Por Alexsandro Fonseca – Blog da Folha
O novo chefe da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Francisco Alexandre, afirmou nesta terça-feira (2), que espera se reunir com a governadora Raquel Lyra (PSD) para ratificar a parceria com o estado de Pernambuco na execução da Transnordestina. A declaração foi dada durante entrevista concedida à Rádio Folha 96,7 FM.
“Espero tão logo poder ter uma audiência com ela [Raquel] para ratificar a parceria que a Sudene tem com todos os governos dos estados”, afirmou. “Se a governadora se posiciona em favor da Transnordestina, ela vai no mesmo sentido do que a gente se posiciona, que é a estratégia do governo federal. E na hora que tiver a oportunidade de conversar com ela, com certeza conversaremos sobre isso, e conversaremos sobre os demais projetos que sejam do interesse do estado”, acrescentou.
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Francisco Alexandre também comentou o anúncio do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), feito durante o Fórum Nordeste 2025, na segunda (1°). Renan afirmou que a licitação do trecho da obra da Transnordestina, que liga Salgueiro ao Porto de Suape, será iniciada em outubro deste ano. Alexandre relembrou que o trecho havia sido retirado do projeto da ferrovia pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo retomado pelo governo Lula III.
“É bom que se diga que o trecho que liga Salgueiro até o Porto do Suape, no governo passado, foi retirado da estratégia. E o governo Lula, a pedido das lideranças políticas e empresariais do estado, recolocou o eixo que liga Salgueiro até o Porto do Suape”, explicou.
Ainda segundo o novo superintendente, o trecho da ferrovia no estado é um desejo do presidente Lula (PT), que é natural de Pernambuco. “Esse é um desejo nosso, do povo de Pernambuco e do presidente Lula, que é quem executa a estratégia nacional”, disse.
Protagonismo
De acordo com Francisco Alexandre, um dos principais desafios da Sudene é retomar o protagonismo e enfatizou que o governo tem buscado reconhecer os papéis desempenhados pelas superintendências regionais.
“O nosso governo, o governo do presidente Lula, tem feito esse trabalho do ponto de vista de reconhecer o papel das superintendências, de reconhecer o papel de você ter um ente que possa discutir o desenvolvimento regional. Então, neste período, a Sudene tem retomado esse protagonismo e nós vamos continuar fazendo com que ela seja reconhecida como uma estrutura que é importante para todos os estados nordestinos”, declarou.
Continuidade
O superintendente elogiou o trabalho do antecessor, Danilo Cabral, demitido do cargo após pressão política por parte de lideranças do Ceará, entre elas, o governador cearense Elmano de Freitas (PT). Alexandre destacou, ainda, que a agenda da Sudene está em sintonia com a estratégia federal, o Plano Nacional do Desenvolvimento Regional (PNDR).
“Nós vamos fazer a continuidade de um trabalho que está sendo feito, que é a execução da estratégia do governo federal para a nossa região. A estratégia que a gente implementa faz parte do Plano Nacional do Desenvolvimento Regional. A gente tem que elogiar o trabalho que tem sido fazendo pelo antigo gestor, o Danilo [Cabral]”, disse.
O chefe da Sudene defendeu, ainda, as políticas compensatórias em relação a regiões mais pobres economicamente. De acordo com o superintendente, ao citar a própria finalidade da instituição à qual está à frente, tratam-se de políticas “essenciais”.
“No mundo todo tem política compensatória. Porque em qualquer parte do mundo você tem as regiões menos desenvolvidas,” declarou. “Essas políticas são essenciais”, completou.
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