado é aprovado por 86% e o de Ratinho Júnior, por 81%. Eduardo Leite tem 62% e Tarcísio de Freitas 61%. Em edição de dezembro de 2024 da pesquisa, 88% dos entrevistados disseram aprovar a gestão do governador de Goiás.

Atualmente, Caiado está inelegível, condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) por abuso de poder político nas eleições municipais de 2024. Ainda cabem recursos sobre a decisão no próprio TRE e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Jaboatão - Combate Dengue

Faleceu, na manhã de hoje, o ex-prefeito de Paulista Antônio Wilson Speck, aos 89 anos. Nascido em 13 de junho de 1935, no município de Tubarão, em Santa Catarina, Speck construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com a gestão pública e o desenvolvimento do município. Ele governou Paulista entre 1º de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2004.

O prefeito Severino Ramos decretou luto oficial de três dias em Paulista e lamentou a perda. “É com profundo pesar que recebi a triste notícia do falecimento do meu amigo e ex-prefeito Antônio Wilson Speck. Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com o desenvolvimento do nosso município e pela dedicação ao serviço público, sempre com respeito e seriedade. Que Deus conforte os corações de seus familiares e amigos neste momento difícil”, declarou.

Conheça Petrolina

Do G1

Pelo menos oito servidores públicos federais são procurados pela Justiça, há meses, mas não são presos. É o que mostra um levantamento feito pelo portal G1, a partir de informações de 149 mil mandados de prisão. Para especialistas, ter procurados no serviço público mostra que o Brasil enfrenta falhas na gestão de informações.

O levantamento considerou quase a metade dos 326 mil mandados de prisão existentes no país. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem os dados de todos os mandados, informou que não poderia fornecer detalhes dos 180 mil mandados que faltavam.

Os dados mostram que são procurados:

  • Um vigilante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), condenado por estupro de vulnerável. Ele é procurado desde novembro para cumprir a pena de 12 anos de prisão.
  • Um assistente de administração do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), procurado desde novembro para cumprir sete meses de prisão em regime semiaberto por embriaguez ao volante.
  • Um agente ambiental do Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá, que é procurado desde maio para cumprir um mês de prisão em semiaberto por ameaçar a ex-companheira.
  • Um auxiliar operacional que atua na Secretaria de Gestão Estratégica do Governo de Roraima, alvo desde setembro de um mandado de prisão preventiva numa investigação sobre estupro de vulnerável. Ele ainda não foi julgado.
  • Outros quatro servidores – um professor substituto, um médico, um agente especial e um analista – são alvo de mandados de prisão pelo não pagamento de pensão alimentícia, uma prisão civil (não criminal) que é revogada assim que a pessoa paga a dívida.

Além deles, a reportagem encontrou um agente de portaria de uma escola do Amapá que, desde 2019, era procurado em uma investigação sobre furto qualificado. Na quarta-feira (12), após a reportagem entrar em contato com a Polícia Civil do estado, o servidor foi preso. Ele também ainda não foi julgado.

Mesmo com mandados de prisão em aberto, a investigação ou condenação por um crime, não resulta automaticamente na perda do cargo público. Clique aqui e confira a matéria na íntegra.

Dulino Sistema de ensino

Cantor e compositor cearense, com mais de 200 canções gravadas, Luiz Fidelis é a atração do Sextou de hoje. Natural de Juazeiro do Norte, Fidelis teve canções de sua autoria gravadas por nomes como Elba Ramalho, Marinês, Fagner, Dominguinhos, a banda Mastruz com Leite, e outros ícones do Forró. Entre as suas composições mais famosas, estão as músicas “Meio-dia”, “Flor do Mamulengo”, “Forrobodó”, “Seis cordas”, “Olhinhos de fogueira” e “Baião de dois”. Clique link abaixo e ouça a chamada do programa.

O “Sextou” vai ao ar hoje, às 18 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a 102,1 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Ipojuca No Grau

Por Francisco Leali – Estadão

O julgamento da denúncia que acusa Jair Bolsonaro e outros 33 de tentativa de golpe de Estado foi marcado para o dia 25 de março pelo Supremo Tribunal Federal. Mas o ex-presidente já sofreu sua primeira derrota na Corte. Longe dos holofotes da TV Justiça, os ministros do STF referendaram novo entendimento sobre que autoridade tem direito a foro privilegiado.

Na última terça-feira, em votação no plenário virtual, a maioria dos ministros passou a considerar que mesmo após deixar o cargo, a autoridade mantém o foro privilegiado se o crime de que é acusada foi cometido em função do posto.

A nova baliza foi estabelecida antes de a Primeira Turma do STF reunir-se para julgar a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Bolsonaro. O tema já estava na boca de Bolsonaro e seus aliados.

Em declarações públicas, andaram dizendo que qualquer processo contra o ex-presidente teria que ser julgado em outra instância judicial e não no Supremo. A mais alta corte do País é o foro privilegiado para presidentes, ministros, senadores e deputados. Como é ex, Bolsonaro e os seus sustentam que o STF não é o lugar adequado para processar a acusação que lhe imputam.

A nova interpretação é perfeita para a maioria da Corte desconsiderar uma eventual questão preliminar que o ex-presidente venha apresentar no dia do julgamento da denúncia do Ministério Público. Se Bolsonaro alegar que o STF não é o foro correto, o STF dirá que sim e citará a nova jurisprudência. Caberá aos advogados do ex-presidente buscarem outros elementos para contestação a acusação. A alegação de perda do foro privilegiado não vai colar.

Ontem, o ministro Alexandre de Moraes, liberou o processo de Bolsonaro para entrar na pauta de julgamento da Primeira Turma do STF. Coube ao presidente do colegiado, ministro Cristiano Zanin, incluir o caso no calendário.

Como nos tribunais não tem tido muita sorte, Bolsonaro vai para as ruas. Neste fim de semana, pretende levar 1 milhão para protestar no Rio. Quer juntar gente ao seu redor e mostrar-se politicamente relevante, antes que a direita jogue a toalha e escolha outro nome para 2026.

Caruaru - IPTU 2025

Depois da divulgação de mais uma pesquisa em que a reprovação do governo Lula aparece maior do que a aprovação, aliados do presidente da República avaliam que ele deveria estar focado apenas em reduzir a inflação para recuperar sua popularidade, adotando medidas fiscais para reduzir a dívida pública e recuperar a confiança de investidores.

Só que ele tem lançado medidas que tornam mais difícil o trabalho do Banco Central (BC) de conter o avanço dos preços. A mais nova pesquisa a mostrar esse momento de fraqueza da administração Lula é a da Ipsos-Ipec, que mostra 41% apontando o governo do petista como ruim e péssimo e apenas 27% como ótimo bom. As informações são do blog do Valdo Cruz.

A reprovação ao governo chegou a 55% e o percentual do que não confiam no presidente bateu em 58%. Ela vem na sequência de pesquisas da Quaest e Datafolha mostrando o mesmo cenário desfavorável para o petista.

Segundo aliados de Lula, o principal fator de desgaste do governo é a inflação, principalmente a de alimentos, que tem mostrado resistência em recuar e pode terminar o ano elevada.

Interlocutores do presidente na Frente Ampla se queixam do isolamento de Lula. Para eles, o presidente está ouvindo as mesmas pessoas, que defendem injetar mais dinheiro na economia para alterar o cenário de reprovação alta de sua administração.

Frente Ampla é uma coalizão de partidos políticos que se unem para apoiar um governo ou uma candidatura, geralmente com o objetivo de formar uma base sólida e diversificada.

No contexto atual, é o caso do PSD, do MDB, além do Republicanos. Esses partidos colaboram com o governo para garantir estabilidade e apoio nas votações importantes no Congresso.

Essa receita, lembram, não deu certo com a ex-presidente Dilma Rousseff, que acabou gerando mais inflação e causando uma crise política.

E contraria a estratégia adotada durante os dois mandatos anteriores de Lula, em que ele optou por fazer um forte ajuste fiscal, que lhe permitiu bancar programas sociais e fazer o país crescer em ritmo acelerado.

Camaragibe Cidade do Trabalho

O Papa Francisco, de 88 anos, completa 1 mês de internação, hoje. O pontífice deu entrada no Hospital Policlínico Universitário Agostino Gemelli, em Roma, capital da Itália, em 14 de fevereiro para tratar de uma bronquite, mas foi diagnosticado com uma pneumonia bilateral.

Segundo o relatório do Vaticano divulgado na manhã de hoje, Francisco teve mais uma noite tranquila. O papa segue alternando entre ventilação mecânica não invasiva pela noite e oxigenação de alto-fluxo com cânulas nasais durante o dia.

Ainda conforme o Vaticano, o quadro de saúde do Papa Francisco continua estável. Ontem, Francisco completou 12 anos como líder da Igreja Católica. Em celebração ao pontificado, uma missa de ação de graças foi celebrada na capela do hospital onde ele está internado. Profissionais de saúde prepararam um bolo e realizaram uma pequena confraternização para celebrar a data.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Deputado federal e vice-líder do Governo Lula (PT) na Câmara dos Deputados, Renildo Calheiros (PCdoB) declarou, em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, que o caminho natural do seu partido é apoiar a candidatura do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao Governo do Estado em 2026.

“2026 ainda está muito longe, os estados irão reproduzir o que vai acontecer no cenário nacional. Nós vamos apoiar a reeleição do Lula (PT) para presidente da República, eu trabalho com a ideia de que ele será candidato à reeleição e vamos estar nos palanques que apoiarem o Lula. Tenho um relacionamento muito forte com o PSB, trabalhei com o ex-governador Miguel Arraes, tive uma ligação política e uma relação pessoal de amizade muito forte com Eduardo Campos, e estamos no mesmo caminho com João, o seu vice-prefeito, o Victor Marques, é filiado ao PCdoB. 2026 ainda não está sendo debatido, mas apoiar João é o nosso caminho natural”, cravou Renildo.

Sobre a possibilidade de ter dois palanques para Lula (PT) em Pernambuco, o de João e do da governadora Raquel Lyra (PSD), Renildo também afirma ser cedo para bater o martelo sobre esse assunto. Segundo o deputado, tudo depende de quem será o adversário de Lula. “Será o Bolsonaro (o adversário)? O Bolsonaro estará elegível? Será um dos filhos do Bolsonaro? O Bolsonaro vai apoiar Ronaldo Caiado? O Bolsonaro vai fazer o quê? Se ele não for candidato, não tiver um filho também candidato, esse espaço vai estar muito desobstruído. Quem será o candidato? Imagine que o Kassab seja candidato a presidente da República, Raquel teria que apoiar a candidatura dele. Por isso eu digo que 2026 ainda está muito longe”, disse o parlamentar.

Ao fazer uma avaliação política da gestão Raquel Lyra, Renildo afirmou não ter nenhum problema pessoal com a governadora, só não apoiou a sua candidatura nem faz parte do seu Governo.

“Nós não apoiamos a candidatura de Raquel. Eu tenho um bom relacionamento com ela, pessoalmente gosto muito dela, tenho uma relação de muito respeito, não tenho nenhuma dificuldade com ela, o nosso problema é de natureza política. Eu apoiei a candidatura do Danilo Cabral (PSB), no segundo turno eu apoiei Marília Arraes (SD), e nós não participamos da frente que elegeu Raquel, nem da frente que governa com ela. Com o João Campos é tudo no sentido contrário, nós o apoiamos, nós participamos da frente, e nós participamos do governo.

Questionado sobre uma possível saída da ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB), do Governo Lula ou um remanejamento para o Ministério da Mulher, Renildo acredita que esse movimento não se concretizará e que Luciana seguirá na Pasta em que se encontra. “Pelo andamento das coisas, pelas conversas que nós já fizemos, eu creio que o presidente Lula não mexe no Ministério da Ciência e Tecnologia e ela continuará como ministra. Ele considera que ela faz um excelente trabalho e ela é muito respeitada no ambiente acadêmico pelo que o Ministério da Ciência e Tecnologia vem fazendo”, concluiu o deputado.

Toritama - Prefeitura que faz

Fiz, ontem, uma visita institucional ao primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Carlos Veras (PT). Como eu, pajeuzeiro. Tabira e Afogados da Ingazeira, nossas pátrias mães, são cidades irmãs, separadas por apenas 20 km. A ele rememorei meus tempos de presidente do Comitê de Imprensa da Casa, instituição vinculada à Primeira-Secretaria, para a qual fui eleito na gestão de Michel Temer, em 1997.

Fui eleito de forma consensual, sucedendo ao talentoso jornalista José Maria Trindade, da Jovem Pan. Era primeiro-secretário o então deputado cearense Ubiratan Aguiar, um gentleman, que mediou comigo muitos conflitos envolvendo os jornalistas credenciados na Casa com o dia a dia das atividades parlamentares.

Lembrei a Veras que, naquela época, já havia um estudo da mesa diretora para remover a área do Comitê para o local onde funciona hoje. Comprei a briga. Resistimos e tivemos a palavra empenhada de Temer e Aguiar, de que nada seria feito na gestão que viesse a contrariar os interesses dos jornalistas credenciados. E saímos vitoriosos!

O espaço do Comitê era muito amplo, estruturado e estratégico. Ficava colado ao plenário da Câmara, com um acesso exclusivo por uma porta lateral. É lá que funciona hoje o gabinete do presidente. A “invasão” foi feita durante o mandato do ex-presidente Arthur Lira (PP-AL).

Foi uma grande perda para a Imprensa brasileira e internacional. O Comitê tem milhares de jornalistas credenciados, inclusive centenas de veículos da mídia estrangeira. Em coberturas concorridas, como posse dos congressistas, eleições da mesa e votações de matérias polêmicas, o número de jornalistas credenciados de forma provisória quase que duplica e a Imprensa precisa de espaço no Congresso para trabalhar com dignidade.

Uma grande perda!

Palmares - Outlet

Humberto vai comer o pão que o diabo amassou    

Presidente do PT em mandato tampão até julho, quando será eleita a nova composição da Executiva e do Diretório Nacional, o senador Humberto Costa pegou um grande abacaxi. Reitera, em entrevistas, seu desejo de pacificar o partido em torno do nome do ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva. Seu esforço, entretanto, é um caminho de pedras e espinhos.

Ontem, por exemplo, o ex-presidente nacional da legenda, Rui Falcão, depois de fazer uma carta contundente aos filiados com direito a voto, contendo forte desabafo, críticas e orientações que divergem da cúpula do PT, assumiu que será candidato. Quer bater chapa contra Edinho.

No texto, Falcão faz acenos às correntes de esquerda, que podem se unir em torno de seu nome. “A companheira Gleisi Hoffmann, ao me suceder na presidência do PT, a partir de 2017, conduziu com coragem a resistência à extrema direita e a preparação de nosso partido para a sucessão presidencial de 2022. Após a vitória, sempre foi uma referência no enfrentamento ao reacionarismo e no fortalecimento da esquerda dentro do próprio governo”, diz.

O parlamentar ainda defendeu uma alternativa antissistema para se contrapor “à ordem estabelecida pelos bilionários”. “Não pode haver dúvidas de que somente a esquerda e seu maior partido, o PT, expressam uma alternativa estruturalmente antissistema, que proponha a transformação radical da economia, da sociedade e do Estado”, afirmou.

Para Rui Falcão, o processo de renovação do partido não pode ficar restrito à disputa pelos postos de direção. “Não podemos nos aprofundar numa disputa que vise apenas a conquista de cargos e espaços de poder”, acrescentou. De acordo com o deputado, abrir mão da polarização com o bolsonarismo significaria uma transição do PT para o centro.

“Nosso partido deve rechaçar os apelos à despolarização, palavra da moda que significa levar-nos a uma transição efetiva para o centro, com um forte rebaixamento ideológico, programático e organizacional. A construção de coalizões para vencer as eleições e governar não pode ser vista como contraditória com a disputa pública de hegemonia pelos partidos do campo popular. O partido não pode ser reduzido a um braço institucional do governo de frente ampla”, destacou.

RUI FALA EM VALENTIA – Da corrente minoritária Novo Rumo, Rui presidiu o PT entre 2011 e 2017. A CNB, porém, agora tem Edinho como possível candidato. A expectativa é que Falcão tenha o apoio das correntes de esquerda na eleição marcada para 6 de julho. “O processo eleitoral interno que está sendo inaugurado nestes dias é uma chance para elevarmos o PT a um novo patamar, em um cenário interno e externo de conturbações extremas. Desse desafio depende, em grande medida, a reeleição do presidente Lula e a continuidade de nosso projeto histórico. A valentia, a generosidade e a integração de toda a militância são essenciais em mais essa hora da verdade”, disse o ex-dirigente.

Lula alertado sobre movimento contra Edinho – O racha do PT veio a público com o vazamento de conversas de um encontro ocorrido na quinta-feira passada, no apartamento da nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Na reunião, Lula foi pressionado a não apoiar Edinho para a presidência do partido. De acordo com os relatos, revelados pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, o grupo disse ao presidente da República que o ex-prefeito não seria eleito por não contar com o apoio integral da principal corrente petista, a Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual o próprio Edinho faz parte.

Nome do NE como alternativa – Na terça-feira da semana passada, houve uma conversa entre Gleisi e Edinho com o objetivo de esfriar os ânimos. A nova ministra já defendeu um nome do Nordeste para presidir o PT. Durante a tarde, a CNB divulgou uma nota sobre a reunião da semana passada. No texto, defendeu a necessidade de “unidade partidária”, o que foi lido como um recado para que Edinho trabalhe para vencer as objeções a seu nome. Aliados do postulante, por sua vez, encararam o comunicado como uma trégua.

Mandato tampão – Edinho é o nome preferido de Lula para a eleição interna marcada para julho. Estiveram no encontro da discórdia os integrantes da CNB que fazem parte da Executiva Nacional. Na mesma ocasião, Humberto Costa foi escolhido para o mandato-tampão. A corrente admite que houve discussões sobre a sucessão de julho. “Também foram feitas considerações sobre o perfil da futura direção, que seja capaz de conduzir o partido com unidade na defesa do governo Lula e das conquistas para a população, como foi durante toda a presidência de Gleisi Hoffmann”, diz a nota.

Quaquá questiona apoio – O vice-presidente do PT, Washington Quaquá, um dos integrantes da ala que se opõe à eleição de Edinho, disse à colunista Malu Gaspar, de O Globo, que não há apoio de Lula, neste momento, ao nome de Edinho. “Eu acho que, quando o presidente Lula quer alguém, ele fala. Ninguém ouviu do Lula essa defesa do Edinho até agora. O Edinho usa um pretenso apoio para impor uma candidatura que não tem apoio da base nem do comando dos principais estados”, afirmou.

CURTAS

PIORA 1 – Se o governo não aprimorar suas políticas macroeconômicas, especialmente no controle dos gastos fiscais para conter a trajetória da dívida pública, a inflação tende a piorar antes de melhorar. Ex-diretores do Banco Central alertam que, quanto mais adverso for o cenário, maior será a necessidade de um aperto monetário.

PIORA 2 – Na visão do ex-diretor de Política Econômica do BC e chefe de macroeconomia do ASA, Fabio Kanczuk, para gerar efeito de desaceleração e trazer a inflação pelo menos para o redor da meta, de 3%, seria necessário elevar a Selic até 18%.

DOM FRANCISCO – Primeiro-secretário da Câmara dos Deputados e pajeuzeiro de Tabira, o deputado Carlos Veras (PT) assumiu, ontem, o compromisso de convencer os Correios a produzir um selo comemorativo ao centenário de Dom Francisco de Mesquita, ex-bispo da Diocese do Vale do Pajeú. Se vivo, ele teria completado 100 anos no ano passado.

Perguntar não ofende: Humberto seria capaz de unificar o PT como candidato à sucessão de Gleisi Hoffmann?

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Faltando mais de um ano para as eleições para o Senado, em 2026, o clima da disputa em Pernambuco já começou a esquentar. Nesta quinta-feira (13), o senador Humberto Costa (PT), que vai tentar renovar o mandato no ano que vem, afirmou que o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (presidente estadual do União Brasil), é um “bolsonarista que mudou de posição”.

A fala foi uma reação a uma declaração de Miguel. O filho de Fernando Bezerra Coelho questionou onde foram aplicadas as emendas parlamentares de Humberto em Pernambuco. Em uma entrevista à Rádio Clube e ao Blog Dantas Barreto, também nesta quinta, Miguel questionou o que os senadores Humberto Costa e Fernando Dueire (MDB) têm feito pelo Estado que os credencie à reeleição em 2026.

A atitude de Miguel Coelho, na opinião de Humberto Costa, “é uma tentativa de antecipar as eleições”. “Não queria fazer essa declaração, mas é um bolsonarista que depois da eleição mudou de posição”, disparou Costa.

Miguel vem se colocando como pré-candidato ao Senado pela Frente Popular, grupo do qual o PT também faz parte. A partir de abril deste ano, ele percorrerá os municípios do Estado para se apresentar, visando uma das vagas na Casa Alta justamente pela Frente Popular.

Mas Humberto Costa também pode sair candidato pela Frente Popular e defendeu sua trajetória. “Pode olhar tudo que já fiz no meu mandato, nos temas nacionais e estaduais, na defesa da Transnordestina, no PAC Seleções”, ressaltou.

A reeleição do senador é uma prioridade para o PT nacional, que tem a estratégia de conquistar mais aliados nas casas legislativas em 2026. As declarações de Costa foram feitas durante uma entrevista coletiva, no início da noite desta quarta-feira (13), na sede do PT no Recife, em Santo Amaro, Zona Norte da capital.

O deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE) defende a aprovação do Projeto de Lei 4860/24, que propõe a criação da Rota Turística do Cangaço, abrangendo municípios de Pernambuco, Sergipe e Alagoas. A iniciativa busca valorizar a história de Lampião e fortalecer o turismo em cidades como Serra Talhada, onde estão localizados o Museu do Cangaço e o Sítio Passagem das Pedras, pontos fundamentais para a preservação da cultura nordestina.

Além de ampliar a visibilidade das cidades envolvidas, a proposta pretende impulsionar a economia local, atraindo visitantes interessados na história do cangaço e na literatura de cordel. “Contribuirá para dotar as cidades dos instrumentos de fortalecimento do turismo, ao mesmo tempo em que as tornarão conhecidas em todo o Brasil, estimulando a demanda turística por seus atrativos”, afirmou Monteiro. O projeto será analisado pelas comissões de Turismo e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados.