Após o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, revelar, em entrevista exclusiva ao podcast ‘Direto de Brasília’, que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) havia colocado um agente da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) para investigar o ex-governador Eduardo Campos, durante a campanha presidencial de 2014, o seu irmão Antônio Campos enviou ao Blog um relato de que também foi perseguido por Dilma e aponta indícios de que Eduardo foi assassinado.
“Foi um assassinato! Mexeram numa peça do avião, o que seria de difícil prova, métodos muito utilizados por profissionais do crime”, diz Antônio em mais um relato sobre o acidente que vitimou o irmão. Confira abaixo o seu posicionamento na íntegra:
Leia mais“As palavras do atual presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, sobre as tensões e perseguições de Dilma Rousseff (PT) à candidatura a presidente de Eduardo Campos são verdadeiras e merecem registro. Elas foram reveladas em entrevista ao jornalista Magno Martins. Já havia perseguição ao Governo Eduardo Campos, com quem implicava e tinha ciúmes da relação pessoal e política de Eduardo com Lula.

Estive também na listagem dessas investidas, não só da Abin, que passava também por uma estrutura profissional de jornalismo investigativo, que colocaram a vida de Eduardo, a minha e de alguns outros familiares, à época, de cabeça para baixo. Essa parte jornalística tinha as digitais do conhecido Thomas Traumann, que à época a servia, e depois brigou com Dilma.
Eu era constantemente procurado por alguns jornais, tentando buscar informações ou me colocar contra ele, como também investigado. Havia uma pergunta clássica: qual o defeito do seu irmão? Dizia, ele não tem defeito. Se apontasse algum defeito, esse seria o destaque da matéria.
A Dilma é ‘best friend’ do conhecido Vladimir Putin e seus conhecidos métodos.
A morte de Eduardo, que ainda resta uma ação de produção de provas, em curso, processo de n° 5001663-02.2017.4.03.6104, que tramita na 4ª Vara Federal de Santos – SP, por mim e minha mãe movida, tenta provar que houve uma sabotagem numa peça e que o avião, ao fazer uma manobra mais radical, daria um efeito pitch down. Há pareceres de assistentes técnicos nesse sentido, que foram desconsiderados numa pífia investigação da autoridade policial responsável pelo assunto à época.
O acidente com o avião tem a ver com esse entorno e com esse contexto, que o tempo revelará. Foi um assassinato! Mexeram numa peça do avião, o que seria de difícil prova, métodos muito utilizados por profissionais do crime.
Na semana em que Eduardo morreu, eu que fazia parte do jurídico dele, estava tratando de uma matéria plantada em um grande jornal e tinha conversado com o jornalista e explicado um assunto e enviado alguns documentos. Na manhã cedo do fatídico falecimento, atualizei Eduardo do assunto, cuja última palavra para mim foi “obrigado”, através de Whatsapp. Também falei com o jornalista Percol, que assessorava Eduardo, na fatídica manhã. Diferente do que alguns falam de mim numa tentativa de “cancelamento”, que não passa de jogo de poder, minha relação com meu irmão Eduardo era boa e sempre estive com ele, nos momentos bons e difíceis. Oro por ele todos os dias para que esteja na luz.
Tal jornalista me encontrou no velório de Eduardo, no Palácio do Campo das Princesas e me pediu desculpas: “Foi política”. Disse: “lamentável!”. Era um dos membros da estrutura jornalística de perseguição.
Além de ter sido perseguido durante o seu mandato por Dilma, no governo e na pré-campanha, há indícios de que meu irmão foi assassinado, utilizando para tanto a falha provocada em avião, o que seria e é de difícil prova.
Jamais desistiremos de elucidar e provar a real causa da morte de Eduardo Campos. Esse compromisso tenho, como único irmão, independente de eventuais querelas menores familiares, que já perdoei e me sinto abençoado por Deus, nem que pague com a minha vida. Já sofri ameaças, objeto de representações formalizadas. Ora, um verdadeiro Campos/Arraes só morre no campo de batalha e não tem rendição, pois corre em nossas veias o sangue nordestino e o legado de Bárbara Alencar e a inspiração de Canudos. Quem viver assistirá.
São esses os breves e importantes registros que gostaria de prestar, estando sempre à disposição das autoridades competentes para esclarecer ou dizer o que sei sobre esse triste episódio, que vitimou meu irmão e outros companheiros de luta”.
Recife/Olinda, 29/05/2025
Antônio Campos – advogado e escritor
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