Governo Lula prioriza projetos econômicos e sociais em 2025 mirando eleições de 2026

O governo Lula inicia 2025 com a missão de aprovar projetos prioritários nas áreas econômica, social e de segurança pública, com o objetivo de fortalecer a avaliação da gestão petista e pavimentar o caminho para as eleições presidenciais de 2026. As informações são do portal Estadão.

O Planalto, contudo, enfrentará um Congresso fragmentado, no qual a obtenção de apoio para matérias de interesse do Executivo será ainda mais desafiadora, especialmente em um ano pré-eleitoral, intensificando a necessidade de articulação política e de medidas como a reforma ministerial – considerada indispensável para ampliar a base aliada e assegurar respaldo às pautas governistas.

Em 2023 e 2024, com muito custo, o governo conseguiu avanços importantes no Congresso, incluindo a aprovação do novo marco fiscal, que estabelece regras para o controle de gastos públicos, e a reforma tributária, voltada para simplificar o sistema de impostos. O professor de ciência política do Insper, Leandro Consentino, ressalta que esses avanços foram conquistados por meio de intensas negociações e concessões, incluindo a liberação de emendas parlamentares às vésperas de votações cruciais para o governo. Como mostrou o Estadão, o governo desembolsou, por exemplo, R$ 7,1 bilhões em emendas em apenas dois dias para tentar destravar o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional.

Consentino avalia que essas vitórias, embora significativas, revelam uma governabilidade frágil, exigindo do Planalto articulação política até os momentos finais de cada votação.

“Esse processo de negociação pauta a pauta, sem o suporte de uma base sólida e confiável no Legislativo, revelou a fragilidade da articulação política do governo, que em diversas ocasiões precisou ceder a pressões de aliados para garantir os votos necessários”, explica. Como exemplo, o professor cita o pacote fiscal, aprovado pelo Congresso, mas que enfrentou forte resistência e acabou sendo desidratado pela oposição.

No próximo ano, o professor de ciência política analisa que o governo enfrentará um cenário ainda mais desafiador, marcado por um Congresso fragmentado e uma polarização crescente às vésperas das eleições presidenciais de 2026. O professor destaca que, com parlamentares focados em suas bases eleitorais, a aprovação de projetos prioritários será mais difícil, sobretudo diante de interesses conflitantes e da resistência de uma oposição fortalecida.

“Por isso, a reforma ministerial é considerada inevitável, com o objetivo de abrir espaço para partidos do Centrão ou aliados, garantindo que o governo consiga, ao menos, aprovar suas pautas – algo crucial para 2026″, pontua, lembrando que os favoritos para assumir as duas Casas, Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara, e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), no Senado, não figuram entre os aliados de primeira hora do governo, o que adiciona uma camada extra de complexidade às articulações políticas.

Projetos econômicos e sociais devem prevalecer

Para o professor de ciência política do IDP, Vinicius Alves, entre as prioridades do governo para o próximo ano estarão temas nas áreas social, de segurança pública e econômica, como a reforma do Imposto de Renda (IR), que prevê a ampliação da isenção para quem ganha até R$ 5 mil — um projeto que ficou para 2025. Alves explica que esses projetos têm o potencial de melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, ao gerar impacto positivo nos indicadores econômicos e sociais, criando condições favoráveis para a reeleição de Lula.

“Entendo que, entre as prioridades do governo para o próximo ano estarão temas relacionados à economia e políticas sociais, com o objetivo de melhorar os indicadores econômicos e reduzir a pobreza”, explica, destacando que o grande desafio será equilibrar condições fiscais menos onerosas para as faixas de renda mais baixa, a oferta de políticas sociais ampliadas e o controle das contas públicas.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), atual vice-líder do governo no Congresso e futuro líder da base governista na Câmara em 2025, também aposta na aprovação de projetos econômicos como estratégia para melhorar a avaliação do governo.

“O presidente falou que é hora de consolidar o governo. A economia é muito importante. Acho que vai continuar sendo a principal questão do governo aqui. A questão do governo aqui é dar tranquilidade, consolidar os números, os resultados do governo. Terá uma turma nova que vai estar na ‘frequência’. Vejo, com bons olhos, também esse novo momento no Parlamento”, disse.

Na mesma linha, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Rogério Correia (PT-MG), destaca a importância das matérias econômicas e sociais, afirmando que 2025 será um “ano de entrega” para o governo, considerado essencial para as pretensões da sigla em 2026. O parlamentar menciona o projeto de lei que propõe a alteração das regras para a aposentadoria de militares, com o objetivo de equilibrar as contas públicas, além da proposta de redução da renúncia fiscal, que busca diminuir os benefícios tributários concedidos a determinados setores da economia, aumentando a arrecadação e possibilitando a destinação de mais recursos para áreas prioritárias, como saúde, educação e programas sociais.

“Agora, precisamos de alguns programas para acertar a economia, que promovam a divisão de renda — uma marca que o PT busca estabelecer e que o governo do presidente Lula tem como compromisso”, resume.

O também vice-líder do governo na Câmara, Rubens Pereira Júnior (PT-MA), concorda com os temas prioritários, mas ressalta que pautas de costume não terão tanto espaço na Casa, especialmente em ano pré-eleitoral. “Menos assuntos polêmicos, com a proximidade da eleição”, afirma.

No Senado, a expectativa é semelhante à da Câmara. A senadora Teresa Leitão (PT-PE) destaca que a base governista na Casa dará prioridade tanto aos projetos econômicos quanto aos sociais, incluindo o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece diretrizes para o desenvolvimento da educação no Brasil.

Além das pautas sociais e econômicas, Vinicius Alves pontua que os temas de segurança pública, em especial a possibilidade de avanços nos esforços de coordenação liderados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no enfrentamento ao crime organizado, podem se tornar arenas de disputa entre governo e oposição no próximo ano, com potencial de impactar diretamente a aprovação do governo.

“Considero que o termômetro decisivo será o patamar de aprovação ou rejeição do presidente Lula, que está diretamente ligado ao desempenho e à avaliação de sua gestão. A percepção e avaliação sobre o governo passa pela aprovação desses projetos em 2025. Por isso, garantir a aprovação é crucial, mesmo em um cenário de dificuldades no Congresso”, conclui.

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O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), está sedado sem previsão de alta em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a uma pneumonia, mas vem apresentando melhora do quadro, de acordo com boletim médico divulgado na tarde deste sábado (4). Fuad foi internado no Hospital Mater Dei, na capital mineira, na tarde de sexta-feira (3), com um quadro de “insuficiência respiratória aguda”, e precisou passar por intubação.

Mais cedo, em nota divulgada à imprensa, a equipe médica que acompanha Fuad já havia registrado uma “melhora do quadro no período noturno”. Na tarde deste sábado, em um comunicado com mais detalhes, os médicos informaram que o prefeito teve “melhora dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios”, e que “exames radiológicos demonstraram se tratar de uma pneumonia como causa da insuficiência respiratória”.

O boletim também afirma que Fuad “ainda necessita de sedação e ventilação mecânica”, outra forma de se referir à intubação, “mas já está em processo de redução dos parâmetros dos aparelhos”. “Segue internado na UTI por tempo indeterminado”, conclui o comunicado.

A internação ocorreu dois dias após Fuad tomar posse para o novo mandato. Ele participou da cerimônia por videoconferência, devido a problemas de saúde.

Esta é a quarta internação de Fuad desde novembro, após o fim do processo eleitoral. Em julho, às vésperas da campanha, o prefeito de BH anunciou que havia iniciado tratamento contra um câncer.

Fuad, que tem 77 anos, informou em outubro que concluiu seu tratamento contra um linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer que tem origem no sistema linfático, na região abdominal. Boletim médico divulgado à época afirmou que houve “remissão completa” do linfoma.

Em novembro, o prefeito foi internado pela primeira vez após a eleição, após ser diagnosticado com um quadro de neuropatia periférica, em decorrência do tratamento contra o câncer. Ele recebeu alta após cinco dias.

Já em dezembro, o prefeito teve de ser internado em duas ocasiões, para tratar quadros de pneumonia e de sangramento intestinal. Na primeira internação, o boletim médico afirmou que o prefeito havia realizado um novo exame de reavaliação oncológica, “que demonstra remissão completa do câncer”.

Quatro dias após receber alta, ele retornou ao hospital por apresentar “diarreia e desidratação”. Segundo o comunicado divulgado pela equipe médica que atende o prefeito, os exames detectaram “sangramento intestinal secundário em razão da utilização de anticoagulante oral”. O prefeito recebeu alta dois dias depois.

Por estar com imunidade baixa, Fuad seguiu recomendações médicas e não compareceu à cerimônia de posse, no dia 1º. Ele foi representado pelo vice-prefeito eleito, Álvaro Damião (União), que leu um discurso enviado pelo chefe do Executivo municipal.

Na sexta, antes de ser internado, Fuad havia comparecido a outra unidade de saúde em BH, o Hospital Sarah Kubitschek, para uma avaliação médica sobre a possibilidade de iniciar sessões de fisioterapia. A medida é recomendada pelos médicos para auxiliar na recuperação do tratamento contra o câncer.

Vice pede orações

Em suas redes sociais, ontem, o vice-prefeito Álvaro Damião pediu aos cidadãos belorizontinos que “se juntem em uma corrente de orações pela saúde do nosso prefeito”.

“A fé move montanhas e uma fé partilhada por milhões de corações pode ter a força que o momento demanda. A hora é de união e de pensamento positivo pelo pronto restabelecimento do nosso prefeito”, escreveu Damião.

Correligionário de Fuad no PSD mineiro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também desejou “força” ao prefeito em suas redes sociais. “Já já tudo volta ao normal”, disse Silveira.

Do jornal O Globo.

Conheça Petrolina

Em nota divulgada hoje, Andrea Galdino, ex-secretária de Programas Sociais da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, rebateu declarações feitas pelo atual prefeito, Lula Cabral (Solidariedade), que atribuem à gestão anterior a falta de distribuição de itens como cadeiras de rodas e fraldas descartáveis. Segundo o documento, tais benefícios são responsabilidade do programa HumanizaSUS, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), e não da Secretaria de Programas Sociais. Confira!

Esclarecimento à população do Cabo de Santo Agostinho

Vimos através desta nota informar que a Secretaria Municipal de Programas Sociais não disponibiliza benefícios como cadeiras de banho, cadeiras de rodas e fraldas descartáveis, uma vez que esses itens não fazem parte do escopo de benefícios da Política de Assistência Social.

Esses itens são de responsabilidade da área da saúde, sendo disponibilizados através do programa HumanizaSUS, seguindo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante disso, é incorreta a afirmação de que a gestão anterior, por meio da Secretaria de Programas Sociais, não deixou esses benefícios para a população. Tal declaração demonstra falta de conhecimento sobre a competência de cada política pública e pode gerar desinformação.

Importante esclarecer ainda que os processos de aquisição dos benefícios da política de assistência social estão em vigência, cabendo ao atual gestar fazer seu devido planejamento para aquisição e distribuição de acordo com as normativas técnicas.

Reforçamos que informações divulgadas ao público devem ser baseadas em conhecimento técnico e propriedade sobre o tema, garantindo que os direitos da população sejam preservados e os serviços públicos cumpram seu papel com clareza e responsabilidade.

Andrea Galdino
Ex-secretária de Programas Sociais da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho

Camaragibe Avança 2024

Após a saída às pressas de Felipe Valença nesta última sexta (3), o Governo do Estado anunciou hoje o novo diretor-presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), o advogado Bruno Monteiro Costa. A mudança será oficializada ao Conselho de Administração da Copergás.

A governadora Raquel Lyra agradeceu a Felipe Valença pelo trabalho ao longo dos dois anos e destacou seu empenho na chegada do gás natural ao Sertão do Araripe que “muito em breve, quando for realidade, representará a mudança para uma matriz energética mais sustentável naquela região”. Raquel também deu as boas-vindas a Bruno, que conta com diversas experiências na iniciativa pública e privada.

Bruno Costa é formado em Direito pela UFPE e tem mais de 20 anos de carreira. Atualmente é assessor na Secretaria de Projetos Estratégicos e já foi gestor Jurídico no Departamento de Estradas de Rodagens (DER) e na Secretaria da Criança e Juventude, em 2011.

A declaração do cantor sertanejo Gusttavo Lima de que pretende disputar a Presidência da República em 2026 foi recebida entre ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva com desconfiança e ceticismo. Assim como o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro, o anúncio do artista foi visto entre três integrantes do primeiro escalão da gestão petista como um “jogo armado” entre Lima e o governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), que é pré-candidato ao Palácio do Planalto.

O chefe do Executivo de Goiás é amigo pessoal do cantor e chegou a tirar férias para celebrar o aniversário de 35 anos de Lima, celebrado em um iate bilionário na paradisíaca ilha de Mykonos, na Grécia. Na leitura de ministros de Lula e aliados de Bolsonaro, Caiado teria incentivado as declarações do artista ao site Metrópoles para se blindar de críticas da direita e receber o endosso do colega mais à frente.

Como publicou o colunista Lauro Jardim, além da estratégia visando a disputa presidencial, o entorno do ex-presidente também vê uma jogada ensaiada do governador do União Brasil para emplacar dois aliados no Senado em 2026: sua esposa, Gracinha Caiado, e o próprio Gusttavo Lima, que desistiria da empreitada nacional a seu favor.

No campo da direita bolsonarista, há ainda a avaliação de que Lima “traiu” Bolsonaro, uma vez que o artista conversou com o ex-ocupante do Palácio do Planalto na véspera e não citou qualquer pretensão de disputar a presidência. O ex-presidente diz ser o “plano A” da direita em 2026, embora esteja inelegível até 2030 após ser condenado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Isso parece jogo armado com Caiado. O negócio do Gusttavo Lima é apostar, é um homem das bets. Não passa de uma grande aposta”, ironiza um influente ministro, próximo de Lula.

Outro ministro ouvido pelo blog concorda: “É tudo fake. Tudo é para confundir, o interessante é que eles estão brigando entre si, um canta e os outros dançam.”

Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa, em uma investigação de um esquema que envolve jogos ilegais e bets de apostas. Em setembro do ano passado, ele chegou a ter a prisão preventiva decretada pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife (PE), a pedido da Polícia Civil estadual. A decisão, no entanto, foi derrubada pelo Tribunal de Justiça pernambucano.

Enquanto petistas e bolsonaristas veem digitais de Caiado no balão de ensaio presidencial, o próprio governador de Goiás não fez questão de sinalizar simpatia à ideia de Lima. À colunista Bela Megale, Caiado disse ter “total respeito” em relação ao projeto do amigo e confidenciou que o cantor vem externando essa vontade “há muito tempo”, além de ponderar que “há espaço para todo mundo” no primeiro turno.

“Caiado é candidatíssimo”, diz outro ministro de Lula, que também vê com ceticismo a ofensiva do cantor sertanejo.

Um outro auxiliar de Lula, porém, avalia que a fragmentação do campo da direita beneficia Lula e que uma eventual pré-candidatura de Lima estimularia a pulverização de nomes.

Nas últimas duas eleições presidenciais, Goiás deu vitória a Jair Bolsonaro – em 2022, o então candidato à reeleição obteve 58,71% dos votos, ante 41,29% de Lula. Durante a campanha presidencial de 2022, Lula chegou a chamar parte do agro de “fascista”, em entrevista ao “Jornal Nacional”.

Apoio velado

PT e Caiado estão em campos diametralmente opostos, mas se uniram em Goiânia contra o bolsonarismo nas últimas eleições municipais.

Na capital do Estado, Caiado contou no segundo turno com o apoio velado de petistas para a garantir a vitória de seu aliado, Sandro Mabel (MDB), na disputa pela prefeitura de Goiânia contra Fred Rodrigues (PL), apoiado por Jair Bolsonaro. A candidata do partido de Lula, Adriana Accorsi, foi derrotada já no primeiro turno.

Do jornal O Globo.

O não pagamento do salário de dezembro por parte da gestão do ex-prefeito Yves Ribeiro (sem partido) motivou representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Paulista (Sinsempa) a procurar, nesta sexta-feira (03), a nova administração do município. Em reunião com o secretário de Finanças do município, Alexandre Araújo, e a secretária executiva da pasta, Nely Brandão, a categoria solicitou informações sobre o atraso do salário de dezembro.

Mesmo cientes de que a falha foi realizada diretamente pela antiga gestão, a nova administração prometeu não se esquivar do pagamento. Durante o encontro, foi informado que a quitação dos salários está elencada como prioridade pelo prefeito Ramos Santana (PSDB). 

A data do pagamento, no entanto, ainda não foi estabelecida. Como a nova administração está se inteirando da real situação financeira do município, houve o agendamento de uma nova reunião para a próxima terça-feira (07) com o objetivo de que seja informado quando o salário será depositado na conta dos servidores. 

“Sabemos que o prefeito Ramos chegou agora, mas a situação dos servidores é preocupante. Eles passaram o fim de ano sem dinheiro na conta e janeiro é um mês em que as famílias têm muito mais dívidas para pagar. Por isso, solicitamos ao prefeito Ramos que realmente dê prioridade ao pagamento do salário de dezembro”, comentou a presidente do Sinsempa, Jucineide Lira.

O ano de 2025 marca o pontapé da segunda metade do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os primeiros 24 meses foram de trabalho intenso, com foco na área internacional, ambiental e para combater crises climáticas que atingiram o país.

O chefe do Executivo ainda possui algumas promessas eleitorais para desenrolar e precisará agilizar para poder concluir os marcos estabelecidos, já que boa parte de 2026 deverá ser consumida por agendas relativas ao pleito presidencial.

Algumas estão iniciadas, mas com muito trabalho pela frente, como é o caso da proposta de uma nova legislação trabalhista. O governo federal já deu passos para começar as discussões, como um decreto assinado em junho para melhorar as condições laborais de terceirizados pela administração pública federal, com base em normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Além disso, no último ano a gestão petista enviou ao Legislativo um texto do projeto de lei complementar (PLP) para regulamentar a atuação dos motoristas de aplicativos em plataformas como a Uber e a 99. A proposta prevê pagamento mínimo de R$ 32,10 por hora trabalhada e contribuição previdenciária dividida entre motorista e aplicativo.

Apesar disso, o PLP está parado na Câmara dos Deputados desde julho, após ser retirado da pauta durante uma sessão da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços (CICS).

Outro passo dado pelo terceiro mandato do presidente é ter autorizado a alteração na tabela progressiva mensal do Imposto de Renda, para isentar trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.
Segurança pública

No campo da segurança pública, algumas propostas de campanha não avançaram neste primeiro biênio de governo. Ainda candidato, Lula indicou a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança Pública, que foi incorporado ao Ministério da Justiça durante a gestão de Jair Bolsonaro.

A principal atribuição da pasta seria coordenar políticas de combate ao tráfico de drogas e de armas e ao crime organizado. Atualmente, o ministério comandado por Ricardo Lewandowski mantém a estrutura proposta pelo governo anterior.

Neste ano, o presidente sinalizou ter voltado atrás da ideia de separar a pasta em duas. “Quando eu ganhei posse, a ideia nossa era criar um Ministério de Segurança Pública. Eu, antes de criar, falei: ‘Nós temos que pensar, porque eu não posso gerar uma expectativa na sociedade, anunciar um ministério que depois não tem finalidade’”, disse, durante reunião com governadores.

Aliás, a ideia de promover mudanças nas políticas de segurança pública para combater o crime organizado e as milícias também não saiu do papel. Em outubro, o governo convocou governadores e chefes de Poderes para apresentar as linhas de uma proposta de emenda à Constituição, que ficou conhecida como PEC da Segurança Pública. O texto sugere alterar as atribuições da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de incluir na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). A proposta, no entanto, enfrenta resistência e ainda não foi enviada ao Congresso.

Questionado pelo Metrópoles, o MJSP citou outras iniciativas para combater o crime organizado, como a Rede RENORCRIM, que promove ações coordenadas entre policiais civis dos estados e do Distrito Federal para o enfrentamento à questão, e a criação da Rede Nacional de Recuperação de Ativos (Recupera), voltada para a identificação, apreensão, administração, alienação e destinação de ativos relacionados a infrações penais.

“A pasta ressalta ainda que atua de forma enfática para reduzir homicídios. Um bom exemplo é a Operação Paz, que foi uma grande ação integrada e coordenada, por meio da Senasp, em articulação com as secretarias estaduais de segurança pública”, diz a pasta.

Além disso, durante a campanha, Lula apontou a necessidade de aperfeiçoar a Lei de Drogas, instituída em 2006, e criar “centros de excelência” para o tratamento de usuários. Mas nenhuma das propostas avançou. Sobre o tema, o ministério informou que avalia que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do porte de maconha “representa um avanço muito importante”. Além disso, destacou que a criação de centros de tratamento é de competência do Ministério da Saúde, mas que a pasta desenvolveu os Centros de Acesso a Direitos e Inclusão Social (Cais), voltados à prevenção e redução de danos.

Filas do SUS

Durante a campanha do petista, uma das principais bandeiras na área da saúde foi a promessa de zerar as filas por procedimentos cirúrgicos e consultas na rede pública. Já em fevereiro de 2023, o governo lançou o Programa Nacional de Redução das Filas, com um investimento inicial de R$ 600 milhões.

De acordo com o Ministério da Saúde, até outubro o programa realizou cerca de 1 milhão dos 1,3 milhão de procedimentos cirúrgicos represados. O montante corresponde a 78% da demanda.

Outra iniciativa lançada pelo governo para reduzir a espera por serviços de saúde foi o Programa Mais Acesso a Especialistas (PMAE). O projeto prevê a redução do tempo entre a consulta e o início do tratamento de câncer para no máximo 30 dias. Para outras especialidades, o prazo é de até 60 dias.

Autoridade climática

No campo do meio ambiente, Lula prometeu a criação de uma autoridade para enfrentar os efeitos da crise climática. A criação do órgão foi indicada como uma medida prioritária pelo grupo de trabalho do meio ambiente do gabinete de transição, mas acabou engavetada no primeiro ano de governo.

Já em setembro deste ano, em meio à seca recorde e alta de incêndios florestais, o presidente anunciou a criação da autoridade, mas a proposta não chegou a ser oficializada.

Ao Metrópoles, a Casa Civil e o Ministério do Meio Ambiente informaram que estão em diálogo para avaliar “quais seriam os contornos da medida de criação da Autoridade Climática”, mas não deram prazo para conclusão da proposta.

Imposto de renda

Há ainda outras promessas que estão mais encaminhadas, mas não concluídas. A proposta de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês foi anunciada para ser implementada a partir de 2026, mas depende de aval do Congresso.

Outro ponto de avanço, mas longe de terminar ainda é a demarcação das terras indígenas. Lula se comprometeu a regularizar todas as áreas até o fim deste mandato, ou seja, 2026.

“Se um dia me perguntarem meu legado na Presidência, vão dizer: ‘O cara que mais autorizou terras indígenas nesse país’. Foi no meu governo. É preciso acabar com a polêmica desnecessária se a terra é indígena, se tem direito”, afirmou o presidente no começo de dezembro.

Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), desde o novo governo Lula 18 terras passaram pelo processo de homologação. Outras 149 estão sob estudos multidisciplinares para identificação e delimitação, passo inicial para regularização, e outras 530 foram reivindicadas.

Do Metrópoles.

Passam a valer neste domingo (5) as novas tarifas de transporte público da Região Metropolitana do Recife. O Anel A, utilizado por 99% dos passageiros, sai dos atuais R$4,10 para R$4,30, um aumento de 20 centavos (ou 4,87%), acima da inflação acumulada em 2024 (4,71%). O aumento foi aprovado há menos de uma semana, no dia 30 de dezembro, pelo Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM).

Para o trabalhador que paga duas passagens por dia, o aumento corresponde a pelo menos R$12 ao mês. ou R$144 ao ano. Para aqueles que pagam quatro passagens ao dia, gastarão R$24 a mais por mês e R$288 ao ano. Não havia aumento de tarifas desde 2021.

O Anel G também sobe 20 centavos (7,4%), saindo de R$2,70 para R$2,90. As linhas opcionais tiveram aumentos ainda maiores: a Aeroporto subiu 35 centavos (6,8%), saindo de R$5,15 para R$5,50; e as opcionais Curado, Piedade, Candeias e Gaibu subiram 60 centavos (7,8%), saindo de R$7,70 para R$8,30.

Além do que arrecada com as tarifas pagas pelo usuário, o Consórcio Grande Recife tem recebido, por ano, R$310 milhões em verbas públicas, repassadas pelo Governo de Pernambuco. Mesmo com o aumento da passagem, há uma expectativa por parte das empresas que a governadora Raquel Lyra aumente os repasses diretos para o Consórcio.

O CSTM tem metade das suas cadeiras ocupadas por nomes indicados pela governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), enquanto a outra metade é formada por nomes indicados pelas empresas que integram o consórcio e pelas prefeituras do Recife, de Olinda e Camaragibe, que também integram o grupo.

Do Brasil de Fato PE.

Uma surpresa para este início de ano no governo Raquel Lyra. O presidente da Copergás, Felipe Valença, recebeu nesta sexta (3), o comunicado de que não permanecerá mais à frente da companhia. Desempenhando um importante trabalho na expansão da rede de gás natural no estado, Felipe não recebeu explicações sobre tal decisão, apenas que deixaria o governo em alguns dias.

Ele, entretanto, avalia sair o quanto antes, já que não recebeu qualquer justificativa que pudesse entender como plausível para sua demissão. Não teve nem a oportunidade de sentar com Raquel Lyra, soube pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, que atuou como interlocutor. Felipe Valença foi indicado pelo ex-ministro Bruno Araújo e o cargo dele pode ser usado para acolher indicados de partidos aliados que estão na base, mas vêm cobrando mais espaços na gestão.

Do Blog Cenário.

Após ser internado devido a um mal-estar proveniente de uma atividade física nesta sexta-feira (3), o deputado federal Mendonça Filho (União-PE) recebeu alta da unidade de terapia intensiva (UTI) do Real Hospital Português. De acordo com boletim médico divulgado pela unidade de saúde, ele foi transferido para um quarto, onde segue em recuperação e sob acompanhamento médico.

O parlamentar foi rapidamente atendido pela equipe de emergência cardiológica e submetido a exames, incluindo um cateterismo cardíaco, que descartou infarto agudo do miocárdio.

Segundo o comunicado assinado pelo Dr. Pedro Augusto Case da Silva, diretor de Relacionamento Médico do hospital, Mendonça apresenta “boa evolução, com quadro estável e sem intecorrências” e deve permanecer internado para observação e tratamento.

O Centro Universitário de Patos (UNIFIP) divulgou uma nota esclarecendo a tramitação para a implantação de um curso de Medicina em Afogados da Ingazeira. Segundo o documento, a instituição está devidamente protocolada junto ao Ministério da Educação (MEC), cujos critérios, em parceria com o Ministério da Saúde, foram seguidos com base em aspectos epidemiológicos e sociais da região. Confira!

“O Centro Universitário de Patos (UNIFIP) vem a público esclarecer informações sobre a divulgação do curso de Medicina na cidade de Afogados da Ingazeira, conforme segue:

  1. Sobre o protocolo do curso de Medicina
    O UNIFIP protocolou a criação do curso de Medicina seguindo o decreto emitido em outubro de 2023. Esse decreto regulamenta o processo seletivo para novas autorizações de cursos, cujo resultado está previsto para ser divulgado em maio de 2025.
  1. Regularidade do processo
    A instituição confirma que o curso de Medicina está devidamente
    protocolado junto ao Ministério da Educação (MEC) no sistema e-MEC, vinculado à nova Faculdade Univale, criada para oferecer este e outros cursos. A tramitação do processo segue os atos regulatórios exigidos, incluindo a etapa de visita in loco para autorização final.
  2. Escolha da cidade de Afogados da Ingazeira
    A escolha da cidade não foi uma decisão unilateral do UNIFIP. Trata-se
    de uma área geográfica determinada pelo Ministério da Educação em
    parceria com o Ministério da Saúde, com base em critérios
    epidemiológicos, sociais, econômicos e sanitários, definidos para
    atender às necessidades da população local.
  3. Esclarecimento sobre vestibular e inscrições
    Reiteramos que, por estarmos aguardando os trâmites regulatórios, não
    há vestibular, inscrições ou pré-inscrições abertas para o curso de
    Medicina. Além disso, a Faculdade Univale, que sediará o curso, ainda
    está em fase de construção física, reforçando o nosso compromisso com a transparência e com o cumprimento das etapas estabelecidas.
  4. Compromisso com a transparência
    O UNIFIP reafirma que todas as etapas do processo estão sendo
    conduzidas de forma transparente, respeitando rigorosamente os prazos e normas estabelecidas pelo edital e pelos órgãos reguladores.
    Documentos, como o decreto que rege o processo e o protocolo no
    sistema e-MEC, estão disponíveis para consulta.
  5. Esclarecimentos adicionais
    A instituição se coloca à disposição para fornecer mais informações e
    reafirma o compromisso com a excelência acadêmica e o
    desenvolvimento das regiões onde atua.

Patos, 03/01/2025
Centro Universitário de Patos (UNIFIP)”

O Açude de Apipucos, Zona Norte do Recife, ganhou nova escultura na última sexta-feira (3). Trata-se da obra de arte “Kapi’wara”, do artista plástico Demétrio Albuquerque Silva Filho, com três peças representando capivaras, fixadas sobre balsa flutuante. A escultura é pré-fabricada em polietileno modular, ancorada ao meio do açude com iluminação interna, acesas à noite junto com a iluminação pública. O prefeito do Recife, João Campos, e o vice-prefeito, Victor Marques, foram ao local para entregar oficialmente a escultura.

Ancorada por cabos e blocos, a obra permanecerá a meia distância das margens, na parte leste do açude, depois da ponte que liga o bairro de Apipucos ao Parque da Macaxeira. O valor investido foi de R$ 242 mil, recurso de mitigação ambiental oriundo do projeto “Circuito de arte das águas do Recife”, coordenado pela Prefeitura, através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS).

A obra de arte “Kapi’wara” traz uma simbologia representando o Circuito das Águas na figura da Capivara, que já dá nome ao rio-símbolo do Recife, o Capibaribe, cuja bacia se liga e dá razão à existência do açude. As peças das capivaras são feitas em resina cristal e fibra de vidro, translúcidas, coloridas com pigmento, com tratamento UV, fixadas ao piso por parafusamento inox.

Circuito de arte das águas do Recife

Segundo a Prefeitura do Recife, o objetivo do Circuito é promover a instalação de obras de artistas nascidos ou residentes em Pernambuco, reconhecendo o estado como importante pólo brasileiro de criação de arte e de cultura, além de valorizar os espaços públicos ligados às águas da cidade do Recife, em benefício de sua população.

Ainda de acordo com a gestão municipal, o projeto é um piloto de implantação de um circuito das águas do Recife: um projeto de longo termo que visa instalar obras de arte em vários lugares ligados às águas fluviais da cidade – rios, riachos, açudes e lagoas –, a ser suportado pelo Plano de Mitigação Ambiental sob a coordenação da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Prefeitura da Cidade do Recife.

O Palácio do Planalto organiza ato simbólico em Brasília para a próxima quarta-feira (8/1), a fim de relembrar a destruição causada pelos atos antidemocráticos de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2023. A militância petista também tem preparado evento para o mesmo dia.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá participar da entrega de obras de arte que foram depredadas durante o protesto golpista. A cerimônia está marcada para ocorrer no Planalto e deverá contar com a presença de diversas autoridades, desde representantes dos Três Poderes a governadores.

Entre as obras que serão entregues, está o relógio trazido ao Brasil por dom João VI, feito pelo francês Balthazar Martinot. A peça de casco de tartaruga e bronze não é mais fabricada há dezenas de anos e foi enviada para a Suíça para ser restaurada.

O presidente Lula também receberá a pintura “As mulatas”, de Di Cavalcanti, peça de destaque do Salão Nobre do Palácio do Planalto, com valor estimado em R$ 8 milhões. A obra foi danificada pelos manifestantes em 8 de janeiro de 2023.

Para finalizar o ato, o petista deverá descer a rampa do Planalto acompanhado de autoridades para um “Abraço da Democracia” na Praça dos Três Poderes, onde deverá se encontrar com o público geral.

A militância petista tem convocado a população para participar do ato em alusão às manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro. O evento, que acontecerá na Praça dos Três Poderes, está previsto para as 10h, com o “Abraço da Democracia”.

8 de janeiro

Apoiadores do ex-presidente Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Naquele dia, os manifestantes protestavam contra o resultado das urnas eletrônicas e pediam intervenção militar.

Segundo o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de janeiro, os danos ao STF causaram prejuízo de R$ 11,4 milhões aos cofres públicos. Já a destruição no Senado Federal é estimada em R$ 3,5 milhões.

O STF já condenou mais de 200 pessoas por envolvimento nos atos do 8 de janeiro. Os criminosos são acusados de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Do Metrópoles.