Izaías Régis, líder do governo Raquel Lyra, enaltece a governadora em fala durante a solenidade de lançamento do Programa PE na Estrada, realizada no Palácio do Campo das Princesas. Assista:
Izaías Régis, líder do governo Raquel Lyra, enaltece a governadora em fala durante a solenidade de lançamento do Programa PE na Estrada, realizada no Palácio do Campo das Princesas. Assista:
Da CNN Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entra de férias nesta segunda-feira (16), no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pretende pautar a urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Haddad fica de férias até 22 de junho, período em que será substituído pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan. Inicialmente, o ministro iria tirar férias entre 11 a 20 de julho de 2025, mas as datas foram alteradas no início de junho. A informação foi publicada no Diário Oficial da União de 5 de junho. A CNN procurou o Ministério da Fazenda, mas não recebeu respostas até a publicação deste texto.
Leia maisArticulação no Congresso
Na última quinta-feira (12), Hugo Motta informou que decidiu pautar a urgência do PDL que derruba o aumento do IOF. Na ocasião, o presidente da Câmara justificou que o clima na Casa “não é favorável para o aumento de impostos com objetivo arrecadatório para resolver nossos problemas fiscais”.
Se a urgência for aprovada, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. Na prática, a tramitação da proposta será acelerada.
Em meio ao impasse da votação, Hugo se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Alvorada ontem. O ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) também participou do encontro. O tema da reunião não foi oficialmente divulgado.
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), negou que haja uma “crise” sobre o tema. Segundo ele, o acordo firmado com Motta e os líderes partidários é para votar apenas a urgência e não o mérito da proposta em si.
O aumento do IOF foi anunciado em maio. Após a repercussão negativa das medidas, o governo recuou em parte das medidas no mesmo dia. O ministro da Fazenda se reuniu com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em 8 de junho para tratar da recalibragem das medidas, que foram apresentadas na última quinta-feira (11).
O Ministério da Fazenda estima arrecadar cerca de R$ 31,4 bilhões até 2026 com a medida provisória (MP) alternativa do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Apesar de já ter recuado em relação ao texto original, que previa arrecadação de R$ 20 bilhões em 2025, o governo ainda espera levantar cerca de R$ 7 bilhões elevando o IOF.
Mesmo após a “recalibragem” do Executivo, foram protocoladas 14 propostas para sustar as propostas da equipe econômica. Levantamento feito pela CNN mostra que, no total, são 37 projetos apresentados na Câmara e cinco no Senado desde o primeiro anúncio das mudanças no IOF, em maio.
Leia menosPassageiros se agrediram durante uma confusão no Aeroporto do Recife, na Zona Sul da cidade, após o cancelamento de todos os voos em Fernando de Noronha, ontem. Um vídeo enviado mostra a confusão e uma longa fila no local, com dois homens gritando e avançando um contra o outro.
Foram cancelados voos das empresas Gol e Azul. Segundo passageiros, a fila mostrada no vídeo era formada por passageiros da Azul. O primeiro deles saiu às 8h e teve que voltar à capital pernambucana por não conseguir pousar em Noronha, por causa do mau tempo. Outros dois, que sairiam no decorrer do dia, sequer decolaram. As informações são do portal G1.
Segundo uma passageira que não quis se identificar, mais de 200 passageiros esperavam por notícias e foram orientados a procurar dois funcionários da companhia aérea. Ela contou, também, que houve falta de organização e, com isso, os clientes ficaram alterados, devido à espera por soluções.
A confusão mostrada no vídeo teria ocorrido por causa de um lugar na fila para uma gestante. É possível ouvir uma pessoa dizendo que a esposa de um dos envolvidos nas agressões está grávida.
A passageira também disse que, durante a confusão, não houve apoio por parte dos seguranças da Aena, empresa que administra o aeroporto. De acordo com a Azul, os clientes impactados foram reacomodados em seis voos extras da companhia, neste domingo (15), tanto indo para Noronha quanto voltando para o Recife.
“As equipe de solo do Recife e de Fernando de Noronha deram todo o apoio possível aos clientes, a fim de minimizar os transtornos, causados por motivos alheios à companhia. A Azul ressalta que medidas como essas são necessárias para conferir a segurança de suas operações, valor primordial para a companhia”, informou a empresa.
O g1 procurou a Aena para falar sobre a denúncia de falta de apoio dos seguranças. A empresa enviou uma nota afirmando que “houve um pequeno tumulto entre alguns passageiros na área de embarque remoto” e que “a situação foi resolvida rapidamente”.
Leia menosO São João de Arcoverde, no Sertão do Moxotó, teve início ontem (14), com uma programação espalhada por 12 polos culturais e expectativa de receber cerca de 40 mil pessoas por noite. A abertura oficial, realizada na Praça da Bandeira, contou com a presença da governadora Raquel Lyra, que acompanhou o evento ao lado do prefeito Zeca Cavalcanti. “É muito bom ver que a nossa manifestação cultural se expressa de um jeito diferente em cada recanto do Estado”, disse a governadora, destacando o apoio do Estado a mais de 100 municípios durante o ciclo junino.
Com o tema “O Melhor Show do Interior”, a festa segue até o dia 28 de junho, reunindo atrações musicais e manifestações da cultura popular local. A secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, chamou atenção para o protagonismo do município no cenário junino. “Em Arcoverde, a festa tem uma característica cultural, o movimento da cultura popular é muito forte com o coco, por exemplo. É uma referência de festa junina e está com a programação cada vez maior”, afirmou.
Um dos destaques da primeira noite foi o cantor e compositor Geraldo Azevedo. “Desde criança, antes mesmo de ser artista, eu já fazia parte dessa história junina. Para mim, essa é a melhor festa do Brasil. Ela congrega todas as gerações, atravessa o tempo e abraça todos os artistas”, disse. A prefeitura estima que os 14 dias de festa possam movimentar até R$ 100 milhões na economia local. “O comércio está aquecido e as pessoas estão animadas. Os comerciantes já estão vendo suas vendas aumentarem”, comentou o prefeito Zeca Cavalcanti.
Para garantir a segurança durante o evento, a Secretaria de Defesa Social montou uma estrutura especial, com quase duas mil ações operacionais e uso de tecnologia como drones, plataformas elevadas e monitoramento em tempo real. A Polícia Civil terá um plantão montado na Estação Ferroviária, e o Corpo de Bombeiros reforçará ações de prevenção e resposta. Também acompanharam a abertura autoridades estaduais e municipais, como os secretários Túlio Vilaça e Eduardo Loyo.
A governadora Raquel Lyra se preparava para abrir a coletiva em Arcoverde e, sem perceber que as câmeras estavam ligadas, perguntou ao prefeito Zeca Cavalcanti qual o investimento do Estado na programação junina do município. Não percebera que tudo já estava sendo filmado. As informações são do blog do Nill Júnior.
Raquel primeiro pergunta a Zeca que dia é hoje e até quando vai a festa. Zeca responde que “14” e que a festa vai até o sábado, dia 28. Depois a governadora pergunta: “quanto vocês receberam de patrocínio?” Zeca responde: “dois dedos” — uma alusão a R$ 2 milhões. A Secretária Nerianny Cavalcanti acrescenta: “foi mais”.
Raquel pergunta se é importante dizer o valor na coletiva. Zeca adverte: “É melhor não dizer pra não ter ciumeira”. Nerianny brinca ao afirmar que importante é o dinheiro na conta. Governadores costumam se cercar dessas informações antes de falar à imprensa. O vídeo com Raquel (abaixo) já corre virtualmente.
Em reunião virtual com autoridades israelenses realizada hoje, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e outros prefeitos brasileiros discutiram a rota de evacuação da comitiva que segue abrigada em Tel Aviv desde o início da escalada do conflito entre Israel e Irã.
Durante o encontro, que ocorreu enquanto participavam de uma palestra sobre segurança, Cícero detalhou a proposta em debate: a travessia terrestre até a fronteira com a Jordânia, por uma ponte (chamada por ele de “ponte Rucém”). As informações são do Blog do Maurílio Júnior.
Leia maisSegundo o prefeito, a alternativa apresenta o “menor risco em termos de distância e tempo”. Ele explicou que o governo da Jordânia já autorizou a entrada dos brasileiros e garantiu apoio conjunto com a embaixada do Brasil.
“A partir da ponte, cada um seguirá para seu destino, seja Arábia Saudita ou outro país, sem mais depender das autoridades israelenses. O que estamos pedindo ao governo de Israel é que nos proporcione o transporte seguro até a ponte”, afirmou o prefeito paraibano.
Cícero permanece em Tel Aviv, cidade sob constantes alertas e ataques desde a intensificação das hostilidades. Ainda não há confirmação de quando o grupo deixará o território israelense.
Leia menosDo Brasil de Fato
“Governo Lula, eu quero ver, a ruptura com Israel acontecer”. Essa foi a frase mais gritada por milhares de manifestantes que ocuparam as ruas de São Paulo, na manhã de hoje.
O ato, que é parte da Marcha Global para Gaza, iniciativa internacional que motivou manifestações em diversas cidades pelo mundo, colocou mais pressão no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que rompa as relações diplomáticas e comerciais com Israel.
Leia maisRawa Alsagheer, coordenadora da Samidoun, rede de solidariedade aos prisioneiros palestinos, cobrou que o governo brasileiro avance para além das críticas. “Muito importante esse ato hoje para a ruptura do governo brasileiro com a ocupação israelense. Estamos aqui para demonstrar que nunca estaremos do lado errado da história, sempre seremos o lado certo da história”, afirmou Alsagheer.
A pressão por uma ruptura também ocorre dentro do PT. Deputado federal e candidato à presidência do partido, Rui Falcão, contou que os cinco presidenciaveis da legenda assinaram um documento pedindo que Lula avance com o rompimento.
“É inconcebível que um governo que assassine mulheres e crianças e que sequestre embarcações em águas internacionais siga impune, afirmou Falcão.
Ainda durante a manifestação, que saiu da Praça Roosevelt e caminhou até a Praça Charles Miller, no Pacaembu, outros parlamentares falaram e pediram o rompimento das relações entre os dois países.
Entre eles, a deputada federal Samia Bonfim (Psol-SP). “Esse é o maior massacre que nossa geração viu e as palavras são insuficientes, é preciso criar um cerco a Israel. Para isso, é preciso medidas concretas e só o rompimento com Israel terá eficiência.”
Leia menosPor Iedo Ferraz*
O segundo fim de semana de julho, na época mais fria do ano na turística cidade, será marcado pelo III Encontro dos Ex-xepeiros da tradicional Casa do Estudante de Pernambuco, até hoje sediada no Derby, no Recife — apesar da ganância imobiliária. A CEP, como é conhecida, acolhe, abriga e protege jovens pobres do interior nordestino há 93 anos.
A CEP surgiu no início dos anos 1930, quando o Recife era o maior centro educacional formador de universitários do Nordeste. Naquela época, existiam os cursos de Direito, Medicina, Odontologia, Engenharia e outros de grande importância na formação acadêmica dos estudantes que sonhavam em conquistar um diploma.
Leia maisO Recife era famoso pelos cursos oferecidos. Com isto, vinha gente de toda parte do Brasil educar-se nesta importante cidade.
Vários escritores de outros estados brasileiros passaram pela cidade do Recife, seja para estudar ou para outros fins. Entre eles, destacam-se Ariano Suassuna, que, assim como Ruy Barbosa, estudou Direito na Universidade de Recife (atual UFPE), e Clarice Lispector, que frequentou o Ginásio Pernambucano e a Escola João Barbalho, também na cidade.
Mas, para os estudantes pobres do interior, estudar na capital pernambucana era apenas um sonho, tendo em vista que naquele tempo não existia alojamento ou repúblicas estudantis para pessoas carentes. Muitos universitários abandonaram, frustraram os estudos e voltaram para seu pequeno interior devido à falta de recursos financeiros.
Diante de todas as dificuldades encontradas, um grupo de estudantes do interior, movidos pelo espírito humanitário, coletivo e voluntário, resolveram fundar a Casa do Estudante Pobre de Pernambuco, em agosto de 1931. Durante nove décadas de história, esta segunda mãe deu total apoio para aqueles secundaristas e universitários que acreditaram e sonharam em ser alguém na vida por meio dos seus estudos.
Abrigo para carentes
Esta instituição pública coletiva serviu e ainda serve como ponto de abrigo para os estudantes carentes das cidades interioranas. Durante toda a sua existência, o inesquecível abrigo estudantil passou por momentos de turbulências, agitações e revoltas — quando os inimigos da educação quiseram fechar o nosso principal ponto de apoio.
Foi muita resistência, bravura e luta daqueles legítimos estudantes — que nunca se curvaram ou se acovardaram perante o regime opressor implantado naqueles tempos. Foi preciso muita união e força dos moradores externos e internos para que os carrascos opressores ouvissem o nosso grito de dor e revolta. Em certa ocasião de protesto, uma nuvem preta cobriu a cidade do Recife. Nesse dia, fechamos avenidas movimentadas e queimamos pneus para obstruir o trânsito infernal.
Colocamos mesas e panelões no meio das ruas, conseguimos carro de som para aumentar o calor do movimento, saimos também com faixas e camisas pretas simbolizando o luto e a luta dos oprimidos impiedosamente.
Hoje, quase todos os ex-sócios se encontram bem-sucedidos financeiramente e profissionalmente nesse imenso território nordestino. Aqueles que saíram daquele ambiente se encontram espalhados por diversos municípios sertanejos e outras regiões brasileiras. Todos os guerreiros estudantes que residiram nesse local sempre foram chamados de “xepeiros” — e com muito orgulho!
Depois de muito tempo que saímos da Casa, resolvemos realizar uma confraternização no sentido de reencontrar alguns contemporâneos xepeiros. Será um momento histórico de lazer, alegria e satisfação em poder reviver aqueles bons tempos vividos naquele ambiente coletivo. A festa ocorrerá no Restaurante e Bar Papo Pizza.
*Triunfense e ex-presidente da Casa do Estudante (WhatsAPP – (75) 99298-8323)
Leia menosPor Rivelino Liberalino*
Petrolina está linda. O palco é monumental. As luzes, impecáveis. A cenografia, de encher os olhos. O investimento, digno de nota. A multidão, viva, alegre, vibrante. Mas falta algo. Falta o que não se compra com edital, com patrocínio ou com produção de marketing. Falta o dono da festa.
Na abertura do São João de Petrolina, em 13 de junho, o que se viu foi uma sucessão de estrelas — mas nenhuma delas brilhou com a luz da sanfona. Nenhuma nasceu do chão quente do sertão. Nenhuma cantou o xote, o baião, a história de um povo que aprendeu a transformar dor em dança, escassez em celebração, saudade em canção.
Leia maisNão vimos um só sanfoneiro. Nenhum fole, nenhum triângulo, nenhuma zabumba. Nenhuma alma nordestina no centro do palco.
E o que mais assusta não é a ausência em si — é o silêncio cúmplice de quem assiste e aplaude, como se tudo estivesse bem. Como se forró fosse acessório, e não essência. Como se a raiz fosse descartável, e não sagrada.
A pergunta que não quer calar é: desde quando o dono da casa precisa de convite para entrar em sua própria festa?
Enquanto Flávio Leandro canta verdades sobre o sertão nos bastidores, artistas de fora, com cardápio musical comercial, ocupam os holofotes com hits que não dizem nada sobre nós. Enquanto Dorgival Dantas emociona multidões com seu xote sincero, é ignorado em festas que se dizem “juninas”. Enquanto Elba Ramalho segue sendo altar de brasilidade e ancestralidade, preferem-se nomes do momento que sequer sabem diferenciar um arrasta-pé de um axé.
Não se trata de bairrismo. Trata-se de respeito. O São João não é apenas uma grade de atrações. É um rito. É um código de memória coletiva.
Desfigurá-lo não é modernizar. É profanar. Trazer artistas de fora, sem espaço para os mestres do forró, é como montar um presépio sem o menino Jesus. É encenar uma ópera sem músicos. É organizar um velório da nossa cultura com palmas e fogos.
E, veja bem: não é proibição que se pede — é equilíbrio. Não é fechar as portas à diversidade — é não expulsar o que é nosso do centro da festa.
Estamos confundindo modernidade com amnésia. Estamos embalando o esquecimento com som de caixa eletrônica. Estamos permitindo que o São João, nossa celebração mais simbólica, se torne um produto genérico, embalado a vácuo, pronto para exportação — sem cheiro de milho assado, sem cheiro de fogueira, sem sotaque.
A cultura não é um detalhe. É a alma de um povo.
E aqui é necessário fazer uma ressalva justa e honesta: este artigo não tem qualquer cunho político-partidário. Pelo contrário, reconhece e parabeniza a atual administração e os gestores públicos de Petrolina pela estrutura monumental da festa — que, sem dúvida, reflete a pujança e o crescimento da cidade.
O que aqui se expressa é apenas um apelo — sereno, mas firme — para que essa mesma grandeza se estenda também à preservação da nossa cultura. Que a beleza da festa abrace também a beleza da nossa identidade. Nada mais. Nada menos.
E, quando se tira a alma de uma festa, o que resta é só o barulho. Petrolina tem o maior palco do São João, mas está deixando vazio o seu coração.
Ainda há tempo de reconduzir o protagonista ao centro da cena. Ainda há tempo de ouvir a sanfona. Ainda há tempo de ensinar às novas gerações que forró não é passado — é permanência. Que Flávio Leandro, Elba, Maciel Melo, Dorgival, Petrúcio, Targino, Flávio José não são relicários. São vivos, urgentes, necessários. Nordeste que esquece sua raiz está pronto para ser podado. E pior: aplaude o corte.
Que essa festa tão linda não se transforme em um espetáculo de ausências. Que o maior palco volte a ser sagrado. E que o povo volte a dançar — não por vaidade, mas por identidade.
*Advogado
Leia menosMais de 19 mil crianças e adolescentes foram afastados do trabalho infantil em Pernambuco ao longo de 2023, resultado de ações conjuntas entre o Governo do Estado, prefeituras e o governo federal. A conquista foi consolidada por dados do IBGE, que apontam uma redução de 28,2% nos casos em comparação com o ano anterior — queda de 68.349 para 49.103 casos. “Uma infância digna e feliz para todas as crianças de Pernambuco é um compromisso do nosso governo”, afirmou a governadora Raquel Lyra. “Os resultados que estamos colhendo mostram que esse compromisso se traduz em ações concretas.”
O avanço se apoia em uma série de iniciativas estaduais e municipais articuladas com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social. O Sistema de Monitoramento do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (SIMPETI/MDS) contabilizou, apenas em 2024, 740 ações do Estado e mais de cinco mil nos municípios. O secretário Carlos Braga, da SAS, destacou que “cada criança afastada do trabalho precoce é uma vitória para Pernambuco e uma reafirmação do nosso compromisso inegociável com um futuro mais justo”.
Leia maisEntre as ações recentes da Secretaria de Assistência Social estão campanhas como o Bloco do Cuidado e Proteção, realizadas durante o Carnaval, além do Projeto Praia Legal e da qualificação contínua da rede de proteção. Leônidas Leal, coordenador estadual do PETI, reforça que o reconhecimento nacional é sustentado por uma estratégia constante de prevenção e resposta. “Nosso trabalho é permanente, com foco na identificação e acompanhamento das situações de risco.”
A política de proteção à infância inclui ainda medidas estruturantes como a expansão da rede de creches. Até 2026, o governo pretende construir 250 novas unidades, com investimento de R$ 2,1 bilhões. Só no terceiro bloco de licitações, lançado neste mês, foram autorizadas 54 creches em 53 municípios. Outra frente de apoio é o programa Mães de Pernambuco, que beneficia gestantes e mães com crianças de até 6 anos por meio de um auxílio mensal de R$ 300. A iniciativa já atendeu mais de 115 mil mulheres.
A rede de acolhimento também foi ampliada com a inauguração do Lar Girassol, no Recife, que substitui o antigo Lar Esperança e oferece estrutura moderna para crianças afastadas do convívio familiar. A Secretaria da Criança e Juventude, criada pela atual gestão, coordena as políticas intersetoriais e atua para garantir os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente. Com essas ações, o Estado reforça sua posição de destaque na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
Leia menosPor Agência O Globo
A comitiva de prefeitos brasileiros em Israel passou mais uma madrugada sob alertas de bombas e avisos de ataques em diferentes regiões do país. Enquanto aguardam um momento seguro para retornar ao Brasil, os políticos se revezam entre o bunker e os quartos do hotel, ao mesmo tempo em que assistem a aulas sobre segurança e ordem pública.
No quarto dia da nova escalada de confrontos, Irã e Israel voltaram a trocar ataques. A imprensa iraniana noticiou uma explosão em Teerã, enquanto o governo israelense emitiu novos alertas à população após disparos de mísseis do Irã.
Leia maisDesde o início da ofensiva, 13 pessoas morreram em Israel e mais de 390 ficaram feridas. Do lado iraniano, os ataques registrados entre sexta-feira e sábado deixaram ao menos 128 mortos e centenas de feridos.
Durante a madrugada, o vice-prefeito de Uberlândia (MG), Vanderlei Pelizer Pereira (PL), publicou em suas redes sociais vídeos dos alertas recebidos no celular e imagens do deslocamento da comitiva para o abrigo subterrâneo. Na manhã deste domingo (15), no horário de Brasília, ele compartilhou o tema da palestra do dia: “Sensação de segurança e ordem pública”.
A vice-prefeita de Goiânia, Cláudia da Silva Lira (Avante), também publicou imagens da aula, ministrada em espanhol. Em um dos slides projetados, a palestrante aborda temas como violência urbana e instabilidade política. — O treinamento continua — disse.
Já o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião Vieira da Paz (União Brasil), relatou a tensão da madrugada. — É assim que se madruga por aqui — escreveu, ao mostrar um dos alertas de emergência. Em outro vídeo, publicado às 3h15 no horário local, ele aparece deixando o bunker. — Parece que vencemos mais uma noite aqui em Israel. Já é madrugada de domingo. Acredito que agora a gente possa dormir com mais tranquilidade — afirmou.
No sábado (14), o Itamaraty informou que avalia retirar a comitiva de autoridades municipais e estaduais brasileiras em Israel por terra até a Jordânia, de onde seguiriam para o Brasil.
A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, conversou por telefone com os prefeitos Álvaro Damião, de Belo Horizonte, e Cícero Lucena, de João Pessoa, que estão em Israel.
“A ministra transmitiu ao prefeito Damião, que coordena o grupo de brasileiros no local, as tratativas, desde ontem, do Ministério das Relações Exteriores do Brasil com autoridades de Israel para providenciar o retorno em segurança da delegação e de um grupo de representantes do Consórcio Brasil Central, que também se encontram em território israelense”, afirma o ministério em nota.
Novo contato foi feito na manhã de hoje entre a delegação, autoridades brasileiras e israelenses, para atualizar a situação e avaliar as alternativas para o retorno seguro do grupo ao nosso país.
Delegação de 19 pessoas
A delegação brasileira é formada por 19 autoridades de municípios distribuídos por 11 estados, incluindo os prefeitos de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil); de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), de Macaé, Welberth Rezende (Cidadania), e de Nova Friburgo, Johnny Maycon (PL). Vice-prefeitos e secretários de municípios de todas as regiões do país também participam da visita.
A comitiva inclui também o vereador carioca Flávio Valle (PSD) e o secretário de Ordem Pública de Niterói, Gilson Chagas e Silva Filho. O grupo está impossibilitado de deixar o país por conta do agravamento dos ataques aéreos em Israel, que acontecem como resposta a um ataque israelense a instalações militares iranianas. O espaço aéreo foi fechado, inclusive para voos comerciais. As autoridades brasileiras precisam se proteger em abrigos antiaéreos.
Em nota, o Itamaraty afirmou que “tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais do País em Israel, a convite do governo local, no momento do início das hostilidades em curso, com o ataque israelense ao Irã, na noite de quinta-feira, 12/6”.
“A embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações brasileiras e o Ministério das Relações Exteriores fez gestão junto ao Ministério de Relações Exteriores de Israel para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem”, diz o Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, segue o documento.
O ministro Mauro Vieria, das Relações Exteriores, contatou hoje com seu homólogo da Jordânia, Ayman Safadi, “com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”.
Leia menosMeu agora amigo Luiz Wilson, forrozeiro, poeta e cordelista, que já conhecia há muito tempo de fama e hoje pessoalmente, me convidou e aceitei almoçar no restaurante Sabor do Campo, do meu amigo Kelsen Ferreira, em Arcoverde. Ele acabou fazendo uma forrozada de improviso na companhia do sanfoneiro Zé do Peba, com o seu trio Catingueira.
São João autêntico é assim! Por isso, contaminou todos no restaurante.
O deputado estadual Henrique Filho, líder do Partido Progressista na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), convoca a população para uma Audiência Pública amanhã (16), às 9h, no auditório Sérgio Guerra, com o objetivo de discutir e propor soluções para o grave cenário da doação de sangue em Pernambuco. A iniciativa do parlamentar ocorre dentro da campanha Junho Vermelho, que promove a conscientização sobre a doação voluntária de sangue, e faz alusão ao Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho.
“Estamos diante de uma situação alarmante. Os estoques do Hemope estão em queda contínua, e isso compromete vidas todos os dias. Precisamos mobilizar o estado para reverter esse quadro. A audiência será um momento de união entre sociedade civil, especialistas e governo para buscar soluções reais”, declarou o deputado Henrique Filho.
Leia maisSegundo dados mais recentes da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), o estoque de sangue do estado encontra-se em nível crítico, com redução média de até 30% em alguns tipos sanguíneos, especialmente O- e A-, considerados universais para transfusões de emergência. Apenas no mês de maio, o Hemope registrou uma queda de cerca de 1.800 bolsas em relação à média histórica mensal, acendendo um alerta para o risco de desabastecimento.
A situação se agrava com a chegada do período chuvoso, quando a mobilização de doadores costuma cair. Hoje, menos de 1,8% da população pernambucana doa sangue com regularidade, número abaixo da média recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de pelo menos 3% da população.
A audiência pública pretende promover o debate sobre campanhas permanentes de incentivo à doação, além de ampliar a divulgação dos postos de coleta e facilitar o acesso da população ao Hemope. O evento contará com a participação de representantes do Hemope, especialistas em saúde pública, lideranças comunitárias, doadores regulares e entidades da sociedade civil.
“Doar sangue é um ato silencioso de coragem. Precisamos romper com a cultura da espera e transformar a solidariedade em hábito. Essa luta é de todos nós, e começa agora”, reforça o deputado.
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