Faltando quatro dias para as eleições, este blog traz daqui a pouco, exatamente à meia-noite, mais duas pesquisas de intenção de voto do Instituto Opinião, de Campina Grande (PB). Desta feita, Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, e Custódia, no Sertão do Moxotó. Aos que moram e votam nestas duas cidades, vale a pena dormir um pouco mais tarde hoje.
Após novos apoios celebrados em Cupira e Araripina, no fim de semana, o prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, garantiu mais um reforço importante ao seu projeto de desenvolvimento em Pernambuco. Hoje, a prefeita de Jupi, Rivanda Freire, filiada ao PSD – partido da governadora Raquel Lyra, anunciou a união junto ao gestor na construção de parcerias entre o seu município e a capital pernambucana.
Rivanda destacou a confiança no trabalho de João Campos e elogiou sua trajetória à frente da capital. João, por sua vez, agradeceu o apoio e reforçou que a construção de um Pernambuco melhor passa por diálogo e por alianças amplas entre as lideranças do estado.
“É muito bom saber que podemos contar com a prefeita Rivanda para a construção de parcerias importantes com foco em nossas cidades e regiões. Pernambuco precisa disso, da criação de pontes entre suas lideranças em prol de um desenvolvimento e progresso que interessam a todas e todos. Seja bem-vinda ao nosso grupo, Rivanda. Esse projeto é coletivo e só tem a ganhar com a sua chegada. Vamos juntos”, afirmou o prefeito em suas redes sociais.
O gesto da prefeita, que governa uma cidade estratégica da região (Agreste Meridional), simboliza a força política de João e sua capacidade de aglutinar apoios que atravessam fronteiras partidárias. O encontro também contou com a participação do deputado federal Felipe Carreras.
Não foi por mero puritanismos que líderes e presidentes de partidos do chamado centrão se negaram – até a tarde desta segunda-feira (8), a participar da reunião em que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciaria sua disposição de desistir da candidatura a presidente da República em troca da aprovação do projeto de anistia para seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O filho mais velho de Bolsonaro chegou a anunciar que a anistia era “o preço” para desistir da candidatura. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, avisou que não ia. O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, também, assim como o presidente do PP, Ciro Nogueira. Estes dois voltaram atrás depois de pedidos insistentes de Flávio. “Não me deixe passar vergonha”, teria apelado o bolsonarista.
É verdade que os partidos do centrão sentiram-se alvos de uma verdadeira chantagem do clã Bolsonaro: “Desistimos de lançar um candidato da família, o que atrapalharia o nome escolhido pelo centrão, em troca da anistia para papai”, é o que na prática propôs Flávio na reunião da noite desta segunda-feira a Rueda e Ciro Nogueira, mas ambos recusaram apoiá-lo.
Mas chantagens não eriçam os pelos da ética nos manuais do centrão. O grupo que reúne praticamente todos os partidos de centro no Congresso conhece bem esse roteiro. Há décadas que vem chantageando praticamente todos os chefes do Poder Executivo no país.
O centrão não recusaria ser chantageado por motivos éticos. Afinal, o grupo lança mão do expediente da chantagem contra governos há décadas.
“Ou o presidente da República nos dá cargos e verbas no Orçamento da União, ou retiramos nosso apoio ao Palácio do Planalto e aprovamos pautas bombas no Congresso”, é o mantra dos parlamentares do centrão que ecoa há décadas na Praça dos Três Poderes.
Os comandantes partidários recusaram apoio à anistia porque concluíram que Flávio estava cobrando resgate de uma candidatura do centrão à Presidência que não tinha bala na agulha para ter sequestrado.
O centrão acredita já ter o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu candidato ao Palácio do Planalto. Se Tarcísio desistir, o agrupamento partidário pretende escolher qualquer outro nome de centro, menos os integrantes da família Bolsonaro.
A experiência de ficar quatro anos sob o jugo do clã não agradou ao centrão, que pretende agora ser senhor do seu próprio destino. Daí porque até a aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre restrições.
Não foi de todo ruim a aliança nos primeiros governos do PT, mas os partidos do centrão também não a consideram nenhuma maravilha.
A família Bolsonaro, por sua vez, acredita que um candidato com o sobrenome do clã retira tantos votos do possível concorrente pelo centrão que inviabilizaria o lançamento de um nome desses partidos. Daí a chantagem: “Papai não lança candidato e vocês podem concorrer tranquilos.”
O problema é que, na visão do centrão, um candidato apenas com sobrenome Bolsonaro – que não seja o próprio – não tem viabilidade eleitoral.
A aposta é que a candidatura de Flávio Bolsonaro não emplaca. Ele terá que desistir por inanição. Por falta de votos.
Então, o filho de Jair Bolsonaro está vendendo um produto de que não dispõe: sua candidatura. Seria como vender um terreno na lua. E os caciques do centrão são espertos demais para comprar terrenos na lua.
Ao mesmo tempo em que não se rende à chantagem do clã Bolsonaro, o centrão avalia que chegou a hora de pressionar Tarcísio por uma decisão: “ele precisa escolher um lado. Não dá para a política ficar a mercê dos movimentos dos Bolsonaro”, disse à coluna um dos caciques do centrão.
A ideia é que Tarcísio dê demonstrações mais fortes de que pretende concorrer a presidente da República.
Os filhos de Bolsonaro poderão protestar, mas isso não teria qualquer efeito eleitoral. Só uma fala do próprio Bolsonaro contra Tarcísio poderia prejudicar a campanha. Mas, na avaliação do centrão, Bolsonaro não bateria em Tarcísio, mesmo que pudesse. Agora que está preso, ele mal pode se pronunciar publicamente.
É hora de Tarcísio começar a preparar as velas para navegar no mar da campanha presidencial.
Na tentativa de convencer os consumidores da Compesa e a população em geral de que o melhor caminho para a estatal seria a privatização, que adotou por estratégia o termo “concessão”, a governadora Raquel Lyra (PSD) partiu para uma estratégia que qualquer cidadão, por mais bobo que seja, já entendeu: piorar os serviços de distribuição de água.
Quanto mais a população reclamar da falta de água nas torneiras, mais o discurso pró-concessão ganha musculatura. A princípio, não acreditei nessa história, achando uma maluquice, mas gente graúda no Governo, servidores da Compesa e prefeitos que não aguentam mais o clamor por água me disseram que a estratégia para o plano de privatização ser consumado segue essa direção. Acredite se quiser, caro leitor!
A venda dos serviços de distribuição, entretanto, ainda vai causar muita dor de cabeça na governadora. No edital da concessão, por exemplo, foram encontradas várias irregularidades, como superfaturamento de números no saneamento nos municípios. Em 66 cidades, os percentuais de serviços de saneamento superam a 70%, sendo o mais escandaloso o de Serra Talhada, que aparece com 87% de área saneada, quando, na verdade, o tratamento de esgoto está zerado.
Nunca a Compesa esteve tão sucateada. Em suas redes sociais, o deputado Pedro Campos (PSB), servidor licenciado da estatal, disse que a governadora está “vendendo gato por lebre”. Mostrou a situação de Lagoa dos Gatos, no Agreste, com 0% de rede saneada. “A concessão da Compesa apresenta graves erros. A conta vai cair no colo do povo, que vai pagar mais caro na tarifa, sem ter melhorias no abastecimento e do saneamento básico”, disse.
Segundo ele, a Associação dos Engenheiros da Compesa levantou pelo menos 66 municípios sem um mínimo de coleta de esgoto. “A governadora diz que tem redes de saneamento para valorizar a empresa e aumentar o preço da concessão no leilão. Mas quando a empresa vencedora se deparar com a realidade vai aumentar as tarifas para construir as redes, como ocorreu no Rio de Janeiro”, alertou o parlamentar.
“E quem vai pagar essa conta é povo”, acrescentou. Pedro disse que a mesma associação pediu ao Tribunal de Contas do Estado a suspensão imediata do leilão, que está marcado para o próximo dia 18, na Bolsa de Valores. Na verdade, trata-se de uma medida cautelar. O documento aponta várias inconsistências no edital, com dados superfaturados de saneamento que distorcem a realidade econômica do projeto.
Cita também um levantamento que identificou inconsistências em 66 municípios, onde os índices de cobertura de esgoto iniciais seriam significativamente maiores do que a realidade. Os dados do edital contrastam, inclusive, com um diagnóstico de 2019 encomendado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e que consta junto aos documentos do projeto de concessão. O banco foi um dos responsáveis pela modelagem do leilão.
SANEAMENTO MENTIROSO – O caso mais emblemático citado pela associação é o de Serra Talhada. O edital afirma que o atual índice de atendimento de esgoto no município de 92 mil habitantes está em 86,05% — praticamente universalizado. Mas o diagnóstico do BNDES fala em 0% e destaca que “o município não conta com sistema de esgotamento sanitário. “Problemas parecidos são apontados em Poção e Ibimirim —todos com cobertura próxima a 80% no edital, mas que o diagnóstico de campo da consultoria contratada pelo BNDES indica 0%.
Leilão de R$ 19 bilhões – O leilão de saneamento de Pernambuco abrange 175 dos 185 municípios do Estado. O projeto prevê R$ 19 bilhões em investimentos e divide a área de concessão em dois blocos. A empresa que assumir será responsável pela distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto; a Compesa (estatal de saneamento) vai continuar responsável pela produção e venda de água tratada para a concessionária.
EM DUAS REGIÕES – O projeto de concessão da distribuição de água da Compesa pretende atrair R$ 19 bilhões em investimentos privados para a universalização do saneamento, somando-se a R$ 16 bilhões em recursos estaduais. O tempo da concessão é de 35 anos. Para a concessão, a Compesa foi dividida em duas regiões: a Microrregião de Água e Esgoto (MRAE2) que vai da Região Metropolitana do Recife até a região do Pajeú (RMR-Pajeú) — composta por 160 municípios — e da MRAE1, composta por 24 municípios do Sertão.
Modelo nocivo – Especialistas em concessões afirmam que o modelo adotado pelo Governo para a Compesa não é o mais recomendado. A parte que vai continuar pública, a de produção e captação da água, é a mais difícil e custosa e está sujeita a intempéries, principalmente diante das mudanças climáticas. A parte de distribuição, que será entregue à empresa privada — ou empresas, já que cada região será um leilão diferente — é a mais atrativa para o mercado, por ser mais rentável. O Governo de Pernambuco alega que com a capacidade de investimentos do Estado só seria possível universalizar os serviços de água daqui a 65 anos — o Brasil tem como meta a universalização até 2033. Assim, a concessão para a iniciativa privada é vista como a única solução para a universalização no tempo previsto.
Miguel fala em diálogo – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o pré-candidato ao Senado na chapa de João Campos a governador, ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), disse que não quer confronto com o deputado Eduardo da Fonte, presidente em Pernambuco na federação PP-UB. “Sou adepto do diálogo. Tenho conversado com Eduardo e vamos buscar a unidade”, disse. Da Fonte, que também é candidato ao Senado, tem o controle da federação no Estado, mas Miguel diz que no artigo 27 do estatuto da federação todos os impasses nos Estados serão administrados pela direção nacional da federação. O bicho vai pegar!
CURTAS
REAÇÃO – No domingo passado, o presidente da federação PP-UB, Antônio Rueda, esteve em Araripina quando anunciou apoio à candidatura de Miguel ao Senado. De imediato, os aliados de Eduardo da Fonte reagiram, afirmando que a condução de qualquer candidatura majoritária no Estado será dele (Dudu), como presidente estadual da federação.
ARREPENDIDO – O presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), confessa arrependimento pelo voto dado em Raquel Lyra. “Teria sido melhor ter votado em Miguel ou Marília”, disse em suas redes sociais, reacendendo a contenda aberta com a governadora, com quem está rompido e já em campanha aberta pelo pré-candidato do PSB, João Campos.
PODCAST – No podcast Direto de Brasília de hoje, uma parceria deste blog com a Folha, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), fala da prisão de Bolsonaro, do lançamento da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro ao Planalto e sobre a saúde pública brasileira na gestão Lula.
Perguntar não ofende: Quem a federação PP-UB vai apoiar para senador em Pernambuco – Dudu da Fonte ou Miguel Coelho?
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, foi homenageado, há pouco, com a mais alta comenda da cidade, a Medalha do Mérito Capibaribe, durante a missa de encerramento de Nossa Senhora da Conceição, realizada nesta segunda-feira (8).
A homenagem foi feita pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), que chamou Dom Paulo ao palco antes mesmo da benção final da cerimônia. A Medalha é a mais alta comenda da gestão municipal e reconhece pessoas físicas e jurídicas pelos relevantes serviços prestados à cidade do Recife.
De manhã, o Comandante Militar do Nordeste, o general Maurílio Ribeiro, também recebeu a medalha do prefeito, em solenidade realizada no salão de honra do CMNE.
Meu amigo Josildo Sá, cantor e compositor, com grandes sucessos não apenas do forró pé de serra, mas também em samba de lata, deu uma demonstração de força e prestígio ao reunir uma parte da nação forrozeira, ontem, no Festival Forró de Tacaratu, na Sala de Reboco, do meu amigo Rinaldo Ferraz.
Fui lá e sai impressionado. O ambiente ficou quase lotado, num clima de alto astral. Josildo estava muito feliz, porque a festa foi criada para a renda ser revertida na construção de uma clínica oftalmológica em sua Tacaratu.
Se engajaram nessa grande causa social os forrozeiros Cezzinha, Beto Hortis, Silvinho Cavalcanti e César Amaral. Também Iran Caldeira, Cristina Amaral, Simone Arantes e o Quinteto Sala de Reboco. Maciel Melo apareceu por lá e deu uma canjinha especial.
Há muito não ia na Casa de Reboco, tocada com tanto zelo, amor e carinho por Rinaldo Ferraz. A mim e a cerimonialista Branca Góes, que também esteve presente, Rinaldo aproveitou para rememorar grandes momentos da sua casa, como o último show de Dominguinhos, que atraiu duas mil pessoas.
O Banco do Nordeste (BNB) divulgou, nesta segunda-feira (8), o tema do Grande Prêmio Nacional da 20ª edição do Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional. O microcrédito rural será o assunto da principal categoria, cuja premiação é de R$ 38 mil. Podem concorrer os trabalhos jornalísticos de qualquer tipo de mídia produzidos em todo o País e que retratem ações executadas na área de atuação do BNB — estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
Além da categoria principal, o Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo contemplará valores individuais de R$ 3 mil a R$ 23 mil pagos a outros 29 materiais que tratem do tema geral “desenvolvimento regional”. As vertentes do assunto incluem expansão de crédito, empreendedorismo urbano e rural, geração de empregos, ocupação e renda, tecnologia e inovação, investimentos em infraestrutura, responsabilidade socioambiental e manifestações culturais.
Serão premiados jornalistas profissionais e estudantes universitários que tenham material publicado ou veiculado nos estados de atuação do Banco e um profissional com atuação extrarregional. Os trabalhos inscritos devem ser enquadrados em uma das categorias: texto, fotografia, áudio, audiovisual e projetos multimídia. As inscrições poderão ser feitas entre 5 de janeiro e 31 de março de 2026. Para concorrer, o conteúdo noticioso precisa ser inédito e publicado em território nacional no período de 1° de janeiro de 2025 a 31 de março de 2026.
Ao todo, as 30 categorias irão pagar R$ 290 mil em premiação. A cerimônia de entrega dos prêmios deverá ocorrer em junho de 2026.
Prêmios estaduais
Na categoria estadual, haverá dois trabalhos vencedores por estado em que o BNB atua, sendo um para comunicadores profissionais e um para estudantes universitários. O tema será aberto às vertentes do desenvolvimento regional com disputa entre todos os inscritos daquele estado, independentemente da mídia inscrita.
Valores por categoria
A categoria Nacional contempla o Grande Prêmio Nacional (no valor de R$ 38 mil). As categorias Nacional Texto, Nacional de Fotografia, Nacional de Áudio, Nacional de Audiovisual e Nacional de Projetos Multimídia pagarão premiação entre R$ 14 mil e R$ 23 mil.
A categoria estadual irá premiar um trabalho com o valor de R$ 10 mil para os profissionais de Comunicação e R$ 3 mil para os estudantes universitários dos cursos de Comunicação Social ou Jornalismo. A premiação nacional para trabalho acadêmico pagará R$ 6 mil.
A categoria Extrarregional premiará com R$ 12 mil trabalho feito por jornalista profissional que tenha sido publicado em um veículo de imprensa situado fora da área de atuação do BNB.
Mais informações sobre o Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento regional estão disponíveis no site do BNB.
O vereador de Garanhuns e presidente da Câmara Municipal, Johny Albino (PSB), cobrou do Governo do Estado a retomada da obra de ampliação do sistema de abastecimento de água do município. Ele lembra que o projeto foi licitado em 2019, na gestão Paulo Câmara, com investimento previsto de R$ 21,2 milhões, contemplando quatro reservatórios, adutoras diretas para cada bairro e novas ligações domiciliares no Jardim Petrópolis.
Segundo o parlamentar, a situação se agravou após técnicos da Compesa informarem, em audiência de 2023, que a empresa responsável havia falido e abandonado a obra. Albino relata que, ao visitar o depósito onde as tubulações estavam guardadas, encontrou parte do material sendo retirada “para destinos desconhecidos” — destacando a necessidade de investigação. Ele também critica a ausência de investimentos estaduais no município, apesar dos anúncios feitos pelo governo. “Em julho de 2024, a governadora Raquel Lyra contratou um empréstimo de R$ 1,1 bilhão para investimentos em água e saneamento em todo o Estado, e em outubro de 2025 anunciou um investimento de mais de R$ 6 bilhões nessas áreas. Contudo, Garanhuns não foi contemplada com esses recursos ou obras específicas, deixando a população sem melhorias no abastecimento”, disse.
Diante do quadro, Johny Albino apresentou requerimento ao presidente da Compesa e à governadora Raquel Lyra pedindo a imediata retomada da obra e a inclusão de Garanhuns na rota de investimentos. “É fundamental que voltem a haver água nas torneiras dos garanhuenses, assim como ocorreu no passado, quando o governador Eduardo Campos construiu a Barragem do Cajueiro, garantindo o abastecimento”, destacou.
Patrimônio Vivo de Pernambuco e um dos pioneiros da animação no estado, o cineasta Lula Gonzaga será homenageado com a 7ª edição do Troféu Seth Cinema de Animação. A premiação será entregue na abertura do IV Salão Internacional de Humor Gráfico de Pernambuco (SIHG-PE), amanhã (9), às 19h, na CAIXA Cultural Recife. Criado pelo Museu da Caricatura Brasileira, no Rio de Janeiro, o troféu reconhece artistas que marcaram a história da animação no país.
O organizador do SIHG-PE, o cartunista Samuca Andrade, destaca que Lula abriu caminhos decisivos para o setor em Pernambuco. Ele lembra que o cineasta tornou-se referência para novas gerações. “Lula Gonzaga foi o primeiro pernambucano a se aventurar de forma consistente pelo desenho animado e, desde então, nunca deixou de puxar a fila. Suas obras expandiram os horizontes da animação brasileira e seus projetos formaram inúmeros talentos”, afirma Samuca, ao reforçar que a homenagem expressa a gratidão do Salão e do idealizador do prêmio, Luciano Magno.
A abertura do SIHG também marca o anúncio dos vencedores da edição, que este ano recebeu mais de 970 inscrições enviadas por 480 artistas de 44 países. Após a seleção do júri, 120 obras foram escolhidas nas categorias cartum, caricatura e quadrinhos — peças que estarão expostas até 1º de fevereiro de 2026. Com o tema “Planeta de Todos”, o evento reforça o caráter internacional do salão, que se consolida como um dos mais diversos do país.
Lula Gonzaga, nascido no Recife em 1951, é um dos pioneiros da animação em Pernambuco e figura central do ciclo superoitista. Entre seus filmes mais marcantes estão “Vendo/Ouvindo” (1972), “A Saga da Asa Branca” (1979), “Cotidiano” (1982) e “Ciranda Feiticeira” (2021). Reconhecido por usar o cinema como ferramenta de transformação social, ele criou iniciativas como o Método OCA, o Animacine e o MUCA, sempre voltadas à formação de jovens e à preservação da cultura animada do estado. Para o cineasta e pesquisador Marcos Buccini, que entregará a premiação, o legado de Lula é incontornável: “Se existe animação em Pernambuco, muito se deve ao esforço dele. Viva Lula! Viva a animação pernambucana!”
O cantor, compositor e produtor João Lacerda participa nesta sexta-feira (12) do Programa do Ratinho, no SBT, onde vai apresentar “Severina Xique-xique”, clássico eternizado por seu pai, Genival Lacerda, que completa 50 anos de lançamento. No programa, o artista também canta seu mais novo sucesso, “O Barrigudim”.
Paraibano radicado no Recife desde 1996, João Lacerda carrega no repertório a forte influência do pai, com quem dividiu o palco e os primeiros passos na música. Foi ainda criança, aos 11 anos, que gravou sua primeira faixa, “Dengo da menina”, no LP de Genival. Desde então, seguiu entre produção, parcerias e carreira solo, consolidando uma discografia marcada pelo forró tradicional, por homenagens ao legado do pai e por projetos como o álbum “João Lacerda na área” (2018) e EPs como “Pai e Filho” (2020) e “João Canta Genival” (2023).
O União Brasil formalizou a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, nesta segunda-feira (8). Em um comunicado, o partido confirmou o cancelamento da filiação, diante da negativa de deixar a pasta. O União decidiu entregar os cargos no governo e decretou que seus quadros deveriam deixar os postos até 19 de setembro. Sabino chegou a entregar uma carta de renúncia, mas atendeu a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para permanecer durante a agenda da COP30, em Belém. A demora levou a direção do União a abrir um processo disciplinar.
Além de permanecer no ministério, o ministro surgiu em agendas ao lado de Lula, o que irritou a Executiva Nacional do União. Desde outubro, ele já estava afastado das decisões da legenda e foi destituído do comando do diretório regional do Pará. As informações são do jornal O Globo.
A decisão de desembarque do governo ocorreu pouco depois da veiculação de notícias que associaram o presidente nacional do partido, Antônio de Rueda, ao crime organizado de São Paulo. De acordo com reportagens publicadas pelo UOL e pelo ICL, aeronaves de Rueda teriam sido usadas pelo PCC. O partido vê influência do governo em vazamentos de operações da Polícia Federal (PF) que miram Rueda.
Aos veículos de imprensa, Rueda negou ser dono de aviões e repudiou “com veemência qualquer tentativa de vincular seu nome a pessoas investigadas ou envolvidas com a prática de algum ilícito”.
O desembarque do governo por parte dos partidos que integram a federação PP-União, contudo, já era esperado.
Sabino diz sair de cabeça erguida
Em reação à expulsão, Sabino afirmou, em uma live nas redes sociais, que sua permanência no Ministério do Turismo foi motivada por “responsabilidade administrativa” e pelo compromisso com projetos que considera essenciais para o país. O ministro citou indicadores de órgãos como Receita Federal, Polícia Federal, Fecomércio e entidades do setor de viagens, segundo os quais o turismo nacional teria registrado, nos últimos dois anos e meio, resultados superiores às melhores marcas históricas.
Ele também mencionou a proximidade da COP30, em Belém, como fator decisivo para não deixar o cargo. “Não poderia abandonar meu trabalho às vésperas da realização da COP30 nem interromper programas que estavam em execução”, disse
Sabino disse ainda que recebeu a ordem para deixar o cargo “em 24 horas”, mas que não concordou com a determinação. Ele afirmou sair do União Brasil “de cabeça erguida”, argumentando que não aceitou pressões internas da sigla. “Saio com a ficha limpa, sem nenhuma mácula. Trabalhei pelo Brasil, pela geração de emprego e pelo turismo. Não me curvei quando quiseram me obrigar a fazer algo com que eu não concordava”, afirmou.
O ministro reforçou que continuará atuando na pasta “servindo ao Brasil e ao Pará”, onde a COP30 exigirá, segundo ele, continuidade administrativa na preparação da infraestrutura e das equipes responsáveis pelo evento.
A guerra na Ucrânia caminha para um ponto de exaustão. Depois de quase três anos de conflito intenso, o país enfrenta desgaste humano, econômico e militar. A União Europeia, por sua vez, demonstra limites crescentes para manter o financiamento contínuo da resistência ucraniana — especialmente diante da retração do apoio norte-americano.
A Rússia também dá sinais de cansaço, embora em menor escala. Ainda que disponha de uma estrutura militar e econômica mais robusta, o impacto da guerra começa a ser percebido internamente. A inflação anual próxima de 8% pressiona o regime, enquanto ataques ucranianos a pontos estratégicos de logística energética vêm reduzindo receitas vitais de petróleo e gás. Tal quadro, pouco discutido pelo Kremlin, ameaça gradualmente a estabilidade política de Vladimir Putin.
As consequências desse impasse são complexas, mas não imprevisíveis. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump tenta se reposicionar como artífice de acordos de paz — embora seu discurso ainda seja visto com reservas. Pesquisas recentes apontam queda constante em sua aprovação, às vésperas das eleições legislativas de novembro. Caso sua base não consiga sustentar maioria no Congresso, Trump corre o risco de se tornar, como dizem os americanos, um lame duck — um governante enfraquecido politicamente.
Nesse cenário, ganha força a possibilidade de que Trump pressione por um acordo de cessar-fogo baseado em concessões territoriais da Ucrânia. Especula-se que ele defendaria a cessão de cerca de 20% do território hoje ocupado pela Rússia, em troca de medidas compensatórias:
• transferência de parte dos ativos russos congelados na União Europeia para a reconstrução ucraniana;
• admissão imediata da Ucrânia na OTAN;
• garantia de manutenção das forças armadas ucranianas com o tamanho e orçamento que Kiev considerar necessário.
Essa equação permitiria uma “saída honrosa” para Moscou — ao consolidar o controle das regiões ocupadas — e uma solução “menos pior” para Kiev, que ganharia proteção da OTAN e recursos para reconstrução.
Trata-se, contudo, de uma decisão politicamente duríssima para a Ucrânia. Ainda assim, diante da fadiga do conflito e da pressão internacional, não pode ser totalmente descartada. Uma alternativa seria submeter o acordo a um plebiscito nacional, buscando legitimidade democrática para uma escolha tão dramática.
Resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos. O conflito já revela sinais de saturação para ambos os protagonistas, enquanto cria tensões políticas palpáveis nos Estados Unidos. O futuro da guerra — e da segurança europeia — poderá depender da capacidade ou incapacidade de lideranças enfraquecidas em construir uma saída para um impasse que se prolonga perigosamente.
*Economista, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
O plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu aprovar, nesta segunda-feira (8), o projeto de resolução que recomenda a revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão foi tomada após votação aberta aos 70 parlamentares, atendendo ao rito constitucional para casos de prisão de deputados estaduais.
Segundo relatório da Polícia Federal, Bacellar é suspeito de vazar dados sobre a operação dos agentes contra o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias.
Com o resultado do plenário, a Alerj referenda a posição da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que havia aprovado o texto por 4 x 3, horas antes. Para derrubar a prisão, eram necessários pelo menos 36 votos — número alcançado no plenário.
A votação terminou com 42 votos favoráveis, 21 contrários, 2 abstenções, 3 ausências e 1 deputado licenciado.
O projeto agora será publicado no Diário Oficial e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela decisão final sobre a soltura. Bacellar foi preso na última semana por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Discussão
A sessão no plenário da Alerj foi interrompida por mais de 20 minutos devido a um bate-boca entre deputados. A tensão começou quando a deputada Dani Monteiro (PSol) iniciou seu discurso antes da abertura do painel de votação, afirmando que aquele era “um dia triste para o Parlamento”.
A fala gerou reação imediata de outros parlamentares, que alegaram existir um acordo prévio para que apenas três deputados de direita e três de esquerda tivessem direito a discursos de até 10 minutos antes da votação. O PSol acusou parlamentares da chamada “Tropa do Bacellar” de tentar cercear os discursos.
O deputado Rafael Picciani se absteve da votação, alegando conflito de interesse, já que o STF investiga a chamada Carta Picciani, relacionada à sua nomeação para a Secretaria de Esportes e Lazer do governo do estado, que possibilitou a assunção da cadeira de TH Joias na Alerj.
A prisão
Bacellar foi preso preventivamente na última semana pela Polícia Federal (PF), após decisão de Alexandre de Moraes.
Ele é suspeito de ter vazado informações sigilosas para beneficiar o ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, também preso recentemente.
Investigações da Justiça carioca apontam que TH colaborava com o crime organizado no Rio, facilitando a compra e a venda de drogas, além de fuzis e armas antidrones para criminosos do Complexo do Alemão.