O Ministério das Comunicações e a Anatel, numa “união de esforços”, decidiram lançar um edital que tem por objeto, “expandir ou melhorar significativamente a conectividade em regiões desatendidas, por meio da expansão da infraestrutura de telecomunicações”.
Traduzindo: o governo irá pagar pela oferta de empresas que for mais baixa em valores, para que levem o acesso à Internet e à telefonia móvel (SMP), naquelas áreas remotas do país onde descaradamente alegavam que não prestavam o serviço porque “não dava lucro”.
Ao todo serão 70 localidades em 17 estados beneficiadas por essa política pública, que nunca foi tratada com seriedade por nenhum dos dois orgãos, quando elaboraram os editais de vendas de licenças para exploração do SMP/banda larga no 3G, 4G e no 5G.
Há anos esse situação se arrasta sem solução. Parece que agora encontraram o meio: pagar para as teles fazerem o seu papel. Lindo!
O edital foi elaborado pela “Seja Digital” – uma entidade não governamental “sem fins lucrativos” que teria por missão arrancar o dinheiro das teles para o governo beneficiar os radiodifusores na migração do sinal de TV analógico para o digital no Brasil. Isso foi definido pelo Edital de Licitação da Anatel em 2014 (4G). Quem comprou as licenças, teve de pagar pela mudança de sinal na radiodifusão.
Como houve sobra de caixa, o governo resolveu agora fazer uma operação de “devolução” do dinheiro para as empresas, desde que elas assumam o compromisso de levar a Internet e a telefonia móvel, justamente nas áreas onde não foram obrigadas a levar em 2014.
Em outras palavras, o governo estará bancando a montagem da infraestrutura de rede para as teles prestarem o serviço depois a custo zero. Lucro certo para elas. Porque não terão de descontar no processo de cobrança dos serviços a serem prestados aos usuários o custo da instalação dessa rede. Já que o governo “pagou” por isso com a sobra de caixa do leilão de 2014. Legal, né?
A Anatel foi omissa no passado ao não exigir das empresas o compromisso de abrangência ou universalização desses serviços nessas áreas, como condição para obterem as licenças. Depois ainda perdoou dívidas de multas por má prestação de serviços ou por terem descumprido com a instalação de rede até em áreas previstas no edital. E agora o regulador “une-se ao esforço do Ministério das Comunicações”, no sentido de incluir parcela da população que ainda vive num apagão digital por omissão governamental.
*Neste país, o mais bobo voa de ré.
Seguem os prazos que irão correr para a escolha das empresas, previstos no edital 02.
Publicação do Edital: 10/02/2025 Esclarecimentos de dúvidas: de 10/02/2025 até 06/03/2025 Manifestação de interesse: de 07/03/2025 até 12/03/2025 Habilitação das proponentes: de 13/03/2025 até 17/03/2025 Leilão: 18/03/2025 Homologação e publicação dos vencedores: 21/03/25 Assinatura do Termo de Compromisso: de 24/03/2025 a 27/03/2025.
Pré-candidato ao Senado e presidente estadual do União Brasil, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, está confiante na sua postulação ao Senado pela federação PP-UB. Em entrevista ao Frente a Frente, disse que o gesto do presidente nacional da Federação União Progressista e do União Brasil, Antônio de Rueda, ao se deslocar para Araripina, domingo passado, para um encontro sobre as eleições na federação em Pernambuco, comprova a sintonia na legenda.
“Foi a primeira agenda pública de Rueda após a formalização da Federação. Claro que o teor desta conversa foi sobre as eleições. Rueda sabe que precisa haver um equilíbrio de forças entre os partidos que integram a Federação”, disse Miguel.
Ele lembrou que, no caso de Pernambuco, a presidência da Federação ficará com o PP, porém o estatuto determina a necessidade de consenso nas decisões para as eleições estaduais.
Caso exista alguma divergência entre PP e União, o impasse será submetido à direção nacional, que tem justamente Rueda como presidente e Ciro Nogueira na vice. “Nos 27 estados todas as decisões precisam ser unânimes. Onde não existir esta unanimidade, quem vai definir é a Nacional. Rueda explicou isso a João Campos”, salientou Miguel.
Um exemplo destas divergências é o caso do Paraná. O senador Sérgio Moro, do União, quer disputar o governo do Estado. No entanto, o atual chefe do Executivo, Ratinho Jr (PP), não abre mão de escolher o nome que estará nas urnas. Ciro Nogueira já admitiu que os diálogos fracassaram por lá e será necessário que a direção nacional decida o destino da Federação.
O cantor e compositor Alcymar Monteiro lança, amanhã, às 20h, em suas redes sociais, o clipe da sua versão da música ‘Marcas do que se foi’, lançada originalmente em 1977 pelo grupo ‘Os Incríveis’ e eternizada pela banda Roupa Nova, se tornando símbolo e canção oficial do período natalino.
Confira agora, em primeira mão, o áudio visual que está belíssimo e foi gravado nas cidades italianas de Roma, Firenze, Veneza e Milão, além do Vaticano.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, hoje, que a pré-candidatura dele é “irreversível” e que não pretende voltar atrás na decisão de concorrer à Presidência da República em 2026. Ele deu a declaração à imprensa reunida na sede da Polícia Federal, em Brasília, após fazer uma visita ao pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o senador, os dois conversaram sobre a repercussão do anúncio da pré-candidatura, feito na sexta-feira (5).
Questionado sobre a declaração de que teria “um preço” para retirar a pré-candidatura, Flávio destacou que a única condição, à qual teria se referido, seria a aprovação de uma anistia a Jair Bolsonaro (PL) pelo Congresso.
“Foi um ato que começou no final da manhã [a declaração], e eu falei até o fim da noite qual era o meu preço. E o meu preço é o Bolsonaro livre, e nas urnas. Ou seja, não tem preço. Essa é a conclusão. Vamos explicar, porque parece que eu estou me colocando à venda, e não é isso”, afirmou.
Preso por tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro está impedido de disputar as eleições após as condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aliados do ex-presidente tentam pressionar por uma anistia no Congresso.
Ontem, cerca de três mil pessoas participaram do ‘Eita Saudade’, em Araripina, no Sertão do Araripe. O evento, promovido pelo Instituto Social Medianeiras da Paz (Ismep), teve como objetivo arrecadar recursos para a construção do Hospital do Câncer do Sertão do Araripe (HCSA), a primeira unidade oncológica da rede estadual de saúde na região.
Antes da festa começar, a secretária de Saúde do Estado, Zilda Cavalcanti, visitou a unidade para ver de perto o que está pronto. “O sertanejo tem que ser cuidado no Sertão. E um dos grandes marcos do SUS é a regionalização. Nós estamos reforçando o atendimento à saúde e queremos agilizar a entrega dessa unidade de oncologia junto com o povo do sertão, que hoje vemos aqui nessa festa linda”, destacou.
No palco, a festa começou com um filho da terra que misturou ritmos regionais na música eletrônica. DJ Fantasy fez o aquecimento do público que estava chegando ao pátio do HCSA. Num evento completo, centenas de voluntários doaram tempo e amor ao próximo para oferecer a melhor estrutura para quem veio apoiar a saúde do hospital unindo solidariedade e diversão.
“Não é fácil juntar tantos artistas assim. Mas quando se tem uma causa, o tratamento, a dor do outro, a gente consegue mobilizar a população, sensibilizar e fazer uma ação de transformação, a partir dos patrocinadores. E a doação de cada artista, de cada participante é fazer esse sonho se tornar realidade”, ressaltou a vice-madre da congregação Medianeira da Paz, Maria Luiza Mota.
Embaixador Flávio Leandro
Segunda atração do ‘Eita Saudade’, o poeta e cantor Flávio Leandro, foi convidado no palco pela superintendente do Ismep, Irmã Fátima Alencar, a ser embaixador do HSCA. Convite feito também à esposa de Flávio, Cissa Leandro, e ambos aceitaram com o apoio do público. “Quase três mil pessoas do Sertão do Araripe precisam fazer tratamento oncológico em Recife, e ficam até seis meses longe de casa e da família. Nossa gratidão a você, a Cissa, por transformar a arte em solidariedade ajudando na construção do HSCA. Sua participação é uma demonstração de amor ao próximo”, disse.
“Fico feliz e honrado pelo convite de ser embaixador de uma obra tão importante, que é o Hospital do Câncer do Sertão do Araripe, e vamos fazer esse sonho virar realidade,” frisou o cantor. Para encerrar a festa com muito brilho, as bandas Mala Sem Alça e Moleca Sem Vergonha se uniram e subiram juntas ao palco numa apresentação especial para os fãs que atenderam ao chamado de solidariedade e amor.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a julgar, entre 10 e 11 de março, a ação penal contra deputados do PL acusados de desviar emendas parlamentares. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação dos deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e do suplente Bosco Costa (PL-SE), por corrupção passiva e organização criminosa.
Eles são acusados de cobrar propina em troca do repasse e liberação dos recursos. Na denúncia, a PGR afirma que as provas reunidas ao longo da investigação apontam que o grupo pediu R$ 1,6 milhão em propina para garantir a liberação de R$ 6,6 milhões em emendas destinadas ao município de São José de Ribamar (MA).
O relator do caso é o ministro Cristiano Zanin. O caso será julgado também pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Flávio Dino, presidente da Primeira Turma.
Após novos apoios celebrados em Cupira e Araripina, no fim de semana, o prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, garantiu mais um reforço importante ao seu projeto de desenvolvimento em Pernambuco. Hoje, a prefeita de Jupi, Rivanda Freire, filiada ao PSD – partido da governadora Raquel Lyra, anunciou a união junto ao gestor na construção de parcerias entre o seu município e a capital pernambucana.
Rivanda destacou a confiança no trabalho de João Campos e elogiou sua trajetória à frente da capital. João, por sua vez, agradeceu o apoio e reforçou que a construção de um Pernambuco melhor passa por diálogo e por alianças amplas entre as lideranças do estado.
“É muito bom saber que podemos contar com a prefeita Rivanda para a construção de parcerias importantes com foco em nossas cidades e regiões. Pernambuco precisa disso, da criação de pontes entre suas lideranças em prol de um desenvolvimento e progresso que interessam a todas e todos. Seja bem-vinda ao nosso grupo, Rivanda. Esse projeto é coletivo e só tem a ganhar com a sua chegada. Vamos juntos”, afirmou o prefeito em suas redes sociais.
O gesto da prefeita, que governa uma cidade estratégica da região (Agreste Meridional), simboliza a força política de João e sua capacidade de aglutinar apoios que atravessam fronteiras partidárias. O encontro também contou com a participação do deputado federal Felipe Carreras.
Não foi por mero puritanismos que líderes e presidentes de partidos do chamado centrão se negaram – até a tarde desta segunda-feira (8), a participar da reunião em que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciaria sua disposição de desistir da candidatura a presidente da República em troca da aprovação do projeto de anistia para seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O filho mais velho de Bolsonaro chegou a anunciar que a anistia era “o preço” para desistir da candidatura. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, avisou que não ia. O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, também, assim como o presidente do PP, Ciro Nogueira. Estes dois voltaram atrás depois de pedidos insistentes de Flávio. “Não me deixe passar vergonha”, teria apelado o bolsonarista.
É verdade que os partidos do centrão sentiram-se alvos de uma verdadeira chantagem do clã Bolsonaro: “Desistimos de lançar um candidato da família, o que atrapalharia o nome escolhido pelo centrão, em troca da anistia para papai”, é o que na prática propôs Flávio na reunião da noite desta segunda-feira a Rueda e Ciro Nogueira, mas ambos recusaram apoiá-lo.
Mas chantagens não eriçam os pelos da ética nos manuais do centrão. O grupo que reúne praticamente todos os partidos de centro no Congresso conhece bem esse roteiro. Há décadas que vem chantageando praticamente todos os chefes do Poder Executivo no país.
O centrão não recusaria ser chantageado por motivos éticos. Afinal, o grupo lança mão do expediente da chantagem contra governos há décadas.
“Ou o presidente da República nos dá cargos e verbas no Orçamento da União, ou retiramos nosso apoio ao Palácio do Planalto e aprovamos pautas bombas no Congresso”, é o mantra dos parlamentares do centrão que ecoa há décadas na Praça dos Três Poderes.
Os comandantes partidários recusaram apoio à anistia porque concluíram que Flávio estava cobrando resgate de uma candidatura do centrão à Presidência que não tinha bala na agulha para ter sequestrado.
O centrão acredita já ter o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como seu candidato ao Palácio do Planalto. Se Tarcísio desistir, o agrupamento partidário pretende escolher qualquer outro nome de centro, menos os integrantes da família Bolsonaro.
A experiência de ficar quatro anos sob o jugo do clã não agradou ao centrão, que pretende agora ser senhor do seu próprio destino. Daí porque até a aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofre restrições.
Não foi de todo ruim a aliança nos primeiros governos do PT, mas os partidos do centrão também não a consideram nenhuma maravilha.
A família Bolsonaro, por sua vez, acredita que um candidato com o sobrenome do clã retira tantos votos do possível concorrente pelo centrão que inviabilizaria o lançamento de um nome desses partidos. Daí a chantagem: “Papai não lança candidato e vocês podem concorrer tranquilos.”
O problema é que, na visão do centrão, um candidato apenas com sobrenome Bolsonaro – que não seja o próprio – não tem viabilidade eleitoral.
A aposta é que a candidatura de Flávio Bolsonaro não emplaca. Ele terá que desistir por inanição. Por falta de votos.
Então, o filho de Jair Bolsonaro está vendendo um produto de que não dispõe: sua candidatura. Seria como vender um terreno na lua. E os caciques do centrão são espertos demais para comprar terrenos na lua.
Ao mesmo tempo em que não se rende à chantagem do clã Bolsonaro, o centrão avalia que chegou a hora de pressionar Tarcísio por uma decisão: “ele precisa escolher um lado. Não dá para a política ficar a mercê dos movimentos dos Bolsonaro”, disse à coluna um dos caciques do centrão.
A ideia é que Tarcísio dê demonstrações mais fortes de que pretende concorrer a presidente da República.
Os filhos de Bolsonaro poderão protestar, mas isso não teria qualquer efeito eleitoral. Só uma fala do próprio Bolsonaro contra Tarcísio poderia prejudicar a campanha. Mas, na avaliação do centrão, Bolsonaro não bateria em Tarcísio, mesmo que pudesse. Agora que está preso, ele mal pode se pronunciar publicamente.
É hora de Tarcísio começar a preparar as velas para navegar no mar da campanha presidencial.
Na tentativa de convencer os consumidores da Compesa e a população em geral de que o melhor caminho para a estatal seria a privatização, que adotou por estratégia o termo “concessão”, a governadora Raquel Lyra (PSD) partiu para uma estratégia que qualquer cidadão, por mais bobo que seja, já entendeu: piorar os serviços de distribuição de água.
Quanto mais a população reclamar da falta de água nas torneiras, mais o discurso pró-concessão ganha musculatura. A princípio, não acreditei nessa história, achando uma maluquice, mas gente graúda no Governo, servidores da Compesa e prefeitos que não aguentam mais o clamor por água me disseram que a estratégia para o plano de privatização ser consumado segue essa direção. Acredite se quiser, caro leitor!
A venda dos serviços de distribuição, entretanto, ainda vai causar muita dor de cabeça na governadora. No edital da concessão, por exemplo, foram encontradas várias irregularidades, como superfaturamento de números no saneamento nos municípios. Em 66 cidades, os percentuais de serviços de saneamento superam a 70%, sendo o mais escandaloso o de Serra Talhada, que aparece com 87% de área saneada, quando, na verdade, o tratamento de esgoto está zerado.
Nunca a Compesa esteve tão sucateada. Em suas redes sociais, o deputado Pedro Campos (PSB), servidor licenciado da estatal, disse que a governadora está “vendendo gato por lebre”. Mostrou a situação de Lagoa dos Gatos, no Agreste, com 0% de rede saneada. “A concessão da Compesa apresenta graves erros. A conta vai cair no colo do povo, que vai pagar mais caro na tarifa, sem ter melhorias no abastecimento e do saneamento básico”, disse.
Segundo ele, a Associação dos Engenheiros da Compesa levantou pelo menos 66 municípios sem um mínimo de coleta de esgoto. “A governadora diz que tem redes de saneamento para valorizar a empresa e aumentar o preço da concessão no leilão. Mas quando a empresa vencedora se deparar com a realidade vai aumentar as tarifas para construir as redes, como ocorreu no Rio de Janeiro”, alertou o parlamentar.
“E quem vai pagar essa conta é povo”, acrescentou. Pedro disse que a mesma associação pediu ao Tribunal de Contas do Estado a suspensão imediata do leilão, que está marcado para o próximo dia 18, na Bolsa de Valores. Na verdade, trata-se de uma medida cautelar. O documento aponta várias inconsistências no edital, com dados superfaturados de saneamento que distorcem a realidade econômica do projeto.
Cita também um levantamento que identificou inconsistências em 66 municípios, onde os índices de cobertura de esgoto iniciais seriam significativamente maiores do que a realidade. Os dados do edital contrastam, inclusive, com um diagnóstico de 2019 encomendado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e que consta junto aos documentos do projeto de concessão. O banco foi um dos responsáveis pela modelagem do leilão.
SANEAMENTO MENTIROSO – O caso mais emblemático citado pela associação é o de Serra Talhada. O edital afirma que o atual índice de atendimento de esgoto no município de 92 mil habitantes está em 86,05% — praticamente universalizado. Mas o diagnóstico do BNDES fala em 0% e destaca que “o município não conta com sistema de esgotamento sanitário. “Problemas parecidos são apontados em Poção e Ibimirim —todos com cobertura próxima a 80% no edital, mas que o diagnóstico de campo da consultoria contratada pelo BNDES indica 0%.
Leilão de R$ 19 bilhões – O leilão de saneamento de Pernambuco abrange 175 dos 185 municípios do Estado. O projeto prevê R$ 19 bilhões em investimentos e divide a área de concessão em dois blocos. A empresa que assumir será responsável pela distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto; a Compesa (estatal de saneamento) vai continuar responsável pela produção e venda de água tratada para a concessionária.
EM DUAS REGIÕES – O projeto de concessão da distribuição de água da Compesa pretende atrair R$ 19 bilhões em investimentos privados para a universalização do saneamento, somando-se a R$ 16 bilhões em recursos estaduais. O tempo da concessão é de 35 anos. Para a concessão, a Compesa foi dividida em duas regiões: a Microrregião de Água e Esgoto (MRAE2) que vai da Região Metropolitana do Recife até a região do Pajeú (RMR-Pajeú) — composta por 160 municípios — e da MRAE1, composta por 24 municípios do Sertão.
Modelo nocivo – Especialistas em concessões afirmam que o modelo adotado pelo Governo para a Compesa não é o mais recomendado. A parte que vai continuar pública, a de produção e captação da água, é a mais difícil e custosa e está sujeita a intempéries, principalmente diante das mudanças climáticas. A parte de distribuição, que será entregue à empresa privada — ou empresas, já que cada região será um leilão diferente — é a mais atrativa para o mercado, por ser mais rentável. O Governo de Pernambuco alega que com a capacidade de investimentos do Estado só seria possível universalizar os serviços de água daqui a 65 anos — o Brasil tem como meta a universalização até 2033. Assim, a concessão para a iniciativa privada é vista como a única solução para a universalização no tempo previsto.
Miguel fala em diálogo – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o pré-candidato ao Senado na chapa de João Campos a governador, ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), disse que não quer confronto com o deputado Eduardo da Fonte, presidente em Pernambuco na federação PP-UB. “Sou adepto do diálogo. Tenho conversado com Eduardo e vamos buscar a unidade”, disse. Da Fonte, que também é candidato ao Senado, tem o controle da federação no Estado, mas Miguel diz que no artigo 27 do estatuto da federação todos os impasses nos Estados serão administrados pela direção nacional da federação. O bicho vai pegar!
CURTAS
REAÇÃO – No domingo passado, o presidente da federação PP-UB, Antônio Rueda, esteve em Araripina quando anunciou apoio à candidatura de Miguel ao Senado. De imediato, os aliados de Eduardo da Fonte reagiram, afirmando que a condução de qualquer candidatura majoritária no Estado será dele (Dudu), como presidente estadual da federação.
ARREPENDIDO – O presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), confessa arrependimento pelo voto dado em Raquel Lyra. “Teria sido melhor ter votado em Miguel ou Marília”, disse em suas redes sociais, reacendendo a contenda aberta com a governadora, com quem está rompido e já em campanha aberta pelo pré-candidato do PSB, João Campos.
PODCAST – No podcast Direto de Brasília de hoje, uma parceria deste blog com a Folha, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL), fala da prisão de Bolsonaro, do lançamento da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro ao Planalto e sobre a saúde pública brasileira na gestão Lula.
Perguntar não ofende: Quem a federação PP-UB vai apoiar para senador em Pernambuco – Dudu da Fonte ou Miguel Coelho?
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson, foi homenageado, há pouco, com a mais alta comenda da cidade, a Medalha do Mérito Capibaribe, durante a missa de encerramento de Nossa Senhora da Conceição, realizada nesta segunda-feira (8).
A homenagem foi feita pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), que chamou Dom Paulo ao palco antes mesmo da benção final da cerimônia. A Medalha é a mais alta comenda da gestão municipal e reconhece pessoas físicas e jurídicas pelos relevantes serviços prestados à cidade do Recife.
De manhã, o Comandante Militar do Nordeste, o general Maurílio Ribeiro, também recebeu a medalha do prefeito, em solenidade realizada no salão de honra do CMNE.
Meu amigo Josildo Sá, cantor e compositor, com grandes sucessos não apenas do forró pé de serra, mas também em samba de lata, deu uma demonstração de força e prestígio ao reunir uma parte da nação forrozeira, ontem, no Festival Forró de Tacaratu, na Sala de Reboco, do meu amigo Rinaldo Ferraz.
Fui lá e sai impressionado. O ambiente ficou quase lotado, num clima de alto astral. Josildo estava muito feliz, porque a festa foi criada para a renda ser revertida na construção de uma clínica oftalmológica em sua Tacaratu.
Se engajaram nessa grande causa social os forrozeiros Cezzinha, Beto Hortis, Silvinho Cavalcanti e César Amaral. Também Iran Caldeira, Cristina Amaral, Simone Arantes e o Quinteto Sala de Reboco. Maciel Melo apareceu por lá e deu uma canjinha especial.
Há muito não ia na Casa de Reboco, tocada com tanto zelo, amor e carinho por Rinaldo Ferraz. A mim e a cerimonialista Branca Góes, que também esteve presente, Rinaldo aproveitou para rememorar grandes momentos da sua casa, como o último show de Dominguinhos, que atraiu duas mil pessoas.
O Banco do Nordeste (BNB) divulgou, nesta segunda-feira (8), o tema do Grande Prêmio Nacional da 20ª edição do Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento Regional. O microcrédito rural será o assunto da principal categoria, cuja premiação é de R$ 38 mil. Podem concorrer os trabalhos jornalísticos de qualquer tipo de mídia produzidos em todo o País e que retratem ações executadas na área de atuação do BNB — estados nordestinos e parte de Minas Gerais e Espírito Santo.
Além da categoria principal, o Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo contemplará valores individuais de R$ 3 mil a R$ 23 mil pagos a outros 29 materiais que tratem do tema geral “desenvolvimento regional”. As vertentes do assunto incluem expansão de crédito, empreendedorismo urbano e rural, geração de empregos, ocupação e renda, tecnologia e inovação, investimentos em infraestrutura, responsabilidade socioambiental e manifestações culturais.
Serão premiados jornalistas profissionais e estudantes universitários que tenham material publicado ou veiculado nos estados de atuação do Banco e um profissional com atuação extrarregional. Os trabalhos inscritos devem ser enquadrados em uma das categorias: texto, fotografia, áudio, audiovisual e projetos multimídia. As inscrições poderão ser feitas entre 5 de janeiro e 31 de março de 2026. Para concorrer, o conteúdo noticioso precisa ser inédito e publicado em território nacional no período de 1° de janeiro de 2025 a 31 de março de 2026.
Ao todo, as 30 categorias irão pagar R$ 290 mil em premiação. A cerimônia de entrega dos prêmios deverá ocorrer em junho de 2026.
Prêmios estaduais
Na categoria estadual, haverá dois trabalhos vencedores por estado em que o BNB atua, sendo um para comunicadores profissionais e um para estudantes universitários. O tema será aberto às vertentes do desenvolvimento regional com disputa entre todos os inscritos daquele estado, independentemente da mídia inscrita.
Valores por categoria
A categoria Nacional contempla o Grande Prêmio Nacional (no valor de R$ 38 mil). As categorias Nacional Texto, Nacional de Fotografia, Nacional de Áudio, Nacional de Audiovisual e Nacional de Projetos Multimídia pagarão premiação entre R$ 14 mil e R$ 23 mil.
A categoria estadual irá premiar um trabalho com o valor de R$ 10 mil para os profissionais de Comunicação e R$ 3 mil para os estudantes universitários dos cursos de Comunicação Social ou Jornalismo. A premiação nacional para trabalho acadêmico pagará R$ 6 mil.
A categoria Extrarregional premiará com R$ 12 mil trabalho feito por jornalista profissional que tenha sido publicado em um veículo de imprensa situado fora da área de atuação do BNB.
Mais informações sobre o Prêmio Banco do Nordeste de Jornalismo em Desenvolvimento regional estão disponíveis no site do BNB.
O vereador de Garanhuns e presidente da Câmara Municipal, Johny Albino (PSB), cobrou do Governo do Estado a retomada da obra de ampliação do sistema de abastecimento de água do município. Ele lembra que o projeto foi licitado em 2019, na gestão Paulo Câmara, com investimento previsto de R$ 21,2 milhões, contemplando quatro reservatórios, adutoras diretas para cada bairro e novas ligações domiciliares no Jardim Petrópolis.
Segundo o parlamentar, a situação se agravou após técnicos da Compesa informarem, em audiência de 2023, que a empresa responsável havia falido e abandonado a obra. Albino relata que, ao visitar o depósito onde as tubulações estavam guardadas, encontrou parte do material sendo retirada “para destinos desconhecidos” — destacando a necessidade de investigação. Ele também critica a ausência de investimentos estaduais no município, apesar dos anúncios feitos pelo governo. “Em julho de 2024, a governadora Raquel Lyra contratou um empréstimo de R$ 1,1 bilhão para investimentos em água e saneamento em todo o Estado, e em outubro de 2025 anunciou um investimento de mais de R$ 6 bilhões nessas áreas. Contudo, Garanhuns não foi contemplada com esses recursos ou obras específicas, deixando a população sem melhorias no abastecimento”, disse.
Diante do quadro, Johny Albino apresentou requerimento ao presidente da Compesa e à governadora Raquel Lyra pedindo a imediata retomada da obra e a inclusão de Garanhuns na rota de investimentos. “É fundamental que voltem a haver água nas torneiras dos garanhuenses, assim como ocorreu no passado, quando o governador Eduardo Campos construiu a Barragem do Cajueiro, garantindo o abastecimento”, destacou.