Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog
Um dos mais fiéis defensores da governadora Raquel Lyra (PSDB) na Alepe, o deputado estadual Renato Antunes (PL) declarou, nesta terça-feira (4), que ela “foi induzida ao erro”, na questão da proibição de torcedores nos estádios de futebol.
A medida foi anulada pelo Tribunal de Justiça (TJPE), por meio de mandado de segurança, atendendo a um pedido do Sport.
“Não é uma questão de proteger três mil pessoas em detrimento de três milhões, como disse o secretário de Defesa Social (Alessandro Carvalho)”, enfatizou Renato.
Leia maisO parlamentar se referiu à declaração de Carvalho de que o efetivo da Polícia Militar não poderia ser deslocado para acompanhar os membros das organizadas. Mas, para Antunes, o Estado não pode punir o esporte e o futebol, porque há impacto na economia também.
“Além da paixão pelo futebol, é a economia que roda. Decisões simplórias não vão resolver”, acrescentou. Também do PL, porém sem ser aliado de Raquel Lyra, o deputado Alberto Feitosa disse que Alessandro Carvalho foi infeliz nas palavras e que “o Governo e a Secretaria de Defesa Social mostraram primarismo e a coisa saiu totalmente do controle”.
Para Feitosa, também houve “omissão, participação política e comercial dos clubes com essas torcidas organizadas”.
Já o deputado João Paulo (PT) lembrou que esse tipo de episódio é observado também em outras parte do mundo. “Em muitos casos, a violência das torcidas reflete um problema social mais profundo, como a falta de oportunidades para jovens”, comentou.
Nova líder
A deputada Socorro Pimentel (União Brasil), nova líder do Governo na Casa, destacou que todas as decisões da governadora Raquel Lyra foram tomadas por recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
A parlamentar enfatizou a necessidade de punição para os vândalos e disse que a discussão do assunto é suprapartidária.
“Estamos falando pelos torcedores que assistiram aquelas cenas lamentáveis, um episódio grotesco. A gente ficou estarrecido. Esses criminosos devem cumprir penalidades dentro dos rigores da lei”, frisou Socorro.
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