Por Letícia Lins
Do Oxe Recife
Só faltam quatro meses para o carnaval, mas no Recife só se pensa em “frevoooo”. E quem quiser cair no clima, já deve se agendar para o final de semana, no Paço do Frevo, que está com programação muito movimentada, na sexta-feira (8) e no sábado (9), com realização – respectivamente – dos projetos “Hora do Frevo” e “Desvendando Mestras e Mestres”.
Na sexta, às 12h, na nova edição do “Hora do Povo”, o térreo do museu vira palco para o Grupo de Estudo Musical de Olinda (Gemo). A orquestra apresenta repertório de exaltação a ritmos pernambucanos, com muito Frevo, Coco, Maracatu, Samba e Ciranda. O acesso é gratuito.
No sábado (9), às 15h, o projeto “Desvendando Mestras e Mestres”, da Escola Paço do Frevo, promove uma conversa com a coralista Naná Moraes, fundadora do Coral Edgar Moraes. Ela é um ícone do frevo de bloco e figura de relevância no universo do Frevo. As inscrições são gratuitas.
Leia maisFormado por 18 músicos, o Grupo de Estudo Musical de Olinda apresenta show autoral em que ritmos como Frevo, Coco e Maracatu ganham vida através do encontro de sons entre flauta, clarinete, saxofone, trompete, trombone, tuba, caixa, pandeiro e surdo. Criado em 2021 pelo músico, compositor e arranjador Zildemar Félix de Lima (há 15 anos trompetista da banda de Geraldo Azevedo), o conjunto surgiu com o objetivo de levar música pernambucana de qualidade à comunidade de Ouro Preto, em Olinda, além de oferecer aulas de teoria musical e prática instrumental.
A 4ª e última edição do Desvendando Mestras e Mestres de 2024, iniciativa da Escola Paço do Frevo que promove encontros com mestres da cultura popular para compartilhar saberes e modos de fazer e pensar o Frevo, realiza o encontro do público com Naná Moraes.
Naná é uma artista que possui história profunda e familiar na música. Filha do compositor Edgard Moraes, cresceu imersa em um ambiente artístico, iniciando sua carreira aos quatro anos de idade ao cantar na Rádio Jornal do Commercio. A influência de seu pai, renomado compositor de Frevo, e de sua tia Mariana, pianista, foi crucial para moldar seu caminho musical.
Lembrete: O Frevo é patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco e do Brasil pelo Iphan. Em Pernambuco, o Paço do Frevo é seu lugar máximo de expressão. Reconhecido pelo Iphan como Centro de Referência em ações, projetos, transmissão, salvaguarda e valorização de uma das principais tradições culturais do nosso país, o museu atua nas áreas de pesquisa e formação em dança e música e na difusão das agremiações por meio da ativação de memórias, personalidades e linguagens artísticas.
O Paço do Frevo é um equipamento da Prefeitura do Recife com iniciativa da Fundação Roberto Marinho e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).
Leia menos